título: maluca
data de publicação: 28/04/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #maluca
personagens: milena, joelma e jussara
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje de novo é a Hidrabene, a marca cor de rosinha que eu amo. A Hidrabene preparou uma categoria muito especial aí para o Dia das Mães. São itens exclusivos para peles maduras, combinando hidratação, ação anti rugas, nutrição e proteção para uma rotina de cuidados completa. Você encontra os seguintes benefícios em todos os produtos: Fórmulas desenvolvidas para cuidar especialmente da pele madura, redução de linhas finas e sinais da idade, hidratação intensa e proteção solar diária. Acesse agora o site: hidrabene.com.br e vai lá conhecer essa categoria especial do Dia das Mães e escolha seus presentinhos. Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio, tem cupom de desconto, então fica com a gente até o final e vai navegando: Hidrabene.com.br. Enquanto você ouve o episódio de hoje, eu vou contar para vocês a história da Milena. — Essa história pode despertar aí alguns gatilhos, então ouçam com cuidado. — Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]Milena conheceu aí um rapaz quando ela trabalhava num grande prédio de vários escritórios, várias empresas, ela trabalhava lá e esse rapaz também trabalhava no mesmo prédio, só que em outra empresa, e às vezes eles se cruzavam ali — ou chegando ou na hora do almoço — e trocavam olhares e tal… Um dia ele se apresentou, eles começaram a sair e o relacionamento foi ficando sério, então era um namoro… Esse rapaz morava com a mãe e Milena morava sozinha, num apartamento. A gente tem aqui Milena e temos a sua irmã — que a gente vai chamar de “Joelma” —, Joelma também morava perto de Milena, num outro prédio, num outro apartamento. Joelma e Milena sempre foram muito amigas…
O tempo passou, esse rapaz frequentava muito ali o apartamento da Milena, ele foi apresentado para Joelma — quem me escreve é Milena —, mas Joelma está junto com Milena contando essa história. Do ponto de vista de Joelma, tinha alguma coisa naquele rapaz assim… Ele era muito sorridente, muito prestativo… — Acho que a palavra é essa… Sabe aquele cara que você fala: “ai, queria um copo d’água” e ele já está com a água ali, mas você fica na dúvida daquela água? Não sei se dá pra entender. Uma pessoa que, não sei, gera uma desconfiança gratuita, assim… — Muito engomadinho, cabelinho lisinho, meio loiro, sempre pra trás, assim, com gelzinho… Uma pessoa que parece impecável demais. Assim era o cara e ele realmente fazia tudo que Milena pedia, assim, na hora… E, com o tempo, ele foi colocando na cabeça da Milena que seria muito legal se eles morassem juntos, mas ele não queria largar a mãe.
Milena que mora sozinha, com a sua autonomia, enfim, foi convidada para morar na casa desse cara— Qual era o argumento dele? “A gente mora num sobrado espaçoso de três quartos, o meu quarto é uma suíte… Você vai ter privacidade. Eu vou ficar tranquilo porque a minha mãe tá lá e eu posso cuidar dela”. Apesar de ser uma senhora que precisa de zero cuidados, mas um filho muito preocupado que queria ficar perto da mãe. Milena entendeu e estava inclinada a aceitar, a mãe do cara era também um doce… Nossa, fazia tudo que Milena queria, tudo… E Milena foi conversar com Joelma, Joelma falou: “Mana, minha irmã… Não tem cabimento você sair da sua casa própria pra você ir morar na casa com a sogra”, praticamente era sogra… “Convence o cara então a passar um tempinho com você na sua casa, ver se vai dar certo essa convivência”. Milena foi falar com ele e ele ficou muito magoado, muito sentido, falou: “Mamãe jamais nos atrapalhará, mamãe te ama… Mamãe te trata como uma filha e você não quer morar com ela”…
Comeu a mente da Milena e Milena falou: “Tá bom, eu vou morar com você”. A partir daí, ele falou: “Olha, eu acho que um voto seu de confiança no nosso relacionamento seria você realmente se mudar de fato pra minha casa. Então, vender os seus móveis, vender as suas coisas, porque eu sei que aí eu tenho uma segurança que você não vai voltar, que você vai ficar morando comigo”. — Estranho, né? — Milena foi falar com Joelma e Joelma falou: “Não, pelo amor de Deus, vai passar um tempo lá pra ver primeiro e depois você pensa nisso, fala para ele que tem muita coisa nessa casa que é minha e que não vai vender nada”. E Milena, num lampejo de racionalidade falou: “Ah, tem muita coisa da minha irmã e tal, eu preciso ver ainda o que eu posso vender, o que eu não posso, o que ela pode tirar, o que ela vai repassar, enfim, me dá um tempo para pensar nisso. Deixa eu me adaptar na sua casa e nã nã nã e deu uma enrolada nele”. Milena fez as malas, ele fez questão que ela levasse todas as roupas dela, algumas coisas ela teve que dar embora porque não cabia, mas ela conseguiu levar a maioria das coisas e começou morar nessa casa…
A primeira semana foi tudo tranquilo, assim, Milena muito bem acolhida, a mãe do cara fazia lá o café da manhã, omeletinho, frutinha, mamãozinho picadinho e nã nã nã… A partir da segunda semana, algumas coisas começaram a acontecer: Milena ia de uniforme trabalhar — saia lápis, calça, enfim —, ela tinha três jogos assim de uniforme e tal pra usar na empresa e às vezes sumia alguma peça do uniforme dela. Ela procurava, procurava, chegava se atrasar pro trabalho e não achava… E aí ela ficava com aquilo na cabeça, perguntava para o cara, para a mãe do cara e a mãe do cara falava: “Eu nem entro lá no quarto de vocês, então assim, não sei, tem que procurar… Você organizou suas coisas e tal?”, e quando ela voltava no final da tarde, aquilo que ela tinha procurado por, sei lá, uma hora tava no lugar que devia estar, mas não tava lá antes. E esse tipo de coisa começou a acontecer, então às vezes era a chave, às vezes era o crachá… — E aí, quando ela voltava, ela encontrava o crachá, sei lá, embaixo da cômoda, mas ela tinha olhado tudo, tinha rastejado aquele chão atrás do crachá e não tinha achado. —
Às vezes, na hora do jantar ali, na refeição, a mãe dele fazia uma sopa… Ela ia, botava a sopa no prato e parece que aquela sopa no prato dela estava muito salgada — muito salgada — e eles comendo normal… Mas como que estava salgada só a dela se eles pegaram todos na frente dela do mesmo pote de sopa? Salgada a ponto dela não conseguir comer… Aquela sopa quente, mas muito salgada… E ela falava: “Está muito salgada”, e aí o marido falava: “Prova aqui a minha, não tá, não… É coisa da sua cabeça” e coisas assim começaram a acontecer. As coisas sumiam, apareciam, a comida dela sempre muito salgada e ela pegava junto com eles e eles geralmente à noite comiam sopa, algum caldo, alguma coisa e só a dela estava sempre muito salgada… E ela escutava barulhos pela casa à noite e o marido não escutava, às vezes ela acordava o marido e ele falava: “Amor, não tem barulho nenhum” e a Milena foi realmente se achando louca. — Maluca. —
Ao mesmo tempo que isso ia acontecendo, o maridinho — agora, né? — falava pra ela da Joelma: “Olha, a Joelma não quer seu bem… Olha o que ela fez”, pegava algumas coisas que Milena já tinha contado pra ele… 0 E, assim, gente, irmão briga, primo briga… Às vezes eu e a Janaína a gente briga também, é briga de família, aquela coisa, passa, né? — E ele foi fazendo a cabeça da Milena, a Milena falou: “Andréia, eu fiquei realmente fraca da cabeça porque ele me convenceu que a minha irmã queria meu mal”. Ele começou a insistir para Milena vender o apartamento dela… O que ele não sabia é que para vender o apartamento da Milena precisava da assinatura da Joelma. — Porque tanto o apartamento da Joelma quanto o apartamento da Milena eram das duas, num lance lá de inventário, enfim, ficou no nome das duas os dois. — Tanto para vender o da Joelma quanto para vender o da Milena, uma precisava da assinatura da outra e Joelma nunca ia assinar. — Nunca ia assinar. — Só que Milena foi, foi pedir, ameaçou, inclusive, colocar Joelma na Justiça e Joelma falava: “Irmã, o que está acontecendo com você?” e Milena nesse ponto já estava abatida… — Até com o cabelo mais ralo, o cabelo caindo. —
E Joelma bateu o pé e falou: “Não vou vender”. E aí pegou o telefone e ligou para o cara e falou: “Olha, esse apartamento não vai ser vendido… Você pode entrar numa briga na justiça comigo por dez anos, mas você não vai levar esse apartamento” e Joelma falou mais: “Se você continuar com isso, eu vou te investigar… Então para. Eu não consigo tirar minha irmã da sua casa porque ela está apaixonada por você, mas do mesmo jeito que você está tentando fazer da minha vida um inferno, eu posso fazer a sua”. Ele ouviu e falou: “Não, imagina, não sou eu que quero vender, é ela que quer”. Conversaram ali no telefone e quando ele desligou, Milena estava do lado, estava ali ouvindo, ele já mudou com ela… Porque ele sempre foi muito bonzinho falso, sabe? E falou para ela: “Olha, pega suas coisas e volta pra sua casa” e nisso eles estavam lá em cima conversando e era tipo antes do jantar e ela chorando… — Que ela tinha um ritual até descer, tomar banho e tal… — E ela desceu meio que ali chorando e foi pra cozinha…
Quando ela entrou na cozinha, tinha um prato girando no microondas — e tem microondas que fica aceso ali, você vê o que está rodando — e o prato estava vazio… Vazio. A mãe dele com a mão toda suja de sal… — Ela fazia alguma coisa no prato que ele ficava salgado e seco e quando a Milena provavelmente botava a sopa, aquele sal que estava ali que ela nem percebia no prato, era o que deixava a sopa só dela salgada. Ela tem certeza que era a sogra e ele que escondiam as coisas dela e depois as coisas apareciam, querendo deixar ela maluca mesmo… — E eles dois falavam: “Você não está bem da cabeça, você tá maluca”, tudo isso para tentar que Milena vendesse o apartamento. Com esse dinheiro do apartamento, eles comprariam um terreno do lado da casa da mãe, que ela nem sabia se estava a venda ou não, mas ele disse que o vizinho queria vender e construiriam ali… — O que eu acho que é uma mentira, eu acho que ele ia pegar esse dinheiro. —
Quando a Joelma deu esse fecho nele, não sei se ele ficou com medo, ele expulsou a Milena de casa. E a sorte é que a Milena não tinha vendido as coisas da casa, ela tinha começado a colocar no PôneiX lá para tentar vender, mas também não tinha conseguido ainda — não tinha tempo para ficar respondendo ali, então meio que deixou de lado também. — e ela tinha para onde voltar, né? Porque eu acho que ele ia fazer isso também se ele tivesse conseguido que ela vendesse o apartamento, porque ele nunca imaginou que o apartamento estaria no nome das duas. E a Milena falou que várias vezes ele perguntou: “Mas esse apartamento é seu? É próprio?” e ela respondia que sim, porque você não vai ficar respondendo a burocracia: “Ah, é próprio, mas tá no nome meu e minha da irmã”, porque o outro também estava e cada um se considera com o seu apartamento, né? É só mais uma questão burocrática mesmo. Ela ficou com esse cara sete pra oito meses e a Milena disse que realmente ela ficou com a mente perturbada, assim…
Ela falou: “Andréia, eles falavam que eu estava maluca e eu achava que eu estava maluca. Eu ia trabalhar sem crachá, tomava advertência, e aí ficava o dia inteiro mal pensando: “Meu Deus, eu perdi o meu crachá” e eu voltava o meu crachá tava ali em algum lugar. Às vezes eu estava com a roupa do uniforme que faltava só uma peça…” porque cada jogo é de um jeito, então você não podia misturar, né? “Eu tinha que tirar e botar outras, às vezes botar um que já estava sujo porque eu não achava e quando eu voltava estava lá. Minha escova de cabelo sumia, meus perfumes sumiam, e aí eu voltava a noite e estava lá. A minha sopa sempre salgada…” e ela viu essa coisa do microondas… Será que dá para secar o sal no prato? Como que essa mulher fazia? Ainda falei: “Você que se servia?”, ela falou: “Eu me servia, mas às vezes ela estava ali na minha frente e servia”. Então, de repente, será que ela conseguia botar o sal na concha? Porque aí ela comia, experimentava do prato do cara e não estava salgado igual ao dela e ele experimentava do prato dela e falava: “Amor, tá normal”, mas tava salgada… Então ela falava: “Tô louca, só eu que estou sentindo a sopa salgada”, olha isso, gente… E tudo pra conseguir com que ela vendesse o apartamento.
Ela foi expulsa da casa do cara, voltou para casa dela, pediu férias… Por que qual era o problema? Ele trabalhava lá. E aí a Joelma falou: “Olha, você vai pedir as contas? Seu emprego é bom, você tem que pensar por esse lado também”. E ela começou uma terapia e voltou a trabalhar, mas teve muitas crises, síndrome do pânico e ele totalmente sorridente, “Oi, tudo bem, Milena?”, como se nada tivesse acontecido. As amigas dela ali da empresa que ela contou, começaram a chamar ele de psicopata… Chamavam no corredor, tipo: “E aí, psicopata e tal”, e aí deu um tempo e ele pediu transferência porque realmente as amigas dela começaram a aloprar ele ali, chamar ele de psicopata pra cima, bandido e tal. — E aí o cara que finge que é um cara legal, que tem uma reputação bacana na sociedade, ele fica preocupado com mulher, entre aspas, doida… — Uma das amigas da Milena — que a gente pode chamar aqui de “Jussara” — falou: “Ah, ele falou que você é doida, ele vai ver o que é uma mulher doida” e ela realmente afrontava ele, ele usava gel no cabelo e chegou um dia até bagunçar o cabelo dele, assim, falar: “E aí, está com medo? Tá com medo de mulher?”, doida… [risos] Realmente doida. Essas doidas que a gente gosta.
Eu falo pra minha prima aqui, aqui na minha rua antes tinha umas palhaçadinhas assim, e aí eu falei: “Ah, o povo gosta de mulher doida, né? Eu vou ser doida” e homem, principalmente, tem receio de mulher doida… A polícia também tem receio de mulher doida, fica aí a dica. E aí agora é uma paz, porque, né? É a doida. E essa é a história da Milena, uma história pesada… Imagina duas pessoas tentando fazer com que você pareça maluca e que você se sinta maluca, né? E quase funcionou. Bom que ela tinha esse suporte das amigas do trabalho, tinha a Joelma, sua irmã, porque se ela fosse uma pessoa sozinha, gente, ela tinha vendido o apartamento e hoje, sei lá, estaria morando na rua, teria perdido o emprego porque, né? Aí você entra num parafuso e tal, isso acontece. Então vamos ficar atentas, né? O que vocês acham?
[trilha]Assinante 1: Oi, gente, aqui é a Catarina, moro em Portugal. Milena, esse negócio de sal é assim: Tu molha um papel toalha com água salgada ou molha o prato mesmo com a água salgada, o sal diluído, espalha pelo prato todo e põe no microondas para secar, porque aí a água evapora e o sal viram cristais mais pequenininhos, que a gente não consegue ver e fica ali… E aí quando coloca a sopa, a sopa incorpora os sais e os cristais de sal e a sopa fica salgada. Puro suco de gaslighting, eu tenho certeza que a Milena não foi a primeira e infelizmente não será a última vítima dessa dupla. Parece um plano muito fácil de conseguir bens, de tentar interditar… Um relacionamento abusivo com participação de sogra. Que bom, Milena, que você tinha sua irmã ao seu lado e vamos prestar atenção nas coisa, né? Ninguém é bom demais.
Assinante 2: Oi, nãoinviabilizers, aqui é a Larissa, falo de Goiânia. Essa história desde o primeiro minuto eu já consegui sentir aquele cheirinho de Picolé de Limão, de pensar que ele já pode ter feito isso com outras pessoas e que a mãe dele é uma cúmplice… Todo esse papel de bonzinhos não passa de um personagem para atrair mulheres com bens para que eles possam dar golpe. Se investigar e procurar, nesse angu tem caroço.
[trilha]Déia Freitas: Dê de presente para sua mãe produtos Hidrabene. — Gente, pode dar, assim, de olho fechado… Eu boto fé. — Os produtos são feitos especialmente para ela, para sua mãezinha. São itens para peles maduras que combinam hidratação, ação anti rugas, nutrição e proteção para uma rotina de cuidados completa. E usando nosso cupom — olha que fofinho nosso cupom — “PONEIBENE10” — “Pôneibene” tudo junto, maiúsculo, “10” em numeral —, você ganha 10% de desconto e ainda tem frete grátis nas compras acima de R$150 para todo o Brasil. Acesse agora o site da Hidrabene: Hidrabene.com.br e vai lá comprar um presente incrível para sua mãe, que ela merece. — Valeu, Hidrabene, eu amo você. — Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]