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título: hostel
data de publicação: 24/01/2021
quadro: picolé de limão
hashtag: #hostel
personagens: rodrigo, angélica e suíço

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do se dia. [vinheta].

Déia Freitas: Oi, gente… A história de hoje é a história do Rodrigo e da Angélica, e quem me que conta a história é o Rodrigo.

[trilha].

O Rodrigo e Angélica eles se conheceram em 2010 numa micareta em Salvador, se conheceram ali, trocaram beijos, trocaram telefone e depois disso começaram a conversar. Só que o Rodrigo morava em São Paulo e a Angélica morava em Florianópolis. Então, assim, estava todo mundo ali para passar umas festas em Salvador e se conheceram, ficaram juntos uma vez só, trocaram uns beijos e depois começaram a se falar, depois que passou as festas e tal, começaram se falar pelas redes sociais, um seguiu o outro, curtiam as coisas um do outro e nã nã nã, mas não tinha nenhuma perspectiva ali de relacionamento, porque eles moravam muito longe.

Só que por causa dessa interação que eles tinham pelas redes e tal, o Rodrigão foi ficando cada vez mais apaixonado pela Angélica. Ele ficou muito apaixonado, e aí ele resolveu pedir a Angélica em namoro. — Reparem que eles tinham ficado, trocado uns beijos uma única vez. — Deu uma doideira nele lá, e ele falou: “ah, você não quer namorar comigo? Eu vou pra aí você, vem pra cá, a gente dá um jeito”, e aí a Angélica fala pra ele: “Olha, eu até gostaria, gostei de você e nã nã nã, só eu não que tenho grana, como é que eu vou pra aí e tal? Não vou querer ficar na sua casa”. E aí o Rodrigo resolveu viabilizar essa parada, fazer esse namoro acontecer. — Então aí também a gente tem que dar uma paradinha pra pensar, até quanto a gente deve investir no relacionamento, em uma outra pessoa, tipo, empenho, tempo, dinheiro, enfim… —

Então aí eles combinaram da Angélica vir pra São Paulo passar uns dias com o Rodrigo, então ela já tinha falado que não se sentia vontade em vir pra ficar na casa dele e ele arrumou um hostel pra ela ficar. E nesse hostel quem ia pagar era ele, [risos] quem pagou a passagem dela de ônibus — porque ele não tinha condição de pagar a passagem dela de avião — foi ele… Quer dizer, ele pagou tudo, ela só vinha. Então ela veio e foi muito legal, ela ficou nesse hostel, ela ficou aqui quatro dias, pouquinho. Foi tipo um feriado que teve em uma quinta, eles ficaram juntos até o domingo e ela foi embora e deu tudo certo, eles passearam, eles se beijaram… Não rolou nada mais além disso, só ficaram nos beijos. Ela voltou para Florianópolis e o Rodrigo ainda mais apaixonado, era aquilo mesmo que ele queria, era um namoro com ela, com a Angélica.

Aí passou ali mais umas três semanas, o Rodrigo não aguentava mais de saudade. E aí, como ele dirigia, ele tinha um carro em São Paulo e ele resolveu ir de carro para Florianópolis ficar com a Angélica. E lá também ele se hospedou num hostel e eles ficaram juntos mais uns dias, e aí lá — Eu não sei, acho que ela se sentiu mais confortável, não sei. — acabou rolando sexo, né? Eles acabaram ficando juntos num motel e foi tudo perfeito. Aí o Rodrigou falou: “Agora eu apaixonei mesmo. Agora é pra casar. Angélica é a mulher da minha vida, que e que aquilo”. E ela falou pra ele assim: “Olha, São Paulo é muito grande, eu gostei de onde a gente foi… Então, em vez de você vir pra cá e gastar…” porque ele gastou muito com combustível pra ir e depois com combustível para voltar, parou na estrada e lá se hospedou… — Quer dizer, ele gastou mais… Era mais pesado para ele ir para lá do que ela vir para São Paulo. —

Então ela falou: “É melhor eu ir pra São Paulo, eu gostei daquele hostel que você me instalou, eu me senti bem lá… Então, quando você quiser que eu vá, por mim tudo bem”. E ficou combinado assim. Pelo menos uma vez por mês, um final de semana, ela vinha pra São Paulo — fora isso eles namoravam virtualmente, né? — Ela vinha pra São Paulo e ficava nesse mesmo hostel e eles ficavam juntos. E assim, gente, durou aí uns dois anos. — Dois anos… — Então isso aí já era 2012, quase 2013. E com dois anos de namoro as coisas já estavam super sérias, né? ele já conhecia a família dela, já ia para lá, já conhecia a família. Ela vinha para cá… — E tinha esse detalhe. — O Rodrigo ainda morava com os pais e, agora que eles estavam namorando sério, ele falou: “Olha, você não quer ficar aqui em casa, né?”, ela falava que não, que ela não se sentia à vontade, que ela preferia ficar no hostel.

Então sempre que ela vinha ela ficava nesse mesmo hostel e tudo bem.. Com dois anos e pouco ali, sei lá, dois anos e quatro meses, já ia dar a época de Natal, e eles combinaram de passar o Natal juntos em São Paulo. Então ela viria pra cá, ficaria no hostel e, na noite de 24 para 25 ela passaria ali a ceia junto com a família do Rodrigo, que a ceia era na casa do Rodrigo mesmo, então vinha familiares do Rodrigo de vários lugares e ela ia aproveitar para conhecer mais pessoas da família dele. — Aqui vem um detalhe que eu sempre falo, gente: Não faz surpresa. Não faz surpresa. Combina as coisas antes, não aparece sem avisar, porque a surpresa é uma coisa ingrata. — E o Rodrigo resolveu… Ele tinha marcado de pegar a Angélica lá no hostel às 10 da noite pra levar para casa dele, já ia estar perto da meia noite e família dele a ceia é realmente a meia noite e aí ela passa lá com eles.

Mas ele resolveu ir lá pro hostel às oito da noite, porque ele queria fazer uma surpresa para Angélica, queria levar ela em ponto turístico aí de São Paulo, aproveitar e pedir ela em casamento. [risos] — E tudo surpresinha. — E aí ele chegou oito horas lá no hostel… E assim, é um hostel aqui de São Paulo que é super modernoso assim… Quando ele começou a trazer a Angélica pra cá, ele resolveu tudo por telefone, então ele ia lá, ele ficava na porta, não entrava e ela já saía e tudo bem, era um lugar que ela só está dormindo, ele não tinha interesse. E dessa vez, eles estavam porque tinha várias nacionalidades, várias pessoas de vários lugares do mundo lá no nosso hotel e eles fizeram tipo uma ceia de Natal que ia acontecer bem mais cedo, uma coisa assim com decoração de vários lugares do mundo, bem legal… E ele resolveu entrar sem a estar sabendo que ele ia chegar lá, né?

Quando o Rodrigo entrou tava aquele super clima de festa, todo mundo bebendo, tinha uma ceia lá, uma mesa com coisas de Natal, tinha pratos cada um — não sei se comprou ou se fez e tal. — dos lugares lá do mundo… Tudo muito legal. E cadê a Angélica? Angélica não estava ali na festa junto com as pessoas. “ah, cadê Angélica? Angélica?” E hostel você sabe, né? Aquela rotatividade. E aí uns nem entendia o que ele estava falando e ele foi entrando. Quando ele entrou um pouco mais, ele teve a impressão sabe quando você chega num lugar que as pessoas estavam se pegando e, de repente, elas se separam que você quase flagrou, mas você não flagrou? E ele teve essa impressão da Angélica com esse cara. E esse cara era o dono do hostel, que era um cara suíço. — Que tinha vindo pro Brasil e montou negócio aqui e essas coisas. — Ele teve a impressão, mas ela estava apaixonado, ele falou: “Imagina…” —

Imagina que Angélica, o amor da minha vida, a mulher com quem eu vou casar, ter filhos, estava se pegando com o suíço dono do hostel? E teve aquele detalhe lá atrás que ela fazia questão de ficar no hostel, ne, gente? Mas quando você está apaixonado essas coisas passam batido”. E passou, ela meio que se separou ali do cara, com um clima estranho e ela foi para a festa de Natal lá na casa do Rodrigo. Não deu tempo e ele resolveu ir direto para casa lá. Não chegou a pedir ela em casamento. Teve lá a ceia, quando deu mais ou menos a ceia deles é meia noite. — Então quando deu uma hora, uma e meia você ainda tá comendo, né, gente? Porque se começou meia noite… — Quando deu uma e meia ela falou: “ai, eu estou cansada, será que a gente podia ir embora?” [risos].

E ele falou “ah, sei lá, vamos passar a noite juntos, não precisa ser aqui, pode ser em outro lugar”. Ele estava querendo levar ela pra um motel e ela falou: “ah, não. Eu estou muito cansada, queria voltar pro Hostel”. E assim ele fez, ela voltou lá pro hostel, ele voltou pra casa dele pra ceia, mas ele ficou ali com uma pulguinha atrás da orelha, uma micro pulga, mas ficou.  — Ficou meio cabreiro. — Esse era o segundo Natal que o Rodrigo passava com Angélica, né? Que ela vinha pra São Paulo passar o Natal aqui. No primeiro Natal ele deu um celular novo pra ela porque o dela estava velhinho, então para eles conversarem era complicado e ele deu um celular. E, nesse Natal, ele deu para ela um laptop, porque o computador dela era ruim, [risos] pra eles pra eles se falarem e tal… — Mas se já tava com celular bom não dava pra falar pelo celular? Mas o Rodrigo que quis dar, então, né? Ela aceitou e já levou o laptopzinho dela lá, novo, pro hostel. —

E chegou o dia de Natal, né? — Porque aí o dia de Natal tem o almoço de Natal. — O Rodrigo foi lá buscar a Angélica no hostel pra levar de novo pra casa dele para almoçar, né? Pro almoço de Natal, com vários familiares. — É aquela cosia, a continuação da ceia. — Aí ele chegou lá… Você viu a Angélica? Nem o Rodrigo… A Angélica tinha sumido, não tava lá. E ele ligava no celular, ligava no celular e nada dela atender. Chegou uma hora que só caía na caixa postal, e aí ele ficou um tempo lá no hostel e acabou perguntando pra alguém que estava lá, um funcionário lá do balcão, “cadê o dono daqui?” e “eu não sei onde tá”. E aí aquela pulga que estava atrás da orelha, já foi virando um carrapato gordo. — Sugando todo o sangue do Rodrigo pela orelha.

E ela sumiu, gente… Ela sumiu… Foi dando a hora a mãe do Rodrigo também ligou, falou: “Você não vai vir comer aqui com a sua família? Suas primas vieram de longe…” E ai ele voltou pra casa. Não conseguia comer, não conseguia se concentrar, não conseguia nada. Aí passou ali a ceia, quando foi umas quatro e meia, cinco horas ele voltou lá pro hostel. E aí ela já tava lá com o laptopzinho dela lá, tipo um [loundzinho], lá mexendo no laptopzinho dela como se nada tivesse acontecido, como se ela não tivesse perdido o almoço de Natal na casa do Rodrigo. E aí ele ficou meio puto, né? Falou: “poxa, você não pra cá pra passar o Natal comigo? Onde você tava?” e ela falou: “ah, não, tinha umas meninas aqui que elas não sabiam onde comer, que eu estava tudo fechado, a gente acabou achando uma padaria super legal que estava aberta, acabei ficando lá. Perdi a noção do tempo, não levei o celular. Acabou a bateria…” — Mil desculpas. — Mil desculpas… E aí ela falou que ela já queria ir embora no dia vinte e cinco mesmo, que ela tinha a vindo para ficar com até o dia vinte e sete, vinte e oito e ela falou que ela queria ir embora antes.

Agora que ela já vinha sempre pra cá, ela gostava de andar de metrô e o Rodrigo sabia disso. Ela gostava de andar de metrô, era uma coisa que sempre que ela vinha ela queria ir pra vinte e cinco, fazer as coisinhas dela, comprar as coisinhas dela… Aí o que ela falou pra ele: “Olha, eu vou tentar trocar a minha passagem pra ir embora hoje, vou ligar lá na viação pra ver se eu consigo trocar a passagem, porque geralmente na data de Natal as pessoas não viajam, então deve estar vazio… E aí você pode deixar que eu vou de metrô, assim eu vou matando um pouco a saudade do metrô”. E ele achou tudo muito esquisito, muito, muito, muito esquisito… Angélica trocou a passagem, foi embora na noite de Natal. E aí no dia seguinte mandou mensagem: “já cheguei, tá tudo bem, tudo certo. Tudo lindo, tô aqui em Floripa e nã nã nã”.

E tudo bem, Rodrigo estava muito, muito cismado, mas fazer o quê, né? Não tinha porque desconfiar da Angélica, de nada. Passou mais um dia… Dia vinte seis, dia vinte e sete à tarde, o Rodrigo tinha feito uma ponta programação com Angélica e ele tinha separado vários pontos turísticos que ela ainda não conhecia para levar, né? E aí tinha uns primos dele aqui, e ele falou: “bom, eu vou aproveitar esse roteiro, algumas coisas desse roteiro e vou levar meus primos, já tamo aqui mesmo… Eu já tinha me preparado para isso”. E um desses lugares era o Jardim Botânico de São Paulo, que é ali perto do zoológico, e é um lugar realmente muito bonito, romântico… E ele falou: “vou levar meus primos… Foda-se, né? Agora vou lá, de repente mando umas fotos pra ela… Falo: “olha, tá vendo se você tivesse aqui eu te levava”. — Gente, qual a chance de acontecer o que eu vou narrar agora? —

O Rodrigo chega no Jardim Botânico de São Paulo com os primos, e os primos, assim, eles mal conheceram a Angélica, então jamais reconheceriam, né? Viram só uma vez, então se passassem por ela nem saberiam. — Eu não vou nem fazer suspense quanto a isso, gente, porque não tem o que fazer. — Em uma canga estendida lá, porque assim, muita gente faz piquenique ali no Jardim Botânico e fica ali sentado, namorando. Quem estava namorando o dono do hostel, sentada numa canga com o cara com a cabeça no colo? Gente, a Angélica. Ela não foi embora, ela mentiu ela ia embora e ela ficou no hostel com o dono do hostel. Gente, o mundo do Rodrigo caiu. Ele não sabe o que fazer, porque ele tava com os primos e os primos, obviamente, nem reconheceram a Angélica. E ele não sabia se ele fazia escândalo, se ele saía correndo, se ele chorava… E ele resolveu não fazer nada. — Ele não fez nada. —

A Angélica acabou que ela nem viu ele, ele se afastou, deu uma desculpa lá pros primos, acabou levando para um outro lugar e ele foi embora passado assim, com o coração partido e sem saber o que fazer. Na hora ele não teve coragem nem de falar com ela, nada… — Mas olha como são as coisas… — Os primos estavam enlouquecidos ali no Jardim Botânico, tirando foto, tira foto daqui, tira a foto dali e, em algumas fotos, quem tava na foto? O casalzinho, Angélica e o dono do hostel, o suíço lá. E calhou do Rodrigo ter acesso a essas fotos porque eles postaram em rede social e ele viu lá no fundinho… Só que assim, ele sabia que era Angélica, mas, sei lá, só alguém muito próximo da Angélica saberia. Então, ele tinha esse medo de alguém reconhecer a Angélica, mas também não falou pro primo dele tirar a foto de lá e nada.

Ele não sabia o que fazer, ele ficou totalmente perdido… Então tinha a foto da Angélica publicou nas redes sociais dos primos e o que ele fez? Ele salvou essas fotos e falou: “bom, eu vou ter que falar com ela de alguma maneira”. E ele resolveu mandar as fotos para ela sem falar nada… A Angélica a hora que recebeu as fotos ela sacou na hora, e ela ainda estava em São Paulo. — Sabe pessoa que é mau caráter? Profundamente mau caráter? — O que ela fez? Ela tentou reverter o jogo e falou: “você estava me seguindo. Isso não se faz…” Quer dizer, ela estava com outro cara no colo e ela foi dar esporro nele, falou que ele estava seguindo, que ele não devia ter seguido ela, não sei o que… Transformou a história como se ela fosse a pessoa que tivesse certa e ele errado, e aí ele tentou explicar, pelo menos, que não, que ele tinha levado os primos e foi uma coincidência. — Ele não deveria nem ter explicado, né? Devia ter terminado ali. —

E aí olha só, que acho que ela com raiva também, acabou falando pra ele: que ela já estava com o suíço há quase dois anos. — Quer dizer, quase desde o começo do namoro deles ela já tinha esse romance com o suíço. — E que ela só não estava com o suíço de vez porque ele era casado lá no país dele e tinha que se divorciar pra poder ficar com ela. E, assim, tudo isso eles brigando por telefone, e ele falou: “Não, vamos conversar pessoalmente”, porque além de tudo isso, de ter visto isso tudo, o Rodrigo ainda tinha esperança de… — Não sei do que, né, Rodrigo? Mas tinha. — Sei lá, de ficar com ela. E ela falou que não, não queria mais ver, que não sei o que, e que ia ficar com o suíço. E eles terminaram por telefone um pouco antes do Ano Novo, eles romperam definitivamente e ele não soube mais dela até o ano de 2019.

Depois disso, o Rodrigo já namorou outras garotas e terminou relacionamentos… Agora ele estava solteiro de novo, tinha uma coisinha aqui e outra ali, eis que surge lá uma solicitação de amizade. Quem? — Quem vocês acham, né? — Angélica querendo ficar amiga dele no Facebook E ele aceitou, porque até então ele ainda tem sentimentos pela Angélica. — E olha a história, porque assim, depois que passa alguns anos, as pessoas acham que, sei lá, tudo passou, né? — O suíço lá realmente se divorciou da mulher, se separou e casou com a Angélica. Eles casaram e tiveram um filho, só que aí depois ela descobriu que ele tinha outras, não era nem só uma, tinha outras, tinha amantes. E aí ela se divorciou do suíço e agora ela tem esse menino aí, tem um filho com o suíço, eles não se dão bem e ela disse pro Rodrigo que nunca esqueceu o Rodrigo, e agora ela quer voltar com o Rodrigo.

Ela queria fazer esse retorno, porque o Rodrigo ficou meio balançado, agora no Natal, de 2019… E eu ia contar essa história pra vocês antes do Natal e não deu tempo… Pelo menos a parte boa é que eu tenho o desfecho, que ela queria marcar como o Rodrigo… Agora ela já mora em São Paulo, porque ela veio morar no hostel com o cara, e agora que eles se separaram, não sei que arranjo que eles fizeram lá, ela mora em São Paulo. Então ela está muito perto do Rodrigo. E ela queria encontrar com ele na véspera de Natal de 2019 pra consertar tudo… E o Rodrigo queria saber de você se ele devia ir ou não. — Ainda bem que ele resolveu não ir. —

Ele resolveu não ir, porque ele estava em dúvida e não sabia o que fazer, a família dele também não quer mais que ele tenha contato… — Porque ele ficou mal, bem mal… — E não queria mais que ele tivesse contato com ela, mas ele ainda tem sentimentos por ela… Só que ela continua insistindo, tipo, ela falou “ah, tudo bem… E Ano Novo?”, então, Ano Novo é hoje também o Rodrigo já está na praia… Mandou uma mensagem hoje, falou: “você não vai contar a história? Eu estou na praia, não encontrei com ela ainda”. — A frase que ele me falou foi essa, “ainda”. — Então eu não sei, ele tem esperança aí de 2020 encontrar com Angélica, talvez retomar esse romance… O que vocês acham?

Eu acho que não, né? Falei pra ele logo de cara, porque eu acho que nunca dá certo voltar. Terminar assim e voltar… Ainda mais nessas circunstâncias, do jeito que foi. Por que ela ficou com ele dois anos se ela estava saindo com o cara? O cara lá tinha condição de bancar a passagem dela, de dar celular, de dar laptop. Quer dizer, ela ficou explorando o Rodrigo, né? Então, não sei… Achei a Angélica mau caráter, não gostei. O que vocês acham? O que vocês sugerem aí pro Rodrigo? Se ele dá uma chance para a menina ou se ele bloqueia ela em todas as redes? Que foi meu conselho.

A pessoa tinha um amante praticamente ao mesmo tempo que ela namorava, gente… Não é ok isso. E agora o Rodrigo vai voltar, em 2020, vai voltar nessa treta? Pra quê? Né? Não precisa disso… Então a minha opinião é: meu, desencana dessa menina, já deu o que tinha que dar, né? Mas aí vocês deixem lá no grupo, que assim que ele voltar da praia, sei lá, não sei se ele vai acessar antes pra ver os conselhos de vocês. E é isso, gente, essa é a história do Rodrigo, eu espero que ele tenha um belo ano novo aí sem namoros do passado [risos]. E a gente encerra aqui, um beijo e até daqui a pouco.

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naonvibialize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.