título: esposinha
data de publicação: 27/02/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #esposinha
personagens: cibele e esposinha
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei aqui para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Petlove. Você que é tutor de pet sabe que precisa cuidar, proteger e vacinar o seu pet e, claro, tem que ter aí um plano de saúde Petlove. A Petlove tem tudo o que os pets precisam e, o mais importante, o bem—estar e a felicidade dos pets é a prioridade da Petlove. E a saúde dos nossos bichinhos é muito importante para você que, assim como eu, é apaixonada por eles. — Eu amo, [risos] tenho um monte… Amo. — Os planos de saúde da Petlove garantem cobertura completa dos cuidados que seu pet precisa a partir de um valor aí acessível por mês. A Petlove oferece mais de 6 mil clínicas e hospitais credenciados no Brasil. Ainda tem microchipagem gratuita e, o melhor, você pode contratar um dos planos de forma 100% digital e é super fácil de usar. Planos de Saúde Petlove, se tem pet, tem que ter. — Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio e, no final, tem o nosso cupom de desconto. Vai aí navegando no site Petlove e ouvindo a nossa história. —
E hoje vou contar para vocês a história da Cibele. — Essa história tem aí uns anos, então ela começa ali antes da pandemia e toma força depois da pandemia, no finalzinho da pandemia. — Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]Cibele, um pouco antes da pandemia, estava ali pelas redes sociais e nisso ela começou a bater papo com uma moça, elas estavam comentando uma mesma publicação — eu não consigo entender isso também, vocês conseguem, tipo, criar uma amizade, um vínculo, um contato com alguém que está comentando num post e você comentando também assim? — e a coisa desdobrou, uma seguiu a outra e começaram a conversar ali por mensagem privada, depois trocaram telefone e começaram a conversar a partir daí. — Cibele e essa outra moça. — Durante a pandemia, esse relacionamento que começou ali com uma amizade, virou um namoro virtual. E por que virtual? Porque a gente tinha ali uma pandemia no meio e uma morava num estado e a outra morava em outro estado do Brasil. Naquele momento seria impossível que elas se conhecessem pessoalmente, mas elas faziam ali videochamada e nã nã nã, então, assim, cada uma sabia com quem estava falando, pelo menos as características físicas e tal
E aí, lá pelo meio da pandemia, uma coisa muito ruim aconteceu com essa moça, ela fazia uma faculdade cara na área da saúde, ela tinha bolsa, só que agora com a pandemia ela não ia conseguir pagar, enfim, e ela teve que trancar o seu curso. Arrasada porque teve que trancar, que não ia dar certo e nã nã nã e a Cibele daqui cogitando internamente oferecer um dinheiro para a moça. — Porque Cibele mesmo na pandemia não perdeu seu emprego. — Só que aqui as amigas de Cibele: “Poxa, você nem conhece ela pessoalmente, cara, não faz isso, sabe? Segura sua onda. Muita gente trancou a faculdade, muita coisa vai se resolver. Espera, aguarda”. E foi aí que Cibele resolveu aguardar, a paixão delas foi aumentando, a moça não pediu dinheiro para a Cibele. — Então, que fique claro, assim, foi uma intenção da Cibele de oferecer, mas ela voltou atrás e não chegou a oferecer por conta das amigas. — Final ali de 2022, Cibele falou: “Bom, eu que estou empregada e que agora posso tirar férias, vou passar as minhas férias com minha namorada virtual”.
E aí tudo foi combinado, ainda bem que a Cibele não fez surpresa, combinaram e lá foi Cibele. Ela chegou, era tudo aquilo mesmo que ela esperava que fosse em relação a sentimentos, em relação a tudo e, nossa, a moça realmente era a alma gêmea de Cibele. A moça, agora que a pandemia tinha passado, ela estava começando a procurar um emprego ali e retomar a faculdade, e aí Cibele começou a pensar: “Meu Deus, e agora?”, porque na cabeça da Cibele elas já deviam ficar juntas no mesmo estado, mas a Cibele sabia que a moça não ia para o estado dela. Então, o que Cibele fez? Cibele voltou para o seu Estado — gente, ela passou um mês com a moça de férias e voltou pra cidade dela já com essa conversa com a moça e a moça também concordou, e aí, gente, não entendo, é tudo muito rápido — e o supermercado que ela trabalhava, na área administrativa no estado dela, tinha no Estado da moça… Então, Cibele pediu uma transferência para o Estado da moça… — Gente, você ficou um mês com a moça, gente… — Ela pediu essa transferência, era possível e, se bobear, ela conseguiria até um cargo superior ao dela nessa transferência, só que demoraria, uns três, quatro meses.
E era ótima, porque era o tempo da Cibele se organizar aqui… Cibele com um cachorrinho, então óbvio que ela ia levar aí o seu pet — então, você que vai viajar, por favor, não deixe seu pet para trás — e ela foi organizando isso… O cachorro dela era um pouco maior, então ela falou: “Bom, eu vou fazer uma mudança para lá, primeiro eu tenho que achar um apartamento para alugar e tal, não vou mandar meu cachorro na parte de baixo do avião… Então eu vou com a minha mudança. Vou arranjar um caminhão que vá parando no caminho, que o cara aceite me levar com meu cachorro e mais a minha mudança”. Ela conseguiu e aí fez toda essa logística, um caminhão grande, que ela fizesse uma viagem só. — Ela não tinha muita coisa também, né? Vai levar sua geladeira, seu fogão, sua máquina de lavar, essas coisas… Você não vai comprar de novo, né? — E aí a empresa deu ok, a empresa falou: “Olha, sua a vaga tá lá, você pode assumir essa vaga em 40 dias”. — Então ela tinha 40 dias ali… —
Ela pegou uns dias que ela tinha também de férias acumulado pra resolver essas questões e mudar e trabalhar na mesma empresa dela, apenas transferindo de filial. — É uma mudança significativa, né? Você vai para um estado que você não conhece ninguém, a não ser o amor da sua vida, para começar uma vida nova, deixando suas amigas pra cá, sua família e tal… — Pra família, a Cibele disse que ela tinha aceitado que era uma promoção — e era uma promoção mesmo — e a família ficou feliz. — A família não sabia que tinha uma moça que ela namorava, virtualmente, que estava envolvida, né? A família dela é muito legal, assim, sempre soube que ela só namorou meninas, então assim, não sabia que tinha aquela menina envolvida. Tipo, ela nunca escondeu nada da família, só não queria falar: “Olha, estou mudando por causa de um relacionamento”, seja ele hétero ou lésbico, qualquer família ia ficar chocada, eu ficaria… Nossa, ia amarrar e não ia deixar ir, enfim… — E aí ela foi, demorou um pouquinho pra se enturmar ali na empresa, porque você não conhece ninguém, mas se enturmou… — Realmente ela teve uma promoção, mas ela já sabia, ela já trabalhava naquela área, então estava, gente, estava suave nessa parte. Então ela mudou pra lá, recebendo um pouco a mais, uma grana a mais. —
Lá o aluguel bem menos do que ela pagava no estado que ela morava, então ficou legal de grana e com uma namorada que estava quase já entregando a própria casa que ela alugava para morar com a Cibele. Isso em coisa de dois meses que Cibele estava lá nesse estado. O namoro foi seguindo, a moça conseguiu ali um trabalho e, como ela estava fazendo uma faculdade na área da saúde, essa faculdade no Estado dela era integral. — Então, eu não vou dizer aqui se era manhã e tarde ou tarde e noite, mas era integral, ela só tinha meio período pra trabalhar. — Todos os estudantes que trancaram na pandemia nessa faculdade não perderam a bolsa, então quando acabou a pandemia, a faculdade falou: “Vocês podem voltar com a mesma bolsa que vocês tinham”. Então se era uma bolsa de 60, 70%, aí você só paga esses 30, 40% do seu curso numa faculdade particular. Antes ela tinha um trabalho, que ela foi demitida na pandemia, e agora ela tinha um trabalho revisando textos, algo que ela conseguia fazer em casa, que ela ganhava uma grana, então retomou a faculdade tendo que pagar e ela não conseguia pagar tudo.
Então não era só a faculdade, era um material que ela usasse, tinha mais coisa ali envolvida e ela não conseguia pagar tudo e mais pagar a casa que ela morava. Ela morava numa casa de fundos, assim, que ela alugou e aí ela foi morar com a Cibele. A partir do momento que ela foi morar com a Cibele, a Cibele falou que ela mesma se deu o apelido de “esposinha”. — É um apelido parecido, tá? Não é “esposinha”, mas eu vou usar “esposinha” aqui porque dá o mesmo sentido, assim. — Ela nunca falou em dividir uma conta de água, de luz e, a partir do momento em que ela virou a esposinha da Cibele, ela começou — o que era de extra que ela não tinha dinheiro para pagar — a simplesmente enviar os boletos — sabe quando você está assim no Whatsapp e você envia um boleto? — pra Cibele tipo: “Ah, esposinha, você completa para mim o valor disso aqui?”. A Cibele passou ali a pagar muita coisa da, agora, esposinha. A Cibele falou para mim: “Andréia, eu preciso ser sincera com você, me incomodou na época? Não, eu me sentia ainda mais casada. Então, eu pagava porque eu tinha e tudo bem assim, né?”.
A vida delas agora era as duas e o Bob, o cachorro da Cibele, vivendo uma vida de casadas, sendo que 90% das contas quem pagava era a Cibele. O tempo foi passando, ela retomou a faculdade, deu uma trancada porque aconteceu um problema de saúde dela — nada grave, mas que ela tinha que focar — e aí retomou de novo a faculdade, enfim, entramos agora neste ano. — O que aconteceu neste ano? — A faculdade dela deu uma aumentada e o material agora, que é uma reta final do curso da moça, está mais caro, tem mais coisa pra fazer. E a Cibele não estava conseguindo pagar tudo. E a Cibele falou: “Andréia, coisas que eu não deixo de pagar, não abro mão: Eu pago um convênio médico pra minha mãe, que eu não deixo de pagar de jeito nenhum e não vou diminuir a qualidade do convênio, e o Bob, o meu cachorro, tem também um convênio PET, mas que não ia adiantar muito porque agora estou em outro estado, mas ele come uma ração super premium, ele tem as coisinhas dele, tem o banho e tosa dele, tem as coisas dele, eu não abro mão. Então duas coisas que eu não abro mão, não mexo e não cai a qualidade: Do convênio da minha mãe e das coisas do Bob”. — E eu acho justo, gente… —
E aí a moça, como viu que ela não estava conseguindo pagar, queria que ela desse uma ração mais vagabunda para o Bob, diminuísse a faixa lá do convênio da mãe da Cibele. — Folgada, né, gente? Pô… Folgada demais, não aguento. — E aí a Cibele falou pra ela que não… E aí a moça chorou porque entrou num papel de esposinha meio frágil. E a Cibele trabalhando em período integral, arrumou um trabalho remoto para fazer no período da noite, para complementar a renda para pagar as coisas da esposinha, sendo que… Sendo que se ela vivesse com o que ela ganhar, ia sobrar, gente… Como ela me disse, ela ia conseguir, sei lá, guardar um pouco de dinheiro, sabe? E chegamos ao dia que a moça resolveu ter uma conversa com ela, a esposinha, dizendo que quando ela se formar, ela gostaria que a Cibele procurasse um emprego numa outra área melhor do que de supermercado, porque ela não estaria a altura de uma profissional de saúde assim. “Ah, ia ficar chato uma profissional de saúde X com uma gerente de mercado”. — Gerente de mercado que está pagando todas suas contas, gata? —
E essa conversa foi no meio de uma discussão assim, mas é aquilo, a gente fala o que a gente sente… Então, se ela falou aquilo, eu já pensava naquilo um tempo. E, nisso acendeu ali um creczinho na cabeça da Cibele… Fora isso, essa questão financeira, elas sempre foram legais juntas, assim, sempre foi bacana. — Mas o que eu disse pra ela é: Se você não tivesse dado dinheiro pra ela, ia ser bacana? Então não tem como você excluir a situação financeira. Se você não pagasse nada para ela, ela ia ser bacana igual para você, será? Se agora que você não está conseguindo pagar tudo, ela já está te falando esse tipo de coisa, já está querendo que você dê um convênio pior para sua mãe, dê uma ração pior pro seu cachorro… Sendo que Cibele não faz nada por ela, assim, só trabalha e agora com dois empregos… É quem? O Julius? Com dois empregos para bancar aí a esposinha. — A Cibele ainda tem uma dependência emocional muito grande com a esposinha.
O que eu falei para ela? “Gata, já… Terapia. Procure. Dor de amor passa. Vai doer, depois passa” e ela está cogitando pedir novamente transferência para o estado dela, onde está as amigas dela, onde está a família dela, onde ela abriu mão de tudo para ir morar com a esposinha e a rede de supermercado falou: “Gata, se você quiser voltar, você pode voltar e você vai voltar no cargo que você está”, porque quando ela estava lá no estado dela, a Cibele, ela estava num cargo abaixo e, como é um estado grande, sempre tem vaga. Então ela falou: “Pô, eu acho que eu vou voltar”, e aí ela tá com essa dúvida, pra poder fazer a mudança de volta e devolver o apartamento, pagar a multa e tal, ela vai fazer o empréstimo, mas ela tem a possibilidade de fazer um empréstimo dentro do mercado e parcelar isso, sem juros, então o mercado até um valor X lá pode te emprestar e te abater da folha. — Então, isso é muito bacana para uma emergência, alguma coisa… Eu acho muito importante que a empresa que a gente trabalhe seja esse porte seguro também pra gente, né? Pô, morreu um parente, deu um probleminha de saúde, não sei… Precisa de, sei lá, 5, 10 mil, se a sua empresa puder te emprestar e parcelar isso sem juros, descontando da sua folha, sei lá, né? Pô, é um adianto você não cai num banco, numa financeira da vida. —
Então, ela tem essa flexibilidade com a empresa e uma coisa que ela me falou, a Cibele ela trabalha na área dela, a área que ela mais gosta, por que ela tem que sair do mercado? Pô, mete o pé, deixa esses últimos seis meses aí para ela se virar e pagar tudo sozinha para ela ver como é bom, se ela vai se formar mesmo. Zero dó… Por mim, a Cibele já pede formalmente essa mudança e só comunica quando a mudança estiver pronta, senão também a outra vai fazer um inferno na vida dela. Porque a outra tem tudo no estado, tem parentes, tem amigos, ela pode muito bem morar na casa de um amigo, de um parente. Mete o pé, gata. A minha opinião é essa. Porque, gente, você está dando tudo e a pessoa quer que você precarize sua mãe e seu cachorro e você mesma, porque você está com dois empregos para poder bancar a bonita? Gente, para… Vocês precisam de tudo isso para ser amado? O que vocês acham?
[trilha]Assinante 1: Olá, nãoinviabilizers, aqui é a Isabela do Rio de Janeiro. Cibele, sinceramente, eu acho que os sinais estão muito claros… Veja que além da atitude da sua querida esposinha, a gente ainda tem a questão de como cenário para você voltar para sua cidade tá extremamente propício, por que você não vai nem ser rebaixada de cargo, você vai para a sua cidade com o cargo que você tem hoje, que é um cargo melhor. Ou seja, o universo está todo confabulando para que você se afaste dessa mulher, volte para sua cidade e siga sua vida. Perceba os sinais, siga sua intuição… Você já teve aí uma virada de chave de que essa menina é uma pessoa que só quer ter você por perto por interesse. Fique atenta aos sinais, ouça a sua intuição e mete o pé. Um beijo.
Assinante 2: Oi, nãoinviabilizers, aqui é o Emídio da cidade de Batatais, São Paulo. E, Cibele, essa moça vai te largar assim que ela terminar o curso. Você está sendo ONG dela, ela tá te usando sem nenhum ponto de empatia, sabe? Percebe que nada que faz parte do seu mundo importa? Você, seu dinheiro, seu cachorro, seus pais, nem o trabalho que você demorou tanto para conquistar… Então, sabe o que você faz para diminuir o prejuízo? Fala pra ela: “Amor, tô te promovendo pra “divorciadinha”, tá? Fica com Deus”. Sabe por que? Olha o quanto você conquistou, o quanto você é boa funcionária, você falou pra empresa que ia mudar de estado, agora você falou que se arrependeu e quer voltar e eles falaram: “Vem, gata, a gente vai amar te receber”, que empresa faz isso? Então, Cibele encontre ai mesmo, se valoriza, porque tá cheio de mulher maravilhosa nesse mundo prontinha pra te fazer feliz, tá? Eu espero que tudo isso passe. Um beijo.
[trilha]Déia Freitas: O bem-estar do seu pet está garantido com os planos de saúde Petlove. Você paga um valor acessível por mês, sem surpresas no seu orçamento. A Petlove possui mais de 6 mil clínicas e hospitais espalhados por todo Brasil. A contratação é prática e digital e conta aí com microchipagem grátis — amo — e, usando nosso cupom, “PONEI20” — amo, pônei maiúsculo, sem acento e 20 numeral —, você ganha 20% de desconto na primeira mensalidade dos planos de saúde Petlove. Contrata agora, porque o cupom é por tempo limitado. Planos de Saúde Petlove, se tem pet, tem que ter. — Valeu, Petlove, te amo. — Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]