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título: joilson
data de publicação: 29/01/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #joilson
personagens: joilson e wellington

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais uma história do quadro Amor nas Redes. — E hoje eu não estou sozinha, meu publi. — [efeito sonoro de crianças contentes] E hoje eu estou aqui para contar a terceira história da campanha da Drogasil para homenagear aí os seus funcionários. E eu confesso que estou amando contar essas histórias de firma. — Eu amo história de firma. — E que todas acontecem ali na farmácia, né? O maior compromisso da Drogasil é cuidar. Em homenagem a seus trabalhadores que cuidam de quem visita as farmácias no dia a dia, eu selecionei essas histórias que mostram como o pessoal da Drogasil oferece cuidados que vão além dos medicamentos. E hoje eu vou contar para vocês a história do Joilson. A história do Joilson se passa em Caruaru, ali em Pernambuco. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

O Joilson trabalhava de flanelinha na frente de um supermercado chamado RM Express, e ele trabalhou de flanelinha nesse mercado por 14 anos, até que o mercado fechou. [efeito sonoro de porta de enrolar fechando] E o Joilson ficou sem ter ali aquela pouca renda que ele tinha, né? Olhando carros na frente do supermercado. Só que ele tinha que arrumar um trabalho e ele gostava de fazer isso, ele gostava de ficar ali cuidando de carros e tal, só que era um trabalho muito precário, né? E ele foi dali do RM que fechou, para a frente de uma padaria chamada Agamenon Delicatessen e ali também perto da Drogasil. Então ele começou a olhar os carros ali e sempre estava ali… — Pedindo uma moeda e nã nã nã. — Na frente da padaria e da farmácia. 

E na farmácia, na Drogasil, estava lá o gerente Wellington. E o Wellington sempre observando aquele cara que estava ali olhando os carros, às vezes pedindo uma ajuda e tal. — Sempre muito educado. — E ele sempre passava, via o cara ali, o cara cumprimentava… — Esse cara era o Joilson, né? Cumprimentava o Wellington. — E ele falou: “Poxa, tá aí um cara educado e tal, né?”. E a farmácia Drogasil ela tem no estacionamento um funcionário — Contratado, né? — que fica ali no estacionamento para ver a entrada e saída de carros e tal. — Funcionário da farmácia mesmo, né? — E aí um belo dia o funcionário que era da farmácia ali do L, que é Drogasil da Avenida Agamenon Magalhães, o funcionário saiu e ficou a vaga ali para o estacionamento. 

Aí o que o Wellington pensou? O Wellington, gerente, falou: “Bom, será? Será que se eu convidar o Joilson para trabalhar aqui ele aceita?” — Olha, gente, que máximo… — Aí o Wellington ficou pensando e falou: “Mas será? Porque ele ficou: “Poxa, 14 ou 16 anos ali na frente do mercado, nunca trabalhou ali perto, só ficava de flanelinha… Será que vai rolar e tal?” E aí ele chamou o Joilson para conversar e assim que ele chamou, falou: “Então, você quer vir trabalhar aqui no estacionamento e tal? Você quer vir?”. E aí o Joilson ficou meio, né? Incrédulo, assim, sem acreditar, ficou emocionado… Falou: “Lógico que eu quero”. 

E o Wellington perguntou pra ele: “Mas por que você nunca trabalhou no mercado e tal? Em outro lugar?”, e ele falou “Ah, porque eu nunca tive uma oportunidade, ninguém nunca me deu uma oportunidade, né?”. E aí o Wellington passou para ele a relação de documentos que ele precisava levar, falou pra ele que ele ia trabalhar ali de gravata e tal, camisa… — Mó estilo, mó beca. [risos] — E seria este o segundo emprego registrado, de carteira assinada do Joilson… Inclusive, o Wellington tinha perguntado para o Joilson se ele queria, sei lá, de repente tentar uma outra vaga de atendente e ele falou: “Não, eu gosto realmente de ficar mais livre e tal, ficar aqui com os carros”. Então, o emprego no estacionamento para ele, era perfeito, era a oportunidade que ele precisava para ter uma estabilidade ali, uma carteira assinada e os benefícios da Drogasil. — E aí beleza. — 

Ele juntou a documentação, levou para o Wellington e o Wellington falou: “Bom, você começa dia primeiro, está aqui o seu uniforme, sua gravata e nã nã nã”. [risos] — Pra você vir aí todo bonitão. — E ele começou… Chegando ali perto do dia 15, o Wellington começou a perceber que o Joilson estava trabalhando, de maneira excelente, só que ele estava preocupado. Ele tinha ido até o mercado e tinha voltado só com um pouquinho de coisa, e ele perguntava ali na farmácia quando eles iam receber, né? E como ele tinha acabado de entrar, precisava realmente virar o mês… Então ele ia receber só no dia 30. E aí ele, assim ansioso ali, mas tudo bem, trabalhando normal, né? 

Aí o Wellington falou: “Bom, acho que eu já estou sacando qual que é”, e aí ele reuniu os funcionários da farmácia, meio que numa vaquinha e eles fizeram uma compra aí, uma cesta uma boa cesta que dava para aguentar ali um mês até sair o primeiro do salário, né? Pro Joilson. Aí foi sucesso, né? Porque era isso que estava angustiado ele. Agora ele tinha um emprego, estava bem… Só que ainda não tinha recebido nada e, assim, com esposa e filhos em casa para alimentar, né? Ele estava já numa mega angústia. E o Wellington falou que, assim, o que chamou a atenção dele no Joilson é que ele era muito educado… Para vocês terem uma ideia, ele ficava ali pelos arredores da farmácia e da padaria e muita gente achava que ele já era funcionário da farmácia, de tão educado que ele era, assim, prestativo e tal. 

Isso que chamou a atenção do Wellington quando ele passava assim… — Que ele ia para a farmácia. — E eu acho muito, gente… Muito bacana esse tipo de iniciativa, né? Aquilo que eu falo do “nós por nós”… O cara estava ali numa posição de gerente, ele podia contratar, tinha a vaga e ele deu a oportunidade para o flanelinha, que já estava ali e que já fazia isso. Então, isso é muito bom… E uma coisa que o Wellington falou e que eu achei engraçado [risos] é que o Joilson ele realmente tinha uma flanelinha, que ele carregava nas costas. Geralmente, os flanelinhas que a gente vê, não tem flanelinha, tem? [risos] E o Joilson tinha uma flanelinha. 

Agora a gente vai ouvir o Wellington falar um pouco de como foi essa contratação do Joilson e depois a gente vai ouvir o próprio Joilson falando como está aí [riso] a vida dele na farmácia. Inclusive, essa história saiu na mídia de Caruaru assim, em várias matérias assim… — Muito legal, né? — Porque ele era um flanelinha conhecido, agora ele não é mais um flanelinha, ele é um funcionário da Drogasil e super conhecido, então assim, foi sucesso. [riso] E eu estou super animada aqui de contar a história deles. E agora a gente vai ouvir então o Wellington e, na sequência, o próprio Joilson. 

[trilha]

Wellington: Olá, tudo bem? Meu nome é Wellington, sou gerente da Drogasil filial 688, Caruaru, em Pernambuco. Sou de Minas, vim parar aqui no Nordeste através da expansão e acabei ficando. Me apaixonei por essa terra maravilhosa que é o Nordeste. Joilson é um flanelinha que a maioria do pessoal de Caruaru conhece ele, ele ficou muito tempo na porta do supermercado ajudando o pessoal a estacionar, só que nunca deram uma oportunidade para ele, né? Um dia eu cheguei, tinha saído para almoçar, vim em casa almoçar e quando eu voltei para a farmácia, lá estava o Joilson. Estava com uma flanelinha nas costas, ajudando os clientes a estacionar e tal, o cliente dava um troquinho pra ele e tal. Aí quando eu vi aquilo, abordei ele e falei para ele: “Olha, senhor, não pode ficar manobrando aqui, ajudando os clientes”. 

E ele falou: “Não, não, meu jovem, de boa… Posso ficar ali debaixo da sombra ali?”, falei: “Tranquilo, pode ficar lá, mas aqui o senhor não pode ficar pedindo, não…”, e ele falou: “Não, não tô pedindo, não… Seus clientes aí que me oferecem um agrado, mas eu não estou pedindo, não… Mas vou ficar ali. Pode ficar ali, né?”, falei: “Pode, mas só não pode pedir”. Aí adentrei para a loja, passou ali uns 15 minutos lá estava ele de novo, abordando os clientes, os clientes dão a moedinha, dando um agradinho para ele e lá foi eu de novo. [risos] Falei: “Joilson, não pode, cara… Eu falei para você que não pode e tal, não sei o que…” e isso foi uns dois, três dias nessa mesma situação. E eu procurando um orientador, né? 

E eu falei: “Bom, por que não oferecer essa vaga para ele?”, ele tem o perfil, ele gosta do que faz e aí perguntei para ele se ele tinha interesse em trabalhar com a gente. Ele encheu o olho de lágrimas e disse sim, sem pensar duas vezes. O Joilson entrou, foi a alegria dele… Quando ele entrou, ele estava passando por uma dificuldade, e aí a gente juntou a galera toda da loja, montamos uma cesta bem bacana para ele… E o legal é que no Natal, agora fim de ano, ele ajudou a gente a montar a cesta para ajudar outras famílias. Foi bem bacana isso. Ele ficou, parece, que 16 anos na porta de um supermercado e nunca teve oportunidade, nunca ninguém deu oportunidade pra ele. Então, assim, a gente tem que dar sim oportunidade para as pessoas, para viver, né? 

E eu vi isso em Joilson. Joilson está lá, feliz com a gente, faz o serviço dele muito bem, chega cliente ele levanta, vai, dá um bom dia, boa tarde, boa noite, bom final de semana… Joilson é a alegria da 688. E todo mundo conhece ele, gosta de criança… Quando as mães chegam com criança ele brinca e é muito bacana isso, né? Porque Joilson só nos dá orgulho na 688. 

Joilson: Boa tarde, meus jovens. Meu nome é Joilson, trabalho aqui na Drogasil, aqui na Caruaru. Aí eu tô gostando de todo serviço que eu posso fazer aqui, meu trabalho certinho, orientando… O orientador dos carros aqui… E agradeço a vocês todos que obedecem quando eu mando botar os carros certinhos nos lugares. Tem muito que vem pra loja e o negócio é vir para loja, chega, bota o carro e vai pra outro lugar. Aí tem que chamar atenção pra poder tirar, viu? Muito obrigado e um bom final de semana pra vocês, uma ótima tarde. 

Déia Freitas: [risos] Melhor áudio do Joilson, já mandando a letra aí pra quem gosta de deixar o carro aí no estacionamento [risos] e ir para outro lugar, fica esperto. [gargalhando] Um beijo, estou amando essa campanha. Eu volto no sábado que vem com mais uma história, então um beijo e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.