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título: dois e setenta
data de publicação: 18/07/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #dois
personagens: janete e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje — pela primeira vez — é a RecargaPay. — Amo… — Todo mundo precisa pagar aí as contas e os boletos que não param de chegar, só que dá pra repensar aí o óbvio até mesmo na hora de pagar as contas… O RecargaPay é um super aplicativo de pagamentos que facilita a vida de todo mundo e te ajuda a atingir as suas metas, seja comprar um carro, estudar, viajar, buscar sua estabilidade financeira… O RecargaPay é rápido, seguro e fácil de usar, para abrir uma conta é grátis e tem muitas funcionalidades com as menores taxas do mercado, incluindo cartão de crédito com limite garantido e cashback em todas as compras. 

O RecargaPay não é só para pessoa física, não, se você tem um pequeno negócio, RecargaPay tem conta PJ também, é só baixar o aplicativo aí na loja de aplicativos do seu celular. — Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio e fica com a gente que no final do episódio tem surpresinha. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Janete. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha]

A Janete quando ela tava aí com seus 35 anos, queria casar, ela achava já que ela já estava velha, algumas pessoas da família também acabavam falando isso e Janete queria casar, queria encontrar um cara bacana e tal e casar… Janete trabalhava num cartório de escriturária ali — naquele cartório — e todo dia ela tomava café num lugar. E ela via ali um rapaz um pouco mais velho que ela, devia ter seus 38 anos, mas ela pensava: “Um rapaz interessante, assim, de 38 anos, ele já deve ser casado”. — Ele não tinha aliança, nada… mas deve ser casado, porque enfim, tá assim, dando sopa? Estranho. — Mas o rapaz também olhava para ela, ela sempre ia lá, tomava café e comia ali um pão de queijo e voltava pro trabalho. — Tipo, tirava 15 minutos, sabe assim? A tarde. — E ela começou a ir no mesmo horário para poder encontrar esse rapaz e ela reparava que às vezes ele tomava um café ou às vezes ele estava só ali na mesa e tal.

E um dia esse rapaz veio conversar ali, eles conversaram, ele se apresentou e todo dia agora eles batiam um pouco de papo, mas ela tinha 15 minutos de café, então ela não podia atrasar. — Então era meio rápido, né? — Até que um dia ele perguntou, ele já estava sabendo que ela trabalhava no cartório, se ele podia busca-la ali seis horas, a hora que ela saía do cartório e ela falou que sim. A partir daí eles começaram a se encontrar ali depois da saída da Janete e ele ia com ela até o ponto de ônibus. Deixava ela lá no ponto de ônibus e ia embora. Um dia — acho que já querendo, sei lá, dar um beijo nela, porque como ela saía do cartório, mais funcionários saíam, né? E Janete deixava meio claro que não ia rolar nada ali naquele caminho, porque enfim, seus colegas de trabalho tá todo ali assim, né? “Ê, Janete”. — e ele convidou a Janete para almoçar num sábado — Janete não trabalhava aos sábados — e ela aceitou. 

Era uma época que ninguém tinha celular ainda, então ele falou assim pra Janete: “Olha, eu trabalho de sábado e as vezes eu me enrolo um pouco lá pra sair. Se eu não chegar no horário certinho, você pode pedir o seu almoço e ir almoçando que eu chego, não fica me esperando, não vai ficar lá na mesa sem comer nada, enfim”. E assim Janete fez… Eles marcaram uma hora, quando deu uma e dez ali, ele ainda não tinha chegado e ela foi, pediu o almoço dela… — Como era esse restaurante? — Era um restaurante self-service, então você ia, você pesava seu prato e, nesse restaurante, como tinha muita gente, muita rotatividade, da balança ali você já pedia um suco ou uma água, qualquer coisa e já pagava. — Então você já pagava sua comida. — E aí, Janete foi, fez o prato dela, pediu um suco, pagou, sentou para comer e, antes mesmo de chegar o suco, ele chegou. Aí ele foi lá, fez o prato dele, pesou, pediu um refrigerante, pagou e eles conversaram. E foi tudo muito agradável… 

Janete ficou encantada e, no final daquele almoço, depois eles passearam numa praça que tinha lá e nessa praça este rapaz beijou a Janete. Janete já estava apaixonadinha, sabe? Já estava apaixonada por ele. E eles ficaram meio que com esse combinado, porque sábado era um dia bom para os dois, né? Porque ele já saía do trabalho, já ia encontrar a Janete, só que sempre tinha essa coisa dele atrasar um pouco, mas não tinha problema, eles se encontravam ali naquele restaurante e depois iam para a praça, ficavam um pouco juntos. Até que um dia, esse rapaz chamou a Janete para ir na casa dele. A Janete: “Meu Deus do céu, não estou preparado”. — O que era estar preparada? — Falou: “Andréia, eu não tinha me depilado… [risos] Não estava ali… Não estava confortável para ir. Queria estar bonita, uma lingerie bonita, porque não achei que ele fosse me chamar”. E aí ela falou que não, que ela tinha um compromisso, mas que na outra semana ela poderia ir, porque aí ela já ia já todo mundo avisado, ela já dormia lá e no dia seguinte estava com ele lá, né? Porque isso era no sábado, dava para dormir com ele, domingo voltar para casa, que segunda é dia de trampo, né? 

No sábado seguinte, aquela mesma rotina, restaurante, praça e eles foram pra casa desse rapaz. — Ele já morava sozinho. — Ele morava num apartamento de um quarto, era um apartamento bem arrumadinho e tal. E ela chegou, foi aquele fogo, foi maravilhoso e eles passaram a noite juntos. Acontece que eles almoçaram, depois ficaram na praça, vai, digamos, ali até umas cinco horas e foram pra casa do cara. Ele não ofereceu nada pra ela, só água… — Então foi pau e água. [risos] Foi um cupim aí. — E ela estava com uma fominha, né? Mas ela ficou sem jeito de pedir alguma coisa. — Então, ó, já dou um toque pra você: Se você chamar alguém para a sua casa, mesmo que seja só para transar, oferece uma coisinha, um café com pão que seja, sabe? Sabe… Dá um pão pra pessoa, qualquer coisa, não é só pau, é pau e pão, né? Enfim… — Eles passaram a noite juntos, foi tudo maravilhoso. — E de manhã, gente… — Quando a Janete acordou, este homem tinha feito café, botou o café numa xícara, botou um pão de queijo num pires, botou meio mamão num outro pires, colocou numa bandeja e levou na cama. — Olha que incrível… Levou para Janete na cama. —

Janete ficou surpresa, ela estava com fome… Só que, assim, o que ela pensou? “Eu vou comer o pão de queijo e vou tomar o café, mas o mamão eu não vou comer porque vai me dar um desarranjo e eu estou na casa dos outros”. Aí falou pra ele: “Ai, o mamão, eu não tenho esse hábito de comer de manhã e tal” e ele já tirou o mamão ali, tudo bem assim… — Não ficou chateado, nada… — Tomou o café, comeu pão de queijo… Ela não sabia se aquilo ia desenrolar para ela ficar o dia inteiro ali e, de repente, no final da tarde ir embora, mas meio que acabou se enrolando que depois eles transaram de novo e depois meio que ela foi embora, antes até do almoço. Mas foi maravilhoso, gente, foi perfeito, levou café na cama pra ela. Perfeito… E, no dia seguinte, ela ia encontrar com ele lá naqueles 15 minutos do café. — Não era uma época que tinha celular, não existia celular… — E qual que era agora a apreensão da Janet? Que ele não aparecesse mais, né? Porque ela falou: “Ah, Andréia, sei lá, de repente eu não agradei tanto, né?” e ela ficou tensa aquele dia, foi bem arrumada e falou: “Vai dar certo, ele vai aparecer”.

E não é que ele apareceu? Ele apareceu… Janete já estava lá, já tinha pedido o pão de queijo dela, o café que ela sempre tomava e ele chegou… E na mão dele tinha um papelzinho. Janete pensou: “Ai meu Deus, um bilhetinho, né? Será que ele escreveu alguma coisa fofa para mim?” e quando ela abriu o papel estava lá — em dinheiro de hoje, seria, sei lá, uns 8 reais, não sei, mas na época ali estava escrito no papel — “2,70”. Janete olhou e falou: “Que isso, 2,70?” e ele respondeu: “É o valor do café e do pão de queijo que você comeu na minha casa”. O cara cobrou o café e o pão de queijo. A Janete riu, porque ela achou que era brincadeira, mas ele falou: “Não, não. Eu quero o meu dinheiro” [risos] e Janete muito chocada, pegou ali na carteira dela — era a época que tinha nota de um real ainda — duas notas de um real, umas moedas e deu para ele. E aí ele continua conversando normal com ela, querendo marcar de novo, e aí ela se ligou que ele sempre chegava depois, na hora do almoço lá no restaurante e também ali no café. Ele nunca pagou nada para ela… — Nunca pagou um nada para ela e cobrou 2,70… 2,70… —

Aqui o que era pra você fazer? Você levanta e vai embora. Janete resolveu dar mais uma chance. [risos] — Gente, não tem que dar chance, o cara te cobrou um café e um pão de queijo que ele levou na cama para você, daqui a pouco ele cobrava 10% do serviço. E se ela tivesse comido o mamão? Essa conta aí é ia pra uns 5,60 pelo menos. Pensa… Caríssimo. [risos] — Janete resolveu dar mais uma chance pra ele, foi mais duas vezes na casa dele, até que na quarta vez ele quis cobrar uma parte da luz, da água e quis cobrar um rolo de papel higiênico. — Um rolo de papel higiênico… E aí a Janete falou: “ai, Andréia… Aí não deu para mim. Queria tanto, sabe? Arranjar um rapaz bom, casar, e aí não deu, não deu para mim”. — E aí ela acabou contando essas coisas lá no cartório, as meninas riram muito. No começo ela ficou mal, e aí um rapaz do cartório chamou a Janete para sair. — A gente pode chamar esse rapaz de “Pedro”. — E aí o Pedro pagou tudo para ela, [risos] falou: “Janete, você não vai botar a mão na carteira. Quer comer três pão de queijo? Come. [risos] Quer uma caneca grande de café? Pode pedir, que eu vou pagar para você”, porque virou uma piada isso no cartório e ela acabou casando com o Pedro. [efeito sonoro de sino soando]

Casou aí com esse rapaz e o muquirana lá passou um tempo ainda atrás dela, achou que não tinha feito nada errado. — Quem que cobra um rolo de papel higiênico, gente? Quem que cobra? 0— Então, essa é a história da Janete. [risos] Quando ela saiu com um cara que cobrou o café da manhã. — Ainda bem que você não comeu mamão, hein? Caríssimo. Delicioso de manhã, hein? Esse café ia ficar mais caro. [risos] E ela não pagou, tá? O rolo de papel higiênico e nem deu nenhum dinheiro para ele em relação a água, luz, nada, ela falou: “Não, aqui é o meu limite, basta” [risos] E o limite ainda foi, né? E ele nunca pagou nada para ela, a não ser esse rolo de papel higiênico [risos] e esse tanto de luz que ela foi lá e usou na casa dele, que ia estar acesa de qualquer jeito a luz, não ia? A água tudo bem, “ah, fez um xixi, tomou um banho”… Ah não, gastou também o chuveiro elétrico. Então você gasta um pouco, hein, Janete? [risos] Que ódio… [risos]  O que vocês acham?

[trilha]

Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é a Isabel de Portugal. E, olha, [risos] eu ouvi a história e gargalhei… Até que me bateu um momento que eu lembrei que eu já passei por isso também, então assim, não é tão incomum, viu? Às vezes você sai de casa com um gato, lindo, maravilhoso, arquiteto, que promete as coisas e você termina a noite pagando uma cerveja de 1 euro e voltando para casa. Então, assim, gente, por favor, vamos achar alguém que nos valorize mais, ou pelo menos que nos pague alguma coisa, um pão de queijo. [risos] 

Assinante 2: Aqui é a Jaqueline, falando de Londres. Gente, eu acabei rindo muito dessa história, porque ela é tão absurda… Imagina esse rapaz, gente, ele não devia ter 1 real na conta dele… [risos] Como é que pode uma coisa dessa? Você cobrar de alguém o que você ofereceu para a pessoa comer na sua própria casa? Esse para mim é o grande absurdo. Eu não acho nem que, enfim, chegar depois para não pagar… Eu até achei esperto da parte da pessoa, se ela não quer já logo deixar de cara que não tem dinheiro, porque a impressão que dá é que ele não tinha dinheiro nem para o básico, do cafezinho com pão de queijo. Mas aí realmente cobrar… Cobrar o café da manhã na cama? Poxa, achei no mínimo deselegante… [risos] Ai, mas tá bom, valeu… Valeu as risadas. Um beijo. 

[trilha] 

Déia Freitas: RecargaPay tem um monte de serviços, anota aí: pagamento de contas com cartão de crédito com as menores taxas, pix parcelado, recarga de cartão de transporte em mais de 60 cidades no Brasil, vales presentes, cartão de crédito que você mesmo controla o limite e o melhor: bônus diário na carteira equivalente a 106% do CDI. Isso significa que você coloca o seu dinheiro e ele cresce todo dia útil… — É uma super ajuda aí para você pagar as suas continhas. — Baixe o aplicativo “RecargaPay”, se cadastre direitinho, acesse “contas ou boletos” e ganhe R$20 de desconto usando o cupom: DEIA20. — Euzinha… Tudo em maiúsculo, sem acento e “20” em numeral. — 

Esse cupom é válido em contas acima de R$40. — O desconto é válido apenas para novos clientes e pagamentos feitos aí com cartão de crédito. — Tem um link aqui na descrição explicando tudo. Valeu, RecargaPay… Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]

Olha, ser mulher hétero é uma luta, hein? É uma luta… Um beijo, gente.

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.