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título: lisa
data de publicação: 29/07/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #lisa
personagens: lisa e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje de novo é o Sebrae. Ainda dá tempo, hein? Você, empreendedora brasileira, corre para se inscrever no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, o Prêmio PSMN, uma iniciativa que já beneficiou mais de 100 mil mulheres por mais de cursos, mentorias e workshops aí direcionados ao público feminino. O Prêmio PSMN valoriza e inspira mulheres por meio de histórias de empreendedoras e você pode se inscrever no Prêmio em cinco categorias, ó, você escolhe uma das categorias para se inscrever: Pequenos Negócios, Produtora Rural, Microempreendedora Individual, Ciência e Tecnologia e Negócios Internacionais.

As inscrições são gratuitas e vão até o dia 30 de julho. Agora, gente, tá muito em cima, mas ainda dá tempo… Corre e se inscreve. — Eu vou deixar tudo certinho aqui na descrição do episódio, mas basta você gravar e enviar um vídeo de até dois minutos… O tutorial já está disponível nas redes do Sebrae e também no link: sebrae.com.br/PremioMulherdeNegocios. Então vai lá, se inscreve… Vai lá ganhar esse prêmio. Você vai ganhar, se inscreve aí… — E hoje eu vou contar pra vocês a história da Lisa. Então vamos lá, vamos de história. 


[trilha]


A Lisa ela conheceu aí um cara pela internet — não foi num aplicativo, então digamos que tenha sido no Instagram — e começou a conversar com esse cara, um curtia a foto do outro, ele sempre postando muitas fotos, assim, de paisagem, mas tinha uma foto ou outra dele… — Eu também não gosto de postar muita foto do meu rosto, então não acho que isso seja um problema, né? — E conversa vai, conversa vem, eles migraram para o WhatsApp e, assim, o cara além de ser atraente pra Lisa, ele era uma pessoa muito atenciosa, então eles conversavam sobre tudo, assim… Ele já foi logo perguntando o signo da Lisa, que dia ela nasceu, quantos anos ela tinha, se ela tinha cachorro, qual o nome do cachorro, perguntou da mãe dela, o nome da mãe, enfim, um cara realmente muito interessado. E aí eles conversaram bastante e depois de mais ou menos um mês de conversa, eles resolveram marcar um jantarzinho. — Uma lanchonete aí, nada caro… E depois, óbvio, já estava meio que implícito que ia rolar um motel. —

Lisa se preparou toda, ela estava muito empolgada pra ir, pra encontrar esse cara e eles se encontraram nessa lanchonete e ele era realmente tudo aquilo que a Lisa pensou que ele fosse. Então, a aparência era realmente a aparência que estava nas fotos do Instagram, ele realmente era uma pessoa muito atenciosa, ele fazia muita pergunta sobre a vida da Lisa, sobre as coisas da Lisa. — Enfim, muito atencioso mesmo… — E aí, conversa vai, conversa vem, eles pediram ali uma cerveja e uma porção de batata e a Lisa falou: “Bom, eu vou ficar nisso aqui, que depois a gente vai pro motel, né?” e eles comeram ali uma batatinha, tomaram uma cerveja, uma garrafa de cerveja e resolveram já ir pro motel. Chegaram lá no motel, ele deu o RG dele e entraram… Foi muito boa a transa, eles transaram ali duas vezes e pegaram no sono. Isso era mais ou menos meia noite e pouco.


Quando foi cinco e pouco da manhã, a Lisa acordou e o cara já tava terminando de se arrumar com uma cara péssima e tinha sido tudo bem, tava tudo certo, né? Lisa não entendeu a cara péssima dele, mas ela também se trocou e eles foram embora. Lisa pediu um carro de aplicativo, porque ele já falou ali que ele não poderia levar Lisa e ele mesmo pagou o motel. — Não era um motel caro, ele que pagou a cerveja com a batatinha e agora ele tinha já acertado o motel. — Não dava pra entender por que aquele cara tinha mudado da água para o vinho, assim, por que ele tava desse jeito, né? E aí a Lisa pegou ali o Uber que ela tinha pedido no celular dela… — E aqui a gente tem que falar de mais uma peculiaridade aí da Lisa. — A Lisa ela não tem nenhuma notificação no celular, de nada, ela tira todas as notificações… — E isso pode ser um erro, né? — Assim que ela entrou no Uber, ela foi olhar ali, sei lá, o WhatsApp, se alguém chamou… — Porque ela não tinha entrado no celular desde que ela foi lá jantar com o cara, né? —


E aí ela viu que no WhatsApp ele já tinha sumido do WhatsApp dela, estava só o número ali… E ela entrou no Instagram ele também tinha sumido do Instagram da Lisa. Aí ela ficou pensando: “Mas, gente, a transa foi tão boa, o que será que aconteceu? O que rolou?” e ela ficou intrigada com aquilo e nem pensou mais, assim, ficou chateada, chegou em casa e tal, tomou banho e foi tirar um cochilo ali que ela tinha que já acordar para ir trabalhar. O tempo passou e oito dias — veja bem, oito dias — depois daquele encontro, a Lisa tinha que entrar no aplicativo dela de banco e foi aí que ela descobriu porque é que ele estava bravo. Enquanto a Lisa dormia lá no motel, esse cara conseguiu  pegar o cartão dela ali na bolsa, entrar no celular dela, conseguiu vasculhar as coisas e, na conta dela, que era a mesma conta tipo conta bancária e cartão de crédito, tinha várias tentativas de compra, de pix, de transferência, de tudo… 

Só que tinha uma coisa: [risos] A Lisa estava lisa… [risos] Então o cartão de crédito dela, que ela tinha e que ficava na bolsa dela, não tinha limite… Porque ela tinha parcelado o cartão, que ela não estava aguentando mais pagar o rotativo e tava sem limite até ela conseguir quitar a dívida do cartão. Na conta da Lisa [risos] ela tinha R$23,06. [risos] Então, ele não tentou fazer assim de 20, ele tentou de 30 pra cima, e aí não conseguiu fazer pix, não conseguiu fazer nada… E ela tinha levado 110 reais, que era o dinheiro que ela tinha, ela falou: “Bom, se a gente for para um motel, a gente vai para um motel até de 100 reais, eu pago metade. E, se a gente for comer, eu fico só numa cerveja só e uma batata que se eu tiver que pagar metade, o dinheiro dá”. E esse dinheiro estava dentro da capinha do celular dela, então ele não viu esse dinheiro, ele não pegou esse dinheiro, mas ele tentou fazer compras com o cartão de crédito dela. Então, provavelmente, ele pegou o cartão na bolsa dela e tentou pelo celular dele e ele conseguiu entrar no celular dela também, assim, mexer nas coisas… 

Ela viu ali que tinha algumas mensagens que não era dela, para pessoas que ela nem conversava mais, assim… Passando uma conta para dinheiro… Algumas pessoas tinham respondido, mas tava naquele “arquivados”, enfim… — Lisa não é uma pessoa assim que fica muito no celular e tal, né? — E aí ela tava lisa e por isso que ele não conseguiu pegar nada. [risos] Agora, veja só, esse cara perguntou datas pra ela, perguntou nome de cachorro, perguntou tudo e ele conseguiu algumas senhas dela assim. Olha que loucura… Só que a Lisa não tinha dinheiro em lugar nenhum. [risos] A Lisa era a pessoa mais lisa que esse cara encontrou pela frente, um golpista. A Lisa ficou com vergonha de fazer B.O. e tal, né? — Ela achou que ela ia ficar muito exposta, sei lá, de ter que contar a história que ela foi para um motel com um cara que ela não conhecia e tal. — E aí ela deixou por isso mesmo, só mudou ali as senhas e pediu outro cartão e tal, né? Mas ela falou: “Andréia, eu vou pagar até a metade de 2024 esse cartão, então eu podia ficar com ele mesmo, porque não ia ter como”, mas ela pediu outro e tal e mudou as senhas.


Todas as perguntas que ele fazia e ela achando que ele estava prestando atenção nela, nome de cachorro, nome da mãe… — E aí uma coisa que ela fez B.O. eletrônico: Ele levou o RG dela e isso ela ligou lá no motel… — Quando eles entregaram o RG, ele entregou só o RG dele, sem que ela percebesse ali no carro, ele guardou o RG dela, ele ficou com o RG dela. E, na hora de sair do motel, ela nem lembrou, ela nem se ligou e eles saíram do motel… — Pra gente ver como o golpista ele consegue, sei lá, te iludir, parece que eles são mágicos, eles fazem as coisas e a gente não percebe. E a sorte da Lisa é que realmente ela estava lisa, [risos] sem dinheiro nenhum, nada. Só estava com aqueles 110 reais dentro da capinha do celular e ele não viu, né? Senão ele tinha levado, eu acho que ele tinha levado para não perder a viagem. — Então ele devia estar puto porque, além de tudo, ele pagou o motel e pagou a batata com cerveja, então ele teve prejuízo. A Lisa, por não ter um tostão, [risos] acabou dando prejuízo aí para o golpista. [risos] — E olha o perigo, né? —


Então eu trouxe essa história porque é mais um alerta pra gente, né? Mais uma coisa… Você vai dormir com o cara no motel e o cara vai vasculhar suas contas. E se tivesse dinheiro, eu acho que ele tinha feito a limpa e ele tinha ido embora, eu acho. Não sei… Levado o celular, levado tudo dela. Como ele ia sair do motel? Também não sei, mas vai que, né? A sorte é que ela não tinha dinheiro e também que ele ficou aborrecido, mas ele não ficou violento, porque ele podia ficar… — Eu recebo histórias aqui, principalmente de homens que eles marcam um encontro e depois não era uma moça, até tinha uma moça na quadrilha que conversava realmente por vídeo e tal, mas aí chega na hora lá e não é a moça, é a quadrilha do pix. Então aí a coisa pode ficar violenta sim, né? Então a sorte é que esse cara não foi violento com ela. —


Ela ficou pensando depois, ela me falou: “Déia, eu transei com o golpista, isso é o que me pegou mais, sabe assim? No fim eu transei com o golpista”. Então, meninas e meninos, fiquem esperto aí, porque olha o golpe… É bom já nem ficar dando data de nada, nem ficar falando muito coisas pessoais, porque geralmente a gente faz a senha mesmo ligado a alguma coisa pessoal nossa e parece que o golpista, não sei, ele está três passos à frente, né? E, nesse caso aqui, a Lisa deu sorte de ser uma lisa. [risos]


[trilha]

Assinante 1: Oi, gente, meu nome é Roberta, sou de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Quando a Déia começou a contar, pensei assim: “Poxa, Lisa, ele é só geminiano… Dormiu numa vibe, acordou numa totalmente diferente”, mas não… Brincadeiras à parte, um novo medo desbloqueado, né? Não dá para contar nada para ninguém. Beijos. 

Assinante 2: Oi, gente, aqui é a Juliana de Fortaleza. Que história foi essa, mulher? Eu amei… O dia que a liseira salvou a sua vida do golpe. E aí fica o ensinamento, né? Que às vezes a gente tá liso e não significa coisa ruim, né? Vai que é um livramento que nem aconteceu com a nossa amiga. [risos] Um beijo, Lisa, tudo de bom na sua vida, que você consiga se restabelecer aí financeiramente e esteja com seu caminho livre de um mala sem alça como esse que apareceu por aí. Beijo. 

[trilha]

Déia Freitas: As inscrições para o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, o Prêmio PSMN vão somente até o dia 30 de julho. Mas ainda dá tempo, gente, as inscrições são gratuitas, então corre… Se você é uma empreendedora brasileira, não perde essa oportunidade. E eu vou ficar daqui torcendo para você ganhar o prêmio, porque quando sua história inspira, todas as mulheres ganham. Acesse agora: sebrae.com.br/PremioMulherdeNegocios e faça a sua inscrição. — Boa sorte, espero que vocês todas aí ganhem o prêmio. — Um beijo, gente, Valeu, Sebrae, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.