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título: fotocópias
data de publicação: 09/10/2020
quadro: amor nas redes – especial afetos
hashtag: #fotocopias
personagens: márcio e priscila

TRANSCRIÇÃO

Déia Freitas: Oi, gente… Finalmente sexta-feira. Chegamos, e como é que foi a semana pra vocês aí de [risos] Luz Acesa do bem? Foi suave, né? Foi super suave. Então hoje, teremos uma história de amor, daquelas que eu contei no Telegram, que estava lá o áudio bruto no Telegram. Eu tô passando todas para o podcast, todas editadas pelo maravilhoso Léo Mogli, que é meu editor, então assim, 50% do trabalho [risos] de fazer vocês se emocionarem, ou terem medo é do Léo, sem o Léo nada aconteceria. E eu quero agradecer além do Léo, o Bruno. O Bruno é o cara que pegou todas as histórias que eu contei em tweets, fez todos os textos para mim, então tudo que eu preciso organizar pra fazer o roteiro, essas coisas, antes de fazer o roteiro esse pré quem faz para mim é o Bruno, então eu contratei o Bruno pra cuidar dessas coisas pra mim e está sendo maravilhoso porque facilita demais a minha vida. Então Bruno, um beijo [efeito sonoro de beijo], Léo, um beijo [efeito sonoro de beijo] e vamos de história?

Não, não vamos de história ainda, porque o meu beijo maior da semana, esse mês, é dedicado às meninas do podcast “Afetos”, a Karina Vieira e a Gabi Oliveira [efeito sonoro de beijo]. E hoje a gente vai ter uma história chamada “fotocópias”, que é uma história muito fofinha de um cara tímido e é para vocês meninas. Um beijo e segunda-feira eu volto com o terror… Terror, assim, maldito. [efeito sonoro de terror]  Vou contar uma história para vocês de uma moça chamada Sônia, na segunda-feira, então a gente se vê segunda, um beijo.

[vinheta] Amor nas Redes, sua história contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Hoje eu vou contar para vocês a história do Márcio e da Priscila. É o Márcio que me escreve. 

Em 2013 o Márcio fazia Administração numa faculdade particular em São Paulo, estudava de manhã e trabalhava tarde e noite quase do lado da faculdade, em um lugar que fazia fotocópia, encadernação, impressão, essas coisas. O Márcio tinha uma rotina bem corrida, ele estudava de manhã e trabalhava à tarde e de noite, então chegava, dormia, acordava já ia pra faculdade, e levava marmita para comer no trabalho, e se ele não fizesse assim, ele não conseguia pagar a mensalidade que ele tinha 50% de bolsa, né? E era essa a vida dele, todo dia isso, de segunda a sexta, e de sábado ainda trabalhava até meio-dia — Meu Deus, eu trabalhei anos de sábado até meio-dia, que vida triste, né? —

Uma bela tarde, assim, final da tarde ele tá lá tirando cópia, fazendo o trabalho dele e chega uma moça no balcão com assim, uma pilha de coisa para tirar cópia. Primeiro ele olhou a pilha porque, né, quando é muita coisa já dá aquele desânimo [risos], ele olhou aquela pilha de coisas assim, e pensou “Puxa vida, um monte de coisa para eu tirar cópia”, e que ele subiu o olho que ele viu aquela menina [trilha sonora de romance] foi paixão à primeira vista, assim, ele ficou encantado e ela super preocupada com as coisas ali que tinha que separar, o que tinha que tirar de cópia, um pen drive que tinha que imprimir várias coisas. O Márcio nem sabia ainda o nome dela, o nome dela é Priscila, mas ele nem sabia o nome dela ainda e já achava que aquela era a mulher da vida dele. — Sabe quando você bate o olho assim e você perde o ar? É muito gostoso sentir isso, né? Faz tempo que eu não sinto isso, mas é uma delícia, né? —

E ele olhou para ela assim e, nossa, ele perdeu o chão, faltou o ar, e ela falando o que tinha que fazer e ele não conseguiu prestar atenção em nada. Aí o Valtinho, o amigo dele lá da fotocópia, viu que ele estava olhando para ela sem prestar atenção em nada e já tomou frente, já começou a pegar as coisas que a Priscila tava dando lá pra tirar cópia e tal. E Valtinho foi fazendo tudo e o Márcio lá assim em choque, parado, olhando para Priscila e ela não se ligou, realmente ela não notou ele. O Márcio é um cara muito tímido, bem tímido mesmo… — Teve até um conflito assim para me escrever, mas ele queria contar a história dele e aí ele me escreveu — Mas ele é bem tímido então nunca que ele ia, sei lá, dar uma cantada nela, falar alguma coisa para ver se ela tinha interesse, não, não ia… 

E ela passou a ir com frequência lá onde ele trabalhava pra tirar cópia ou para imprimir, e ele sempre ficava, assim, paralisado e às vezes ele ficava atrapalhado, tirava cópia errada, fazia tudo errado, então às vezes ela ficava aborrecida. E assim, ela não olhava para as pessoas no geral que trabalhavam ali de outra forma, sabe quando você chega pede uma cópia e se perguntarem para você depois como é a pessoa, você nem sabe? E assim, gente, passou um ano… [risos] — Gente, o Márcio é pior que eu, eu sou meio assim também, bem tímida, mas o Márcio me superou. Pior que eu acho que não, tem um cara que eu paquerei dois anos… Não, eu ainda sou pior que o Márcio. — Mas enfim… o Márcio passou um ano apaixonado sem falar com ela, sem dar a entender nada, só assim, amando a Priscila de longe. E ele sabia que o nome dela era Priscila e o que ela estudava também era Administração e que turma ela estava, pelas coisas que ela deixava lá pra tirar cópia, se não nem isso ele ia saber. 

As informações que ele tinha dela eram essas e, assim, às vezes, ele via, ela chegava lá com um suco, alguma coisa que ela estava tomando, aí ele falava “Ah, então ela gosta desse suco de caixinha de uva” [falando e rindo ao mesmo tempo], aí quando ele ia no mercado ele comprava daquele suco de caixinha de uva pra ele, tipo, “Ai, ela toma esse mesmo suco de caixinha”. — Gente, sou eu, eu sou muito assim. [risos] — Ele fazia isso… E um ano se passou e, quando acabou aquele ano, veio férias e voltou de novo o curso, porque ainda bem ele sabia que ela estava tipo no terceiro semestre, então só se ela mudasse de faculdade, né? Então quando mudou o ano e ela estava lá, ele falou para o Valtinho: “Valtinho, desse ano não [falando e rindo ao mesmo tempo] passa, desse ano…”, o Valtinho falou: “Poxa, pensei que você ia falar dessa semana. Não passa desse ano? Eu vou aguentar você suspirando [efeito sonoro de impressora] nesse cubículo mais onze meses?” [risos] 

Mas não, o Márcio estava decidido a pelo menos falar “oi”, sei lá, puxar um assunto com a Priscila pra ver se desenrolava alguma coisa. — Estar decidido não significa fazer, sei muito bem, viu Márcio? [risos] —. Aí um dia o Márcio chegou, ele entrava às 14 horas e tinha lá um calhamaço de coisa com bilhete do cara que trabalhava de manhã, que era para ele entregar às 16:30 lá na biblioteca da faculdade pra uma turma lá que tinha deixado, que eles iam fazer trabalho. E como foi uma pisada de bola lá da fotocópia, o dono falou: “Não, quando der o horário lá do trabalho deles vocês vão lá, se virem, vai lá entregar. Pra gente ficar aí com uma presença com a galera lá da turma”. E aí o Valtinho chegou junto, o Valtinho também entrava às 14, falou: “Mano, olha o nome que tá aqui para quem que é para entregar, pra Priscila, é você que vai”. [efeito sonoro de tensão] Moleza nas pernas na hora, né? Márcio não estava preparado pra aquilo, gente. Assim, a coisa implicava em sair do cantinho dele conhecido, zona de conforto que ele trabalhava, andar quase um quarteirão até a faculdade, entrar na faculdade, ir até a biblioteca, ficar em pé na frente de um monte de gente e falar “Por favor, a Priscila”, e entregar pra Priscila. Assim, pensando… Não dava pra ele, não tinha como. 

O Márcio quase [falando e rindo ao mesmo tempo] passou mal, e o Valtinho falou: “Se vira, é você que vai, eu não aguento mais isso, cara. Isso é Deus falando para você ir lá e entregar isso, pelo menos a menina vai te ver fora do balcão, quem sabe surge um interesse”, e ele ficou pensando naquilo, como que ele ia fazer? Ele entrou às duas, até às dezesseis e trinta, não fez absolutamente nada, Valtinho puto que tava, fazendo tudo sozinho. Ele não conseguia pensar, não conseguia, ficava ensaiando o que ele iria falar [efeito sonoro de alarme de relógio] e aí chegou o horário de ir até a biblioteca levar o trabalho da turma. Não ia ter jeito, o Márcio ia ter que fazer aquilo, o Valtinho falou: “Olha, só nós dois aqui esse horário, eu não vou sair daqui, foi o patrão que mandou. Então leva, eu não vou levar” e Valtinho ficou lá. [risos]

E ele pegou as coisas do trabalho e foi andando até a biblioteca, o Márcio falou que foi a caminhada mais longa da vida dele, ele foi devagarinho, pensando, respirando, se concentrando porque ele ia encontrar a Priscila e falar com ela, ela ia ter que olhar realmente ali para ele, pelo menos pela primeira vez, né? Chegou lá na faculdade, tem catraca, identificação para entrar, mas ele já… Eles tinham tipo um convênio com a fotocópia lá, todo mundo conhecia os meninos da fotocópia e ele pegou um crachazinho lá e entrou. E foi até a biblioteca já esperando que ele ia encontrar a turma e entregar para Priscila e falar “oi” e olhar bem para ela assim e ir embora. 

O Márcio entrou na biblioteca muito nervoso, ele só não estava suando porque ele estava realmente fazendo um trabalho de respiração ali para não ficar todo esbaforido, mas ele entrou nervoso procurando a turma, né? Pra ver onde estava e já identificar a Priscila no meio da turma e levar. E qual não foi a surpresa dele de ver a Priscila so-zi-nha numa mesa? Ela estava sozinha, ele ia ter que ir até ela de qualquer forma e falar só com ela, acabou pro Márcio, né? [risos] Não ia ter jeito, ele ia ter que fazer, ia voltar, correr lá atrás do Valtinho? E falar: “Valtinho, leva”, Valtinho ia fazer ele correr dali, então não ia ter jeito, ele ia ter que falar com ela. E aí ela estava lá rabiscando, sei lá o quê, e ele foi chegando perto e falou: “Priscila”, ele não sabe nem como que a voz dele saiu, mas saiu.

A Priscila que estava toda concentrada lá escrevendo alguma coisa, parou, levantou a cabeça, ele em pé, ela sentada lá na mesa, olhou para ele e acreditem [efeito sonoro de mágica] deve ter sido a primeira vez que Priscila notou Márcio, porque ela parou e prestou atenção — Olha que delícia, gente.— Sabe quando você olha e fala “Opa, quem é esse?”, foi essa cara que o Márcio disse que teve a impressão que ela fez, mas ele não tinha certeza de nada, né? Aí ela ficou olhando um pouquinho pra ele e falou: “Ah, você trouxe as coisas e tal”, e pegou da mão dele, ele em pé do jeito que estava continuou. Isso, a única palavra que ele falou foi “Priscila”, mais nada. Aí ela começou a olhar as coisas, olhou para ele novamente e falou: “Mas vocês não separaram?” [efeito sonoro do Windows dando erro] Primeiro que ele nem sabia que tinha que separar, ele nem pegou no material para ver, na verdade ele só ficou com aquilo “eu tenho que entregar, eu tenho que entregar” e não focou nisso. 

E ele não sabia o que responder, e aí ele fez um que sim com a cabeça e que não com a cabeça ao mesmo tempo, sabe quando você dá uma girada com a cabeça? [risos] — Tipo: sim ou não, tanto faz, porque eu não sei. — E aí ela pegou no braço dele e falou: “Então senta aqui e me ajuda a separar porque eu tenho que entregar isso na primeira aula”. — Gente, o coração de Márcio [trilha de bateria de escola de samba] — Aí o Márcio sentou do lado da Priscila, o coração dele na boca, ela começou a separar as folhas e ele não sabe nem como ele conseguiu fazer aquilo, porque ele nem ouviu o que ela falava, ele falou que ela estava muito cheirosa, ele estava sentado do lado dela, então, às vezes, ela encostava o braço nele, ele ficava olhando o cabelo dela, ele [tom de empolgação] estava no céu ali e ao mesmo tempo ansioso.

E aí o Márcio ajudou a Priscila a separar tudo e a organizar o índice, não sei o quê, e ela tinha que separar a parte que ela ia apresentar. E aí quando ele olhou no celular já era seis horas, imagina como que estava Valtinho, nervoso, sozinho lá fazendo tudo e o bonito tinha sumido uma hora e meia. E aí ele falou para ela: “Olha, eu não posso mais ficar, eu preciso voltar lá pro meu trabalho. Deve tá todo mundo já, deve ter fila lá para tirar cópia e eu preciso voltar”, ela deu um sorriso para ele, agradeceu [trilha de música animada] e rolou um clima. Isso eu tô falando agora, porque Priscila confirmou que rolou um clima, mas na hora o Márcio meio que nem percebeu, né? Saiu de lá todo esbaforido, correndo e voltou lá pro trabalho dele de fotocópias. 

Só que agora eles tinham contato, né? Pelo menos eles fizeram algo juntos que foi separar papel [risos] e ele voltou nas nuvens lá. Valtinho estava puto, mas ele voltou tão feliz que o Valtinho até relevou “Ah, vai, pega aí e faz seu trabalho e para de falar nisso”, passou ali uns dois dias a Priscila foi lá tirar cópia de novo, porque lá na biblioteca ela perguntou o nome dele e dessa vez ela falou: “Oi, Márcio” [trilha de piano] e, depois do lance da biblioteca, rolou uma paquerinha entre os dois, então ela ia lá e ficava de risinho, aquela conversinha quando a gente tá a fim, os dois estão afim, e fica naquele chove não molha, Valtinho até virava os zóio. [risos]

E ficou nisso porque o Márcio não tinha coragem mesmo de falar “Ah, você quer sair comigo no final de semana, alguma coisa assim?”, então foi ficando nisso, risadinha daqui, risadinha dali, mas tinha um clima. Um dia ela levou um papel que tinha um poema, e aí ela pediu duas cópias, ele fez as duas cópias, e aí uma cópia ela deixou [falando com voz fofa] pra ele “Ai, meu Deus do céu”. E um dia desses que ela estava bem fazendo gracinha com ele, os dois fazendo gracinha, tinha uma amiga dela da faculdade junto, e aí ela fez, tirou as cópias lá que tinha que tirar e quando elas duas estavam saindo da fotocópia a amiga virou pra ela e falou: “Sério amiga? O cara do xerox?” [trilha sonora triste] Tipo com desdém, assim, sabe? Aí aquilo [tom de tristeza] matou o Márcio, matou o Márcio, o Valtinho também escutou, acho que quem estava ali dentro daquele lugar escutou.

E o Márcio, nossa, ficou arrasado porque aí ele colocou isso na cabeça “Eu sou só o cara do xerox mesmo, que chance eu tenho? Não tenho nenhuma chance com uma menina dessas”, e a Priscila nem era rica, nada, ela é uma estudante normalzinha e tal, só que ele colocou isso na cabeça “Eu sou o cara do xerox e, meu, o quê que eu tô fazendo, né? O que eu acho que eu vou conseguir? Não vou conseguir nada”, e aí a postura do Márcio mudou, ele passou ficar lá no fundo da fotocópia lá do lugar que eles trabalhavam que era o lugar que fazia impressão, então o povo chegava com pen drive… Normalmente, era o Valtinho que ficava lá, ele ficava mais na cópia mesmo, no balcão. Valtinho que era mais antissocial que ficava lá atrás e aí ele pediu pro Valtinho para ficar lá atrás, que ele não queria mais encontrar a Priscila, pra ver se tirava ela da cabeça. 

A amiga da Priscila falou com tanto desprezo, sabe? [tom de desprezo] “Ai, amiga, o cara do xerox?” que, meu, aquilo pegou fundo nele, sabe? Até o Valtinho, nem comentou mais nada da Priscila porque foi pesado o negócio, foi o jeito que ela falou, sabe? Um desprezão assim? Aí a Priscila ia, ele até via que ela estava lá, mas ele continuava no computador, tipo: “Vou pensar em outra coisa, vou tirar essa menina da minha cabeça” e eles ficaram assim uns dois meses, ele lá no fundo, ela ia. Às vezes ela até falava lá de longe “Oi, Márcio” e ele fazia com a mão assim “oi”, mas nem olhava, assim… E ele super triste, Valtinho já de saco cheio da [falando e rindo ao mesmo tempo] fossa do Márcio e ele ficou mal, mas porque ele gostava dela de verdade assim, né? 

E aí ele saía às dez, entrava às duas e saía às dez horas, e ela saía quase onze da faculdade. Aí um dia ele estava lá com Valtinho fechando [efeito sonoro de porta de aço de enrolar sendo abaixada] o lugar que eles trabalhavam lá, e quem estava lá na calçada? Esperando por Márcio? [tom de empolgação] Quem, quem, quem? Priscila. [trilha animada] A Priscila estava lá na calçada esperando Márcio, não é que ela estava passando, não é que foi coincidência, ela estava esperando o Márcio, porque uns dois dias antes ela chegou lá na fotocópia e perguntou pelo Márcio e ele não estava, era o horário de janta dele, ele tinha saído para comer alguma coisa; e o Valtinho falou: “Ah, meu, você deu maior fora no cara” [trilha] E aí ela ficou sem entender, fora que fora? Não dei fora nenhum, aí o Valtinho falou da amiga dela, falou: “Pô, ele escutou você falando é o cara do xerox”.

E aí a Priscila falou pro Valtinho que tinha até dado uma bronca na amiga, né, falou: “Nossa, não, aquela mina nem é minha amiga, é só uma colega de faculdade, eu também coloquei ela no lugar dela e tal, nada a ver”. E aí o Valtinho falou: “Pô, o cara gosta de você, ficou chateado” — O Valtinho falou — E ela ficou com isso na cabeça e dois dias ela ficou pensando nisso, em como que ela ia consertar o que a colega dela lá de faculdade tinha feito. Gente, a Priscila enquadrou o Márcio, falou pra ele: “Será que você pode conversar comigo cinco minutinhos?”, e aí o Valtinho já saiu andando, o Valtinho já sabia, né? E ele não tinha comentado nada com o Márcio que ele tinha falado com a Priscila, não comentou nada porque ele também não sabia que atitude que a Priscila ia ter, vai que ele desse uma esperança aí pro Márcio e depois a menina não ia falar nada, né? Ele ficou na dele.

Aí a Priscila perguntou para ele e falou: “Nossa, a gente conversava tanto, né, a gente brincava, tudo e você de repente virou a cara pra mim, o quê que aconteceu?”, aí o Márcio, óbvio, respondeu: “Não, não aconteceu nada, tá tudo igual” e já vermelho assim, né? E aí ela falou: “Não, não tá, não, você deve ter ouvido o que aquela mina que estava comigo falou. E eu não penso como ela, eu coloquei ela no lugar dela e não é isso que eu penso, eu gosto de você”. — Gente, meu sonho ser assim… — E aí a Priscila olhou pra ele e falou: “Eu gosto de você”. [trilha sonora de romance] Márcio que nem respirando estava mais… — Eu me imagino na situação do Márcio — Nem respirando ele estava mais, assim, chocado, mas feliz, com aquele frio na barriga. 

E ela falou: “Eu gosto de você”, e quando ele olhou pra ela, que ele foi falar alguma coisa, a Priscila tascou-lhe um beijo, gente… — A Priscila beijou o Márcio, olha que delícia. — E aí virou romance, né? Coisa linda. Se eu tivesse ali em volta estava aplaudindo de pé, e aí eles se beijaram e foi aquela, né, aquele ímpeto… E o Márcio ainda meio passado, tipo: “Tá acontecendo comigo mesmo? É uma Sessão da Tarde?”. E eles começaram a namorar e foi tudo lindo. Eles namoraram até 2017 e casaram, estão juntos e se amam muito, assim, o Márcio continua super tímido e a Priscila é mais atirada, mas eles se amam muito, um casalzinho muito bonitinho, eu vi foto deles, eles são muito bonitinhos. 

E, gente, uma história de amor feliz, não é? Novinhos de casados, não é? Dois anos. E estão ótimos, continuem assim, casalzinho feliz que eu amo. E é isso, não é bonitinha a história? Ê, final felizinho. Bom uma história assim, né? Então ó, hoje a história foi de amor, então curtam muito a história de hoje e é isso beijinho. 


[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.