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título: lenhador
data de publicação: 08/05/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #lenhador
personagens: simone e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um picolé de limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — Quem tá aqui comigo hoje, de novo, é a minha querida amada, idolatrada e hidratada Hidrabene. [risos] — Que eu amo. — A Hidrabene tá lançando a máscara rosa — que já chegou aqui em casa — com argila branca, óleo de girassol, óleo de rosa mosqueta, extrato de mirtilo, extrato de camomila, extrato de jasmim e óleo essencial de palma rosa. A máscara rosa da Hidrabene desobstrui os poros, ajuda no controle da oleosidade — é pra mim essa máscara — hidrata e devolve a luminosidade da sua linda pele. Ela tem textura super cremosa — que não craquela — e contém óleos essenciais que nutrem, regeneram e acalmam. 

Eu recebi a minha ontem, no final da tarde, eu vou testar e depois eu falo pra vocês. — Mas olha, eu preciso dizer uma coisa, a minha pele melhorou muito, mas muito mesmo com Hidrabene. A da Janaína também… A gente ganha os lançamentinhos e eu uso tudo. Amo… Estou bem blogueirinha. [risos] — E a máscara é super cheirosa, é ideal para todos os tipos de pele e é um super presente para o Dia das Mães. Ainda dá tempo de comprar… Todos os kits da Hidrabene estão com 15% de desconto. — Utilizando o cupom que eu vou deixar para vocês na descrição do episódio. — Inclusive, os kits com a máscara rosa também estão aí nessa promoção e, nas compras acima de 250, você ganha uma espuma de limpeza facial de brinde. Eu já falei dessa espuma aqui, né? Parece que você está passando uma nuvem no rosto. É muito boa… 

Repetindo, o link vai estar aqui na descrição do episódio, hidrabene.com.br. E hoje eu vou contar para vocês a história da Simone. — Ê, Simone… — Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Simone conheceu um cara aí, todo assim hipster, aqueles caras de barba, que gostam de andar de camisa xadrez… — Estilão lenhador, sabe? — E aí Simone ficou toda apaixonada, começou a namorar esse cara e, com um ano ali de relacionamento eles resolveram morar juntos. — Morar juntos onde? — Na casa de Simone. Sim, na casa de Simone. Simone já tinha aí o seu próprio apartamento, financiado ainda, mas ali no finalzinho, pagando bem o finalzinho. E o cara — o lenhador aí, hipster — foi morar na casa de Simone. — Um detalhe aqui que eu tenho que destacar é que… — Na época que eles foram morar juntos, o cara não estava trabalhando. — Aí eu me pergunto: Como é que você vai morar com uma pessoa que não tem renda? Que não vai te ajudar em nada? Que vai te gastar uma luz, uma água, vai comer todo seu pão, vai comer toda sua batata, o seu arroz, entendeu? Então, Simone… Sabe? Ele não estava trabalhando… E aí você botou dentro de casa. —


Esse cara não trabalhando ali com um, dois meses sem trampo, foi pesando pra Simone… Porque pesa, né? Um cara aí com esse porte físico de lenhador, que gosta de deixar batata palha caindo na barba… Come bastante, come bem. E tinha mais esse detalhe, além dele comer bem, a Simone estava pagando a academia dele, porque ele é fortão mesmo, né? Ele não é um cara gordo, ele é um cara forte, alto, forte… — E gostava de academia. [risos] — E aí Simone bancando aí essa estadia, essa moradia do rapaz e mais a academia, foi ficando pesada coisa e ela resolveu conversar com ele, né? Tipo: “Olha, quando é que você vai arrumar um emprego, né? Seria importante [risos] colaborar um pouco, né? Será que dava?”. E aí ele botou ali na mesa um sonho dele… Qual era o sonho do cara? Ele estava ali agora com o sonho de ter uma hamburgueria. Então, veja só, você está desempregado, a sua namorida está pagando a sua academia, o seu whey proteín e a sua batata palha, porque ele gosta muito de batata palha… [risos] E você quer… O seu sonho é ter uma hamburgueria. Não é você trabalhar, sei lá, estagiar numa hamburgueria pra ver como é… Não, seu sonho já é ter uma hamburgueria, ser patrão. Seu sonho é ser patrão. Tendeu? [risos] 


Então, o sonho do cara era ter uma hamburgueria. E para isso, poxa, precisa de um investimento alto, um ponto e nã nã nã… E aí a Simone falou: “Bom, eu não tenho esse dinheiro, né? Mas se você quiser fazer um curso de gastronomia, eu pago”. E aí lá foi o rapazote aí fazer o curso de gastronomia. Só que tinha uma coisa, né? O curso era puxado, porque gastronomia é puxado, gente… Quando você vai cozinhar, já não é fácil, já tem um monte de coisa pra fazer… Imagine gastronomia. Ele não achou que fosse ser tão puxado assim, e aí ele desistiu do curso… Sendo que Simone tinha colocado um dinheiro ali na matrícula, nos materiais que você tem que comprar, que você tem que ter suas coisas, né? E aí ele desistiu, disse que estava ficando muito cansado [risos] e que ele não queria mais. E aí Simone ficou preocupada de novo, porque agora ela tinha já usado uma graninha aí da reserva dela e ele ia continuar desempregado. — Aí, gente… É tudo muito, muito, muito clichê, do cara desocupado, encostado, né? —


Aí ele resolveu que ele queria fazer um curso pra investir na bolsa. [risos] — Que bolsa? Só se for uma ecobag, você não tem dinheiro pra nada, você vai investir em que em que bolsa, meu senhor? [risos] — E aí ele convenceu a Simone — eu vou passar aqui o dia falando “Ê, Simone…” — a pagar o curso pra ele e de como começar a investir na bolsa, né? E era um curso até de um blogueiro aí, enfim… Não era tão caro. A Simone foi lá e pagou o curso pra ele. E aí ele tinha que assistir as aulas do curso, [risos] vocês concordam? E aí ele mal assistia às aulas do curso e falou que era difícil investir. [risos] Ai, que ódio. E aí a Simone já estava quase de saco cheio, mas assim, gostando muito do cara… Muito do cara. E aí, finalmente ele achou o nicho dele… Qual que era o nicho dele? Agora ele queria montar uma barbearia, mas detalhe: ele não ia aprender o ofício de ser um barbeiro, um cabeleireiro, um barbeiro… Não ia. Ele queria ser, tipo, o carro de aplicativo [risos] da barbearia. Então ele teria um espaço e que, se você barbeiro e você tem seus clientes e não tem onde atender, você pode atender lá pagando uma taxa. — Olhando assim, parece que a ideia não é ruim, né? —


E ele foi e alugou um lugar com o dinheiro da Simone… — A gente já sabe, né? — E pintou tudo de preto… Então, assim, não gastou tanto pra fazer o lugar. Pegou uns móveis lá da casa, um puff preto que tinha lá, que era legal e tal. E acabou dando certo…. — Olha aí, tava dando certo. — E aí o negócio foi dando certo… Ele não dava dinheiro para a Simone, mas pelo menos não gastava mais o dinheiro da Simone. Ele pagava a própria academia, comprava sua própria batata palha, [risos] colocou mais um lavatório… A coisa ficou boa.

Então era, assim, aquele ambiente masculino modernoso, sabe? Da barbearia do cara e tal, e ele deu uma crescidinha, comprou uma moto… [efeito sonoro de moto dando partida] E ainda não ajudando em casa, nunca pagou uma conta de luz. Até que um dia, ele disse que estava faltando uma coisa muito importante na barbearia, que seria uma recepcionista, ‘teria que ser uma garota, pra chamar mesmo atenção e nã nã nã”… E ele disse que tinha uma prima do interior que poderia fazer esse papel… E aí ele trouxe a prima do interior e essa prima foi morar com eles, pra trabalhar na barbearia… E Simone falou: “Olha, eu vou dar um prazo, então… Sei lá, dois meses pra sua prima ficar aqui, porque não tem condição. A casa é pequena, eu perco minha privacidade, enfim.”.


E aí a prima ficou ali, trabalhando com ele… Então, ficava o dia inteiro com ele, porque eles moravam juntos também, né? E o esperado… — O que a gente já espera desse quadro, aconteceu. — Simone um dia chegou mais cedo e pegou aí prima e marido, que aí já era marido, né? Transando. Transando na sala, no sofá dela, que ela pagou. Caríssimo sofá. E aí ela fez um escândalo, botou os dois pra fora, jogou as coisas deles na calçada… — Aquele auê, né? — Só que daí pra frente ela começou a descobrir coisas. Descobriu que primeiro essa moça não era prima dele… Essa moça já namorava com ele há quase um ano e, nesse tempo todo, já estava quase uns quatro, cinco anos que ela estava com esse lenhador aí, né? E aí ela descobriu isso, que ela era namorada dele então. — E a moça sabia que ele estava casado e tudo… — Ele continuou com a barbearia e botou o pai da moça pra ajudar ele. E Simone ficou mal, né? Porque, poxa, foi traída de todas as formas, né? E bancou muito esse cara. Foi ONG dele. — A gente fala aqui: não seja ONG de macho, mas tem hora que não escapa, né? Uma hora aí todo mundo vai ser. —


E aí, gente, o sogrinho novo dele ali na barbearia, junto com ele, não se sabe o que rolou, porque a Simone não tem detalhes, a barbearia passou a ser só do pai da moça com a moça… E ele foi espirrado pra fora ali… A moça, provavelmente com o pai, deu um golpe nele. [risos] Não vou dizer aqui que fiquei chateada… E esse cara voltou a morar com um amigo, de favor… — Depois a Simone descobriu que ele tinha aprontado tanto lá com a família dele que ninguém queria ele de volta. — E hoje ele mora de favor, dormindo no sofá de um amigo que também, aparentemente, já está de saco cheio dele. E tudo isso aconteceu, assim, antes da pandemia… Quando foi na pandemia, ali pelo meio da pandemia, a Simone encontrou [risos] uma matéria, que eles são de uma cidade pequena, né? Dizendo assim: “Empresário que perdeu as coisas na pandemia” e era ele, o lenhador lá todo modernoso, falando que tinha perdido tudo na pandemia… Quando foi mentira… Tudo isso tinha acontecido antes, ele perdeu as coisas aí pra esse sogro. Não se sabe como ou o que tipo de acordo eles fizeram, só sei que a Simone falou que tinha uns posts dele reclamando, disse que ele foi enganado, que ele foi passado para trás e que as pessoas são desonestas… [risos] — Olha quem está falando de honestidade aí, o bonito. —


Na pandemia esse cara tentou voltar com a Simone, a Simone teve uma recaída, ficou com ele mais uns meses e aí ele aprontou mais algumas aí que eu não vou nem comentar aqui… E aí a Simone terminou. Esperamos, né, Simone? Que agora de vez, porque vira e mexe, sendo bem sincera aqui, quando ele precisa de alguma coisa, ele procura a Simone. Essa é real. E a Simone sabe disso e ela está tratando disso em terapia, mas ela disse que ainda é difícil, que às vezes bate um sentimento, enfim… E aí essa é a história da Simone… E hoje ela não coloca mais ele para morar junto, nada, né? Mas, assim, voltou a namorar com ele, enfim… Mas não tá agora… Agora não tá. Tá sem ele. E esperamos, né, Simone? Que fique sem ele aí, porque por mim vocês já sabem, né? Por mim é não. E a Simone queria compartilhar aí a história dela, porque o título da história dela era “fui ONG de lenhador”. [risos] E foi mesmo, né? Foi aí o suporte que o cara precisava e, quando ele ficou melhorzinho, ele trouxe a namorada dele do interior pra morar com eles, né? — Tem isso ainda… Falando que era prima. — Então, uma pessoa desprezível este lenhador. 

[trilha]

Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui quem fala é o Thales, sou de Minas. E como já diria Déia: Ê, Simone… Essa história me faz refletir muito sobre como a dependência emocional leva as pessoas a ficarem completamente cegas, né? Então, assim, um cara sem planejamento, sem noção nenhuma de perspectiva de futuro, enganar uma pessoa dessa forma, sabe? Fazer ela pagar cursos, morar de favor e ainda por cima ter a coragem de levar uma namorada para dentro da casa da pessoa que te banca. Não tem nem o que dizer, né? Espero que ela realmente, a Simone realmente esteja com a cabeça feita, que esse relacionamento não funciona, não dá certo. Procure uma terapia e procure uma pessoa que realmente vai te valorizar. Um beijo. 

Assinante 2: Oi, Simone, aqui é a Isabel de Juiz de Fora e eu já fui ONG de macho. Mas depois eu entendi, sabe? Depois de bastante tempo que isso tem muito a ver com a gente, que tem muito a ver com a falta de caráter que a gente não percebe do outro. Eu tenho certeza que você fazendo terapia, o tempo passando, você vai entender que esse cara não é para você, que ele realmente é desprezível, como a Déia disse. Você vai sair dessa, fica tranquila e vai voar… Vai ser daí para melhor, pode ter certeza. Boa sorte, querida. Fica bem, um beijo. 

[trilha] 

Déia Freitas: Ó, gente, não esquece: Lançamento da máscara maravilhosa, Máscara Rosa da Hidrabene, 15% de desconto com o cupom KIT15. — K-i-t número 15. — Tá aqui na descrição, tá? E esse cupom tá valendo em todos os kits, tem espuma de limpeza facial de brinde nas compras acima de 250 REAIS. A Hidrabene é ou não é aí uma mãe? [risos] — Bem no Dia das Mães, né? — Entra no site: hidrabene.com.br e já garante aí o seu presente para sua mamãe. — Ou pra você mesmo, pra ficar com a pele de pêssego assim… A minha tá bem ótima, bem ótima. — Hidrabene, a marca cor de rosinha que eu amo. Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.