título: fotogênica
data de publicação: 25/09/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #fotogenica
personagens: manuela e ângela
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje é a minha amada Petlove. Assim como nós, os pets precisam aí de atenção contínua, um check—up pode identificar aí precocemente problemas… As vacinas protegem contra doenças graves e visitas periódicas ao veterinário fortalecem o seu vínculo de tutor com o seu pet, trazendo segurança para toda a família. É a Petlove que te ajuda a cuidar da saúde do seu pet, já que eles têm tudo o que o seu pet precisa. E o bem-estar e a felicidade do seu pet é a prioridade da Petlove. São cinco tipos diferentes de plano de saúde Petlove. A Petlove te oferece atendimento veterinário de qualidade a um valor que você pode pagar.
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[trilha]Manuela sempre foi uma moça que gostou muito de praia, de passear… Faz vários rolês aí com as amigas. Elas são de um lugar onde tem muita badalação. — Vamos chamar aí de “Balneário Pôneiu”. — [risos] Tem muita coisa, muita festa, muita badalação e ela está sempre nos passeios. Numa dessas vezes, que elas estavam num bar que tem umas bebidas chiques e nã nã nã, elas conheceram um cara. Elas estão na faixa dos 25 anos, o cara também nessa faixa, muito bonito, muito bem arrumado, pagou uma rodada de bebida para elas. — E, assim, gente, um cara bem atraente. — Todo mundo ficou ali conversando e ele olhando para a Manuela, mais interessado. Manuela falou: ‘Nossa, será?” e as amigas já cutucando: “Aí Manu, ganhou, o cara está afim de você e nã nã nã”. Todo mundo ali conversando e o cara pegou o contato dela, passou o dele, falou: “vamos marcar alguma coisa e tal”, e aí ficaram ali, beberam, ele pagou a conta… — As meninas já estavam bebendo antes, ele pagou a conta da mesa e foi embora. — Manu ficou caidinha? Ficou caidinha.
Manuela também é uma moça muito bonita. — Então, assim, um casal bonito. — Chegou ali no meio da semana, ele mandou mensagem, convidou a Manuela para jantar… Foi buscar a Manuela na casa dela, com um carro bem chamativo, levou a Manuela num restaurante bom, pagou a conta e falou: “Manu, não mexa na sua carteira, que isso me ofende. Não mexa na sua carteira”. — Nossa, né? Que bom… [risos] — E aí eles começaram a sair, a ficar… Era um namoro? Manu não sabia. Manu queria namorar com ele? Queria. Saiu uma, duas, três, quatro… Na quinta vez, ele pediu a Manuela em namoro, falou: “você quer namorar comigo? Eu te acho perfeita, te acho linda” e Manu topou, eles começaram ali a namorar, a se ver com muita frequência… E aí, eles já iam nos mesmos lugares, mas a Manu nunca tinha visto ele. — Pelo menos ele disse que eles iam nos mesmos lugares e tal. —
Às vezes, ele chamava as amigas da Manu e ele pagava a conta. — Sei lá, todo mundo bebendo e tal, deu mil reais… O cara pagava. — O tempo foi passando, esse namoro foi firmando… Um mês, dois meses… E a única coisa… Sempre tem uma coisinha, né? [risos] A única coisa que, assim, não é que incomodava a Manu, mas ela achava peculiar, é que ele tirava muita foto dela. Nas baladas, na casa dele, na casa dela… — Porque a Manu morava sozinha. — Na praia, foto de biquíni… Ele tirava muita foto da Manu. E a Manu perguntava: “Mas por que você tirou tanta foto minha?”, “Porque você é linda e porque você é muito fotogênica, olha só como você ficou linda nessa foto”. Às vezes ele falava: “faz pose assim, faz pose assim” e ele tirava muita foto… E uma das amigas da Manu, que a gente pode chamar aqui de Renata, Renata falou: “Manu, isso tá estranho… O cara lá na balada tirou, sei lá, umas 200 fotos suas assim. Não é estranho e tal?”.
Esse cara ele tinha dois celulares, um celular que ele usava com todo mundo e um celular que ele só usava com os clientes dele, porque segundo ele, ele era corretor da bolsa de valores. — Então, né? Os clientes aplicavam dinheiro e tal… O cara, pelo padrão de vida ali que ele apresentava, parecia que ele tinha bastante dinheiro. — E dá-lhe foto, inclusive as amigas perguntaram: “Amiga, você não tá fazendo nude, né? Não tá tirando foto sua nua e tal? Será que esse cara tá vendendo as suas fotos? Porque são muitas fotos” e ela falava: “Não, gente, ele gosta… Se você olhar o celular dele, se você pegar a galeria, só tem foto minha”. Com quatro meses de namoro, esse cara tinha que ir pra Londres… E a Manu levou o cara no aeroporto, viu ele entrando ali na área restrita e o cara foi pra Londres… Mandou foto de Londres, fez FaceTime com ela, mostrou uns lugares pra ela.. Com 6 dias de Londres, esse cara desapareceu… — Sumiu. —
Ali ela se deu conta de que em cinco meses de namoro, ela não conhecia nenhum amigo dele, não conhecia nenhum familiar, não conhecia ninguém pra poder pegar informação, ver o que tinha acontecido. Ele não respondia mais a ela. — As mensagens chegavam? Chegavam, porque tinha dois pauzinhos ali, né? Mas ele não respondia mais. — Manu enlouqueceu porque ela não conseguia achar o cara mais. Ela ficou pensando o que ela podia fazer… Foi tentar fazer um B. O. e ela tinha só o nome dele. Mora onde? Tinha um endereço, só que o cara ele morava num flat… “Você tem pelo menos a placa do carro?”, por uma coincidência, ela tinha a placa do carro dele, porque era uma placa fácil de decorar e ela tinha decorado. E aí, ela passou a placa pro investigador ali e tal. Bom, fez um B. O. com pouquíssimas informações, mas ela tinha um endereço… — Que até aquele ponto ela não sabia se o flat era comprado, porque você pode comprar um flat, né? Ou se era alugado, mas ele morava num flat porque ele tinha todos os serviços ali e tal, né? De flat. —
Passou a placa do carro pro pessoal da delegacia ali e fez o B. O. de desaparecido, né? Manu parou de comer… — Gente, ela tava desesperada, ela não sabia onde encontrar esse cara. — Foi umas duas vezes lá no flat e falaram: “Olha, ele não voltou aqui”. Passados uns 10 dias, o investigador de polícia ligou pra Manu. O coração dela já começou a bater, assim, muito forte… Primeira coisa que ele perguntou, falou: “Este cara te lesou de alguma forma?”, “não, ele é só meu namorado e ele desapareceu, ele não fala mais comigo”. E aí, o cara falou: “Bom, ele está bem, ele realmente não quer mais falar com você. Este carro é alugado… O nome que você me deu dele está incompleto”, mas que também o investigador não deu pra ela aquela hora, só falou que ela tinha o nome incompleto. Eles fizeram a verificação ali de bem—estar, o cara tá bem, não está desaparecido… O investigador ainda falou: “sinto muito”. Então, veja, o cara depois de meses, viajou e cortou totalmente a Manu da vida dele. Agora que ela tentou, assim, gente, todos os dias ela mandava mensagem e as mensagens chegavam. Depois que ela fez o boletim de ocorrência, as mensagens não chegavam mais.
O investigador explicou pra ela que aquele boletim seria arquivado porque o cara não está desaparecido, nada. Ele só não quer falar com você e as pessoas têm direito de não querer falar. — E por isso que o investigador perguntou: “ele te lesou?”, “não, não lesou”. Manu ficou assim, arrasada, porque assim era muito amor, muita coisa, né? Junto. Mas não tinha o que fazer, o cara não queria mais falar com ela e ela tinha que, né? Dor de amor passa, gente… Demora mas passa. Manu foi levando a vida dela… Um mês, dois, três, quadro, cinco, seis… Sete meses sem o cara. Sete meses sem o cara as meninas tinham combinado uma viagem e elas iam ali comprar os pacotes… Todo mundo fez lá o jeito que ia fazer, enfim… O da Manu ela não conseguiu fazer. Ela tinha um cartão de crédito só com limite de quatro mil reais, só pra ela pagar a conta ali de mercado, essas coisas, assim, ela nunca atrasou a fatura dela, não estava atrasada, não passou, não foi aprovado o crédito dela. Manu falou: “o crédito não foi aprovado?’.
E uma das amigas dela, que a gente pode chamar aqui de Ângela, falou: “Olha, eu tenho como puxar pra você, posso fazer uma gambiarra ali, puxar pra você e te mandar. Você vê, né? Às vezes você esqueceu de pagar alguma coisa, não sei, não tem nenhuma conta de luz pendente, nada?” e Manu falou: “Gente, não tem nada…”, Ângela foi lá e puxou… Manu tinha vários empréstimos, uns quatro cartões de crédito, tinha a conta aberta em dois bancos digitais… — Tá bom pra vocês? — Só que ela não tinha feito nada disso… Ela estava com uma dívida de uns 200 mil. — Gente, como? Como? Como isso aconteceu? — Entrou em contato com o primeiro banco, uma dificuldade… Ninguém queria responder, disseram que realmente ela estava com essa dívida, que o empréstimo seria executado porque dívida de cartão de crédito não pode ser executada. — Então, se você tem uma dívida no cartão, não renegocie, porque aí ela pode virar uma dívida executável. — Só que ela não tinha feito aquelas contas.
E aí lá teve ela que ia até aquela delegacia e aí foi lá… Calhou de estar um investigador lá. Era um caso que ele que tinha arquivado de desaparecimento e aí ela estava lá agora para fazer um B.O, ela nem sabia… Furto, roubo de identidade? E aí o próprio investigador falou: “Ah, agora eu tô entendendo…” e foi ali que ele acabou dando o nome inteiro do cara. O cara já tinha ficha disso, mas não tinha como o investigador falar nada pra Manu, ele perguntou: “Ele te lesou de alguma forma?” e ela falou que não… Ele já tinha feito com outras mulheres de tirar foto do rosto delas e abrir essas contas virtuais. — Hoje em dia parece que isso não dá mais pra ser feito, mas há um tempo atrás, dava. — Manu falou: “Gente, ele tirava foto minha, muita foto, mas, assim, eram poses”. E só que aí ela lembrou que, no meio das fotos, ele falava às vezes: “ah, faz uma sem óculos”, “faz uma séria” e, no meio de 200 fotos, ele tirava 2, 3 que ele ia usar pra abrir conta em banco virtual. O investigador fez o BO ali e falou que provavelmente o cara estava sim por trás, porque ele já tinha um histórico disso.
E ele falou: “Olha, com o boletim de ocorrência, você arruma um advogado e você vai nos bancos e eles têm que tirar essas dívidas de você, né? Você não vai ser prejudicada, mas assim, vai te dar uma dor de cabeça pra fazer isso”. Manu teve uma dor de cabeça pra poder cancelar as coisas e tirar as restrições do nome dela, cancelar essas contas… E até o dia que ela foi na delegacia, ele ainda tava movimentando o cartão de crédito no nome dela. — Então, veja as coisas que ele pagava pra todo mundo, era a própria Manu que tava pagando. [risos] Eu tô rindo agora porque agora ela ri que tá tudo resolvido e tal, né? Mas ela ficou muito mal, gente, muito mal. — Aí você pensa, você tá lá tirando foto e de repente o cara fala: “faz uma séria”, aí você, ó aqui, ó, posezinha séria… E é pro cara abrir uma conta com a sua cara, sabe? É muita sacanagem. Hoje ele responde esse processo criminal na justiça, mas assim, tá por aí…
Já fez isso outras vezes, não sei se vai pra cadeia, acho que não, né? Os dois bancos tiraram as restrições do nome dela, os bancos virtuais… Isso já tem uns anos e tal e tá tudo bem agora, mas assim, ó, o trauma, né? Então, tudo, o aluguel do carrão de luxo, o aluguel do flat que depois ela descobriu que era aluguel, né? As coisas que ele pagava pras amigas eram tudo, assim, de dinheiro de golpe. — Quando que você vai imaginar que o cara tá tirando foto sua, falando que você é linda, que você é fotogênica e ele tá enquadrando seu rosto pra fazer abrir conta em banco virtual? [risos] — Acho que foi no ano passado, retrasado, um cara que foi preso e na casa dele tinha… Ele fazia isso, né? Fazia foto do rosto das pessoas que ele ia fraudar e depois ele imprimia e botava num papelão e conseguia. [risos] Agora fala, a gente não consegue, às vezes não passa meu rosto de jeito nenhum… Como que esses golpistas sempre conseguem? Com papelão ainda de rosto? [risos] Hoje a Manu e as amigas dão risada dessa história, às vezes as meninas falam: “Manu, uma foto” [risos] e a Manu bota a mão no rosto. [risos] — Pô, sacanagem… [risos] —
Ai, gente, que ódio, sabe? E o cara tava pagando tudo porque realmente o dinheiro não era dele, né? Gente, não sei, a tecnologia tá aí… Eu acho que deve ter avançado um pouco e eu espero que aquela cara de papelão que eu vi, acho que foi o ano passado e o cara que foi preso não dê mais certo, mas não sei também, não sei… Então, vamos ficar espertos aí para as fotos que a gente tira também, né? É isso. [risos] O que vocês acham?
[trilha]Assinante 1: Oi, gente, aqui é a Clara de Salvador. Meu Deus, que esse episódio fique de alerta pra gente tomar cuidado até mesmo, às vezes, com as fotos que a gente posta nas nossas redes sociais e com as fotos que a gente deixa as pessoas tirarem da gente. Foi como a Déia disse, quando a gente tenta fazer reconhecimento facial, é uma dificuldade, mas para esses golpistas parece ser a coisa mais fácil do mundo… Gente, eu passei o episódio todo pensando em qualquer outra coisa que ele poderia estar fazendo com as fotos menos isso. Gente, se cuida, gente… Um beijo.
Assinante 2: Oi, nãoinviabilzers, aqui é Bruno, falo de São Paulo. O Banco Central tem um sistema chamado “Registrato” que todo mundo consegue acessar gratuitamente por meio do seu CPF. Esse sistema te mostra todos os bancos onde você tem conta ou algum tipo de relacionamento, como empréstimo, cartão, enfim… Então, se alguém abrir uma conta no seu nome ou contratar qualquer serviço bancário no seu nome, vai aparecer lá. Portanto, eu recomendo que todo mundo tenha o hábito de, com uma certa frequência, consultar o Registrato, porque aí se você identificar qualquer coisa ali que você não reconheça, você consegue rapidamente entrar em contato com banco, alertar sobre a fraude, para que o banco tome as providências necessárias antes que o golpista consiga fazer um estrago grande aí com seu nome.
[trilha]Déia Freitas: Garanta o bem-estar do seu pet com um dos planos de saúde Petlove. Por um valor mensal que você pode pagar, você tem acesso a mais de 7 mil clínicas, hospitais 24 horas, laboratórios, médicos veterinários em domicílio e especialistas espalhados por todo o Brasil. A contratação é prática e digital. — Muito fácil mesmo, viu, gente? — E ainda você vai ganhar a microchipagem grátis do seu pet. E usando o nosso cupom: “PONEI50” — tudo em maiúsculo, sem acento, o 50 em numeral —, você ganha 50% de desconto na primeira mensalidade dos planos de saúde Petlove. Contrata agora, porque o nosso cupom tem tempo limitado. — Não esquece de consultar aí os termos e a as condições… Petlove amada e idolatrada. — Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]