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título: irmãozão
data de publicação: 05/12/2022
quadro: picolé de limão
hashtag: #irmaozao
personagens: clécio e seu irmão

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Rádio Novelo com seu novo podcast original O Rádio Novelo apresenta. Nessa semana o episódio do Rádio Novelo apresenta traz duas histórias diferentes, a primeira é sobre o beijoqueiro… [risos] Quem aí lembra do beijoqueiro? — Essa precisa ter um pouco mais de idade para lembrar. Socorro que é da minha época. — O beijoqueiro era um cara português radicado aqui no Brasil e que era simplesmente um beijoqueiro em série. Ele conseguiu beijar celebridades internacionais, presidente da República, jogador de futebol, enfim, uma galera aí. 

E esse beijoqueiro ele deixava as equipes de segurança, assim, doidas. [risos] Todo mundo tinha ódio dele, a segurança toda tinha ódio. [risos] Porque eles tentavam impedir que ele fosse lá praticar o atentado a beijo. [risos] A segunda história é uma história triste, que fala da ameaça aos jumentos. — Sim, o jumento, o bichinho mesmo. — Tem gente no exterior comprando jumento, gente… E a existência do bichinho está ameaçada. Eu fico arrasada. Vocês sabem que eu sou protetora dos animais, eu tenho algumas amigas que são protetoras no Nordeste e elas fazem um trabalho muito bacana com jumentos e, enfim… Rádio Novelo Apresenta está disponível em todas as plataformas de podcast, é gratuito, e também no site da Rádio Novelo. Eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio. 

E hoje eu vou contar para vocês a história do Clécio. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

O Clécio ele tem um depósito de material de construção. — E isso por si só já me dá gatilho, porque, como vocês sabem, eu estou em obras e a minha vida está um inferno. Então, Clécio, eu espero nunca mais frequentar um depósito aí de materiais de construção, [risos] mas toda força aí pra você. — Bom, o Clécio ele tem um irmão que é muito, muito, muito religioso. Só que esse irmão está passando por dificuldades financeiras. Esse irmão é casado, tem dois filhos e o Clécio se dá super bem com esse irmão e com a esposa dele — que a gente pode aqui chamar de Cíntia — e com as crianças… Então, o que o Clécio tá fazendo agora que o irmão dele tá passando por esse período de dificuldades? Ele tá ajudando as despesas lá da casa do irmão, tá dando essa força, bancando financeiramente. — Ali um aluguel, uma conta de luz, fazendo um mercado… — Enfim, está ajudando aí o irmão.


O Clécio está ajudando o irmão e o irmão diz que está dando seus pulos aí pra tentar manter o básico e tal… E o tempo foi passando… O Clécio tem um funcionário… — Que a gente vai chamar aí de seu Pereira. — Seu Pereira trabalha lá no depósito de material de construção, mas seu Pereira também é eletricista. E aí seu Pereira um dia chegou para o Clécio e falou: “Clécio, você não vai acreditar no que eu descobri… Eu fui fazer um serviço na casa aí de uma Mulher X e acabei vendo seu irmão na casa do lado, entrando na casa do lado. E um condomínio super chique e tal… E eu perguntei pra mulher, falei: “Quem é aquele homem? Acho que eu conheço ele e tal”. E a mulher: “Ele é o esposo da moça que mora aí, e ele trabalha viajando e nã nã nã” e seu Pereira tinha acabado de saber e contar tudo pro Clécio que o irmão, que está passando dificuldades na sua família principal, tem uma segunda família que ele banca com muito luxo.


Inclusive, essa vizinha — seu Pereira não tem como confirmar — disse que acha que a casa lá nem alugada é, que a casa é própria. — Gente… Ele mantém uma… O irmão de Clécio mantém uma segunda família com muito luxo, bancando tudo, a mulher tem um carrão, ela não trabalha… Ele tem um filho com esta mulher e ela mora aí num condomínio chique. — E aí, segundo seu Pereira, ele tentou especular o máximo que deu. Seu Pereira ainda jogou essa de: “Ah, mas o dinheiro pode ser dela, né?”. E aí, segundo a vizinha, pelo que a vizinha fofoqueira apurou, é o cara mesmo que é rico, não é ela. Mas são todas, assim, informações que um telefone sem fio, praticamente. A vizinha da segunda esposa, da segunda família do irmão de Clécio, que contou para o seu Pereira que contou para o Clécio.

E aí o Clécio falou: “Bom, eu duvido que isso seja verdade, mas eu vou dar uma prensa no meu irmão”. — Porque é um irmão que ele se dá muito bem, né? — E aí ele chamou o irmão pra conversar e, gente… — Não é que é verdade? — O irmão tem uma segunda família, ele se enrolou aí com essa moça há uns anos e teve esse bebezinho, essa criança que já tá até crescida um pouco. E ele realmente banca os luxos dessa moça, porque ela é bem mais nova e ela é muito bonita e ele não quer perder. — Olha aí… — Com pandemia, com tudo, ele teve que priorizar a moça e o filho e deixou a família dele, que a gente vai chamar de “família 1”, passando necessidade. E aí ele falou: “Ah, eu tinha que optar e eu sabia que você ia me dar essa força aqui na minha família”, e aí ele optou por continuar sustentando no luxo a família 2.


E aí o que o Clécio fez? Clécio falou: “Então acabou. Acabou a mamata… Agora você se vira”. — Sabe o que o cara fez, gente? — O cara continuou bancando a família dois e botou a esposa dele pra vender, sei lá, Pôneiware… Sabe assim? Vender pote pra conseguir o básico pra eles viverem, porque a esposa também não trabalha… — Por isso, gente, que eu falo: não deixe de trabalhar por causa de relacionamento. Trabalhem, tenham seu dinheiro… Porque agora a esposa desse cara está tendo que se virar. — E o Clécio vendo que ela não está conseguindo, o Clécio voltou a ajudar financeiramente por causa dessa esposa desse cara e das crianças. Não por causa do próprio irmão.  — Porque o irmão, cara de pau, continuou falando que não tinha grana e continua bancando aí a segunda família. —


Agora o Clécio está tão revoltado que ele quer contar pra família toda. Só que isso implica um monte de coisa, né? Desde contar que ele tem uma outra família e vai ser um escândalo, até introduzir essa nova criança na família, porque essa nova criança também faz parte da família. E aí por tabela, meio que quase obrigar a esposa desse irmão a conviver com essa amante, porque vai que a criança participa das coisas e da vida ali de todo mundo, né? Então o Clécio está muito revoltado e quer contar… [suspiro] Quer contar tudo, ele tem o endereço dessa amante, né? Porque seu Pereira bateu a ficha inteira e contou tudo. E ele agora está pensando em contar tudo, gente, abrir no grupo da família, jogar prints… Porque ele está mais indignado que depois que ele falou que ele não ia ajudar mais, o irmão falou: “Ah, tudo bem então, paciência…” e botou a mulher pra fazer qualquer coisa, enquanto ele continua pagando luxos, luxos pra outra família dele, pra família 2. — Um canalha, né? Um canalha. — 


Eu, sei lá… Eu, no lugar de Clécio, já tinha contado. Já tinha contado… Porque dá também a possibilidade dessa esposa 1 largar esse cara, correr atrás… Porque aí ele vai ter que pagar pensão. E correr atrás da própria vida, fazer as próprias coisas. Então, eu acho que o Clécio tem que contar sim, explanar pra toda família, fazer aquela lambança. De preferência num churrasco aí, [risos] pra ter um pagode de fundo. E vocês, o que vocês acham?

[trilha] 

Assinante 1: Oi, gente… Sula aqui falando, de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Qual é a possibilidade de um funcionário do Clécio fazer um serviço no condomínio do irmão? Gente, é o universo conspirando para acabar com essa confusão, né? Então, Clécio, é claro que você tem que contar… Qual é a possibilidade? O destino colocou na sua cara pra você deixar de bancar o seu irmão… E o cara não toma vergonha, então explana. Explana. Todo mundo tem que saber. Parar de bancar o bom moço. Explana, a sua cunhada merece saber, os filhos merecem saber, a outra criança merece ter essa convivência familiar e o seu irmão quer arque com as consequências de seus atos. Então é isso. Beijo, gente… 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é a Carolina falando de São Paulo, capital, Clécio, solta o verbo… Pensei muito antes de mandar esse áudio e, por um lado, eu até comecei a “ah não, ele deve dar uma chance para o irmão mesmo contar”, mas eu também já tô meio desacreditada com seu irmão, [riso] com todo respeito, né? Porque eu não acho certo… Um: ter duas famílias, em primeiro lugar e, em segundo, deixar uma no luxo enquanto a outra está passando necessidade, colocar a mulher pra vender Pôneiware. Então eu acho que com muita delicadeza com as esposas… Pois eu acho que você tem que contar sim, eu fico pensando se eu fosse uma das esposas, ia doer sim, eu ia achar ruim saber disso, óbvio, mas ia preferir saber do que ficar vendo essa situação. No luxo ou com necessidade aí. Então é isso, um beijo. Boa sorte. 

[trilha] 

Déia Freitas: Você precisa ouvir o podcast Rádio Novela Apresenta. A Branca Vianna e a equipe da Rádio Novelo mandam muito bem. — Sério mesmo… — O podcast traz histórias diferentes e mega curiosas a cada episódio, sempre naquele estilo narrativo dos outros podcast da Rádio Novelo. — Tipo Praia dos Ossos, que é o meu preferido. — A Rádio Novelo apresenta está disponível em todas as plataformas de podcast e também no site da Rádio Novelo. Eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio. Um beijo, gente, um beijo Rádio Novelo. Te amo. E eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.