título: lei
data de publicação: 08/09/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #lei
personagens: dayana, carolina e carlos
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]
Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje é O Boticário. Além da possibilidade de aumentar a sua renda, sendo uma revendedora do grupo O Boticário, você pode fazer aí o seu horário de trabalho, flexibilidade de tempo pra investir, sei lá, nos seus estudos, pra descansar, pra fazer o que você quiser. E não menos importante: você pode seguir aí no ramo da beleza, abrir seu próprio negócio. — Gente, você tem que pensar nisso. Você precisa ter a sua renda. Eu sempre falo isso aqui, do quanto é importante, tá? — Pra ser aí uma revendedora, você vai preencher o formulário, vai enviar o seu cadastro… Logo depois, você vai fazer o seu primeiro pedido, aí então você vai receber os seus produtinhos em casa e pronto. Você começa a revender e a ter aí a sua própria renda.
Então, se cadastra agora no link que eu vou deixar aqui na descrição do episódio. O cadastro é rápido, fácil e sem burocracia. Seja uma revendedora, um revendedor O Boticário. — Sim, você precisa. — E hoje eu vou contar pra vocês a história da Dayana. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]
Dayana se casou e teve uma filha, uma filha linda que a gente vai chamar aqui de “Carolina”. O tempo foi passando, Dayana percebeu que aquele marido não servia pra nada e resolveu pedir o divórcio. Carolina estava aí com seus dois aninhos, muito bebê…O acordo foi feito, o divórcio foi feito e foi combinado no papel, tudo certinho: uma pensão pra Carolina de R$500. Ele poderia pagar mais? Poderia, mas foi combinado R$500. O tempo foi passando, a bebê foi crescendo e, com isso, foram surgindo aí novas coisinhas de bebê… Primeiro, agora Dayana, com a bebê maior, sua mãe Mirtes, não podendo mais ficar correndo atrás, porque enquanto é um bebezinho que engatinha, é mais fácil você pegar, né? A hora que começa a correr por aí, pra uma pessoa com mais idade, é mais difícil. Dona Mirtes falou: “Olha, é melhor botar ela numa escolinha, eu posso levar, posso buscar, mas pra eu ficar o dia inteiro é complicado”. Precisaria ali de uma escolinha integral para Carolina. A escolinha custando ali agora R$630, 00. — Pra ficar o período todo. Dividido por dois, então seria R$315,00 pra cada um. Ó, fiz essa conta rápida… [risos] Espero estar certo, mas tá, né? —
Tem o convênio da criança, a empresa dele não tinha convênio, a empresa da Dayana tem o convênio, mas nem todo convênio aceita dependentes. — Eu não sabia disso. — E o convênio lá da empresa dela não aceitava dependentes, então ela fez um convênio pra filha. Então, conforme vai crescendo, o valor do convênio vai mudando. O dinheiro ali agora que ele dava R$ 500,00 estava dando justinho pra escolinha e pra pagar ali parte do convênio. — Ela pagava uma parte, ele pagava outra, enfim, ali, umas coisinhas… — Até dava pra mais umas coisinhas… — O tempo foi passando, este ex se casou novamente… Nesse meio tempo, Dayana também conheceu um rapaz. Carolina ali com seus 5 anos, ainda na mesma escolinha integral, daqui a pouco ia precisar mudar de escolinha. E aí, agora, ela teria que ficar numa escola integral, não mais uma creche, e o valor seria maior. Ela chegou a mandar algumas mensagens pro pai a respeito disso, mas ele se fez de doido e não respondeu.
E agora ele já pegava a menina um final de semana sim, um final de semana não. Antes de estar casado, ele raramente pegava, mas ele ia lá na casa da Dayana visitar. — Com Dona Mirtes lá, enfim… — O tempo passou mais um pouco e esse namoro de Dayana firmou e nós vamos dar um nome aqui… Então, vamos dar um nome a ele: “Carlos”. Carlos tem duas lojas que vendem carros novos, seminovos, usados, enfim, duas… Carlos tem um padrão de vida maior. O tempo foi passando, casamento pra acontecer de Carlos e Dayana, e Dayana não queria sair de perto da mãe… — Carolina sempre esteve ali muito perto de Dona Mirtes. — Ali, naquela mesma rua, quase em frente à casa de Dona Mirtes, uma casa simpleszinha pra vender… Carlos foi lá, comprou, demoliu e fez uma mega casa pra eles morarem… Carlos já tinha uma casa, que ele botou pra alugar… — Tipo em, sei lá, Alphaville, sabe assim? Em bairro que ele estava mais acostumado… — Mas ele falou: “Não, vou morar na frente da casa da Dona Mirtes, sem problema nenhum”.
Carlos comprou o terreno, construiu a casa e Carlos pegou aquela casa nova que ele acabou de fazer e botou em nome de quem? Dayana, sua esposa. — A casa que Dayana mora, na frente da casa da mãe, está no nome dela, só no nome dela. — Se separar, talvez é o que fique pra ela, porque o restante ele já tinha, né? Mas não vão separar, porque Carlos ama Dayana. Ele deu um carro pra Dayana. — O cara tem duas lojas de carro, gente, era óbvio que ele ia dar um carro pra Dayana, com a criança ali, com a Carolina, é melhor ter um carro. — O ex de Dayana surtou, surtou num nível de querer falar que aquele dinheiro todo não vinha de uma origem lícita, sem saber absolutamente nada da vida de Carlos. — Porque o Zé Povinho não sabe, ele só fala, né? — Depois que Dayana estava utilizando os 500 reais da pensão da Carolina… — Veja bem, Dayana trabalha num bom emprego, que não tem nada a ver com Carlos e continua trabalhando. Ela tem um marido que tem uma boa condição financeira, mas segundo o ex dela, ela estava usando os 500 reais da pensão da Carolina. Segundo ele, né? Sendo que a escola agora já custa bem mais caro e não, Carlos não paga a escola da Carolina e também Carlos não paga o convênio, quem paga é a Dayana. E não é porque ele não queira, porque se a Dayana falar: “Olha, amor, preciso de uma ajuda pra pagar”, ele vai dar. É porque a Carolina é filha de outro homem que dá os 500 reais e ela usa esses 500 reais que complementa muito mais. —
Com esse novo padrão de vida, a nossa amiga Dayana, este homem conseguiu um advogado para entrar com um pedido de revisão de pensão e guarda da Carolina, porque ele queria a guarda, porque agora ele está casado. — Algumas coisas eu não entendo como que vai pra frente, mas rolou… Eu não sei se é uma conciliação, eu não sei o que que é ali com as partes, não aconteceu nada… Aí vai pra um juiz e aí o juiz quer conversar com os dois, com o casal, por que como que ele quer a guarda? Por que que ele queria a guarda agora? E é difícil você tirar a guarda da mãe, né? — O que ele estava alegando no processo? Que não sabia a origem do dinheiro do novo cônjuge da ex, né? —Da genitora. — Ele tinha essa preocupação com o ambiente que a filha dele estava vivendo, sendo que ele sabe… Ele sabe. — E, detalhe: a família dele também, a irmã, todo mundo falando pra ele que ele era um idiota, que não tinha nada de crime, nada de nada. O cara é só melhor de vida que ele. —
Mas ele acabou usando esse pretexto pra tentar pegar a guarda da Carolina, né? Chegou lá na hora a advogada da Dayana — que a gente pode chamar aqui de “Doutora Fayda” —, massacrou, falou tudo, mostrou provas… O Carlos não foi, a própria advogada achou que era melhor que ele não fosse, mas tudo foi provado ali, até imposto de renda do cara, tudo, pra mostrar que era um negócio lícito. — O quanto também ele era envolvido com a comunidade, enfim, sabe assim? Mostrar que ele era um cara decente. — O advogado tentou argumentar lá, falar mais ou menos e aí o juiz fez umas perguntas pra Dayana e depois foi perguntar, questionar esse pai pra entender o que esse pai queria de fato. — Vamos dar um nome pra esse juiz? [risos] “Meritíssimo Jorge”. Não sei nem como se chama o juíz, mas vamos chamá—lo de “Jorge”. — Jorge falou ali: “Então, primeira coisa: você foi orientado pelo seu advogado… Seu advogado te explicou a questão de guarda, não sei o que lá”, tipo você não foi instruído pelo seu advogado que isso aqui é uma furada pra você?
O advogado não interrompeu o juiz, quando o juiz terminou de falar, ele falou: “Sim, eu orientei ele e nã nã nã” e a coisa virou pro juiz falar assim que o cara tava ali querendo uma guarda que não era justificada, né? Porque não tinha maus tratos, não tinha ambiente com periculosidade, com crime, com nada… Perguntou da questão do outro cara ser bem-sucedido e ele falou: “Olha, porque isso é uma questão do planeta que a gente vive… Se eu abrir a porta aqui e pegar duas, três pessoas no corredor, elas terão salários maiores do que uma parte daqui da sala”. Tipo, né? As pessoas ganham mais que você… E o cara acabou humilhado e, no final, o juiz ainda falou: “Aqui a advogada também apresentou pra gente algumas despesas mensais que a criança tem, agora que já tá maior e que a sua pensão não tá cobrindo, então vamos aproveitar que a gente tá aqui e vamos rever essa questão da pensão”.
No final, a pensão que era de 500 e poucos reais passou pra 1.010 reais, já descontado em folha, porque agora ele tava num outro trabalho que dava pra descontar em folha, tipo o salário dele já sai sem a pensão. — Eu acho isso bom, gente. Isso é bem bom, né? Porque aí não tem como o cara fazer nada. — A advogada da Dayana aproveitou pra falar pra ele que se ele continuasse espalhando coisas, o próximo processo seria de difamação. Acabaram também tocando num ponto que, assim, Carlos quer levar Carolina, Dayana, a irmã do Traste, com a sobrinha do Traste, pra Disney e o Traste não quer autorizar a Carolina a ir, sendo que a própria irmã dele vai… Não chegaram num acordo em relação a isso, a viagem internacional. O juiz não quis entrar muito nesse assunto, mas falou pra ele: “Pra você é bom, porque você levaria a sua filha agora pra Disney? Você tem condição de levar? Então deixa quem tem condição levar… Você não vai gastar nada, sua irmã também vai estar lá, não tem perigo de fuga, essas coisas. Então, reveja a sua atitude”.
Saíram de lá, o cara assim, bravo, mas lá na frente do juiz, uma flor, uma seda… Diz que não autoriza de jeito nenhum levar a filha pra Disney e agora ele parou de pegar a Carolina. Agora que o valor da pensão aumentou desde o começo do ano, agora ele não pega mais a Carolina. A Carolina tem que ligar, tem que falar: “Pai, me busca, fica comigo” e ele não pega. Carolina sentiu bastante e, uma vez, ela foi perguntar: “Por que que a mamãe tinha botado a polícia atrás do papai?”, o papai falou isso pra ela, que por causa da mamãe ter colocado a polícia atrás do papai, que nem aconteceu, foi ele que entrou com o processo pra pedir a guarda, ele não podia mais pegar a Carolina tanto. Olha que mentiroso… Não é um mentiroso? E não podia estar todo mundo vivendo bem? Ele tá casado, a Dayana tá casada, ele não teve filho ainda, mas provavelmente vai ter.
A Dayana também não tem mais filho ainda, mas provavelmente vai ter. Não era bom tá todo mundo junto, todo mundo bem? Não, mas ele se incomoda com o padrão de vida da Dayana, que mudou. E agora então que ele tá pagando o dobro de pensão, ih, é esse dinheiro, como que não? Se bobear é esse dinheiro que vai levar todo mundo pra Disney, os mil reais dele. E esse ex é um cara estudado, um cara que tem salário bom, bom mesmo… Tá registrado, tem tudo. O cara tem tudo, o cara também tem a casa própria dele, que, ah, tudo bem, é de herança, mas é dele, entendeu? Dele e da irmã, mas tudo bem, mas tem uma casa… Então, sabe: “Ah, mas o cara botou a casa no nome da Dayana porque a Dayana é laranja do cara”, ele cisma que Carlos é bandido e Carlos não é bandido, Carlos só é melhor sucedido que ele. Uma hora lá, o juiz falou que não entendia porque aquele processo tinha chegado até ele, porque não tinha nada… Não tinha. E uma hora ele falou: “Ah, então eu acho que você queria ver como funciona a lei? Ver a lei mais de perto? Então eu vou te mostrar como funciona a lei”. E aí que ele aumentou o valor da pensão. Dayana não mais quer entrar de novo na justiça para visita essas coisas, para obrigar ele a pegar a filha, porque ela acha que vai ser pior. — Mas também não sei, será que é bom forçar esse convívio?
Enfim, eu não sei, essa parte de visitação, gente, eu não sei muito o que dizer, porque assim, é uma coisa totalmente fora do meu meio, do meu alcance. Ela não gostaria de passar por isso de novo, de estar sentada num lugar na frente dele, sabe? Assim com advogado, com o juiz, com nada, conversando. Então, como resolver isso, sabe? O cara não adianta, o cara se ressente 100% dessa questão da Dayana estar melhor financeiramente que ele e casada com um cara que tem muito mais dinheiro que ele, então é isso, assim… A mulher do cara nunca conversou com a Dayana, nem sobre a Carolina, sabe? Totalmente alheia a tudo. Então a gente também não vai falar dela, porque a gente não sabe como que é ela lá com o cara, né? Carolina nunca reclamou dela, nunca, sabe? Então também não deve ter reclamação. Essa é a história onde o cara foi pedir a guarda da filha porque chamou o novo marido da mãe de bandido e acabou saindo de lá pagando o dobro de pensão, mil reais. — O salário dele é bem grande, então esses mil reais não vão fazer falta pra ele. — O que vocês acham?
[trilha]
Assinante 1: Tudo bem? Aqui é a Gabriela de Campinas. Eu sou advogada, tô na área das famílias. Dayana, eu sinto muito que você tenha passado por tudo isso. De fato, muitos genitores eles recorrem ao poder judiciário com o único intuito de punir a mãe, então eles falam: “Se você arranjar um novo namorado, eu vou tirar a guarda de você”, mas não é assim que funciona… E a colega advogada que atuou com maestria, assim como o juiz, mostraram que não é assim e ainda majoraram a pensão de uma forma linda aí da justiça. Mas, no que concerne à questão da convivência, é legal você colocar na balança qual afinidade que a sua filha tem com o pai, até porque ele demonstrou aí alguns traços de alienação, de falar que você, de alguma forma, colocou a polícia contra ele… E até existem métodos, você vai verificar com a advogada, enfim, de estabelecer um regime de convivência, podendo ser [inaudível] ou não, e solicitar pro juiz que haja incidência de multa, caso ele não cumpra com aquele regime. Um beijo aí grande pra sua família e eu indico que você busque aí uma advogada e verifique todas essas possibilidades, tá bom?
Assinante 2: Oi, nãoinviabilizers, aqui quem fala aqui é a Ábia de [inaudível]. Eu sou advogada e, Dayana, como a guarda foi definida na justiça, a visitação provavelmente também foi definida na justiça, ele precisa cumprir com isso. Se eu fosse você, eu não teria nenhum receio de voltar à justiça, falando: “Olha, ele não tá cumprindo com o acordo judicial de visitar a filha, de buscar a filha”, mas, considerando também outro fator, e aí eu já digo isso não como advogada, mas como uma mulher, o fator de que ele tá fazendo uma alienação parental já demonstrou alguns indícios de que essa convivência não seja tão positiva, porque ele tá falando aí que não busca a bebê porque você botou a polícia atrás dele, eu não sei se essas visitas seriam tão positivas, sabe? Mas se você quiser ingressar na justiça de novo, você pode e deve, pelo bem da sua filha, pela criação dela, pelo convívio com o pai. E é claro que, se você não quiser conviver com ele, você não precisa fazer isso, sua advogada pode fazer tudo. Beijo e eu espero que fique tudo bem, tchau.
[trilha]
Déia Freitas: Faça parte do grupo de revendedoras de O Boticário, você vai ter uma série de facilidades e incentivos e vai ter aí o seu próprio negócio, a sua própria renda. Você vai administrar seu tempo de acordo aí com a sua disponibilidade, né? Pra vender e tal, podendo seguir até no ramo da beleza. — Eu falo sempre: é muito, muito importante que você conquiste a sua liberdade financeira. Você tem que ter um negocinho seu, um dinheirinho seu, tá? — Clica agora no link que eu deixei aqui na descrição do episódio e vai ser uma revendedora O Boticário, sim. — O Boticário, te amo. — Um beijo e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]