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título: hospital
data de publicação: 21/11/2021
quadro: amor nas redes
hashtag: #hospital
personagens: simone e fernando

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. E hoje eu cheguei para um Amor nas Redes. Eu vou contar para vocês a história da Simone e do Fernando. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha]

A Simone e o Fernando eles se conheceram assim, [risos] de uma maneira pouco convencional. O Fernando está sozinho aqui em São Paulo há alguns anos, ele veio para trabalhar, a vida foi seguindo, ele foi trabalhando… Até que um dia ele teve uma queda e deu ali uma virada no joelho que, pelo amor de Deus… [risos] – Ai, que dor. – E aí esse joelho dele ficou meio esquisito e tal, começou a incomodar muito e ele com um convênio bom, né? Ele trabalha numa empresa muito boa e foi atrás de ver o que era e tal… Até que chegou um ponto que ele tinha que operar o joelho. E aí a questão dele era assim: se ele avisasse a mãe, a mãe ia ficar desesperada… E a mãe dele não tem coragem ainda de vir para São Paulo. – Ela acha que, sei lá assim, é perigoso e tal. – Então ela ia ficar desesperada lá e tal, então ele não quis contar. 

Ele optou por fazer a cirurgia sem contar aí para nenhum familiar ou amigo dele. – Porque ele falou que se contasse pra algum amigo, também ia chegar na família dele. – Então ele resolveu encarar isso sozinho. – Ê, Fernando… – Só que assim, ele estava com medo, porque ele nunca tinha feito uma cirurgia, então… – E se acontecesse alguma coisa, né? – Então no trabalho ele teve que avisar, porque ele ia ficar uns dias afastado. E aí ele deixou um colega dele, – O Carlos. – avisado de que se: “olha, se acontecer alguma coisa comigo, esse aqui é o telefone da minha mãe e tal”, então o Carlos já ficou ali tenso, cabreiro também, ne?” Não, cara, não vai acontecer nada, não” e tal, né? 

E no dia, como ele ia se internar no horário comercial, o Carlos não pôde acompanhar ele. Então ele estava sozinho na recepção do hospital ali, preenchendo uma ficha. E do lado dele estava a Simone, que estava esperando dar o horário de visita da avó dela. – Que estava internada ali por uma infecção que ela teve, urinária e tal. – Mas já estava bem a vózinha da Simone, mas ia ficar mais uns dias… Então a Simone ia nos dois horários de visita. E aí eles estão ali um do lado do outro. – Simone não sabe dizer quem puxou assunto primeiro, mas ela acha que foi ela. E, assim, assunto do nada, né? – Porque ela viu na prancheta que ele estava preenchendo uma ficha de internação. – E Simone é da fofoca, Simone é curiosa. -. 

E aí ela começou a perguntar, né? E o Fernando me falou que quando ela começou a perguntar, ele ficou irritado… Porque assim, ele já estava tenso que ele ia operar e que não tinha ninguém com ele, e tinha uma pessoa perguntando o que ele ia fazer, do que ele ia operar, porque ele estava sozinho, sabe? Mas ao mesmo tempo, o Fernando achou que conversar um pouco ali ia deixar ele mais calmo. Então eles começaram a conversar, ele explicou que a família dele não estava em São Paulo e que ele tinha optado por não avisar a família dele, então que ele ia operar e, provavelmente, os dois dias que ele ia ficar ali no hospital… – Tipo, ele marcou numa sexta já para não atrapalhar tanto no trabalho… Ele ia ficar sábado e, sei lá, sair domingo de manhã e ele ia ficar sozinho. – 

E aí a Simone ficou muito tocada, sabe? Tipo, “nossa, o cara vai operar sozinho, vai ficar sozinho?” e ficou ali conversando com ele. Ela tinha visto o nome dele ali no prontuário, ele tinha se apresentado, então ela sabia que era Fernando, sei lá, de Souza… E ela entrou para a visita da avó dela, ficou o tempo que ela pôde com a vó dela, visitando, conversando, viram um pouco de TV e nã nã nã… E quando ela saiu, ela foi lá na recepção perguntar do Fernando, da cirurgia se já tinha acabado… E ela foi informada ali que não, que não tinha acabado, mas perguntaram se ela era familiar, ela falou que não, mas ela perguntou se ela poderia esperar na recepção até a cirurgia acabar para saber se estava tudo bem. 

E a moça da recepção falou: “pode, né?”. – Enfim, a moça achou estranho. – E a Simone, gente, do nada…. Que tinha acabado de conhecer o cara… Ficou lá no hospital, na recepção, até acabar a cirurgia dele. Aí uma hora a recepcionista falou para ela que tinha acabado. – Ela tinha pedido para recepcionista, se a recepcionista podia avisar e tal. – E tinha explicado: “ele está sozinho e nã nã nã, então queria só saber se está tudo bem e tal”, né? E aí a recepcionista falou lá que estava tudo bem, só que ela não ia poder ver o Fernando e nem entrar, porque ela era nada dele, né? E ele estava ainda voltando da anestesia e tal. E aí a Simone foi embora. – Essa era a segunda visita do dia que ela fazia para a avó. – 

Mas, no dia seguinte de manhã, ela já tinha tudo planejado… Ela ia entrar para ver a avó e, uma vez lá dentro, ela ia procurar o Fernando. [risos] Pedindo informação e, enfim… Ia se virar. – Gente, não é que ela achou o Fernando? – Só que tinha um detalhe: o Fernando não estava num quarto duplo, que seria mais fácil… Ele estava num quarto particular, então, ela ficou sem jeito, tipo, de bater na porta. – Do quarto e entrar. – Então ela foi e ficou com a avó e tal… Quando foi dando o horário da visita, – A vó dela já ia sair também dali… Ainda mais uns dois dias, ia ficar mais que o Fernando. – Ela resolveu passar de novo na porta do quarto e, dessa vez, tinha uma enfermeira entrando. – Pra, sei lá, dar algum remédio, alguma coisa. – 

E o que ela fez? Para não ficar tão chato, ela deu um tchauzinho da porta… E aí ele viu… – Aí o Fernando me contando, né? – Ele lá todo [risos] encalacrado, com um joelho que não podia mexer, todo descabelado… E aí ele viu aquela moça que estava na recepção conversando com ele no dia anterior dando tchauzinho. Ele ficou muito sem jeito. Muito assim, tipo, “nossa, sério?” – Ê, Fernando… – E aí a Simone falou: “Bom, provavelmente eu não vou conseguir mais encontrar esse cara, eu vou deixar meu telefone pra ele, o não eu já tenho, qualquer coisa, né?” – Porque ela já estava interessada. -. 

E aí ela tinha feito um papelzinho com o telefone dela e falou: “esse aqui é meu WhatsApp e nã nã nã”. A enfermeira lá no quarto e tal, e ela deixou o papel. Ele não falou absolutamente nada, porque ele estava em choque assim, né? Ele falou: “eu estava todo de roupinha de hospital assim… Achei a Simone inadequada, mas não posso dizer que não gostei”. E aí ela foi embora. E, realmente, não encontrou mais o Fernando no hospital. E vó dela saiu, a vó dela está bem… – Isso já tem uns anos, né? – E aí o tempo passou… Um mês… Tudo bem que o Fernando estava com o joelho ali zoado, né? Estava andando e tal, mas ele podia ter mandado uma mensagenzinha, né? Não podia? – Ê, Fernando… -. 

O que ele disse? Ele disse que, assim, ele também ficou interessado na Simone, mas ele achou… – Palavras de Fernando… – Ele achou tudo, ah, muita coisinha de filme. Tipo, ah, eu conheço uma menina no hospital quando eu estou sozinho e ela vem me visitar… E, sei lá, a mina deve ser uma golpista, deve ter alguma coisa errada. – Fernando está errado? Não está. [risos] – Podia realmente ser, sei lá, uma cilada e ele não quis arriscar. E aí depois desse um mês e tanto, deu uns rolinhos lá no joelho dele e nã nã nã, resolveu… No que ele voltou a trabalhar, ele acabou contando para o Carlos. – Porque assim, o Carlos não era tipo o melhor amigo dele, nada, era um colega de trabalho que ele deixou o contato caso ele morresse, que era pra avisar a mãe dele. –

E aí quando ele voltou, né? O Carlos fez algumas perguntas básicas assim, tipo: “ah, você está bem? Como foi e tal?”. Eles já tinham se falado por WhatsApp, mas bem superficial… Eles eram apenas colegas de trabalho. E aí o Fernando contou pra ele, né? Falou: “então, você não sabe… Eu estava lá e uma moça começou a conversar comigo, depois essa moça foi me visitar no quarto… Não é estranho e tal?”, e aí o Carlos perguntou pra ele: “mas e aí? você gostou da moça? Você ficou interessado?”, e ele falou: “ah, eu fiquei, mas não é estranho? Você não acha que tem alguma coisa errada?”. Aí o Carlos olhou para ele com uma cara meio assim de “que isso, cara?” e falou: “Não, não acho que tem alguma coisa errada, não… Ela podia ter achado também que tinha alguma coisa errada com você, mas ela te deu o telefone dela”. 

E aí o Fernando ficou pensativo e falou: “Acho que eu vou mandar um “oi” no WhatsApp aí para essa moça”. E a Simone já tinha desencanado, né? Porque há um mês e tanto e o cara não tinha mandado uma mensagenzinha? Falou: “ah, não se interessou”… Sei lá, né? E aí ele mandou um “oi”, falou: “aqui é o Fernando do hospital”, e a Simone ficou em choque. E aí ela falou: “Meu Deus do céu, o que eu respondo? O que eu faço, né?”. E ela já estava com peguetezinho… – Encaminhado, sabe? – Peguetezinho que provavelmente teria futuro e tal, e aí ela ficou naquela dúvida: doou condição ou ficou aqui com o peguetezinho? – Só que ela já estava muito interessada no Fernando. – E aí ela falou: “ah, vou dar condição”. 

E aí começaram a conversar os dois, o Fernando ainda muito reservado assim, meio cabreiro… E a Simone mais falante, assim despachada mesmo… E aí ela falou: “Poxa, por que você demorou tanto para falar comigo?” [risos] – Ê, Simone. [risos] – E aí ele falou: “ah, não, é que eu tive alguns problemas aí no joelho e tal”. – Ficou na questão do joelho, né? – E aí ela falou logo, falou: “então tá bom, agora que você mandou mensagem, então bora ir tomar uma cerveja… Você tá podendo beber já? Ou toma um suco… Se não puder beber você toma um suco”. [risos] E foi assim meio que com a Simone ali, tipo, mesmo quando ele estava meio na dúvida, a Simone falava: “não, vamos lá… Bora”, sabe? 

E ele foi também se afeiçoando mais e vendo que ele e a Simone eles são meio opostos… Porque o Fernando, tanto assim, ele falando comigo super tímido assim, meio quietão e a Simone é toda despachada, falante, sabe assim? Aquela coisa da alegria e ele meio assim… Não baixo astral, mas meio na dele. E combinou super assim, eles se dão super bem, eles vão casar… Eles tiveram que adiar o casamento por conta da pandemia, e agora tem planos pra casar em fevereiro do ano que vem. Então torcendo aí que esteja tudo aberto e que, sei lá, a gente não corra riscos… Que vocês casem e sejam mais felizinhos ainda. Eu achei tão fofa essa história, porque assim, é bem comédia romântica, né? De conhecer no hospital. 

E esse detalhe, de parecer comédia romântica, foi o que deixou o Fernando cabreiro. [risos] Eu ficaria também, confesso assim… Achar que é muito bom para ser verdade, sabe? E no final era tudo muito bom mesmo. Então aí felicidades ao casal, depois de casar, se acontecer alguma treta lá com algum padrinho, alguma coisa, escreve pra gente, tá bom? [risos] Deixem suas mensagens de felicidades aí para o casal. 

[trilha]

Assinante 1: Oi, Não Inviabilizers, meu nome é Clara, eu falo do Rio de Janeiro. Gente, eu amei essa história e amei a Simone… A praticidade dessa mulher, que foi lá deu o telefone pro boy, quando teve a oportunidade chamou logo ele para sair… Simone é maravilhosa. Apesar da história ter uma cara de comédia romântica assim, dos dois se conheceram no hospital, a Simone não deu aquele que de drama ali, de falta de praticidade no meio do caminho e eu amei. Amei esse desfecho. Muitas felicidades para o casal Simone e Fernando. 

Assinante 2: Oi, Não Inviabilizers, oi, Déia, tudo bem? Aqui é a Vanessa falando de Toronto… Simone e Fernando… Uma linda história de vocês. Claro, né, Fernando? Como diz a minha mãe, quando a esmola é demais o santo desconfia, né? Mas que bom que a Simone esteve presente no momento em que você precisava e que bom que você resolveu procura-la. Olha só que história linda que agora vocês estão vivendo graças a isso, né? Parabéns pra vocês, parabéns por essa história linda e por dar um pouco de esperança para a gente em relacionamentos e no ser humano. Tudo de bom para vocês nessa nova fase da vida de vocês que vocês estão se planejando para viver. Tá bom? Um beijo pra todo mundo. 

Déia Freitas: Se você ainda não está no nosso grupo do Telegram, é só jogar lá na busca: “Não Inviabilize” que o grupo aparece. É isso, por hoje é só. Um beijo e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.