título: gritaria
data de publicação: 10/08/2023
quadro: pimenta no dos outros
hashtag: #gritaria
personagens: bruna e marcelo
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Hum, Pimenta… No dos Outros. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais uma história do nosso quadro Pimenta no dos Outros. – O nosso quadro 18+, então tire aí as criancinhas da sala ou ouça de fone, tá? – E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… – [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo é a nossa mãe, a nossa querida, Pantynova… A marca de bem-estar sexual que fala sobre o tema com leveza, humor e informação. Quando o assunto é bem-estar sexual, Pantynova junta produtos inovadores e um convite muito especial para você sair da monotonia. A Pantynova possui uma coleção de vibradores, dildos, lubrificantes, kits e até joguinho erótico, produtos aí para todos os corpos e todos os gostos que te ajudam a descobrir como ter muito mais prazer. No final do episódio tem aquele nosso cupom de desconto gostoso e uma novidade para quem curte aí um filme no cinema.
Vai escutando aqui o episódio e navegando no site, que é muito lindo, muito colorido e tem muita informação e muito produto legal: pantynova.com. E hoje eu vou contar para vocês a história de Bruna e Marcelo. – Ê, Bruna… Ê, Marcelo… – Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]A Bruna e o Marcelo eles namoram há quase um ano aí e ambos são bem novinhos, estão ali na casa dos 20 anos. – Essa história é uma história aí para as mães de jovens [risos] e os pais de jovens, no geral… Mães e pais e tutores de jovens. – Bruna e Marcelo na casa dos 20 anos, namorando, hormônios lá em cima e quase todo final de semana a Bruna passa o final de semana na casa do Marcelo – e ela fica lá uns dias, uns dois, três dias, no máximo… – e eles dormem juntos aí no quarto de Marcelo. – Marcelo mora com a mãe e a avó e, na casa do lado, moram as tias, as casas são parede com paredes, assim. – A parede, por exemplo, lá do quarto do Marcelo é dividida com a parede do quarto da tia, aquelas casas que são geminadas, né? – E a mãe e a avó do Marcelo elas costumam dormir na sala por conta do calor que faz nos quartos, subir escada, aquela coisa… – Então elas dormem lá embaixo, os quartos são em cima. Na sala. –
Bruna e Marcelo com o fogo da juventude estão acostumados aí a transar várias vezes numa mesma noite, né? O tesão lá nas alturas, enfim… – Jovens são igual coelho, só que o coelho é mais fofinho, então eles transam, transam, transam bastante aí, tem fôlego, energia e a vida é isso aí mesmo. – Só que uma coisa é você estar num motel, num hotel, sei lá, num lugar que você pode se soltar, outra coisa é você estar no quarto com a sua namorada, com o seu namorado e a sua família toda ao redor nos outros cômodos, né? – Eu acho que o tesão diminui um pouco, né? – Eles sempre transaram ali no quarto de Marcelo, mas vez ou outra a coisa dá uma amplificada, né? – Nos gemidos e naquela coisa toda. – E o Marcelo sempre fala pra Bruna: “Não, Bruna, fica tranquila, minha vó não ouve direito e minha mãe tá dormindo com a TV ligada, então elas não vão ouvir, não. Tá tudo certo”. E assim eles foram aí transando loucamente vários finais de semana…
Até que num sábado eles transaram bastante aí e já era de madrugada quando algo aconteceu… Marcelo e Bruna ali ajeitadinhos – lá embaixo dormindo, era umas três da manhã, né? Mãe de Marcelo, que a gente pode chamar aqui de Dona Dalva -, dona Dalva dormindo lá embaixo junto com sua mãe e a coisa começou ali a esquentar… Bruna começou a fazer um carinho em Marcelo, Marcelo começou a fazer um carinho ali em Bruna e começou um tira short dali, tira a cueca daqui, tira a calcinha… E, de repente, Bruna e Marcelo já estavam ali num maravilhoso 69. – Aí eu fico pensando, nessa hora, se me entra dona Dalva… [risos] Não tem nem como disfarçar, porque o 69 você não disfarça, é uma posição muito característica. Vai falar o quê? “Eu estou vendo aqui um cravo na coxa do Marcelo?” [risos] Não tem como, né? –
E aí o 69 evoluiu ali pra penetração e a transa foi maravilhosa… – E aí aqui a gente tem que dizer algo de Bruna… – Bruna gosta muito quando o Marcelo é um pouco mais violento, que fica mais, assim, dominando na hora da transa… E aí é a hora que ela sente mais prazer e ela geme mais alto e ela grita… – Descontrolada um pouco? Descontrolada um pouco. [risos] – E o Marcelo vendo Bruna gemer ali, aquele tesão todo, ele também fica com mais tesão e ele também geme e ele também grita. – Se você tá ali num motel é uma coisa, se você tá com dona Dalva, [risos] vovó e titia na parede do lado, titio, vamos dar uma segurada… – [efeitos sonoros de pessoas gemendo] Três horas da manhã, aquela meteção, aquela gritaria, aquela gemeção… Quando, de repente: [grito] “Marcelo… Marcelo… Vem aqui agora”, era Dona Dalva… [risos] O Marcelo tomou um mega susto, na hora ele se enrolou no cobertor, ficou parecendo um salgado assado [risos] e ele vestiu o short e desceu completamente suado, brilhando para conversar com a mãe.
E lá de cima, Bruna conseguia ouvir tudo… – Porque realmente as paredes são finas… – E ela conseguiu ouvir Dona Dalva falando: “O que é isso? Eu exijo respeito… São três horas da manhã e isso aqui não é um puteiro, não é um motel, é uma casa [risos] cheia aí dos seus parentes e eu estou ouvindo vocês com a TV ligada. Tem gente dormindo… Se eu estou aqui embaixo e tô ouvindo, imagina sua tia e seu tio que estão lá parede com parede. Tu deu sorte que eu não fui lá em cima, te mandei mensagem, te liguei e você não ouviu”. – Lógico que não ouviu, estava lá, enlouquecido. – “Acha que eu sou uma mãe legal demais, né? Se eu ouvir de novo um pio, eu vou proibir a Bruna de vir aqui dormir com você” e falou, falou, falou… Não tiro a razão de Dona Dalva… Lá do quarto a Bruna escutando tudo queria cavar ali um portal [risos] e ir embora, né? E aí não tinha o que fazer, né, gente? Ela tava ali, tinha escutado tudo e realmente eles tinham se excedido. Então, se a mãe e a avó do Marcelo tinham ouvido, a família dos dois lados da casa ali também tinha ouvido, né?
E só aí que Bruna: “Puts, estava todo mundo me ouvindo gemer e não foi a primeira vez”. – Quer dizer, foi agora que foi três horas da manhã que foi pior, né? Socorro… [risos] – E já era madrugada de domingo aí, né? E pior é que a Bruna tinha um compromisso, eles tinha um compromisso de família, mas não ia dar… Não ia dar… A Bruna só queria sair. – A Bruna, pra vocês terem uma ideia, ela cogitou sair, descer pela janela do segundo andar. [risos] Olha, Bruna, eu faria… [risos] Eu faria… – Ela ficou ali… E aí amanheceu o dia [efeito sonoro de galo cantando] e ela aproveitou um momento que dona Dalva estava no banheiro – que assim uma coisa é depois você voltar dali uns dias e falar com aquela cara mais lavada: “Oi, dona Dalva, tudo bem? Ai que saudade da senhora”, sabe? E outra coisa é na manhã seguinte do esporro da madrugada você falar: “Oi, dona Dalva, tudo bem?”. – A Bruna foi esperta e aproveitou o momento que a Dona Dalva estava no banheiro e, ó, picou a mula… [risos] Foi embora. [risos]
Eles prometeram que eles só iam transar agora no motel ou na casa da Bruna, mas isso não aconteceu, né? Depois de um tempo estava tudo tudo bem e a Bruna voltou a frequentar a casa do Marcelo e, consequentemente, o quarto do Marcelo. – E, consequentemente, o pênis de Marcelo. [risos] – E agora eles continuam transando ali no quarto do Marcelo, mas fazendo menos barulho, né? – E aí eu fico pensando, você que é mãe de jovem, como que é isso aí na sua casa? Porque eu acho que é importante também a gente abrir um espaço para que os filhos consigam se expressar sexualmente, mas na casa da gente, até que ponto isso interfere? Vocês criam regras? Como é que é isso aí? [risos] Mães de jovens, pais de jovens… [risos] –
[trilha]Assinante 1: Meu nome é Fabiane, falo de São Paulo e eu vim dar meu testemunho de mãe de jovem e também de quem já foi jovem e teve mãe. Quando eu era garota, minha mãe permitia que eu levasse meus namorados em casa, mas não deixava que meus irmãos fizessem o mesmo porque, segundo a lógica machista dela, ela era a mãe da menina, sabia onde a menina dela tava e isso era problema dela. Já os meus irmãos, coitados… [risos] Só que eu já sou uma mãe bastante diferente, eu sou mãe de uma mulher de 26 anos, uma mulher trans, que fez a transição aos 24 e desde que ela começou a vida sexual os 17, 18, eu permitia que ela trouxesse as namoradas em casa passar o final de semana… E agora, que ela transicionou e namora prioritariamente mulheres trans, eu prefiro ainda mais que elas venham pra casa, tenho a condição de dar um quartinho pra minha filha, então ela fica lá com toda a privacidade, só que elas também são bastante espertas, inteligentes, criteriosas pra não precisarem sair com a cara lambida pra tomar café da manhã no dia seguinte, né? Vivo o amor e, gente, vamos gritar baixo. Um beijo.
Assinante 2: Oi, Bruna… Victória de São Paulo. Eu tô mandando áudio pra dizer que eu me identifiquei muito com a sua história… Eu sou uma mulher na casa dos vinte e sempre namorou e trouxe as namoradas aqui pra casa. Eu sou bissexual e meus pais eles sempre foram muito tranquilos nesse sentido, mas também eu não extrapolava, né? Então eu sempre ficava observando a altura da minha voz, mas eu entendo que às vezes não tem como… Teve vezes que eu já me excedi e no outro dia acordar com aquela cara de “ai meu Deus do céu, todo mundo me ouviu dar um show”, [risos] mas enfim, espero que vocês em breve consigam um cantinho de vocês ou que vocês tenham grana pra ir pra motel, porque ter a liberdade de gritar o quanto quiser e explorar os seus sentido nessa hora tão gostosa é muito bom. Beijo e tchau, tchau, Não Inviabilizers.
[trilha]Déia Freitas: Às vezes é preciso fazer aí as coisas no sigilo… – Né, Bruna? Né, Marcelo? [risos] – E falando em algo sigiloso, não esqueça que Pantynova sabe muito bem ser discreta com as embalagens a prova aí de olhares dos curiosos. Até o dia 13 de agosto a Pantynova e a Paris Filmes vão te levar ao cinema pra assistir Loucas em Apuros. O filme conta a história de quatro amigas fazendo aí um tour pela Ásia, cheio de aventuras e autodescobertas. Qualquer compra no site da Pantynova você ganha um ingresso pra ver o filme – de segunda à quarta-feira, em qualquer cinema que o filme esteja em cartaz – e ainda tem o nosso cupom, hein? PIMENTANONOSSO. – Tudo junto e maiúscula. – Você ganha 10% aí nos produtos do site. Ah, e se você é de São Paulo e ainda não foi na loja física da Pantynova que fica na Rua Vitorino Carmilo, 453, loja 5, na Barra Funda, São Paulo, aproveita a oportunidade, que é uma oportunidade perfeita porque você pode retirar o seu ingresso lá na loja. Pantynova.com… – Te amo, Pantynova, valeu por estar sempre aqui comigo, tamo junto… Parceirassa… – Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naonviabilize@gmail.com. Pimenta no dos Outros é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]