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Picolé de Limão

filhona

By 24/04/2023junho 5th, 2023No Comments
https://open.spotify.com/episode/0k38TITueIFLV4CEYAzNzd?si=DqeQ_Az-Sd6F4PLrzi36iQ

título: filhona
data de publicação: 24/04/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #filhona
personagens: dona dalva e sua filha

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolés de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje é a Printi. — Sim, marca nova chegando… — A Printi é uma gráfica online que usa tecnologia para descomplicar a vida da gente aí na hora de personalizar e imprimir. A Printi é pra todos. Para quem não conhece a Printi, eu vou falar um pouco sobre ela. É uma gráfica online, mas é muito mais do que isso… A Printi usa a tecnologia para descomplicar e o acesso também a materiais gráficos de qualidade e é descomplicado mesmo, se você entrar lá no site você vai ver como é fácil e como você pode personalizar e as coisas que você precisa imprimir.

Com poucos cliques e num preço muito, mas muito bacana mesmo, você consegue aí fazer todo o processo das coisas gráficas — coisinhas gráficas, amo — que você precisa, vai ali, vai clicando, vai escolhendo o material e a Printi depois entrega pra você, porque é para todo Brasil. E no portfólio da Printi você consegue imprimir calendário, cartões, gente, tudo… Até quadro. — Você pode fazer aí um quadro de Pônei. Amo. [risos] Eu acho que eu vou fazer um quadro de Pônei, eu quero, Printi. — A Printi também tem soluções para empresas, então para o seu negócio aí, desde o negócio que está começando até uma loja que já tem tudo e tal e precisa imprimir coisas.

E também a Printi atende a gente, eu, você, como pessoa física, o que você quiser imprimir. — Inclusive, Printi, já vou te dar serviço, ó… Esse ano eu estou querendo imprimir os calendários. Ano passado os calendários do podcast foram online somente e esse ano eu estou pensando em imprimir os calendários físicos, hein? Acho que eu vou fazer isso na Printi, hein, Printi? Já estou aí, ó, parceria… Mesmo que não quiser, já estou aqui falando que vai ser longa. [risos] — E, gente, pra vocês conhecerem a Printi, ela lançou um cupom de desconto e o nosso cupom é: PONEIPRINT. [risos] Amo… Do jeitinho que a gente sempre tem o “Pônei” aqui, tá? Que é como “i”, tá? E Printi com o “i” no final, então é tudo “i”, PONEIPRINTI.

Tem aqui na descrição do episódio certinho aí o cupom. E, com esse cupom, você ganha 25% de desconto até 75R$ aí — chegar esse desconto o máximo é 75 R$ — na primeira compra, então vai lá: printi.com.br. — “Printi” com izinho no final. — E esse cupom é válido para os próximos 30 dias. Aproveitem. Então vamos lá, vamos de história.

[trilha] 


A dona Dalva tem uma filha e o marido dela, já é falecido, então sempre foi ela e a filha. E dona Dalva, como funcionária pública, conseguiu dar uma boa vida pra filha. Então, a filha sempre teve tudo o que quis, estudou em escolas boas, fez faculdade… — Teve uma vida ótima. — Até que um dia, esta filha conheceu um cara… E aí começou a namorar esse cara e resolveu que ela queria casar com esse cara. Só que ela tinha se formado e ela não trabalhava, e aí a dona Dalva falou pra ela assim: “Ele ganha super pouco, você não trabalha… Como é que vocês vão casar? Vocês não têm como casar”. E aí ela bateu o pé, bateu o pé que queria casar, que a mãe não ajudava e nã nã nã. Dona Dalva foi lá e ajudou… E a filha pediu para que ela fosse fiadora do aluguel do apartamento.


A gente já sabe [risos] que isso é cilada, mas dona Dalva falou: “Única filha e nã nã nã, vou lá. Vamos ver como é que vai ser”. E, obviamente, não deu certo… Eles começaram a atrasar o aluguel e dona Dalva teve que pagar o aluguel. — Então, praticamente ela estava pagando pra filha morar com o genro lá e tal… — E algumas contas também era a dona Dalva que pagava e aquilo foi enchendo a dona Dalva. Com razão, né? Até que Dona Dalva resolveu construir, por conta própria, nos fundos da casa dela, um quarto, sala e banheiro para a filha. Porque ela viu que ela teria que pagar todas as contas, estava pagando condomínio, aluguel e algumas contas da casa. — Porque o cara também não se mexia muito. — E ela resolveu construir. 


Construiu em quatro meses, o contrato de aluguel lá estava acabando… Um detalhe: a filha não queria morar nos fundos da casa da mãe, queria ficar no apartamento. E a mãe falou: “Bom, assim que acabar o contrato aqui, eu não vou renovar como fiadora e não vou pagar mais nada. Então, se vocês querem ficar aqui, vocês têm que ficar por conta de vocês. Agora, se você quiser ir morar lá nos fundos, você pode morar”. — E ela separou a água e a luz lá da casa dos fundos, então tinha água e luz própria, né? Era só ligar a hora que eles fossem morar lá, tinha todos os relógios, tudo certinho, separado. — E aí ela não teria mais esse gasto com o aluguel e eles teriam que se virar pra pagar água, luz e comer, que é o mínimo, né? Já que você casou, é o mínimo. E aí a filha viu que realmente não ia ter jeito, a mãe não ia renovar como fiadora, eles não iam conseguir nenhum outro fiador e eles se mudaram lá para a casa dos fundos.


Então, como que dona Dalva fez essa casa dos fundos? — Como é que eu vou explicar isso… — Tem a casa da frente, tinha um espaço lateral da casa de uns três metros, então o que dona Dalva fez? Ela fez a casa lá no fundo, encostada no terreno. Então com dois cômodos em um banheiro, tudo virado aqui pra frente, deixou um quintalzinho, fez um muro pra ela também ficar com quintal. Então, dona Dalva ficou com um pedaço do quintal, a filha com um outro pedaço e um corredor separado pra eles entrarem já direto da rua, sem passar pela casa da dona Dalva. Então, uma casa não tinha ligação nenhuma com a outra. Então ficou a casa da dona Dalva na frente, um corredor de largura de um metro e meio que ia até o fundo onde tinha a casa da filha com o quintalzinho. — Ficou bom, ela me mostrou umas fotos, ficou boa a casinha. —


E aí ficou a casa da dona Dalva, com um corredor lateral também só da dona Dalva e lá atrás um quintal, uma parte do quintal tinha lavanderia e uma árvore, umas coisas da dona Dalva. — Então, não ficou ruim… — E a filha, que era aquilo, que não queria morar nos fundos da casa da mãe, acabou que o portão dela ficava ali, de frente para a rua, né? Então não tinha do que reclamar, né? Até caixinha do correio separado a mãe fez. E aí a filha foi morar lá com o cara, então eles tinham que pagar a água e a luz e viver, né? Comer… Os primeiros três meses tudo bem, porque era praticamente… Praticamente não, né? Era tudo separado, real. Então, quando a filha queria, ela ia lá na casa da mãe às vezes pra tomar um café, pra conversar… De domingo eles almoçavam juntos ali na casa da dona Dalva.

E a dona Dalva, funcionária pública, ainda trabalhando, né? Não é aposentada, não. E aí começou a acontecer uma coisa que a dona Dalva começou a ficar incomodada… Às vezes, a dona Dalva chegava do trabalho e a filha e o genro estavam lá na casa dela, comendo as coisas, assistindo TV e até banho eles estavam tomando na casa da dona Dalva. E aí dona Dalva chegava assim, cansada do trabalho, encontrava eles lá, ainda ia ter que fazer comida, enfim, um inferno. E aí ela foi aguentando isso um tempo até que, conversando com as amigas, uma das amigas falou: “Troca o segredo… Troca o segredo do portão, da porta da frente e da porta dos fundos. Tira o acesso da sua filha. Ela só vai poder ir na sua casa quando ela for convidada”. Aí dona Dalva pegou um dia que eles tinham saído, os dois, e chamou um chaveiro e trocou. Trocou a chave do portão, trocou a chave da porta da frente e a chave da porta dos fundos.


Mais uns dois dias passaram, quando ela recebeu no trabalho uma ligação da filha, que a filha estava tentando entrar e não estava conseguindo. Aí a dona Dalva falou pra ela: “Ué, mas por que é que você está tentando entrar aí? Eu deixei a casa arrumada, eu chego e está tudo desarrumado… Vocês… Na minha casa eu não quero mais isso, não é pra entrar aí”. E aí a menina deu… — A menina… Mulher, né? Mais de 30 anos. — Deu um chilique, gritou com a mãe e, quando ela chegou, eles foram lá e tiveram que tocar a campainha. [risos] E a dona Dalva falou: “Eu não quero mais vocês aqui sem que eu esteja. Então, quando for para ser uma visita, eu chamo vocês e vocês vem”. E aí ela acabou descobrindo nessa que eles tinham deixado de pagar a conta de água e conta de luz e tinha sido cortado


E aí a dona Dalva falou: “Olha, dessa vez eu não vou ajudar… Eu já fiz tudo por vocês, agora vocês vão lá, vão na mãe do cara, peçam para os seus amigos, eu não vou fazer”. E é nesse pé que está… A filha não está falando com ela, ela não sabe se foi religada a água, luz… Porque até o reloginho dela está lá no corredor que é dela. Então, a Dona Dalva tem a chave da casa da filha, mas ela não vai lá. Então ela não sabe se foi religada ou não. E ela escreveu pra gente porque tem horas que ela se sente uma mãe ruim, assim, de ter feito isso. Eu acho que não, eu acho que, assim, são dois adultos, não tem nenhuma criança lá. Se tivesse uma criança, eu ia ficar mais preocupada, sem água, sem luz e tal, mas não tem nenhuma criança, são dois adultos… Dois adultos com faculdade. Poxa, pega a qualquer trampo.


Eu que sou eu pego qualquer trampo. Por que a galera não pega qualquer trampo? Sabe? — Eu fico P da vida com isso às vezes, sabe? Gente que às vezes vem pedir ajuda e você fala: “Pô, sei lá, eu sou cat sitter pra cobrir os meus gastos aí, vai ser também”. “Ah não, mas é que não é da minha área”. Não tem área… Quando você tem conta pra pagar, quando você tem que comer, não tem muito de área, não, você tem que pegar o que aparecer e aí você vai se organizando pra tentar entrar na sua área. A vida é isso, né? — Então, eu não acho que a dona Dalva está errada, porque ela já fez… Poxa, olha o que ela já fez, deu uma casa prontinha pra filha, tudo certinho, é só ela pagar água e luz e eles se virarem para comer. E, pô, você casou… Por que você foi casar então? Dona Dalva falou, “vocês não tinham condição de casar, foram casar”, então agora segura esse B.O, né?


[trilha]


Assinante 1: Oi, gente, meu nome é Loma, eu falo do Rio de Janeiro. Dona Dalva, eu acho que a senhora não errou em momento nenhum, a senhora está certíssima. A senhora fez muito mais do que a sua obrigação como mãe, a senhora foi muito legal com a sua filha e com o seu genro. E, se a senhora me desculpa falar, sua filha e seu genro são dois mimados e folgados, tá bom? Pode dormir com a consciência tranquila de que a senhora não errou em momento algum, tá bom? Espero que tudo se resolva e a senhora fique bem. Um beijo e vá ser feliz, Dona Dalva. 

Assinante 2: Oi, gente… Eu sou a Bruna aqui de Curitiba e, Dona Dalva, eu acho que se a senhora estivesse de biquíni na Antártida, você nunca passaria frio, porque a senhora está coberta de razão. A sua filha, na verdade, tá precisando ser educada. E papel de mãe não é só acolher, não é só passar a mão na cabeça… É também falar quando está errada e, assim, sua filha está bem errada. A senhora fez de tudo, falou que eles não podiam casar, falou que eles não tinham condição, ainda fez mais do que o necessário construindo ali sua casinha que, poxa, super confortável pros dois, completamente separada, com privacidade. Então, assim, dona Dalva, sua parte você já fez, eu acho que a senhora pode dormir tranquilíssima, com a consciência tranquila sabendo que você está, ó, certíssima. 

[trilha] 

Déia Freitas: Gente, estou muito feliz que tem marca nova aí no Conglomerado Pônei. — a marca Printi — Printi, uma gráfica para todos. Eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio. O nosso cupom é PONEIPRINTI — “pônei” com I, “Printi” com “i” no final. — e com ele você tem 25% de desconto. E aí, dependendo do volume do que você for comprar, o desconto vai até 75R$ aí na sua primeira compra. E esse cupom é válido por 30 dias. Estou muito feliz, valeu, Printi, um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.