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título: escolhas
data de publicação: 10/04/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #escolhas
personagens: cássio e elizabete

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. E hoje eu vou contar pra vocês a história do Cássio. — Bom, Picolé de Limão praticamente tudo que existe [risos] de perrengue, cilada, situação constrangedora a gente já trouxe aqui, né? E, assim, a vida ela não tem muita mudança, então geralmente a gente tem algumas histórias que são parecidas, porque nenhuma experiência é individual. A história de hoje é uma história muito, muito, muito comum e eu já trouxe várias histórias assim aqui, só que não contada deste ângulo que eu vou trazer hoje. É uma história que poderia estar no Meu Erro? Sim, poderia, mas o Cássio, que é quem escreveu pra gente, tá a fim de ouvir aí a opinião da galera e também deixar o recado dele. Então, ele preferiu, apesar de muito arrependido, que a história dele estivesse no quadro Picolé de Limão em vez de estar no quadro Meu Erro. — Então vamos lá, vamos de história.

[trilha]

Cássio casado aí com Elizabete quase 15 anos. Dois filhos — um filho de dez e uma menina de treze —, um casamento ótimo, emprego estável, casa comprada, Elizabete também trabalhando, filhos em escola particular, uma vida aí muito boa… — E, como disse Cássio, muito tranquila. — Cássio trabalhando aí num dos maiores escritórios — não vou falar o ramo — da cidade dele. Como a gente sabe aqui, empresas têm regras, né? Então, além do que está ali, que a gente pode dizer que são as leis trabalhistas e tal, a sua empresa pode ter ali as suas normas, o seu regimento interno, desde que isso não ultrapasse ali o que a gente tem na Constituição brasileira, enfim… E também não fira nenhuma lei trabalhista, você pode ter um regulamento interno ali. E, no regulamento interno da empresa do Cássio, era expressamente proibido ali o relacionamento entre os funcionários. — Relacionamento amoroso, né? Então, era uma empresa que, por exemplo, não ia contratar o seu esposo, sua esposa, enfim. —

Tinha ali as regras da empresa e todo mundo sabia disso. Cássio nunca se interessou por ninguém da empresa… Até que um dia, uma nova funcionária foi contratada. — Se Elizabete hoje tem seus 45 anos e, na época que aconteceu essa história ela tinha 40, a moça ali tinha os seus 26, 27 anos. — Linda, formada, inteligente, muito agradável, enfim, todo mundo que estava ali na empresa viu essa moça com ótimos olhos e ela vinha ali para dar um frescor ao ambiente, um ar novo ali no serviço. — Às vezes a gente precisa disso, dar uma inovada, enfim, fica todo mundo muito estagnado, muito parado ali no seu trabalho, sem, sei lá, nenhum estímulo, e aí chegou essa moça nova. — E ela realmente deu um ar diferente pra equipe, né? E ela chegou… E assim que ela chegou, um mês depois, uma outra pessoa da equipe foi mandada embora, então ela estava ali realmente para poder dar uma renovada, né? Cássio, que era daquela equipe, ficou muito impressionado com aquela moça, mas assim, sem nenhum interesse romântico nela. 

Por quê? Um: Já sabia que a empresa não aceita, né? Relacionamento entre funcionários e, dois, ela era muito nova. Em nenhum momento passou na cabeça do Cássio ali que sei lá, que ele fosse ter um caso com uma moça nova, enfim, ele não estava pensando nisso, gente. Acontece que com o passar do tempo, essa moça começou a dar bola para o Cássio, a mostrar ali um pouco de interesse nele. O Cássio sutilmente reforçou ali, numa das brincadeiras que ela fez, que ele era casado e a moça respondeu para ele: “Não me importo se você é casado, eu não quero me envolver com a sua mulher”. E aí o Cássio ficou meio assim: “Será?” e Cássio disse que, óbvio, inclusive eu, nessa turma, vai falar: “Ai, nossa, né? Já vem a desculpinha”, mas ele gostaria de dizer que, assim que, pelo menos ele, homem hétero, branco, que é aquela galera que a gente já sabe: “Uma moça bonita, inteligente, muito nova, tá dando em cima de mim… Quais as chances de isso acontecer de novo?”.

Então, o Cássio mentalmente fez um cálculo, ele viu aquilo como uma oportunidade que ele não teria mais, e aí ele abriu essa porta e ele deu uma resposta pra ela ali, como quem diz: “Então vamo”, mas também na brincadeira, porque ele também sabia o risco de perder o seu emprego… E a moça também estava ali numa ótima posição, não queria perder o emprego dela. Mais um tempo se passou… — Nessa equação, o que eu falei para o Cássio? Você pensou na probabilidade de isso não acontecer novamente, mas você não pensou, não fez essa matemática, para sua família, né? Que você tinha uma família estruturada, que você tinha Elizabete super parceira, super sua amiga e ele mesmo disse para mim: O sexo deles muito bom… “E você não pensou em nada disso, né?”. Então, assim, é aquilo que a gente fala aqui: são escolhas. — E essa moça mandou mensagem para ele, ela tinha o celular dele, porque enfim, eles tinham ali na empresa grupos de trabalho e a mensagem dessa moça era: “Cadastra o meu telefone no seu celular como “Rogério do Marketing””. 

Sabia que ele era casado, que tinha dois filhos… Gente, uma moça nova, bonita, por que não vai também atrás de um cara solteiro? Tem que tratar isso em terapia, gente. E às vezes também não é só problema emocional, não, é falta de caráter também. Tanto dela quanto do Cássio, né? E aí eles começaram a conversar no WhatsApp e a trocar nudes. — Então veja, dali seria ladeira abaixo, né? — Só que agora eles tinham que pensar aí — os amantes — como seria esse encontro. Porque tinha que ser o mais discreto possível pra isso não vazar na empresa. A moça disse que morava sozinha e que ele podia ir lá na casa da moça. E um dia, um sábado à tarde, onde Elizabete estava em casa, ela mesmo fazendo as unhas dela junto com a filha, o menino também brincando ali, enfim, um sábado muito gostoso em família, Cássio inventou que ele teria um compromisso ali de trabalho… — E às vezes ele tinha, viu? Um compromisso de trabalho no final de semana. — E Elizabete falou: “Vai, amor, vai tranquilo”. Veja, sua esposa que confia 100% em você, falou: “Vai, amor, vai tranquilo” e Cássio foi… 

Só que ele não estava indo para um compromisso de trabalho, ele estava indo encontrar aí a moça. E foi, assim, um encontro tórrido, né? O sexo foi muito bom, muito diferente do que ele tinha com a Elizabete — porque enfim, são mulheres diferentes, são pessoas diferentes, né? — Foi muito bom… Mas aí acabou ali e ficou um clima assim, né? Rolou umas brincadeiras, mas ele falou: “Bom, eu tenho que voltar pra casa” e aí eles se despediram, ele voltou para casa. Quando ele chegou em casa, ela já mandou um nude para ele e ali se estabeleceu um caso. Quando você tem um casamento estruturado e você tem um trabalho fixo, com horário que você entra, com o horário que você sai, às vezes uma coisa ou outra num plantão de final de semana que você precisa ir, mas isso já está lá determinado no seu trabalho, então você já sabe que isso vai acontecer, é muito difícil você refazer sua agenda para um caso extraconjugal e foi isso que começou a acontecer. O Cássio precisou mudar toda a rotina dele — ai, coitado, hein, Cássio? A gente está com dó de você, querido — para caber o caso amoroso…

Era gostoso? Era, só que junto com isso várias coisas surgiram… Cássio não podia ficar até muito mais tarde, porque ele ali não recebia hora extra, então se ele tirasse um tempo depois pra ir pra casa da moça, depois do trabalho, o que ele ia falar em casa? Então foi rolando umas mentiras, final de semana ele foi inventando coisa e, do outro lado, Elizabete num casamento sólido não tava desconfiando dele… E isso foi causando uma angústia no Cássio, porque ele via ali a família 100% por ele e ele se tornando ali um mentiroso desgraçado, porque essa é a verdade. Por outro lado, a moça começou a exigir coisas, agora não era suficiente que ele fosse lá uma vez na semana, ela queria três. Agora ele tinha que redobrar o cuidado, porque ele percebia que, por exemplo, quando ele estava saindo para ir embora, ela passava batom e queria beijar ele. Com o tempo, foram surgindo aí algumas brigas porque ele não tinha tanto tempo e ele, desde o começo, falou para ela que não estava interessado em separar. 

Só que essa moça, acho que o relacionamento para ela foi evoluindo, ela foi ficando apaixonada, enfim, e ela começou a exigir isso, que ele se separasse, ela sairia da empresa pra poder procurar outro emprego. — Porque sabia que lá eles não podiam ficar os dois. Ela faria isso porque ela tinha menos tempo de casa, mas ela tinha um futuro promissor lá, mas ela ia abrir mão para ficar com ele. Um erro também… Burra, hein? Vai largar um emprego bom por causa de macho. — Só que ela queria que ele se separasse, não interessava o tempo de casamento, não interessava os filhos, não interessava nada. E a moça começou a ameaçar o Cássio, Cássio que já estava com muita pressão das mentiras, da rotina e agora das ameaças da moça, um dia, saindo do trabalho, onde a moça esperava que ele fosse pra casa dela e ele disse: “Hoje eu não posso, eu preciso eu buscar a minha filha na escola, tenho coisa pra fazer, enfim, não vou”. Nesse ponto, ele já tinha até inventado uma academia que ele disse que começou a frequentar, mas só fez matrícula porque ele estava indo para casa da moça e nesse dia ela ameaçou aparecer na casa dele e ele ali, dirigindo, começou a passar mal. 

Deu tempo — ainda bem — de estacionar num meio fio qualquer, de qualquer jeito e o Cássio infartou. — Ele infartou… — Quando Cássio acordou, ele já estava no hospital, foi socorrido pelo SAMU. — Viva o SAMU. — A família dele foi avisada, Elizabeth correu para lá, os filhos, a família dele toda, uma família muito unida, muito estruturada, enfim… Quando a Elizabete estava lá, terminando de preencher as coisas, de preencher tudo, ela tinha já pegado o celular dele e avisado no grupo do trabalho, “ah, não achou ali o chat dos dois?”, nem procurou, Elizabete confiava 100% no marido. E aí, quando avisou no grupo do trabalho, a moça ficou sabendo e a moça apareceu no hospital. E, naquele momento de extrema preocupação da Elizabete, a moça fez a revelação para ela no hospital, que ela já tinha um caso com o Cássio há sete meses. Cássio mal, precisando pôr um treco no coração, sem saber que Elizabete, além do susto de ter o marido quase morto, não sabemos se Elizabete, depois que soube tudo, pensou: “Que pena que não morreu, né?”, ainda estava lidando no saguão do hospital com uma amante totalmente surtada, querendo ver o Cássio.

Ali familiares do próprio Cássio chamaram o segurança, botaram ela para fora do hospital, deixaram o nome dela lá como expressamente proibida de visitar o Cássio em qualquer coisa. Elizabete passou mal, também foi socorrida ali, teve, sei lá, um colapso, né, gente? E não querendo que as crianças soubessem, mas a filha presenciou tudo. E o que foi combinado ali pela família do Cássio, pela Elizabete e pela filha, o menino mais novo não tinha visto, então ficou por isso, né? De que eles não iam comentar nada com o Cássio até que o Cássio ficasse bem. — Isso o Cássio ficou sabendo depois pela família dele ali, como foi esse bastidor. — Enquanto isso, Cássio foi se recuperando, fez a cirurgia que precisava fazer e voltou para casa, precisava aí de dois meses de cuidados. Elizabete agora muito distante, fria, mas fazendo tudo ali para cuidar do Cássio. Cuidou do Cássio esses e, passado esses dois meses, ela sentou com ele, disse que sabia da amante, que sabia de tudo e que queria o divórcio. 

Cássio quase teve outro piripaque, mas Elizabete falou: “Olha, a minha parte eu já fiz, não vou mais cuidar de você, não quero mais ficar com você. E em relação a casa…”, bem fria mesmo e acho que ela estava certíssima, “se você não colocar a casa em nome das crianças com usufruto meu”, tudo o que ela falou ali parecia que ela estava muito bem instruída… “Se você não colocar a nossa casa em nome das crianças com usufruto meu, eu vou ligar na sua empresa e vou contar que você tem um caso lá com a sua colega de trabalho”. Cássio não tinha o que fazer, aceitou ali os termos do divórcio, eles tinham um bom dinheiro guardado, metade ficou para ela, metade ele comprou um apartamento pequeno para ele, o divórcio foi concluído muito rápido, porque Elizabete não queria mais do que esses dois meses que passou com ele. Ele não queria mais saber da amante, então o casal ali, os amantes, agora estavam separados. A moça começou a atormentar o Cássio e, nesses dois meses, a família e a Elizabete meio que blindou o Cássio porque ele precisava se recuperar, mas a moça fez um inferno na vida da família dele, na vida da Elizabete… 

Tanto que Elizabete estava muito fria, com muito ódio realmente do Cássio, com toda razão, né? Ele também não queria mais saber da moça, a moça também fez um inferno na vida dele. Sabe aquela coisa de “vou botar uma bomba em volta do meu corpo, vou te abraçar e você vai?”, a moça foi até o RH da empresa e comunicou o caso dos dois — e sabe mais lá o que ela falou, mas eu acho que só pelo caso, enfim — e ambos foram demitidos. — Os dois. — Hoje o Cássio já conseguiu uma outra colocação na área dele, ganha praticamente o que ele ganhava, né? — Então, veja, para o homem hétero branco sempre tem um finalzinho aí meio que feliz, né? Então, em relação a trabalho, ele conseguiu se recolocar. — Não sabe mais da moça lá, diz que ama a Elizabete, que mesmo quando estava tendo o caso, continuava amando Elizabete, que se arrepende muito porque não consegue se firmar mais com ninguém, porque ele ama a Elizabete. E agora a Elizabete está há um ano com um cara e vai casar. Está feliz da vida com esse novo cara, também foi uma luta pra ele reconquistar os filhos, porque os filhos ficaram com muita raiva também dele e os filhos gostam muito desse outro cara, enfim…

E é isso, assim, ele quis escrever porque ele está muito arrependido, ele diz que ele perdeu o amor da vida dele, que Elizabete vai sempre ser o amor da vida dele. — Mas, né? Escolhas, né, Cássio? E agora ela vai se casar novamente, vai ser um casamento no civil, mas uma festa numa chácara. E ele, óbvio, não é convidado pra nada. Ela simplesmente despreza ele agora, não convive mais, não quer nem saber. Ele mora hoje nesse pequeno apartamento e ele falou: “E o cara vai morar [risos] lá na casa”. [risos] Ah, Cássio, lógico que o cara vai morar lá na casa. A casa até a Elizabete morrer é dela, né? Tá no nome dos filhos, mas ela tem aí usufruto até ela morrer. Então é óbvio que o cara vai ser marido dela e vai morar na casa. [risos] — E aí o Cássio fala que às vezes isso atormenta ele, que o cara vai morar na casa, vai deitar na cama que era a cama dele… Mas ele ficou sabendo que a Elizabete trocou a cama, foi a única coisa que ela trocou da casa… Foi o colchão e a cama. Então, acho que para não ter nenhum nada que era do Cássio, assim, junto com ela. Então, é uma cama nova, cara, [risos] não vai deitar na sua cama. [risos] Sua cama foi doada e nem foi pra você que não tinha móveis, ela podia ter te dado essa cama. [risos] Mas ela preferiu dar pra igreja. [risos] 

E é isso, gente, a vida é isso também, né? Fez escolha errada aí e tem que arcar, não tem o que fazer. Que às vezes ele pensa nisso, assim, que ele fica assim muito magoado… Mas e a mágoa que Elizabete sofreu? Pensa, você no hospital, com o seu marido à beira da morte, tendo que encarar uma mulher na sua frente dizendo as coisas que ela fez com seu marido e que seu marido… Isso a amante falou pra ela ainda, que o Cássio tava teve um infarto porque ele não sabia como falar pra Elizabete que ele não queria mais, que ele amava a amante. Então, gente, escolhas, né? Escolhas… E aí o Cássio escreveu pra gente porque ele falou: “Andréia, o homem que tiver amante como eu tive, ele vai se identificar nessa parte… Disse que chega uma hora que você não sabe mais as mentiras que você inventa, você tem pressão de todo lado, e aí começa a pesar o prazer. Foi tão bom assim? E agora, como que eu saio dessa?”. Porque o Cássio falou que ali, quando ele teve um infarto, ele já queria terminar. Então, veja também, né? Que a outra também não é inocente porque sabia que ele era casado e tal e eu sempre me questiono muito por que homens ou mulheres que tem essa preferência de se envolver com pessoas já em relacionamentos sérios… Que fetiche é esse? O que que é isso? E também acho que tem um pouquinho de caráter aí, né? 

É muito diferente você entrar num relacionamento com alguém, se apaixonar e descobrir que o cara é casado, porque seu mundo cai também. Você não tava esperando esse traste… Agora, quando você sabe que o cara é casado, mesmo que ele te dê qualquer desculpinha “ah, meu casamento é infeliz”, por que você vai entrar nessa? Seja homem, seja mulher, a mulher também pode ser casada e falar: “Meu casamento é infeliz e tal”, por que você vai entrar nessa? Então, acho questionável sim. A moça é bem questionável. E Cássio também, né? Sei nem o que dizer… Temos dó? Não temos dó. Mas eu acho também que a gente tem que considerar esse ponto do Cássio aí, que é o arrependimento. O cara se arrependeu, tá pagando aí pela vida que ele escolheu, né? E disse que se sente sozinho, que ele sai com várias mulheres, tem aplicativos de namoro e tal, mas a frase que o Cássio me disse e eu acho que eu quero encerrar essa história com essa frase é: “Mas nunca será a Elizabete”. E é isso, Cássio, nunca será a Elizabete. Um beijo, Elizabete, felicidades… Que o seu casamento seja ótimo, seja lindo, na sua casona bonita… 

E é isso, a vida é feita de escolhas. Então, também agradeço o Cássio por escrever pra gente, porque é um outro lado, né? A gente ter um cara aqui contando abertamente que arrumou uma amante, que foi bom, mas também foi um inferno. E é isso a história dele… O que vocês acham?

[trilha]

Assinante 1: Olá, nãoinviabilizers, aqui é Isabela do Rio de Janeiro. Cássio, eu não tenho nem como te defender, porque infelizmente o que você fez foi uma deslealdade, uma falta de respeito inimaginável com a Elizabete, que graças a Deus está bem, está vivendo a vida dela, está seguindo a vida dela… Não só arrumar amante, mas arrumar amante no trabalho é uma coisa muito complicada porque você expõe o teu parceiro ou parceira de uma maneira, assim, surreal, porque o pessoal do trabalho fica sabendo… E aí, como é uma amante como a sua, que gosta de tumultuar, você ainda expõe a sua família, expõe sua esposa, seus filhos ao descontrole da sua amante… Então, assim, não tem nem como te defender, cara, infelizmente eu não tenho como te ajudar. A única coisa que eu espero é que isso te sirva de lição, que você se torne uma pessoa melhor e que a Elizabete seja muito feliz. Um abraço. 

Assinante 2: Oi, nãoinviabilizers, aqui é a Nicole, de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Cássio, cara, quando tu contou essa história pra Déia tu tinha certeza que ninguém ia ter nada de bom pra te falar e realmente a gente não tem, né? Eu acho que o que fica dessa história é o conselho para as pessoas que estão pensando em fazer que nem tu, em trair a tua família, trair a tua esposa, porque, assim, tu disseste que viu uma oportunidade que nunca ia se repetir, só que no momento que tu assume um casamento fechado, monogâmico, tu já sabe que essas oportunidades elas não são mais pra tua vida, ou é uma escolha que fizeste lá atrás no altar. Então, assim, não é argumento, né? Eu sei que está arrependido e tudo mais, mas as coisas que tu estás vivendo agora são apenas consequências das tuas escolhas, né? Sabia que não podia ter relacionamento de trabalho e foi lá e teve, sabia que podia perder o trabalho, sabia que podia perder a mulher, sabia que podia perder a família, a casa e tudo mais… São escolhas, né, Cássio? Fica com Deus. 

[trilha]


Déia Freitas:
Um beijo, gente. Sejam gentis aí com o Cássio, porque ele já se arrependeu, né? Já está sofrendo. Temos empatia? Não, mas também não vamos avacalhar. Estaremos lá de olho no grupo. Obrigada mesmo, Cássio, por trazer esse lado para a gente, acho muito importante a gente contar todas as histórias aqui no podcast e te respeito por isso. Um beijo e eu volto em breve.

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]