título: liquidificador
data de publicação: 12/09/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #liquidificador
personagens: pablo e roni
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]
Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. cheguei pra mais um Picolé de Limão. E hoje eu vou contar para vocês a história do Pablo. Então vamos lá, vamos de história.
O Pablo um chef de cozinha, trabalha como sous chef — o sous chef é muito importante aí nas cozinhas, ele tá ali do lado do chef fazendo tudo, né? — e ele trabalha muito, gente, muito… Tem um salário bom, né? Ele trabalha num lugar bacana, que valoriza os funcionários e tal e a vida do Pablo foi dando uma melhorada. Não saiu da classe C, mas por exemplo, conseguiu comprar ali seu apartamentinho financiado em 20 anos, conseguiu comprar uma moto. — Para ele ir e vir trabalhar, enfim, é muito importante que ele consiga se locomover rápido… — Sendo aí um rapaz solteiro e sem filhos, o Pablo se deu alguns luxos. O Pablo gosta de utensílios de cozinha… — E ai é aquilo que eu falo, gente, o que é de gosto é de gosto, né? Ele gosta de eletrodomésticos que tem o preço maior porque tem mais qualidade na cozinha. — Ele gosta de coisas da Kitchen Pônei. — e, Eu nem conhecia a Kitchen Pônei bem, assim, fui ver os preços… Achei caro? Achei. Por exemplo, o liquidificador do Pablo é R$2.300, mas ele é um chef de cozinha, ele entende da parada. —
E ele tem a batedeira dessa mesma marca, é uma batedeira cara e tal que ele usa menos, porque ele fica menos em casa, mas são objetos que eram do desejo de Pablo e que ele trabalhou e conquistou. Então, não acho errado… A pessoa quer dar 5 mil reais no liquidificador? Não importa se ela é classe C, se ela vai parcelar em 10… Se ela quer fazer, ela trabalha e ela não tá tirando de, sei lá, da boca de ninguém, da comida de ninguém, compra seu liquidificador… O pobre também merece luxo, né? Já dizia Joãosinho Trinta. E Pablo tem um amigo que está sempre na casa dele, sempre. E o namorado do Pablo — que a gente pode chamar que de “Roni” — o Roni já falou para o Pablo: “Esse seu amigo é um invejoso… Você não devia deixar esse seu amigo entrar na sua casa”. Só que Pablo acha que Roni tem um pouco de ciúme desse amigo, mas eu sei lá, eu acho que Roni tem um pouco de razão. Então esse amigo tá sempre lá… O Roni também mora sozinho, tem o apartamento dele e eles têm um combinado assim de: “Não vamos transformar isso, assim, tipo um dormindo muito na casa do outro, mas aí a gente não mora junto”. Eles acham que quando eles decidirem morar junto, eles vão morar junto.
Então, assim, um não gosta de ficar muito enfiado na casa do outro, eles gostam de sair porque os dois trabalham muito e tal… O Roni é do mercado financeiro, quando eles estão juntos, eles querem fazer uma coisa boa, uma diversão dentro ali da grana que eles tem, que tem mais grana que esse amigo do Pablo. E aí esse amigo do Pablo fica enfiado lá no apartamento do Pablo…. Um dia o Pablo deixou a chave — porque você tá na sua casa, você deixa a chave ali, em cima da mesa, sei lá… — e a chave sumiu. E aí depois esse amigo falou: “Ai, amigo, eu tô com a sua chave, posso ficar, né? Eu sei que você tem uma outra cópia”. E aí esse amigo passou a ir na casa do Pablo até quando o Pablo não está… E ele pega as roupas do Pablo — o Pablo também gosta assim de roupas de marca — e devolve ou suja, ou rasgada… E o Roni sempre falando: “Ele faz de propósito”. E aí quando o Pablo briga com esse amigo — porque também quando o cara chega com uma roupa sua que você gosta, rasgada —, esse amigo fala: “Desculpa, Pablo, mas eu tenho depressão… Não vou ter essa conversa com você” e o Roni, de uma maneira que o Pablo não gosta, apelidou este amigo do Pablo de: “O depressão”, porque tudo ele fala “eu tenho depressão” e, gente, depressão é uma coisa séria, é uma coisa que a gente não pode falar que é brincadeira, que o cara tá mentindo, a gente não sabe se ele tem depressão ou não, mas ele não trata…
O Pablo até já falou pra ele: “Procura um médico, eu pago o médico pra você. Começa uma terapia, passa no CAPS”. — Que a gente tem pelo SUS o CAPS. Viva o SUS, viva o CAPS. — Mas não, o cara só gosta de falar que tem depressão. Então, tudo o que ele faz errado, ele fala: “Eu não vou discutir com você, Pablo, porque eu tenho depressão e isso me vai piorar, eu não vou discutir”. Chegamos no dia que Pablo e Roni estavam na casa ali do Pablo comentando muito felizes que eles iam fazer um bate e volta de cinco dias em outro país para ver o show de Beyonce. — É o que eu falo aqui, gente… Cada um faz o que quer com o seu dinheiro. Tanto Roni quanto Pablo não são casados e não gostam de falar: “Somos casados”, não, são namorados… Cada um ganha bem, cada um é solteiro, não tem filhos, não tem família para sustentar, as famílias se sustentam… Então eles fazem com dinheiro deles o que eles querem, né? — E eles estavam felizes comentando como ia ser: “Ai meu Deus, porque a Bey”, “A Bey”, “A Bey”, conversando entre eles e o amigo lá junto… — Eu sou uma pessoa que eu fico feliz pela conquista dos meus amigos, meus familiares, assim… A coisa eu não consigo entender é a inveja, porque pra mim a inveja é uma parada que, assim, você não vai conseguir ter aquilo que o outro está tendo. Mesmo que você consiga chegar ali, para você a experiência vai ser outra. Então a inveja não faz sentido, você querer o que a pessoa tem, ou onde a pessoa chegou, sei lá… Inveja para mim é uma parada que não faz sentido, assim, porque você nunca vai vivenciar a experiência que o outro teve. Os seus gostos, as suas necessidades fúteis até, [risos] são outras. As minhas, por exemplo, eu sou uma pessoa que esses dias eu e a Janaína a gente estava trocando… Ela estava me mandando foto de batata, eu estava escolhendo a maior batata [risos] que ela ia cozinhar, porque eu amo batata.
Se eu cozinhar uma batata aqui e ver uma batatona ali, [risos] vou falar: “Poxa, olha o tamanho daquela batata”, isso é uma inveja, né? Então sim, eu tenho inveja, né? Eu vou falar: “Olha a batata daquela menina ali, Janaína, pô… Você pegou uma batata média para mim? Olha a batata da menina”. [risos] Então assim… É só uma batata, mas eu vou olhar ruim para a batata da menina? Não é nem olhar ruim, mas olhar de cobiça na batata… Isso, por exemplo, eu não faria com uma joia, um brinco… Eu não uso joia. Eu não gosto de joia, não uso. Eu tenho acho que dois brinquinhos de ouro porque eu sou alérgica, mas é uma coisa que não me desperta desejo, por exemplo, então nunca você vai me ver falar: “Meu Deus, olha aquele anel que lindo”, eu detesto anel… Seja ele de ouro, seja ele de lata… Mas a batata vai me pegar um pouco, sabe? Ou se uma amiga minha falar: “Olha a batata que eu dei para Fulana”,[risos] enfim… Então a inveja é uma parada que não faz muito sentido, sei lá, porque mesmo a experiência com a batata, a minha que eu amo muito batata, vai ser uma… A pessoa que só acha batata ok, vai falar: “Que batata enorme, vou comer só um terço”, e aí já vou ficar puta porque desperdiçou comida, entendeu? Então, assim, a inveja é uma parada muito louca.
E os dois lá conversando sobre isso, sobre o que eles iam fazer naquele país pra passear um pouco — porque o show da Beyonce é um dia só, né? Você sai cedo, sei lá, para pegar um lugar melhor no setor que você comprou ali de pista, mas você tem depois mais quatro dias, né? — e eles estavam planejando isso e incluindo o cara na conversa. Só que esse cara, ele gosta demais da Beyonce também. — Gosta demais… — Só que ele não trabalha. — Se você não trabalha, a não ser que a Beyonce te chame pra ir no show dela, ou você ganha alguma promoção de uma rádio, você não vai ver a Beyonce. Ou se não você vai lá pra onde a Beyonce mora e espera ela sair pra ver se ela vai no mercado, vai no sacolão… Ver Beyonce no sacolão, sabe? Então, assim, as chances de você ver a Beyonce sem estar trabalhando, sem ter um dinheiro para ir ver a Beyonce, é muito difícil. Pode acontecer? Pode acontecer, mas é raro. — E essa conversa estava acontecendo na cozinha do Pablo… — Na cozinha do Pablo. — E eles empolgados, falando, incluindo o cara… “Cara, já pensou? A gente vai ver e tal”. No meio da conversa, este amigo do Pablo pegou do balcão o liquidificador de R$2.300 do Pablo e arremessou no chão com toda a força… A ponto de trincar o porcelanato do chão de Pablo.
Só a jarra custa R$600 — é o dobro do preço de um liquidificador comum — e ele arremessou no chão. Pablo e Roni em choque… E ele virou para o amigo e falou: “Bom, você vai ver a Beyonce, mas agora você vai ficar mais triste” e saiu… Roni queria ir atrás e dar um pau no amigo, mas o Pablo falou: “Não, deixa ele ir porque ele tem depressão”. E o Pablo ficou mal… Porque, assim, não foi que ele comprou fácil aquele liquidificador… Lógico que a viagem que ele comprou e mais o ingresso da Beyonce foi muito mais que o preço do liquidificador, mas foi uma coisa planejada também… Uma coisa que que ele podia fazer. — Mas ele não tinha para, por exemplo, fazer para ele e para o Roni. O Roni pagou a dele, cada um pagou a sua e ele não tinha. — E ele falou: “Se eu tivesse, se eu fosse rico, eu até dava viagem para o meu amigo, mas eu sou pobre premium. Eu compro minhas coisas de qualidade? Compro. Algumas parcelo? Parcelo, mas eu faço isso dentro de um planejamento do meu salário, dentro do meu padrão de vida, que é o meu padrão, que eu conquistei, que eu suei. Já fiz muito lá pela minha mãe, pelos meus irmãos… Já estou aqui, sabe? Com os meus 38 anos, suando agora para ter minhas coisas”.
E ali foi meio que a gota para o Pablo… “Ele quebrou meu liquidificador, ele não tem dinheiro para dar outro… Ele fez de propósito, fez na minha frente. Ele não tem dinheiro para dar outro”. — Ainda. brinquei com o Pablo, falei: “Pô, 2.300 era pra ele bater, quicar e voltar pro balcão, irmão…” [risos] e Pablo ficou meio puto comigo. Falei: “Pô, por 2.300 ele tinha que bater e falar: “Opa, se liga”… Voltar meio sambado, porém voltar… Rodando sem óleo? Rodando sem óleo, mas voltar para o balcão”. Não voltou. [risos] Se espatifou em 500 pedaços, né? — E ele falou: “Bom, agora também não vou perdoar” e o Roni falou: “É, você não tem que perdoar mesmo, foi o fim… Foi na minha frente, na sua frente, ele fez de propósito”. Só que aí esse amigo começou a ligar, começou a mandar áudio, começou a mandar mensagem que ele fez isso porque ele tem depressão e ele não ia ver a Beyonce e eles iam ver a Beyonce, e que o amigo podia sim ter comprado o pacote pra ele em vez de ter comprado pro Roni. O Pablo ainda falou pra ele, falou: “Olha, não comprei pacote nenhum pro Roni, o Roni comprou o pacote dele e eu comprei o meu”.
Eles estão separados, estão num gelo, mas esse amigo vive fazendo post de que “ah, não aguento mais esse mundo, não quero mais viver. O meu único amigo não fala mais comigo” e as pessoas cobram o Pablo, do por que o Pablo se afastou e o Pablo não quer falar que foi pelo liquidificador, porque sabe que vai dar uma causada e que pode deixar o amigo dele pior. Só que o Roni falou: “Desculpa, eu não tenho a menor obrigação com aquele cara” e o Roni foi lá no post do cara e comentou: “Conta aí por que o seu amigo parou de falar com você… O que você fez? Você pegou o liquidificador dele de dois pau e meio…”, já deu uma subida no preço o Roni… [risos] “E tacou no chão só porque você não ia ver a Beyonce, conta isso”, e aí ele foi lá e apagou o comentário, mas algumas pessoas viram e ficaram sem acreditar. — Ficaram sem acreditar, porque realmente é uma coisa inacreditável. Quem que faz isso, gente? — E aí o Pablo só ficou sabendo disso porque o próprio ex amigo mandou o print, falou: “Olha o que o amor da sua vida foi escrever na minha página” e Roni não mentiu… — Só mentiu um pouco o preço do liquidifcador, que é 2.300 e não 2.500, mas, né? Segundo pesquisas no Google, você acha até por dois 2.700, então Roni não mentiu. —
E agora esse cara insiste em voltar a amizade, o Pablo não quer mais, mas ele falou: “Andréia, virou um assédio assim, porque ele fala que a depressão dele se agravou por minha culpa, sendo que ele sempre destruiu as minhas coisas. Não é a primeira vez… É a primeira vez que ele faz deliberado na minha frente, mas ele já rasgou roupa minha… Ele já pegou tênis pra usar e não devolveu, disse que perdeu… Tênis de 2, 3 mil reais e eu sei que ele não perdeu. Como que você perde um tênis? Onde você foi que você perdeu esse tênis?”. E aí o Roni obrigou o Pablo a trocar a fechadura… — Porque o outro tem a chave. — E aí o Pablo trocou a fechadura e é um prédio desses sem porteiro, que você tem a chave lá de baixo, ele consegue acessar o prédio… Porque ele falou: “Andréia, são muitos apartamentos, eu não vou trocar o miolo”, mas eu acho que seria o certo, né? Mas aí ele teria que dar a chave para todo mundo do prédio? Não sei como é isso. Ele falou: “Andréia, eu não vou voltar essa amizade… Ele está fazendo da minha vida um inferno nas redes sociais, nos nossos grupos e o Roni está debatendo. Eu já pedi para o Roni não debater, não se envolver, deixar ele falar sozinho… Só que o Roni não aguenta… E ele fez isso com o liquidificador, ele quebrou de maneira deliberada”.
Agora o Pablo não sabe quando vai comprar outro, porque assim, você vai tendo outras prioridades também na vida, mas ele falou: “Andréia, eu vou comprar sim… Um dia ainda. Pode ser ano que vem, sei lá, eu vou comprar outro liquidificador de R$2.300, porque é a marca que eu gosto, Kitchen Pônei”. Por enquanto ele está batendo as coisas usando o mixer, né? — Não comprou um liquidificador de R$300 para por no lugar, assim. — Mas eu achei tão absurdo… O amigo ele sabe também o preço desse liquidificador ele fez de propósito real, realzão assim, então merece perdão? Não merece perdão, gente, desculpa… Não foi um bom amigo, né? E o Pablo falou pra ele: “Você tem depressão? Eu te ajudo, vamos procurar um tratamento e tal”, e o cara só falando isso pra tudo, inclusive pra não trabalhar, enfim… E sim, você pode ter depressão e não conseguir trabalhar. Sim, a gente não está dizendo aqui que ele não tem, mas ele precisa ser diagnosticado para poder ser medicado, para poder fazer uma terapia. A gente tem o CAPS totalmente de graça, o CAPS funciona sim, mas ele não quer. Ele só alega depressão em tudo o que ele faz. Em tudo que ele faz… —
E antes de namorar o Roni, o Pablo falou que até um aniversário… Um aniversário… Pablo gosta de surpresas, diferente de mim, ele gosta de surpresas… Esse amigo e a turma fizeram uma surpresa de aniversário para o Pablo e esse amigo apareceu lá no apartamento e, vez de levar o Pablo lá para o bar onde estava a surpresa, levou pro cinema… Estragou a surpresa de aniversário do Pablo de propósito e depois disse que “ai, eu estava deprimido, eu queria meu amigo só pra mim”. Essa é a história do Pablo, ele se sente assediado por esse ex amigo e ele não vai retomar essa amizade, mas ele sente um pouco de culpa ainda, porque o amigo alega ter depressão e, de repente, sei lá, ele acha que será que ele foi um bom amigo? — Acho que foi excelente amigo, foi um excelente amigo, Pablo, você… Você se ofereceu para ajudar, para pagar tratamento, para ir junto… O cara quebra suas coisas todas, some com as suas coisas caras, te tirou da surpresa de aniversário e tudo você foi perdoando, você foi relevando, você foi compreendendo… Mas chega uma hora que, né? Limites. —
Não acho realmente que Pablo esteja errado, não acho que depressão é bobagem, que muita gente fala isso, mas ele precisa procurar um profissional para ser diagnosticado e fazer uma terapia. — E se precisar tomar medicamento, tomar o medicamento, né? Isso se ele realmente tiver depressão, né? Então, assim, não dá para fazer as coisas, quebrar as coisas dos outros, rasgar, sumir com as coisas dos outros e alegar sempre depressão, né? — Pablo foi pro show da Beyonce com o Roni, postou fotos e um dia abriu ali o Instagram e tinha um monte de xingamentos desse amigo, falando que sabia que era ele que queria estar junto quando o Pablo fosse ver a Beyonce… — Mas você não dá um trampo… Você não trampa, então é difícil ver a Beyoncé, né? Sem trampar… Enfim… Ainda perguntei para o Pablo se esse amigo não é apaixonado por ele, alguma coisa, e ele falou: “Não, Andréia, não… Não tem nem essa possibilidade assim de nós dois… Não, não tem essa possibilidade. Ele quer a minha atenção o tempo todo só para ele, assim”. E aí ele alega que o Pablo é o melhor amigo dele e eu acho sim que o Pablo foi um excelente amigo para ele, mas ele nunca foi um amigo para o Pablo. E aí quando você tem uma amizade que só você que dá, só você que compreende, só você que entende, né? Só você que tolera, não tem troca… Não é amizade, né? Tá só um lado aí de boa e o outro lado só se lascando. Então, também revejam aí as amizades de vocês, né? O que vocês acham?
[trilha]
Assinante 1: Oi, nãoinviabilizers, eu sou a Thaís, sou de Volta Redonda, Rio de Janeiro. E eu quero falar para o Pablo, independente do que esteja acontecendo, usar o CID ou até mesmo a gente classificar essa pessoa com algum tipo de transtorno, não vai ajudar em nada. Esse cara é uma pessoa egoísta, que pensa nela de acordo com os próprios desejos, e aí não é válido que a gente entregue tanto da gente pra essa pessoa que simplesmente não está se importando com nada, desrespeitando, violando patrimônio, privacidade e tudo que é de direito nosso. Então, Pablo, continua afastado… Processo ou registro de ocorrência.
Assinante 2: Oi, gente… Meu nome é Fabiana, eu falo de São Paulo. Ô, Pablo… Eu sou cozinheira e eu tenho muito ciúme da minha cozinha, dos meus utensílios, receba o meu abraço solidário. Minha batedeira está embrulhada em papel filme para não pegar gordura, só para você ter ideia… Eu me solidarizo muito profundamente com você. E eu penso que esse seu amigo tem uma depressão muito peculiar, porque é bastante conveniente para ele, né? É uma depressão que até agora só trouxe prejuízo para você, que inclusive se ofereceu para ajudar a cuidar dela. Então, meu querido, se eu puder te dar um conselho: não sinta culpa, não. Mesmo que ele venha a fazer alguma bobagem, isso é ele com ele, causa e efeito, tudo na conta dele fica bem. Um beijo.
[trilha]
Déia Freitas: Então, comentem lá no nosso grupo do Telegram, sejam gentis com Pablo e Roni. — Roni pistola… [risos] Roni o jeito dele resolver as coisas… Ele falou: “Andréia, eu sei que você é adepta da cadeirada e por mim ali, a hora que ele jogou o liquidificador no chão, era cadeirada”, [risos] mas o Pablo é super pacífico e ele jamais agrediria o amigo ou alguém. E o Roni falou: “Bom, o liquidificador não era meu, porque se fosse meu… Ia comer vidrinho por vidrinho”. [risos] Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]