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título: luke
data de publicação: 14/10/2022
quadro: patada
hashtag: #luke
personagens: mariana, seu ricardo e luke

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Patada. Dicas para o seu pet. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais uma história do quadro Patada. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Cobasi, que comemora aí os seus 37 anos neste mês de outubro. [miado de gato] E, pra comemorar a data, a Cobasi que é super parceira de mais de 160 ONGs que atuam aí na proteção animal, lançou uma campanha para arrecadar ração de cães e gatos para essas ONGs. A cada um quilo de ração seca que você comprar das marcas participantes, a Cobasi doará quatro refeições de 100 gramas para as ONGs protetoras de cães e gatos que participam do projeto Cobasi Cuida. — Gente, isso, no volume, dá muita ração doada. — Por favor, participem. Eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio e com o cupom: PICOLE10 você ganha 10% de desconto para as compras no site ou no aplicativo. — Esse cupom é válido até o final de outubro. — 

E hoje eu vou contar para vocês a história do cãozinho Luke, o grandalhão mais fofo do universo. — Eu sou suspeita pra falar porque eu amo vira—lata de porte grande. — E quem me conta a história do Luke é a sua irmã, [risos] — humana — a Mariana. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

Desde criança a Mariana sempre quis ter um cachorro e, por muito tempo, os pais sempre falavam: “Ah, não, você é muito pequena. Agora não dá” e eles não topavam a ideia de ter um cachorrinho em casa. Aí quando a Mariana fez dez anos, os pais levaram ela e o irmão pra uma surpresa… E a surpresa era adotar um cachorrinho. Esse cachorrinho tinha sido resgatado por uma conhecida aí do pai da Mariana — o seu Ricardo — e era uma fofura o cãozinho. E eles deram o nome para o cãozinho de “Toby”. O tempo foi passando… A Mariana e o irmão cresceram com o Toby e, quando Toby tinha mais ou menos uns 12 anos, ele começou a apresentar alguns probleminhas de saúde. Aí o seu Ricardo, muito preocupado, sofrendo e tal, falou: “Olha, depois do Toby eu não vou querer mais cachorro nenhum nessa vida”. — Assim, o Toby estava com 12, mas o Toby ainda viveu 16, 17 anos, assim… Cãozinho muito forte. — 

Quando foi ali em 2019, o Toby com 16 anos, [risos] a Mariana estava terminando a faculdade e ela ia fazer um intercâmbio no Canadá. E já nesse meio tempo, conforme eles foram crescendo, eles não podiam ter mais cachorros, né? — O seu Ricardo só tinha o Toby ali. — Então ela e o irmão eles tinham em casa um serviço desses de babá de cachorro. Então você ia viajar e você podia deixar o seu cachorro lá na casa da Mariana. Ela tinha um espaço grande e super responsável, sabia cuidar bem dos caezinhos ali… — Então ela já fazia isso. — E, nessa época, uns dois meses antes dela ir pro Canadá, ela viu um apelo no Facebook. — E o que era esse apelo? — O apelo era pra um cachorro de porte grande chamado “Negão”, que era um cachorro comunitário. Era um cachorro que morava na rua, já era um cachorro adulto, que era cuidado ali pelos vizinhos, mas ele tinha tido um problema muito sério de otite… Ele urrava de dor. 

E aí uma protetora de animais chamada Marlúcia pegou o Luke da rua e levou pra tratar. Só que aí ela precisava deixar ele algum lugar e o Luke vivia na rua com uma outra cachorrinha chamada Dorinha. Então, enquanto o Luke foi se tratar — foi cuidar dessa orelha dele que estava muito ruim — a protetora também deu um destino ali pra Dorinha, porque senão ela ia ficar na rua sozinha. — Então eles eram cachorros comunitários, muitas ruas, muitos condomínios têm… E se eu pudesse falar uma coisa pra vocês aqui no meio dessa história, dêem uma oportunidade para um cão adulto, para um cão comunitário, por mais que ele seja um cão que todo mundo cuida, ele não tem um tutor, né? Então, se você for adotar um cachorro, presta atenção nesses cachorros que são comunitários também, que estão ali, que vivem numa praça ou que vivem soltos aí num condomínio… Que todo mundo dá comida, mas ele não tem um lar, né? — 

Então o Luke era esse cãozinho… Ele não tinha o nome Luke ainda, — todo mundo chamava ele de Negão — e a Mariana, vendo esse apelo, ela perguntou para o pai se eles poderiam dar lar temporário pro Luke. E aí a Mariana falou com o pai dela, explicou que o Luke tinha tido um problema tão grave na orelha que ele precisou ser operado. A orelha dele inchou ao ponto de ficar do tamanho de uma laranja. E aí, depois da cirurgia, a Marlúcia não teve coragem de colocar ele na rua de novo. — Porque é isso que a gente fala… O cão é comunitário, mas ele vive ali na rua. — E aí a Mariana conversou com o pai e o seu Ricardo falou: “Olha, a única questão é: Daqui a dois meses você vai para o Canadá e aí eles vão ter que arrumar então um outro lar temporário, combinado?”. Combinado. — Então esse foi o combinado de Mariana com o seu pai para abrigar o Luke por dois meses. — 

Ele chegou ali na casa da Mariana… — E, gente, ele é um cachorro enorme… Quem acompanha aqui o podcast, me acompanha no Instagram conhece meus cachorros. Eu amo cachorro grande… Eu tenho a Miôja e o Mamão, que eles são de porte grande, são vira latas e, olha, não tem petzinho melhor. — E aí a família da Mariana se apaixonou pelo Negão. — Que ainda era Negão. — Só que Negão se apaixonou pelo pai da Mariana, pelo seu Ricardo. Quando o seu Ricardo chegava, ele ficava maluco… Ele largava tudo, ele só tinha olhos ali para o pai da Mariana. Só que o tempo foi passando, né? — Chegando a data da viagem da Mariana — E o seu Ricardo ali… — Eu acho que já fingindo [risos] que não queria se apegar. — E aí, quando faltava uma semana para a Mariana viajar, o pai sempre com aquele discurso “não, porque a gente tem que arrumar um bom lar para o Negão e nã nã nã”, ele viu que a Mariana estava se movimentando pra tirar o Luke de lá, né? De casa. E aí ele falou: “Não, [risos] acho que é melhor ele ficar aqui mesmo”. — Aqueles, né? Meio durão… “Deixa esse cachorro aí”, sabe? [risos] — 

Ele já resolveu chamar o Negão de Luke. — Por causa do herói da Marvel, Luke Cage. — E o ex negão agora é Luke e entrou oficialmente pra família. [efeito sonoro de crianças contentes] E aí olha como são as coisas, né? A partir da entrada de Luke na família, o seu Ricardo, pai da Mariana, começou a chamar o Luke de irmão mais novo dos filhos, falando sempre ali pra Mariana e para o irmão que o Luke era o filho mais novo dele. [risos] E a Mariana fala: “Eu fui pro Canadá e o Luke tomou o meu lugar na casa”. [risos] E aí, nesse meio tempo, o Toby que já estava bem velhinho ali com 16 anos e pouco, quase 17, faleceu. Quando a Mariana voltou, um ano depois — que ela fez esse intercâmbio — o pai dela, que é personal trainer, resolveu montar o estúdio dele lá na casa… E, assim, o companheiro dele é o Luke. [risos] 

E aí as pessoas chegam lá pra fazer ginástica lá com o seu Ricardo no estúdio que ele montou em casa e quem recepciona todo mundo ali que chega é o Luke. [risos] Ele é o recepcionista da academia. E algumas pessoas ficam com um pouco de medo, né? Porque o Luke é enorme, mas ele é muito fofo. Ele é um gigante fofo, sabe? E aí esse medo logo passa, porque ele é muito fofinho. E o Luke fica ali no meio das pessoas, ele gosta de passar ali no meio das pernas da pessoa… Daquele tamanho. — Pede carinho na bunda, sabe assim? Tapinha no bumbum? [risos] — E ele e o seu Ricardo eles fazem tudo juntos. A Mariana agora quando vai visitar, ela fala que vai visitar os irmãos, que é o irmão dela humano e o Luke, que é o irmão dela cachorro. — Porque o pai fala isso, o discurso dele é: “O Luke é meu filho mais novo”. [risos] Amo… Isso que ele não queria, né? [risos] — 

A Mariana disse que o Luke ainda tem alguns traumas da rua, porque mesmo sendo um cão comunitário, viver na rua não é fácil… E que ele ainda é muito apavorado assim na hora de comer, porque ele acha que aquela vai ser a última refeição dele. E é assim que os cachorros vivem na rua, né? E a Mariana diz que o pai, por enquanto, não quer adotar um outro cachorro… Mas ele diz que quando o Bernardo, que é o irmão humano da Mariana, sair de casa também, que ele vai adotar um outro cachorro pra substituir o Bernardo. [risos] — Amo… — E agora a gente vai ouvir o seu Ricardo falar aí do seu filho canino, o Luke. [risos] 

[trilha] 

Ricardo: Meu nome é Ricardo Macaron, eu moro em Juiz de Fora, Minas Gerais e sou o tutor do Luke. O Luke foi trazido até nós para sermos para ele um lar provisório. Eu, num primeiro momento, como ele era um cachorro muito grande e a gente sempre teve cachorros menores, Yorkshire e outros de raça menores, eu fiquei meio receoso de ficar com um cachorro muito grande dentro de casa, ainda mais que eu tinha uma mãe idosa, né? Então, num primeiro momento eu fiquei meio receoso. Só que ele, no primeiro dia, parece que ele adivinhou que era eu que ia resolver, que ia decidir se ele poderia ficar em casa ou não. E, no primeiro dia mesmo já com ele lá em casa, ele ficava o tempo todo do meu lado, pulava no meu colo, queria pular no meu colo, né? Porque ele é muito grande. [risos] E a gente foi aproximando dele cada vez mais.. Ele com a gente e a gente com ele, momentos muito bacanas que a gente passou junto. Então, aí ele me conquistou. 

E a gente resolveu, eu resolvi ficar com ele definitivamente. Gosto muito de passear com ele na rua… A gente brinca às vezes, ele gosta da gente jogar bolinha de tênis, ele pega e traz pra gente… Ele gosta de fazer cabo de guerra como um pano velho, uma corda, segura de um lado dele, ele segura a boca e vai puxando… Ele gosta muito dessas brincadeiras. Gosta de subir na cama com a gente, de deitar, ficar deitado com a gente… Então, assim, é um cachorro bem agradável. Com os meus clientes também ele tem bons momentos, os clientes gostam muito dele. Tem muita coisa de fazer com ele, [risos] ele é um cachorro muito, muito gostoso, muito… Como se diz, é prazeroso ficar com ele. 

A princípio eu fiquei um pouquinho ressabiado de pegar um cão de rua e adulto, porque geralmente as pessoas gostam de pegar o cão novinho, né? Ensinar as coisas pra ele, domesticar… Então eu fiquei, num primeiro momento, confesso que eu fiquei preocupado de ser um cachorro, por ser grande, ser bagunceira, por fazer bagunça dentro de casa, quebrar as coisas, alguma coisa assim… Mas o Luke não. Ele foi desde o primeiro momento um cachorro bem tranquilo, não deu problema nenhum. Ele é muito inteligente, parecia até que estava se comportando de modo que ele não fosse mandado embora. E eu acho que isso também que conquistou a gente, essa inteligência dele, essa percepção que ele teve de se comportar bem… Hoje ele é um cachorro muito tranquilo. Pelo tamanho que é, as pessoas ficam impressionadas até, que ele fica às vezes no jardim, as pessoas param com ele pra fazer carinho nele… Ele até vira pra pessoa coçar as costas dele… Tem vários transeuntes que passam sempre aqui que gosta de parar pra ficar brincando com ele. 

Uma coisa que eu fiquei um pouco receoso também quando fomos adotar o Luke é porque tínhamos um cachorrinho, um Yorkshire, que já estava bem velhinho e muitos problemas de saúde. Aí a gente ficou preocupado, né? Um cachorro grande porte, de certa forma, machucar o pequenininho. Mas até que ele se entrosou bem, o Luke entendeu que era um cachorro fraquinho. Hora nenhuma chegou a fazer alguma coisa que pudesse machucar ele. O Luke respeita muito cachorro pequeno, isso é bem bacana dele também, da personalidade dele. E o Luke hoje ele é praticamente meu companheiro de trabalho, né? Porque ele fica comigo aqui no estúdio, eu sou personal trainer e ele fica bastante tempo comigo. Os clientes adoram. Tem cliente que é a primeira coisa que faz quando chega é brincar com ele. Ele brinca, ele gosta muito, ele é muito carinhoso também… As pessoas ficam apaixonadas por ele. É um cachorro realmente muito bacana, muito bacana, fantástico esse cachorro. 

O Luke hoje faz parte da família, é o meu terceiro filho, é o filho que está a menos tempo comigo… Mais novo, vamos dizer assim. E hoje não consigo me ver sem o Luke. Não dá logicamente pra levar para tudo quanto é lugar, porque [risos] pelo porte dele dificilmente dá pra entrar em alguns lugares com ele, mas a vontade é sempre que sair, se fosse pra alguma festa, alguma coisa, levar ele. É como se fosse o meu filho mesmo, que eu gostaria que estivesse sempre comigo. Está sendo muito bom ter ele na nossa família, espero que ele fique ainda por muitos e muitos anos e dê muita alegria para todos nós. 

[trilha] 

Déia Freitas: Vou deixar pra vocês também aqui o Instagram do Luke, porque o Luke tem um Instagram. — [risos Ok? — Sigam o Luke, cãozinho Luke nas redes sociais. O gigante gentil. Bom, feliz aniversário, Cobasi. Quem ganha presentes são as ONGs de proteção animal e você, que está me escutando aqui agora, vai ganhar o primeiro pedaço de bolo se clicar no link aqui da descrição do episódio e participar da arrecadação de ração. Tem cupom de 10%, é o cupom: PICOLE10. — “Picolé” sem acento. — Então participe e saiba mais em: cobasi.com.br/aniversario. — E eu quero deixar um beijo aqui especial pra protetora de animais independente dessa história, que é a Marlúcia Pereira, que foi quem tirou o Luke da rua e levou ele pra ser tratado e depois conseguiu aí colocar ele em lar temporário lá na casa da Mariana. Então, eu sou uma protetora dos animais independente também e a nossa luta é diária. É isso aí… Marlúcia, um beijo pra você. — Estou muito feliz de fazer parte dessa campanha. Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Patada é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.