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título: geladeira
data de publicação: 01/07/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #geladeira
personagens: edilaine e dona cleide

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. E hoje eu vou contar pra vocês a história da Edilaine. Então vamos lá, vamos de história.

[trilha]


A Edilaine tem um irmão e ela foi criada por sua mãe — que nós vamos chamar aqui de Dona Cleide — e Dona Cleide sempre foi uma mulher muito trabalhadora, muito guerreira, criou os dois filhos sozinha e, quando as crianças estavam ali com seus nove, dez anos, a Dona Cleide conseguiu comprar um terreno. Com muito esforço, ela conseguiu comprar esse terreno, mas eles ainda continuavam morando num casebrezinho de aluguel e Dona Cleide foi juntando dinheiro ali para fazer uma casa no terreno. Nesse terreno — de Dona Cleide — era num bairro periférico, tinha o tamanho de 12 metros de frente por 15 de comprimento ali. Visionária, ela falou: “Olha, eu vou fazer uma casa em 6 metros, no canto de cá. Os 6 metros no canto de lá, quando sobrar dinheiro, depois que a gente fizer essa primeira casa, eu vou fazer uma outra casa igual. Por quê? Porque quando eu morrer, cada filho tem a sua casa sem briga”. — Uma mulher que pensa como eu a Dona Cleide. —

Dona Cleide sabiamente dividiu ali o terreno em dois, fez com muito esforço durante dois anos uma casa de dois quartos, sala, cozinha e banheiro, deixou o espaço da frente para a garagem, fez um quintalzinho lá no fundo da lavanderia e, assim que aquela casa estava pronta, não estava nem acabada com os acabamentos finais, eles entraram para morar e, mesmo sem o acabamento daquela casa, a Dona Cleide já começou a construir a outra casa. Quando as crianças cresceram, jovens, estavam ali com seus 17, 18 anos, as duas casas estavam prontas e acabadas… Única e exclusivamente ali com o suor de Dona Cleide. O objetivo da Dona Cleide sempre foi mesmo construir aquelas duas casas, poder deixar alguma coisa para os seus filhos. Com muito esforço ela fez essas casas iguais… Só que a família morando em uma e a outra casa vazia, porque na mente de Dona Cleide, ela não ia alugar para ninguém, nem emprestar para nenhum parente, a casa era dos filhos. Quando Edilaine estava ali com seus 20 anos e o seu irmão com 24, Dona Cleide faleceu. 


Parece até que ela sabia que ela não ia viver tanto, porque ela sempre falava para Edilaine: “Você fica com essa casa e a outra casa fica pro seu irmão”. Foi muito sofrido, agora ficava só os dois… E, nessa época, o irmão da Edilaine já estava namorando, então ele ali com 24 anos achou por bem agora que a mãe tinha falecido, casar. E foi lá e se casou no papel com a moça… — Acho que um ano depois do falecimento de de Dona Cleide, esse irmão aí casou e mudou pra casa do lado. — Então, agora estava cada um na sua casa. — Para vocês terem uma ideia da organização dessa mulher, Dona Cleide, e eu sei exatamente o jeito de pensar, ela certíssima… — Quando ela comprou esse terreno, ela comprou o terreno no nome dela… Conforme os anos foram passando, ela conseguiu junto a prefeitura — e a Defensoria Pública lá — separar o terreno, dividir… — Porque a Prefeitura, dependendo do tamanho do terreno, ela divide. — Então ali dava para dividir em dois terrenos, de acordo com as regras da prefeitura.



Ela conseguiu dividir e colocar cada pedaço do terreno no nome do filho, então eles não precisaram fazer nem inventário… Dona Cleide quando faleceu ela morava na casa que já estava no nome da Edilaine. — Então veja, ela gastou o dinheiro aí também, né? Foram muitos anos… Pensa, as crianças estavam lá com nove… 10 anos a Edilaine, o menino 14, sei lá, né? Foram muitos anos aí, uns dez anos até ela conseguir fazer tudo… Até que foi bem, né? — Casa simples, em bairro de periferia, mas tudo muito bem arrumadinho, muito bem—feito e igual… o mesmo piso que tem aqui, tem aqui, a mesma cor que ela pintou uma casa, pintou a outra, Só que a casa do irmão da Edilaine é novinha, né? E a casa da Edilaine todo mundo morava lá, então tinha mais uso. Só que a Edilaine não se importa com isso, porque foi a casa que a mãe dela morou e ela tem esse carinho, de ser ali o ambiente que a mãe dela esteve presente e tal e onde tudo começou, que foi na casa da Edilaine. — Mas as duas casas são iguais. — 

O irmão casou, o irmão já trabalhava e a Edilaine também já trabalhava, então agora cada um se sustentando. A água e a luz da outra casa não era ligada, então o irmão foi lá, mas tinha tudo feito, né? Ligou a água, já tinha relógio, já tinha tudo separado, tudo certo, vida seguiu… E até então, a Edilaine tinha um convívio muito bom com o irmão. Acontece que quando esse irmão se casou, a cunhada da Edilaine  não era uma moça fácil, muito geniosa… E aí a Edilaine falou: “Ela esculachava o meu irmão muito, assim… E no começo eu ficava com raiva, mas depois eu entendi que ele gostava daquilo, porque se ele estava com ela, se ele casou com ela e se ele fazia tudo o que ela queria do jeito que ela queria, mesmo ele sendo esculachado, é porque para ele estava bom. Então eu falei: Eu não vou me meter, não vou ficar com raiva dela pelo jeito que ela trata o meu irmão, porque é o jeito que ele está querendo ser tratado”. Edilaine deu uma superada nisso e falou: “Bom, eu vou tentar ter uma convivência mínima”. 


As coisas que tinham na casa da Edilaine eram mais antigas, né? Da mãe dela e tal…  Com o passar dos anos, ela foi mudando as coisas. Então, por exemplo, o sofá que era da mãe dela, que era um sofá antigo, ela deu embora e comprou um sofá novo do jeito que ela queria, bonito do jeito que ela gostava. Não deu três semanas a cunhada foi lá e comprou um sofá igual… Na casa da cunhada era cunhada e o irmão trabalhando, então eles tinham uma renda maior que a Edilaine, então a Edilaine foi fazendo as coisas muito aos poucos. Só que tudo o que Edilaine comprava, essa cunhada comprava também. Aí essa cunhada engravidou, teve seu primeiro bebezinho, [efeito sonoro de bebê chorando] Edilaine ficou encantada, agora ela tinha um sobrinho e nã nã nã e a convivência melhorou um pouco por conta da criança. E uma coisa que o irmão e ela sempre tiveram é um a chave da casa do outro. A cunhada nunca entrou na casa da Edilaine sem ser convidada, mas um tinha a chave da casa do outro pra caso acontecesse alguma coisa, né? 

Ao longo de alguns anos aí, foi acontecendo isso, se a Edilaine trocava a geladeira e o fogão, passava um tempo e a cunhada trocava também e comprava igual… Não é que comprava parecido, não… Comprava igual, mesma marca, a mesma cor, mesmo modelo, mesmo tudo. E a Edilaine até tirava sarro e falava: “Escuta, mas por que é que você me copia tanto?”, e aí essa cunhada falava: “Eu vi, gostei e comprei igual, ué, não pode?”. E a vida foi seguindo assim… Até que um dia, a empresa da Edilaine resolveu mandar a Edilaine para fazer um curso em outro estado. — Então digamos que ela tenha vindo para São Paulo para fazer esse curso, um curso de três semanas… — Edilaine  não é uma pessoa que tem animais e não tem plantas, então ela falou: “Bom, tranco minha casa aqui e vou fazer meu curso e volto”. Ela avisou o irmão e a cunhada, não pediu pra ninguém fazer nada na casa dela — porque não havia realmente necessidade —, deixou umas janelas meio abertas para arejar, mas tinha grade na janela, então não tinha perigo de alguém entrar, enfim… — Só avisou pro irmão ficar meio de olho, né? Porque ela não ia estar em casa. —

Edilaine foi lá, veio pra São Paulo, fez o curso, deu tudo certo e voltou para casa. Quando Edilaine  voltou para casa, ela achou que tinha alguma coisa diferente. — Sabe quando você não sabe o que é, mas tem alguma coisa diferente? — Mas ela não sabia o que era. Então ela foi, ela abriu a casa, foi fazer uma faxina, porque, enfim, a casa tinha ficado um tempo fechada, quase um mês fechada e, quando ela foi fazer o curso, a Edilaine tinha na geladeira algumas coisas… — Tinha pouquinha coisa, muito pouca coisa, porque, né? Vida de solteiro assim você não acumula muita comida senão estraga. — Umas coisas que estavam no freezer, tinha sei lá, um nuggets… Ela pegou aquele nuggets, uma caixinha de hambúrguer que tinha lá, deu pra cunhada, falou: “Ó, pra vocês aí, né? Porque tem o menino também, ele gosta e tal, porque eu não vou estar” e ela tinha na geladeira oito ovos e ela deu os oito ovos também. —Então, deu a caixinha de nuggets, o hambúrguer e os ovos… —


Na geladeira dela ficou a garrafa d’água e não tinha mais nada, aproveitou pra dar aquela limpada na geladeira e deixou a geladeira dela vazia. Então, ela sabia que quando ela chegasse ali, ela ia ter que pedir alguma coisa para comer e, no dia seguinte, fazer um mercado, enfim, para as coisas da semana. — Porque Edilaine ela compra as coisas da semana só, ela não faz compra do mês… A não ser pacote de arroz que fica no armário e tal, mas coisa que vai na geladeira ela compra as coisas da semana… — Então ela chegou, fez as coisas dela ali, tomou uma água e foi tomar um banho, desfazer mala, essas coisas… Passou… No dia seguinte cedo, “Bom, vou fazer uma feirinha só ali no sacolão, comprar umas coisinhas e tal, comprar um leite que também não tem aqui pra tomar um café”, ela chegou numa sexta—feira, então ela tinha o final de semana ainda antes de começar a trabalhar segunda. Então ela foi cedo no sacolão, comprou ali uns legumes, umas frutas, comprou também nesse mesmo sacolão duas caixinhas de leite — de um litro cada uma — e voltou pra casa… Já tinha pó de café, falou: “Vou fazer aqui um café e tal”. 

Quando ela voltou pra casa e ela abriu a geladeira pra colocar os legumes e as frutas, a geladeira dela estava mofada por dentro e sem funcionar. Mas estranho, porque a luzinha de fora tava acesa, então ela estava ligada na tomada, só que ela estava sem funcionar. Estranho… “Uma geladeira nova já dando defeito assim?”. E aí a Edilaine, pra tentar ver atrás do que estava acontecendo, ela olhou a lateral da geladeira: “O quê?” e agora aqui a gente tem que voltar em quando a Edilaine comprou essa geladeira dela. [efeito sonoro viagem no tempo] Edilaine  comprou uma geladeira nova fazia mais ou menos um ano e a cunhada correu e comprou uma igual… O rapaz veio, instalou a geladeira, viu se tava funcionando, estava tudo certo e foi embora. — O entregador ali da geladeira. — E, quando ela foi limpar, ela quis tirar a geladeira e puxar e, quando ela voltou a geladeira, ela, Edilaine, bateu a lateral da geladeira na quina do móvel que fica do e fez tipo um amassado, um amassado irreversível ali… E ela ficou chateada com aquele amassado que ela mesma fez. Era uma coisa que ficava na lateral, incomodava a Edilaine, mas enfim, né? Vida que segue, ela não ia comprar outra geladeira porque não causou nenhum dano interno, só na aparência. 


E quando ela puxou pra olhar o fio da geladeira ali que estava ligado, ela percebeu que é a geladeira dela não tinha aquele amassado mais. “Como que não tinha um amassado se tava amassado?” e não era um amassado que dava para desamassar, assim, fez tipo quase um furinho… Não dava pra entender… Como que a geladeira desamassou — sozinha — e agora estava mofada por dentro? Edilaine  ficou um pouco em choque, e aí ela teve um estalo: “A minha cunhada trocou a minha geladeira pela geladeira dela”. — Gente, não podia ser… Quem que faz uma coisa dessas? — Com a desculpa de ver o sobrinho e conversar ali com o casal, foi lá na casa da cunhada. E, quando ela entra na cozinha que ela vai, assim, meio de leve, olhar a lateral da geladeira… Dito e feito: A geladeira que estava lá na cunhada era dela e tava amassada. Na hora, a Edilaine — que estava sorrindo, conversando numa boa — virou pra cunhada e pro irmão e falou: “Escuta, vocês pegaram minha geladeira”, a cunhada arregalou o olho, assim, o irmão ficou meio que com cara de sonso: “Vocês pegaram a minha geladeira?”, e aí a cunhada já começou a querer dar barraco. “Onde já se viu? Você está falando que eu peguei a sua geladeira…”.


“Minha geladeira tem esse amassado aqui do lado, que eu tenho até foto desse amassado, que eu mandei para minha amiga quando eu fiz esse amassado. Chateada eu mandei… E a minha geladeira, qualquer geladeira na nota fiscal tem o número de série…”, isso a Edilaine jogou verde, porque ela não sabia se a geladeira tinha um número de série ou não na nota fiscal. Ela falou: “Eu vou chamar a polícia e eu vou comprovar que essa geladeira é minha pelo número de série da nota fiscal, que eu tenho a nota fiscal até hoje”. E aí a cunhada começou a gritar que não, que não, que não, mas já meio assustada… E aí o irmão, sem falar nada, foi tirando as coisas da geladeira… E aí, com a ajuda da própria Edilaine, eles levaram a geladeira de volta para a casa da Edilaine e ele pegou a geladeira quebrada. — Ou seja, o irmão dela ali concordou ou não? Porque ele não falou uma palavra, não falou uma palavra. — E aí a cunhada gritava e gritava que isso não era verdade, que isso e aquilo, mas o cara não falava uma palavra, o irmão da Edilaine… Foi lá e trocou a geladeira.


A Edilaine  ainda teve que carregar de volta a geladeira queimada… — Queimada não, com algum defeito, porque a luzinha estava acesa, então sei lá, alguma coisa fez parar de refrigerar, né? — Pra casa ali deles e largou ali na frente mesmo, no terraço da casa e falou: “Daqui vocês se viram e nunca mais você entra na minha casa”. Edilaine foi lá, trocou a fechadura da casa e ela e o irmão acabaram rompendo por causa disso. Conversando depois com o sobrinho, que o sobrinho dela agora já tem sete anos, ele acabou confessando que ele puxou umas peças lá de trás… — Por baixo, não sei como, porque a geladeira nova você olha por trás e não tem nada, né? — O menino conseguiu arrancar umas coisas da geladeira, falou que a mamãe ficou brava e não sei o quê…. Então quer dizer, a criança acabou confessando que foi ela que quebrou a geladeira. E como que alguém faz isso, gente? Como que alguém troca a geladeira assim? O que deixa a Edilaine mais magoada é que, assim, a cunhada sozinha não ia conseguir levar trocar. O irmão dela fez isso junto? Ou será que o irmão ficou sabendo depois e só não destrocou? 


Agora eles estão brigados por conta disso da geladeira, o irmão não fala nada… Porque ela ficou perguntando pra ele enquanto eles estavam levando a geladeira: “Por que você fez isso comigo? Por que você fez isso comigo?” e ele não respondia nada… Só que como ele faz tudo que a mulher manda, ela não tem certeza que, sei lá, se ela chamou uma amiga, alguém para fazer isso e ele ficou sabendo depois ou ficou sabendo ali na hora… — Porque a reação dele foi de sonso, ele ficou quieto. — A dúvida da Edilaine — porque ela pergunta para ele e ele não responde — se ele sabia daquilo, se ele participou daquilo… — Eu acho que dificilmente ele não participou, gente… Porque você concorda que a geladeira é um negócio grande? A geladeira é um negócio grande. Então ele que carregou junto? Ou ela chamou, sei lá, algum parente dela uma hora que ele estava trabalhando e ele ficou sabendo só ali na hora? — O fato é que quando deu barraco, ele na hora foi tirando as coisas da geladeira e levou a geladeira de volta para casa da Edilaine. — Então ele sabia? Porque senão ele não acreditou na mulher na hora ali, porque ela estava fazendo barraco, falando que não. Então, eu não sei, gente… Eu acho que dificilmente ela fez isso sem a participação dele ou sem ele saber, pelo menos. —


Porque também se ela fez sozinha com algum parente dela, algum amigo dela, sei lá, a hora que ele ficasse sabendo ele ia falar: “Não, pode levar de volta, pode desfazer essa troca”, eu, pelo menos, faria isso… Agora, ele ficou quieto? Não tem como ele ter sabido na hora ali. Vocês acham que eles que ele ficou sabendo na hora ali? Ele não teve reação de surpresa, ele só foi tirando as coisas da geladeira. A Edilaine tem uma mágoa maior porque ela acha que pode não ter sido ideia dele, ela não acha que foi ideia dele, mas acha que ele fez o que ela quis, assim, e participou ativamente na troca da geladeira. Então, essa é a história da Edilaine e ela não conversa mais com o irmão. Com a cunhada então, nem se fala, só conversa com a criança… Porque o irmão também não responde se foi ele, e ela quer saber qual a participação dele, porque fizeram isso, sabe? E a cunhada nega, nega, nega, nega e ela não sabe também se eles consertaram a geladeira, se compraram outra… Porque agora a geladeira lá funciona, porque ela sabe pela criança, né? Se é outra ou se conseguiram consertar… 


Mas que desonestidade, né? — Ainda mais eles lá que tem duas rendas e ela com uma renda só e ainda com a geladeira queimada, sem funcionar? E a geladeira que não era dela… Ainda bem que ela amassou a lateral, né? — O que vocês acham?

[trilha]

Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, meu nome é Mariana, estou falando aqui do Rio de Janeiro. Eu acho que sim, o seu irmão foi conivente com tudo que aconteceu, mas o que mais me chamou a atenção é o fato de você responsabilizar mais a sua cunhada do que ele, porque ele faz tudo que ela manda e tal… Mas essa questão de ele fazer tudo que ela manda já é uma escolha dele, sabe? E eu acho que, nesse caso, ele tem até mais responsabilidade do que ela, porque ele é o seu irmão, ele que devia virar pra ela e falar: “Pô, não vamos fazer isso com a minha irmã e tal, isso é uma sacanagem, vamos resolver de outro jeito, vamos comprar outra geladeira, mandar arrumar”. Se você quiser restabelecer o contato com o seu irmão, eu acho importante vocês conversarem sobre isso, sobre ele se responsabilizar pelas próprias ações. No mais, que bom que deu tudo certo, você conseguiu sua geladeira de volta. A melhor coisa que você fez foi trocar suas fechaduras e espero que fique tudo bem para todo mundo. Beijão. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, gente, aqui é Catarina, eu moro em Portugal. Edilaine, eu acho sim que o seu irmão sabia, mas eu acho que ele é do tipo que evita confronto e resolveu não discutir com a sua cunhada e esperar para ver porque imaginava que você fosse se identificar. Infelizmente, por causa dessa escolha dele, ele abriu mão da sua relação com ele. Eu imagino o quanto que isso seja triste e eu espero que ele em algum momento perceba a pessoa com quem ele está, que é extremamente desonesta e comece a valorizar você de novo, porque o tempo é curto, a gente não sabe o dia de amanhã, do jeito que a sua mãe foi cedo ou você ou ele podem ir cedo também. Como vocês sempre foram unidos, isso pode fazer falta depois. Eu espero de verdade que eventualmente vocês consigam se ajeitar, tá bem? Um beijo e tenta ficar bem. 

[trilha]

Déia Freitas: Vocês acham que o irmão dela participou ativamente? — Eu acho, gente, eu acho… Porque se é uma pessoa honesta e que fica sabendo mesmo depois, fala: “Não, não, vamos lá, vamos botar a geladeira dela lá. Que que é isso?”. — E, olha, muito difícil falar “a geladeira dela”. [risos] Comentem lá no nosso grupo do Telegram, sejam gentis, um beijo e eu volto em breve.

 [vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.