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título: hoje
data de publicação: 28/09/2023
quadro: pimenta no dos outros
hashtag: #hoje
personagens: leandro e robson

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Hum, Pimenta… No dos Outros. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais uma história do nosso quadro 18+, o quadro Pimenta no dos Outros. — Então tira aí as criancinhas de perto ou ouça de fone, tá? — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo de novo é a nossa amada Pantynova, marca de bem-estar sexual que fala sobre o tema com leveza, humor e informação. Quando o assunto é bem-estar sexual, não tem pra ninguém… Pantynova te convida aí a deixar a monotonia de lado. Seja sozinha ou acompanhada, a Pantynova quer te incentivar a inovar cada vez mais com uma coleção de vibradores e lubrificantes maravilhosos. E, claro, todos os produtos Pantynova são enviados em embalagens à prova de curiosos. — Uma embalagem super discreta, pode confiar… — 

Fica aqui com a gente até o final do episódio que tem novidade e um super cupom de desconto, pantynova.com. — Te amo, Pantynova… — E hoje eu vou contar pra vocês a história do Leandro. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

O Leandro trabalha numa multinacional e ele tem um cargo ali, não chega a ser de chefia, mas um cargo até que bom… E ele tem relação direta com a diretoria da empresa. — Então, quando tem reunião, quando tem alguma ação, enfim, X — ele tem esse acesso aos diretores ali de um determinado setor, porque a empresa também é muito grande, não tem só um diretor para tudo, né? Então, de determinados setores ali, o Leandro tem essa proximidade com os diretores. Leandro está lá, trabalhando, fazendo as coisinhas dele, quando chega na empresa um diretor novo… Todo mundo sabia que ia vir um diretor de outro lugar, né? — Brasileiro, porque nem todos os diretores lá são brasileiros, esse é um brasileiro. — E Leandro tava assim, meio tenso, você não sabe, você vai lidar direto com o cara, você não sabe como o cara é e tal.


E assim que Leandro bateu o olho nesse cara, cara gato… — Pensa num grisalho jovem, gato. — Sabe aquelas pessoas que já com 38, 39 vai ficando já grisalho? Quando chega ali nos seus 42, já tá grisalho? Este cara… — Que a gente vai chamar aqui de Robson. — Então, chegou o Robson ali, novo diretor, muito simpático, porém muito sério… Se apresentou, cumprimentou todo mundo, falou ali das metas e nã nã nã, das coisas que ele queria fazer no departamento, na empresa como um todo e as moças [risos] do departamento estavam todas ouriçadas, assim, porque o cara realmente gato. E a fofoqueira da firma já tinha feito ali o seu serviço [risos] e já sabia e já tinha espalhado que ele não era casado, que ele era um solteirão convicto. Então, estava todo mundo animado, né? Todas as meninas animadas.


Assim que Leandro bateu o olho nele, por mais sério e hétero que ele parecesse, Leandro falou: “Andréia, tem coisa que a gente sabe”. [risos] Como diria Clodovil: boi preto conhece boi preto. Ele bateu o olho no cara e falou: “Hummm, esse é nosso” e ficou na dele, porque Leandro também lá na multinacional ele é muito discreto, todo mundo sabe que ele é gay, mas ele tem uma postura muito discreta, porque ele acha que isso contribui para a ascensão dele dentro da empresa… Ele tem comprovação disso, né? Então ele falou: “Ai, Déia, antes que alguém venha militar e falar “ai, você precisa ser quem você é e nã nã nã””, ele falou “Bom, todo mundo sabe que eu sou gay, mas eu realmente não dou pinta nenhuma, não falo sobre esse assunto dentro da empresa, porque eu sei que isso vai me fazer ascender lá dentro mais rápido e é isso que eu quero”. — A gente vive no capitalismo e ele quer realmente aí subir de cargo, então, tá certo aí Leandro, dentro das coisas que ele acredita… —


E ele ficou muito na dele, não deu pinta realmente e o Robson também, até então, ninguém sabia nada de Robson nesse sentido, a fofoqueira não tinha achado nada, né? — Tanto que estava todo mundo deduzindo que ele era hétero. —  Passou ali uma semana, duas semanas, três semanas de trabalho… Na quarta semana, Leandro estava na mesa dele — e eles tinham muito contato assim, né? Mas totalmente profissional, totalmente profissional —, ele conversando com o Leandro ali na mesa do Leandro, passando umas coisas que o Leandro tinha que fazer e nã nã nã e tal, quando ele terminou, que ele estava com os papéis e tal, ele botou assim discretamente em cima da mesa um papel… No papel estava escrito assim: [música sensual] “Hoje, 20 horas, endereço tal”. Leandro [risos] falou: “Gente, mas será que é dele esse papel?”, porque foi tão discreto que quando o Robson foi embora, ele ficou na dúvida realmente se aquilo era do Robson ou não, mas ele falou: “Eu não vou sair perguntando quem botou esse bilhete na minha mesa, eu vou hoje às 20 horas nesse endereço”. 

Leandro ficou chocado, pensando, se foi o Robson devia ser com um objetivo, o mesmo objetivo que Leandro gostaria. Então, o que Leandro fez? [risos] Leandro foi para casa, se preparou… [risos] — Ê, Leandro… [risos] — E quando foi 20 horas ele estava no endereço. O endereço era um flat. Quando ele chegou, ele tinha o número do apartamento, ele falou para o porteiro, o porteiro falou: “Ah, o senhor é o Leandro e tal?”, fez a ficha dele lá, pegou o documento tal e falou: “Pode subir”. — Então, quer dizer, o cara já tinha deixado avisado na portaria que era o Leandro. — Leandro chegou na porta ali daquele apartamento, tocou a campainhazinha [efeito sonoro de campainha tocando] e o Robson abriu. Robson estava de terno, do jeito que ele trabalhava sempre… Aí já deu aquela murchada no Leandro, porque ele falou: “Pô, o cara tá de terno… De repente, ele me chamou aqui pra falar alguma coisa de trabalho que ele não queria falar lá”, aí já deu aquela murchada no Leandro, daí ele já entrou, falou: “E ai, cara, beleza?”, [risos] muito e ele falou: “Senta aí e tal, vamos tomar uma cerveja” e começou realmente a falar da empresa. 


O Leandro falou: “Puta que pariu, eu estou num flat aqui a noite com um cara gato falando daquela bosta daquela empresa”. — Que Leandro gosta muito, mas no contexto ali… Inferno, que pegue fogo a empresa. [risos] — E aí ele ficou conversando, sentado ali numa mesa de jantar, assim… E aí, Leandro com o copo levantou, foi até a janela olhar para fora, sei lá, pensar: “O que que eu faço agora?”, falar: “Então tá, cara, beleza, eu vou embora” porque não tinha porquê, né? E aí quando ele tá ali na janela, ele sente o Robson atrás dele… E aí ele falou: “Ê… [risos] Acho que era isso, né?”, e aí o Robson por trás dele, já pegou o copo de cerveja que estava na mão dele e colocou ali em cima do balcão, perto da janela e começou… O Leandro na frente, de frente para a janela, uma janelona… — Apartamento de rico, gente, janela grande… Eu meço a qualidade do apartamento pelo tamanho da janela. Se um dia eu tiver um apartamento, ele vai ter janelonas. Então era uma janelona… — E ele, atrás do Leandro, foi desabotoando a camisa do Leandro, tirou a camisa do Leandro… Leandro de costas, ele não deixava o Leandro virar.


Ele atrás do Leandro, desabotoou a calça do Leandro, desceu a calça do Leandro, desceu a cueca do Leandro… — Lembrando que quem estivesse num outro prédio olhando para aquela janela, ia ver. Ia ver… — Leandro falou: “Andréia, eu tava… Já tava nas nuvens”. [risos] E aí este cara abaixou e começou a lamber, primeiro em volta ali do cu de Leandro… — Só em volta… — E o Leandro falou: “Andréia, eu não sei o que este homem tem naquela boca, que ele estava fazendo ali na beirada com meu rabo [risos] eu já estava já maluco”, e aí fez ali um oral maravilhoso somente cu no Leandro, ele ainda escorado na janela, agora já perdendo a força das pernas… E ai ele foi puxando o Leandro pra tipo um sofá, um sofá de rico, grande… Para o sofá, manteve o Leandro de bruços e ali ele começou a socar… — Assim, sem falar muito. — Leandro já tava preparado, então já foi que foi, né? E soca daqui, soca dali e Leandro passado, assim, porque o cara realmente era bom… E o cara falando um monte, xingando assim, coisas boas… [risos] — Xingando coisas boas, [risos] coisas pra deixar o Leandro mais excitado e ele excitado. —

E aí ele virou o Leandro de frente, parou de socar, mas continuou com o pau lá dentro e começou a masturbar o Leandro. — Leandro já estava já… Já estava quase. — Aí quando ele viu que o Leandro ia gozar, ele parou e voltou a meter. E aí aquilo, gente, durou, assim… Foi muito bom, até que uma hora que sem mesmo nem se masturbar, nada, o Leandro gozou e o cara ali tirou e gozou na cara do Leandro, aquela loucura. E esse cara foi, pegou uma toalha, limpou ali, se limpou, limpou o Leandro e, daqui a pouco, esse cara tava duro e meteu rola de novo. Aquilo durou mais meia hora… [efeito sonoro de gemidos ao fundo] Leandro gozou, o cara gozou, o cara foi lá, pegou outra toalha, limpou o Leandro, se limpou e meteu de novo. — Tudo isso, eu preciso dizer, tudo isso de camisinha e tal, o cara não foi aí no pelo, foi de camisinha… — E aí depois essa terceira, o cara foi, tomou um banho, Leandro foi, tomou um banho, o cara vestiu o terno… — Porque, aparentemente, aquele flat não era aonde ele morava, era só mesmo, sei lá, um lugar para transas, né? — E aí ele de terno, pegou outra cerveja, deu outra cerveja para o Leandro, Leandro se vestiu também e eles continuaram falando da empresa como se nada tivesse acontecido.


E aí eles foram embora e, assim, uma ou duas vezes no mês, esse cara bota lá o bilhete escrito: “Hoje, tal horas, lá naquele flat”. Agora ele não escreve nem o endereço, só põe: “Hoje, 20h” ou “Hoje, 21h”, só isso… E o Leandro fala que a hora que ele vê o bilhete na mesa, [risos] que às vezes ele fica tão excitado que ele tem que ir no banheiro da empresa se masturbar só de pensar que a noite… — Porque é sempre no dia, não é assim: “Amanhã”, o bilhete é sempre hoje… — Que a noite ele vai encontrar o Robson e o Robson vai dar aquele trato. — Falou que o Robson, assim, pelo amor de Deus, é um trato assim, é um negócio absurdo de bom, que ele realmente entende do babado… — Se você olhar pra ele lá na empresa, você não diz… O cara não dá pinta, nada, e o Leandro até acha que ele faz de propósito, assim, mantém uma postura mais hétero porque também deve querer subir na empresa lá. E, às vezes, o Leandro olha pra ele, tenta ao máximo não dar pinta, né? Mas fica pensando: “Meu Deus, esse cara enfia a língua no meu cu, assim, gostoso, fundo e tá aqui agora lá, palestrando para uma sala de 20 pessoas em inglês” e o Leandro falou: “Teve um dia que a gente teve reunião em inglês o dia todo, e aí ele pôs o bilhete e no bilhete escreveu: “Today”, ai meu Deus do céu, eu dei” [risos] e aí o Leandro falou que ficou pedindo pra ser xingado em inglês no dia. [risos] Pra manter o dia temático, né? [risos] 

E o Leandro tem essa reação e, a cada duas semanas e tal… Às vezes numa semana ele põe lá um bilhete assim, na segunda: “Hoje”, e aí chega na sexta, ele mete outro: “Hoje” lá, duas na mesma semana, Leandro falou: “Andréia, meu, eu fico até mal… Porque o cara dá três, assim, suave… Suave… E o cara mete rola mesmo e, assim, é potente, o cara é demais”. Eles conversam muito pouco, conversam mais sobre a empresa, porque o acordo velado que já está ali é meteção. O Leandro fala: “Eu posso ter o que for, eu desmarco quando vem aquele bilhete escrito “hoje”. [risos] Quem não desmarcaria, né, gente? E aí é só uma… Não tem um relacionamento, não tem envolvimento amoroso, é só uma transa. Ele deve transar com outros caras o Leandro acha, mas isso também não importa pro Leandro, o importante é o bilhete. Quando chega o bilhete escrito “hoje”, ele fica que fica, todo aceso. [risos] Então, essa é a história aí do nosso amigo Leandro. 

— E eu vou dizer aqui: Às vezes as pessoas falam pra mim: “Ai, Déia, você não conta história de hétero, nem de sapatão”, gente, vocês têm que me mandar a história… O quadro ele não é um quadro de ficção, eu não invento as histórias, então eu conto as histórias que as pessoas me mandam. Então, se vocês me mandarem suas histórias picantes, suas histórias de sexo e a gente achar que é legal aqui… Que é uma história boa, né? Porque “ah, a gente deitou e transou”, ah, isso aí, pelo amor de Deus, né? Não precisa nem mandar. Então, se for uma história quente, uma história boa… Ou uma história de sexo engraçada, porque eu tenho um público também que não gosta das picantes, que gosta das engraçadas e for hétero, a gente conta, né? Só precisa ter a história. Precisa mandar a história e ela precisa ser, no mínimo, interessante para a gente contar aqui. —

[trilha]

Assinante 1: Oi, Não Inviabilizers, Daniele de Londres. Ê, Leandro… Fica cancelando seus compromissos aí e deixando as amizades de lado por causa de macho, fica… Eu estou vendo que a sua atitude é bem passiva nessa relação, então fica de olho que, do jeito que começou, vai terminar… Do nada e sem direito a explicações. Cadê o aumento? O chefe te trata como um brinquedinho sexual dele e não vai rolar nem um [acuezinho?] Parece até que ele meme da Blogueirinha: “Ela vai obedecer”. [risos] Pra mim, sexo entre chefe e subordinado já não dá, porque tem uma relação de poder e, ainda por cima, o chefe querendo ser o chefe da transa também? O chefe do sexo ali? Puts, pra mim não dá. [risos] Mas fora isso, Leandro, serviu Pimenta no dos Outros, hein? Com força… Por que choram, heterossexuais? [risos] 

Assinante 2: Aqui quem fala é o Alberto de São Paulo. Leandro, onde faz para entregar o currículo pra essa empresa? [risos] Brincadeiras à parte, atenção… Você é um proletariado… E aí, qualquer coisa, qualquer enjoo, termina, entendeu? Eu não sei se você quer viver essa vida de fantasia, de fingir ser aquilo que você não é, né? De repente você encontra alguém, um relacionamento, namorado, e aí, como é que vai ser, né? E se você disser “não” pra ele? E quando o “hoje” não acontecer mais? É algo que você precisa parar e refletir. Mas sobre a história: Eu adorei… Boa sorte e se cuida, viu? Sempre com preservativo. Beijo. 

[trilha] 

Déia Freitas: Histórias assim deixam a gente com aquele fogo, né? E, para te ajudar aí com esse seu fogo, nada melhor do que investir no próprio prazer. O site Pantynova está com uma super promoção de 20% de desconto e tem novidade lá: A Pantynova remodelou os lubrificantes e eles estão de cara nova, com novas fórmulas, novas embalagens e muito mais potentes. Então, corre lá no site pra dar aquele boom aí nos orgasmos nos próximos dias… Vai lá conhecer os lubrificantes remodelados da Pantynova: pantynova.com. Valeu, Pantynova, a marca pioneira de bem-estar sexual no Brasil. — Te amo… — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naonviabilize@gmail.com. Pimenta no dos Outros é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.