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título: mata fechada
data de publicação: 27/03/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #matafechada
personagens: davi e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje de novo é a Hidrabene, a nossa marca cor de rosinha que eu amo. Durante o mês de março, todo o site da Hidrabene está com 15% de desconto, incluindo todos os kits prontos e produtos individuais. E falando em kit, euzinha tenho um kit incrível que eu mesma montei com muito carinho junto com a Hidrabene, o Kit Pônei Bene. — Gente, sério… — O Kit Pônei Bene é assim um sonho… — O que vem no meu kit? — Vem a espuma de limpeza, o sérum hialurônico filler, o resveratrol, a sleeping mask e Vit C com fator de proteção solar 50.

Esse Vit C, gente, olha, sei nem o que dizer, ele é maravilhoso… Meu rosto fica, assim, firminho, incrível… E comprando o Kit Pônei Bene você ganha um sabonete líquido facial do tamanho original. — Não é o mini, não. — Então, além dos 15% de desconto usando o nosso cupom exclusivo PICOLE10, você ainda ganha mais 10% de desconto e tem frete grátis para São Paulo e Santa Catarina, acima de 99 reais e frete grátis para o Brasil todo nas compras acima de 150 reais. Compensa demais pegar um kit da Hidrabene… Usa e me conta, principalmente a espuma de limpeza, gente… Olha meu rosto, macio… Estou aqui macia falando com vocês. [risos]

Eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio: hidrabene.com.br. Beijo, Hidrabene. E hoje eu vou contar para vocês a história do Davi. — Ê, Davi… — Então vamos lá, vamos de história.

[trilha]

O Davi ele namorava aí um cara e esse cara ele era um cara da aventura.. Então, ele era um cara de aventura, ele gostava de fazer — tudo que eu detesto — trilha, pular de paraquedas, rapel… — Era esse o cara. — E Davi até era um cara do esporte, assim, ele era um cara que malhava, que fazia crossfit, então, né? Que envolve um esforço a mais e tal, só que essas aventuras, esses esportes mais radicais, assim, essa coisa da aventura não era tanto a do Davi, mas ele namorando aí esse cara aí ele falou: “Bom, tô com ele, meu amorzinho, topo tudo, né?”. E aí lá foram eles pra uma região de praia, um lugar muito bacana e que, assim, tinha uma… Como é que eu vou explicar isso? Uma trilha por dentro de uma mata fechada que, supostamente, você chegava numa praia mais distante, mais paradisíaca e nã nã nã.


E aí esse cara falou que já tinha feito essa trilha tipo 1000 vezes, que toda vez que ele ia pra aquele lugar ele fazia essa trilha aí no meio do mato. — E aí, qual era a ideia do casal? — A ideia do casal era sair ali… Essa trilha demoraria mais ou menos umas duas horas… — O que pra mim é muito tempo de trilha, hein? Andando no meio de uma mata fechada. Esqueci o nome agora da mata… Mata atlântica? X. Não sei. — E pra atravessar aí essa mata é umas duas horas… E a ideia era eles saírem umas duas horas da tarde ou uma da tarde, pra quê? Pra pegar o pôr do sol nessa praia, acampar nessa praia… — [risos] Socorro, Davi, socorro… — E passar o dia seguinte inteiro nessa praia aí curtindo e tal e depois fazer o caminho inverso, as duas horas de trilha de volta durante o dia, que o cara também não era louco de entrar na trilha à noite.


Davi falou: “Não, vamos sim… [risos] Se você conhece tudo, se é tranquilo essa trilha, vamos lá, né?” E aí Davizinho pegou as coisinhas dele. Davi está acostumado a acampar, então nada ali era novo pra ele. — Davi já fez trilha também… A única coisa nova é que essa trilha ele nunca tinha feito, mas o namorado dele ali já tinha feito, né? Então tudo bem. — E aí lá foram eles… Era mais ou menos uma e meia da tarde e eles se prepararam pra começar a trilha. E aí você vai conversando, troca um beijinho aqui e nã nã nã, o clima deu uma esquentadinha ali no meio da trilha. [risos] — Gente, eu não consigo conceber a pessoa transar na trilha, sabe? É demais pra minha cabeça. Se eu tô lá, tipo, eu nunca faço trilha, acontece, sei lá qualquer coisa e eu tenho que fazer uma trilha, eu não consigo imaginar o que aconteceria, mas aí eu entro na trilha e tá lá as pessoas transando, sabe? Já ia me dar um ódio, falar: “Ô, gente, pelo amor de Deus, aqui na trilha? Tô passando, cheia de perrengue, pernilongo”, enfim… —


Mas aí deu tudo certo, amorzinho na trilha e nã nã nã… “Vamos continuar”. E aí o Davi falou que era assim: eles estavam andando, então pensa assim: o mato quando as pessoas andam muito vai ficando amassado, né? E aí chegou um ponto dessa trilha que não, assim, o Davi não sabe explicar bem o que aconteceu. Esse mato ele não estava mais amassado, tinha pequenos arbustos assim, um chão meio assim, mais úmido. E aí o cara falou pra ele que tinha meio que afastar… Andando por dentro dos arbustos, assim, daquela mata mais fechada. E aí o Davi ficou com medo. Aí Davi virou pra ele e falou assim: “Cara, mas nem parece que tem lugar pra andar por aí assim, parece que a gente chegou num ponto que, sei lá, a gente tem que voltar. Acho que a gente pegou o caminho errado”. Aí o cara já deu o primeiro show, tipo: “Você nem me conhece direito, eu faço trilha há 1000 anos, já cheguei nessa praia nã nã nã tantas vezes, que isso e nã nã nã”. Aí Davi falou: “Bom, eu vou ficar quieto porque eu estou aqui com um cara no meio do mato, né? Se ele ficar muito nervoso aí, melhor não”. 


Então aí o Davi ficou quieto e começou a entrar no meio desses arbustos. — Gente, olha o perigo… Olha o perigo. Começou a entrar no meio aí desses arbustos. — E, antes de começar a trilha, ainda bem, assim, o Davi foi muito lúcido… De avisar uma amiga dele e falar: “Olha, se em 4 horas eu não entrar em contato com você, você avisa o bombeiro. A minha localização é essa e eu tô aqui”. E, assim, mas ele falou super brincando com a amiga, mas mandou a localização e falou: “Daqui quatro horas você me chama”. E aí eles começaram a entrar por meio desses arbustos que tinham árvores enormes também, enfim… — Mata, gente… Mata, sabe mata? — E aí aquele chão que parecia que tinha uma água já… Meio úmido, meio coisa de floresta. Floresta é úmida, tem que ser úmida ali o chãozinho da floresta, o solo… — Chãozinho é… [risos] O solo… [risos] Chãozinho da floresta. —


E aí ele pisando ali no chãozinho da floresta, assim, falando: “Puts, meu Deus do céu, que que eu fiz, né?”. E aí ele falou que eles andaram tanto, mas um tanto assim, que pareciam várias horas, mas ainda estava claro, tava dia. Acontece que eles chegaram num ponto que aí não tava dia mais, assim… Do nada foi caindo, caindo, caindo e noite… E aí o Davi falou: “Andréia, eu sei que você nunca entrou a noite numa floresta e eu digo pra você: não entre… Porque é um breu absoluto. Você perde totalmente a referência. De que lado você veio, pra onde você tá indo… Tipo, você não enxerga nada”. Eles estavam num lugar que, assim, não tinha como armar uma barraca, gente… Não tinha como armar uma barraca. Aí esse cara tinha uma lanterna, ele tava preparado pra acampar… — Então acho que no kit camping tem lanternas, né? — E aí, com a lanterna, eles conseguiram chegar numa árvore que dava meio que pra subir, assim… 


E o cara falou assim pra ele: “Fica aí na árvore que eu vou tentar achar um descampado, porque a gente vai ter que acampar aqui”. E aí o Davi, assim, ele já estava… Não era nem puto mais, ele tava apavorado e nervoso, com raiva do cara. Ele falou: “Não, eu não vou ficar preso numa árvore enquanto você some por aí e depois eu vou ficar aqui sozinho”. Aí o cara já ficou bravo de novo, mas o Davi foi firme e falou: “Não, onde você for eu vou, não vou ficar sozinho na mata”. E aí eles rodaram mais um pouco, o Davi teve a impressão que eles estavam andando em círculos… E, gente, eles não encontraram um lugar pra montar a barraca. Eles tiveram que voltar e ficar ali na árvore, dava pra sentar, assim, e sentaram… E aí pega no sono, acorda, pega no sono, acorda e nada de achar uma clareira, nada… Eles acabaram adormecendo ali no meio daquele mato e o Davi falou que ele tava tão exausto que ele realmente dormiu. Falou assim: “Andréia, se aparecesse, sei lá, uma onça, qualquer bicho… Ia me comer inteiro e eu ia acordar no céu, porque eu não ia… Não ouvi nada. Assim, morri na mata…”.


E aí, quando foi amanhecendo, né? Aquele barulho da mata, os pássaros e tal, eles acordaram, em silêncio… Os dois não estavam nem se falando, assim, porque o Davi tava com a cara péssima e o cara também tava com a cara péssima. E aí eles começaram a que? A tentar voltar. Só que aí agora eles não sabiam mais onde eles tinham passado pra voltar. E aí o cara provavelmente já tinha sacado que eles tavam perdidos, só que o Davi falou: “Eu não vou falar, porque assim, ele sabe que a gente está perdido e que a culpa é dele, né?” E aí o Davi já na esperança… Porque não tinha sinal de celular, já na esperança de ver o helicóptero, mas assim, nada, não viu nada. E aí eles rodaram mais um pouco, conseguiram achar um caminho lá que eles tinham passado porque estava meio amassado os arbustos e conseguiram voltar para aquela trilha que acabava ali naquela mata.


E aí, voltando para aquela trilha, eles voltaram para o ponto de partida, tipo, umas 4 horas caminhando… E quando eles voltaram, que o Davi foi olhar o celular dele, a amiga dele achou que ele estava zoando, então ela nem mandou mensagem, ela não fez nada. [risos] O Davi ia ficar preso naquele mato… E aí, quando eles voltaram, esse cara simplesmente falou que foi o Davi que atrapalhou a concentração dele, que aquela hora que eles transaram na mata foi onde tudo degringolou, assim, que aí ele perdeu o foco. — Ah, me poupe, né? Me poupe. Ele nunca tinha entrado naquele mato, nunca tinha feito aquela trilha. Fez 1000 vezes e errou porque deu uma transadinha? Me poupe, né? — E aí eles voltaram em silêncio, uma viagem longa de volta… E quando eles voltaram depois, não se falaram mais, assim… — E olha que era um namoro já, né? — Mas aí acabou miando.


E o detalhe de tudo isso, [risos] o mais engraçado é que, quando eles estavam voltando, que eles acharam a trilha, sabe, de volta? Tipo “nossa, achamos aqui e tal”, aquele mato pisado, começou uma chuva, mas uma chuva… E aí o caminho todo de volta até eles saírem lá daquela mata foi na chuva. — Então, pensa, gente… Eu falo pra vocês, compensa fazer trilha? Não compensa. Por quê? Não vai… Não faça. Não faça trilha. Eu sou anti—trilha. Não faça trilha, por favor. — Então, essa é a história do Davi, no final deu tudo certo… — Mas podia dar muito errado, né, gente? — É muito perigoso essa coisa de você não conhecer a trilha ou você confiar em alguém que você conhece há pouco tempo e a pessoa falar “fiz 1000 vezes”. Olha aí, né? Nem com bússola… Porque o Davi falou que ele tava com uma bússola… — Não basta ter a bússola, você tem que saber usar, né? [risos]  Enfim, presos na mata. [risos] Ê, Davi… [risos] —


[trilha]

Assinante 1: Oi, gente, aqui é o Vitor do Mato Grosso e Davi do céu… Você foi se meter na mata com os outros… Não importa, não vai dar bom… A pessoa pode ser expert toda vida, ainda mais depois daquela história do coach que ele levou uma galera que teve que ser resgatado de helicóptero… Cara, não se mete em mata, não vá em lugar assim com os outros, mesmo que você conhece, ainda mais tarde da noite assim, meu Deus, filho… Eu já me meti no mato uma vez… Não foi parecido com você, mas cara, pânico… Pânico demais ficar no mato, perdida no breu, sem um finalzinho de celular, sem nenhum wi fi, sem nem o brilho da lua às vezes assim, pra, tipo, quebrar um pouco a escuridão. Cara, tem isso… Tem isso… Você tem que erguer as mãos para o céu que não aconteceu nada, no que virou uma história para você contar, mas cara, tenso demais, cuidado aí com seus próximos boys aí pra não se meter numa história, numa enrascada dessa. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui quem fala é a Marina, [inaudível] do interior de São Paulo. Davi do céu, meu Deus, que medo… Que medo. Eu estaria desesperada, porque eu tenho fobia de insetos também, mata fechada ainda… Devia ter altos insetos e que desespero passar a noite na Mata Atlântica… Cara, eu sinto muito por essa experiência, deve ter sido horrível, ainda mais com uma pessoa que não foi compreensiva, não foi nada uma companhia acolhedora, né? Até porque o erro foi dele. Então, assim, ainda tentou jogar pra cima de você… Eu sinto muito por essa experiência, mas fica aí a lição, pelo menos ele se mostrou uma pessoa nada compreensiva e irresponsável, que ele colocou a vida de vocês em risco. Mas é isso aí, beijo, gente… 

[trilha] 

Déia Freitas: Gente, clica aqui no link que tá na descrição do episódio e já vai lá garantir o seu Kit Pônei Bene… — Eu amo esse nome. [risos] Eu amo, sabe? Que uma marca falou “vamos criar um Kit Pônei?” [risos] Amo demais… — Você vai ganhar 15% de desconto no site, esse mês de março está incrível, utilizando ainda o nosso cupom PICOLE10 — tudo junto, sem acento — você ganha mais 10% off. Mas tudo isso só agora no mês de março, então corre… Hidrabene.com.br é o lugar onde tem o Kit Pônei Bene. Hidrabene, a marca cor de rosinha que eu amo. Um beijo, gente, e eu volto em breve… 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.