título: lindona
data de publicação: 08/07/2022
quadro: picolé de limão
hashtag: #lindona
personagens: carlos e lindona
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é o podcast “Crônicas de um cuidado”. Gente, para tudo… — Sério, para tudo. — Eu não sei se a maioria aqui sabe, mas eu comecei a minha carreira de roteirista no podcast Mamilos. Cris Bartis e Juliana Wallauer mudaram realmente o rumo da minha carreira profissional. — [suspiro] Ai, eu amo essas duas. Esse publi aqui tem todo o meu amor… Saudades aí dos bastidores com a Cris e a Ju. [risos] Beijo, meninas, eu amo vocês, de verdade, sério… Aquelas que descompensam e perde o foco do publi, né? [risos] Bom, vamos voltar… — [efeito sonoro de fita rebobinando]
O podcast Crônicas de um Cuidado é um spin—off do podcast Mamilos, e este agora focado em falar sobre saúde mental. E ele é apresentado pela Cris Bartis e produzido pela Cris e pela Ju Wallauer. — Minhas fofas… — Você já perguntou como você se cuida aí? Como você cuida da sua saúde mental? Enfim… Eu tô bem nessa fase, viu, gente? — Quem me acompanha aí [risos] sabe dos surtos… — E eu tô cada dia descobrindo mais como cuidar mais de mim, cuidar da minha cabeça, enfim… E esse podcast Crônicas de um Cuidado é uma jornada investigativa pra dentro da gente, em busca de responder essa pergunta: Como eu cuido de mim? E é um podcast pra conversar sobre saúde mental além do raso, partindo de múltiplas vivências, apresentando diferentes linhas de tratamentos… Explorando as nuances de viver e conviver com transtornos mentais.
Eu tô muito feliz aqui de trazer um trabalho das minhas duas amigas — muito, muito queridas mesmo — e eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio. E a história de hoje não é uma história pra criança. — Então, ouça de fone, tire as criancinhas aí da sala… — Eu vou contar pra vocês a história do Carlos. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]O Carlos começou a conversar com uma moça que ele conheceu num dos aplicativos de relacionamento. [efeito sonoro de notificação] A foto da moça era… — Uma foto de alguém muito bonita, assim… — As fotos dela ali no geral eram todas de uma mina gata. — Gata… — E o Carlos ali conversando com ela, conversou um dia, conversou dois… No terceiro dia ele falou: “Bom, vamos fazer aí um Facetimezinho…” Porque, né? Poxa, gata daquele jeito, super legal, Carlos ficou meio desconfiado. Falou: “Bom, será que é a mesma da foto e nã nã nã?” aí lá foi Carlos fazer o Face Time com a mocinha do aplicativo. Quando ela ligou a câmera e ele ligou a câmera, [efeito sonoro de tensão] ele tomou um susto. A moça que estava na frente dele ali na câmera não era a moça das fotos.
Só que tinha um detalhe: a moça que estava na frente dele nas câmeras era mais bonita que a moça das fotos. Era simplesmente uma mulher linda, uma moça linda, linda, linda, linda… Tipo, ah, as fotos que estavam no aplicativo era de uma moça bonita, ok, quem ele estava vendo ali — por vídeo — era a coisa mais linda que ele já tinha visto na vida, a mulher mais linda que ele já tinha visto. — Então… Aí é o primeiro erro, hein, Carlos? Ê, Carlos… — Ele não deu importância nenhuma para o fato das fotos que estarem no aplicativo serem fakes. — Totalmente fakes. — Não é que ela estava melhor do que nas fotos, ela era outra pessoa. — Mas ela era uma pessoa linda. —
E o Carlos ficou tão impressionado com aquela mulher maravilhosa conversando com ele que aí eles faziam agora Face Time todo dia, conversando e nã nã nã, porque quero sair com você e nã nã nã… E o Carlos tava em choque, assim, encantado… Começou a chamar realmente ela pra jantar e ela falava que [voz grossa] “vamos sim, vamos jantar e tal…”. Até que deu certo o dia de rolar aí essa jantinha… E aí o Carlos todo animado, já falou logo pra ela no Face Time ali: [voz fina] “Eu quero te levar num restaurante francês maravilhoso, chamado Le Ponê e é tudo por minha conta”, — ele frisou isso, que seria por conta dele, né? Essa refeição no Le Ponê. — Porque Carlos estava encantado com a beleza da moça, assim, né? Então ele queria realmente impressionar, sabe? Deixar uma marca, tipo, “olha, eu sou um cara legal, um cara que te leva no Le Ponê e nã nã nã, e aí você vai poder comer coisinhas francesas”, já pensando ali no pós venda, né, Carlos? [risos]
Daí lá foram eles para o Le Ponê… Quando a moça chegou no Le Ponê, nossa, parou o restaurante, parou o trânsito, parou tudo… Ela era realmente maravilhosa. — Realmente, assim, gata, gata, gata e gostosona, enfim… Carlos ficou doido, falou: “Se ela pedir o Le Ponê inteiro pra comer pode pedir que eu faço um crediário”. [risos] Ê, Carlos… — E aí eles ficaram ali conversando no Le Ponê, né? E comeram uma refeição chiquérrima. Só que, assim, a conversa deles durante ali ao longo da semana já tinha ficado bem picante, então essa moça lá no Le Ponê, chegou uma hora que — vai, ela comeu tudo o que ela queria comer — antes de chegar à sobremesa e ela começou a falar pro Carlos que ela queria lamber o Carlos todinho. — E aí, assim, gente… Eu tenho que concordar com o Carlos… [risos] A pessoa que está na sua frente, pessoa maravilhosa, ali a tensão sexual ao máximo, você num tesão que pelo amor de Deus e a pessoa falando que vai te lamber inteiro, porra… [risos] Não tem como, né? —
Carlos já nem conseguia nem mastigar mais ali, [risos] conseguia nem comer mais o Carlos. E aí o que Carlos estava pensando? — Na cabeça dele? — Porque, assim, já tava ali nítido naquela mesa que ia ter jogo, e aí Carlos precisava decidir onde seria esse jogo. — Qual seria o estádio. — Eles estava no Le Ponê ali gastando uma grana, — que Carlos ia pagar felizão, feliz da vida, sem reclamar de nada, felizão — só que pra levar essa gata no motel, pra impressionar ali nível Le Ponê, o Carlos teria que levar num motel muito, muito, muito bom assim, né? E aí fazendo as contas ali, meio que ia ficar apertado para Carlos. Carlos morando sozinho pensou o que? “Eu vou pro grátis…”. Onde é o grátis? Grátis é em casa.
E aí ele já na cabeça dele: “Bom, a gente sai daqui do Le Ponê e já vamos pra minha casa”. E aí a moça lá comeu a sobremesa, Carlos estava tenso… E aí pediram ali um carro de aplicativo e foram para a casa de Carlos. E aí já, assim, o primeiro beijo deles rolou antes de chegar o carro de aplicativo… — E tem aquela coisa, né? A gente sabe que às vezes o beijo não funciona e nã nã nã… Nesse caso, o beijo foi top 100, assim… — 100% integrado esse beijo. [risos] Aí Carlos falou: “Meu Deus, essa noite eu vou morrer”, porque assim, a moça realmente era muito, muito linda mesmo. — E Carlos estava bem animado, não estava conseguindo pensar direito, né, Carlos? Não estava… — E aí chegaram na casa de Carlos… [música sensual]
Chegaram na casa de Carlos, Carlos tinha um vinho ali — que lógico que não era no nível do Le Ponê, mas era um vinho gostoso — Carlos já abriu um vinho, já meteu uma música ali… E ela já começou a beijar o Carlos, e aí a coisa foi rolando… Foram pro quarto, levaram as taças de vinho, levaram a música ali, caixinha de som de Carlos [efeito sonoro de suspiros ao fundo] e um puta clima, começaram a tirar a roupa, ficaram nus, ela maravilhosa, maravilhosa… — Pelada era mais linda ainda. — E aí essa moça, ela tava… É que, assim, Carlos também não sabe dar detalhe de roupa, porque enfim, ele estava, né? — Mas o que ele lembra? Ela estava com salto, um sapato de salto, ela estava com uma saia mais ou menos até o joelho bem justa e estava com uma blusa que Carlos não sabe explicar direito, mas ele falou que era bem fininha, assim, colada no corpo e tal.
Quando essa moça tirou toda a roupa, que ela ficou ali peladinha na frente de Carlos, ela pegou a blusa que era uma blusa fininha e falou para ele que queria… — Lembra que ela falou que ela queria ir lamber ele inteiro, né? — E aí ela falou que queria fazer uma brincadeira com ele. Carlos já estava… [risos] Nas nuvens, né? E ele falou: “Andréia, olha, sinceramente… Sendo bem sincero com você, se ela falasse ali naquele momento: “Olha, eu quero, sei lá, enfiar uma vela acesa no seu cu…” [risos] O Carlos falou que ia topar. [risos] Com aquela moça nua na frente dele, ele ia topar qualquer coisa. [risos] E aí quando ela falou que ela queria fazer uma brincadeira com ele, ele na hora falou: “Opa”, nem perguntou… E aí ela falou que queria vendar o Carlos… — Tapar os olhos de Carlos, não amarrar o Carlos, gente, ninguém amarrou ninguém, era só tapar os olhos. — E, de olhos fechados, ela ia ali lamber o Carlos inteiro conforme ela prometeu. — Gente… [risos] Eu não tenha nem como condenar Carlos, não vou condenar Carlos porque é complicado. [risos] —
Carlos, fez ali uma conta rápida na cabeça dele, “quais as chances de, numa próxima vez, eu ter uma moça maravilhosa dessa que vai me lamber inteiro se me vendar? Vou arriscar falar: “Não, não vamos vendar?” Venda aí… [risos] Quer arrancar meu olho? Arranca meu olho”. [risos] E aí a moça colocou, pegou a blusa dela que tinha um perfume maravilhoso Carlos disse, e amarrou, assim, a blusa nos olhos dele e tal, ele deitou na cama ali e pá. E a moça realmente começou a lamber o Carlos ali do pé e foi subindo… [música sensual] E aí lambeu o Carlos ali inteiro…. Aí quando ela terminou de lamber, ela tirou a venda do Carlos e eles transaram e foi maravilhoso. Foi incrível, foi sensacional. E aí terminaram de transar ali, o Carlos ainda em choque de tudo o que tinha acontecido… Porque foi perfeito demais, foi perfeito demais. E aí a moça disse que ela não podia ficar e Carlos, assim, Carlos já tinha bebido, já tinha ali transado, já estava também… Pra uma segunda rodada ele ia precisar de umas horinhas, então como ela não tinha umas horinhas, ele falou: [voz fina] “Bom, eu não vou arriscar ali uma paumolência pra estragar essa noite, vou deixar perfeito como tá, tá bom assim”. E aí ele falou pra moça gata: “Olha, então deixa eu pedir um carro pra você e nã nã nã, né? Me dá o endereço aí que eu que eu peço um carro pra você”, e aí se beijaram ali mais um pouco e tal enquanto o carro de aplicativo não chegava.
O carro de aplicativo chegou, [efeito sonoro de carro freando e porta sendo aberta] a moça entrou e tal, deu tchau pro Carlos e foi embora. Conforme o tempo foi passando, assim, encerrou a corrida e tal, o Carlos ficou olhando no aplicativo, né? Pra ver se ia dar tudo certo na corrida, deu tudo certo na corrida, encerrou… Ela falou pra ele: “Boa noite, um beijo. A noite foi maravilhosa e nã nã nã” e Carlos foi lá, tomou um banho e foi dormir. — Assim, nuvens… Nuvens, nuvens, nuvens… Carlos era um carneirinho. Foi dormir. — No dia seguinte, quando Carlos acordou, acordou disposto, né? — Porque, poxa, uma noite maravilhosa, tinha tomado um banhão. — E acordou, assim, bem, lembrando da moça, querendo já encontrar a moça de novo… Quando ele pegou o celular… — Que a primeira coisa que ele ia fazer era o que? Mandar a mensagem pra moça. —
Quando ele pegou o celular, ele viu que tinha ali umas oito notificações. Falou: “Poxa, ela já me mandou mensagem assim? Se ela quiser vir para cá agora, eu falto até no serviço” [risos] — Ê, Carlos… Já ia faltar no serviço, Carlos, sério? — E foi o pensamento dele, “pô, se ela quiser vir para cá já peço um carro de aplicativo, já falto no serviço, vou ali comprar pão e a gente passa o dia aqui” [risos] — No pão com salame, né, Carlos? — E aí quando ele desbloqueou… — Porque assim, o celular dele é daqueles que você olha pra a tela pra desbloquear e aí as notificações aparecem do que são as notificações. — E aí ele viu que as notificações eram todas do cartão de crédito de Carlos… [efeito sonoro de tensão] Como assim? Carlos estava nanando, Carlos estava nanando felizinho. O que aconteceu? O que aconteceu?
Aconteceu, gente, que essa moça… Não se sabe como… — Eu tenho uma teoria de como, mas por enquanto aqui na história não se sabe como… — Ela pegou o cartão do Carlos e ela estourou todo o limite de Carlos. Então ali, naquele momento, Carlos descobriu que, além da moça ter roubado o coração dele, ela tinha roubado todo o dinheiro que ele tinha no cartão. [risos] — Ai meu Deus… — E aí o Carlos ficou em choque, foi tentar falar com ela ali no zap e já não conseguiu, né? Ela já tinha bloqueado ele em tudo. Ela era linda, maravilhosa, só que Carlos só tinha visto ela ao vivo e no Face Time, as fotos todas, as fotos todas eram de uma mulher bonita, mas que não era ela. — Vocês lembram? — E aí o Carlos ficou meio atordoado e, assim… Detalhe, o Carlos tinha na carteira dele, tipo uns 50 pau em dinheiro e quatro cartões de crédito, só que ela só pegou um cartão…
Que cartão que ela pegou? Ela pegou o cartão que ele usou no Le Ponê. Quando ele foi pagar a conta, a moça estava sentada de frente pra ele… O que ela fez? Ela veio, sentou do ladinho dele, já meio que falou um negocinho no ouvidinho de Carlos e Carlos já ficou zonzo… E aí ela viu a hora que ele botou a senha… [efeito sonoro de tensão] Aí ela viu, depois que ele pagou a conta ela pediu para ir até o banheiro… — Normal, né, gente? Provavelmente, essa é minha teoria… Provavelmente ela anotou a senha e viu qual era o cartão, porque dos quatro que estava na carteira, ela pegou o certinho? Ela pegou só um cartão, só o que ele usou no Le Ponê. Ela podia ter ali na hora levado todos e tal e ela levou só um cartão e o dinheiro que ele tinha na carteira. E aí eu acho que ela fez isso… Que quando ela foi no banheiro ela notou a senha do cartão e escreveu ali a cor do cartão, o nome do cartão pra ela saber e pegar depois. —
E que horas ela pegou esse cartão? — A minha teoria é: A hora que ela vendou o Carlos. Porque, assim, eu perguntei pro Carlos: “Onde tava sua carteira?”, ele falou: “Andréia, não sei, eu joguei a minha calça no chão. [risos] A primeira coisa que eu fiz foi tirar a calça. Joguei longe ali pelo chão”. Então, o que eu acho? A minha teoria… A calça caiu no chão ali com a carteira, ela estava… Ela começou a lamber o Carlos ali do pé. Então, vai, você dá uma lambida, você tira… Tirou a carteira ali da calça, dá outra lambida… Lembrando que Carlos já estava pra lá de Bagdá de tesão, doido ali… Não estava amarrado, mas estava vendado, se contorcendo ali com a mina lambendo ele… Dava tempo. Você dá uma lambida aqui e mexe ali na carteira. Depois que você tirou o cartão, ela deve ter enfiado ali no bolso da saia dela, alguma coisa… Que também estava tudo pelo chão as roupas ou mesmo a bolsa dela, né? Colocado na bolsa, sei lá… Eu acho… Eu acho… Porque o único momento que ele ficou sem ver nada foi essa hora, porque eles não dormiram nem uma horinha juntos ali, né? Porque se ele tivesse tirado um cochilo, podia ser nessa hora, mas não foi… —
E aí Carlos tinha que fazer o boletim de ocorrência desse furto, né? E, detalhe, ela não passou o cartão em lojas, ela passou provavelmente em maquininhas. — Devia ser um esquema, sei lá… — E aí quando o Carlos foi sair do apartamento pra ir até uma delegacia fazer o B.O., ele notou que ela tinha levado a chave. — Gente, olha o perigo dessa moça ter voltado na mesma noite, horas depois com, sei lá, uma quadrilha ou um outro cara pra levar tudo da casa de Carlos e, sei lá, matar Carlos… Eu fico até arrepiada. Tinha levado a chave… — E aí o Carlos teve que chamar o chaveiro e ele mora, mora no mesmo prédio ainda… Morando num predinho desses de três andares. Carlos ficou tão chocado que, assim, ela levou a chave da porta que era a chave da porta e a chave lá de baixo, que abria o portão da rua e a porta que entra no prédio. — O que o Carlos fez? Olha o gasto… — O Carlos trocou a fechadura dele e trocou as duas fechaduras lá embaixo do prédio e teve que fazer oito chaves a mais para distribuir para todo mundo ali do prédio, porque ele ficou com medo…
Porque por mais que elas não conseguissem entrar num apartamento, se ela viesse ali, sei lá, com outros bandidos, ela ia conseguir entrar no prédio… — Porque ela estava com as chaves. — Olha o perigo, gente… E aí Carlos teve que fazer B.O. de furto e tal, olhou umas fotos na delegacia, mas nenhuma foto era ela. Nunca mais achou, nem foto da outra moça bonita que ela usava… — Porque provavelmente ela usava foto de uma pessoa laranja, né? Sei lá, de alguém aleatório. — Nem essa pessoa aleatória bonita o Carlos achou mais nos aplicativos ou nas redes sociais… Isso já tem uns bons anos… E essa é a história de Carlos, que por mais que tenha uns bons anos, pode acontecer agora, né? Então, olha o cuidado que a gente tem que ter quando leva alguém na casa da gente. Tipo, se você tem uma chave a mais ou se você deixa a sua chave ali na porta… E ele não percebeu, tipo… — Isso que é o mais louco, né? — Ele desceu com ela, ela saiu, ele abriu ali o portão, o portão lá com aquele… — Tipo quando você aperta o negocinho. — Ele abriu o primeiro, ela abriu o segundo — porque ela estava mais perto daquele botãozinho de abrir — e o Carlos não saiu, porque não precisou da chave…
Porque se ele tivesse ido com ela até lá fora, ele não ia conseguir voltar. Mas detalhe…O Carlos fala que não lembra, mas eu acho que ela deve ter falado: “Ah, pode ficar aí, daqui eu vou e nã nã nã”, porque aí ele não precisou sair, ele ficou dentro do prédio, né? — E aí quando ele entrou na casa dele também… Eu ia sacar, porque eu não consigo dormir de porta destrancada assim. — Ele só fechou a porta ali e foi tomar banho e nem lembrou mais, estava com a cabeça em tudo o que tinha acontecido e tal, né? — Olha o perigo, gente… — Olha o perigo. Então o Carlos aí teve uma noite maravilhosa, — que a noite realmente foi muito boa — só que o saldo depois, né? Acabou o saldo de Carlos. [risos] Ela gastou tudo o que tinha de limite no cartão e ainda ele teve que gastar num outro cartão para chamar chaveiro, pra trocar as fechaduras, pra fazer chave para todo mundo… — Que aí pelo menos ela não ia conseguir entrar lá, né? —
Olha a audácia dessa moça também… Bandidona, né? Fiquei com medo. Bonita e perigosa. Então é isso, gente, essa é a história do Carlos. Ele escreveu mais pra um alerta, né? E é bom a gente ficar esperto mesmo aí. Se alguém quiser te vendar, você fica ali com a sua carteira embaixo do travesseiro [risos] e com a chave. [risos] E sei lá também, gente, melhor ir pra motel mesmo. Levar pra casa só depois de conhecer bem a pessoa, é muito perigoso.
[trilha]Assinante 1: Oi, gente, aqui é Ana Flávia de Pirassununga, São Paulo. Carlos do céu, que perigo você correu… Mas ainda bem que deu tempo de trocar todas as fechaduras, né? Sem ter acontecido nada mais grave. E eu sei, é difícil, quando a gente tá com tesão às vezes a gente não pensa direito, mas é por isso que eu acho importante a gente só levar pra casa depois que conhece bem a pessoa. E desconfiar mais ou menos quando parece que tá com outra foto no perfil… Mas isso aí fica de lição pra todo mundo, porque poderia acontecer com qualquer um, viu? Boa sorte.
Assinante 2: Aqui quem fala é o Guilherme do Rio Grande do Sul e eu também não vou te julgar, porque assim como a Déia, eu não tenho muito o hábito de fazer isso, mas assim, leve para sua vida: Sempre comente com seus amigos sobre essas coisas, sempre desconfie… Sempre… De tudo e de todos. Brincadeira, confie em algumas pessoas… Mas assim, jamais confie em alguém da internet, ainda mais que tenha fotos fake, jamais, jamé. E muito cuidado com seu dinheiro e com quem você leva para sua casa… [risos] Enfim, espero que tenha sorte nos próximos encontros e não se iluda, tá? Abraços, boa sorte. [risos]
[trilha]Déia Freitas: Ouça o podcast Crônicas de um Cuidado gratuitamente no Gshow, Globoplay e em todas as plataformas de áudio. Novos episódios toda quarta—feira. Cris e Ju, minhas amigas, queridas, boa sorte aí nesse novo podcast, eu amo vocês, tô bem felizinha. Tamo juntas. Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]