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título: metódica
data de publicação: 20/11/2023
quadro: pimenta no dos outros
hashtag: #metodica
personagens: virgínia

TRANSCRIÇÃO

Pimenta no dos outros é o quadro 18+ do Não Inviabilize. As práticas sexuais aqui descritas são feitas com consentimento entre os envolvidos, para informações sobre infecções sexualmente transmissíveis, acesse o site do Ministério da Saúde Brasileiro: www.gov.br/saude ou procure o Posto de Saúde mais próximo da sua casa. Use camisinha. 

[vinheta] Hum, Pimenta… No dos Outros. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais uma história do quadro Pimenta no dos Outros, o nosso quadro 18+. — Então ouça aí de fone e tire as criancinhas de perto, tá? — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje, de novo, agora e sempre, é a nossa amada Pantynova, a marca de bem-estar sexual que fala sobre o tema com leveza, humor e informação. A Pantynova te convida aí a deixar a monotonia de lado, seja sozinha, seja acompanhada… O mês já está quase no final, mas ainda é tempo de investir aí no seu prazer. Você ganha um super desconto de 25% em produtos Pantynova nesse mês. A Pantynova quer te incentivar a inovar cada vez mais com uma coleção de vibradores e lubrificantes maravilhosos. — Lembrando que os lubs aí mudaram a fórmula e estão ainda mais deliciosos. — 

E, claro, todos os produtos Pantynova são enviados em embalagens à prova de curiosos, é tudo muito discreto, ninguém vai saber o que você está recebendo. Vai ouvindo a história navegando no site pantynova.com. — Eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Virgínia. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Virgínia ela nasceu em uma família muito, muito, muito religiosa… Tanto que Virgínia ela é adepta do visual, saia para baixo do joelho, cabelo preso, ela não usa maquiagem, não usa roupa decotada, enfim… Isso não é uma questão pra ela. Ela tá bem com essa vestimenta. — Então se ela está bem, nós também estamos bem, né? — Acontece que o tempo foi passando, a Virgínia aí com uma irmã um ano mais velha que ela, a irmã conheceu um cara da igreja e casou. — Casou ali quando tinha seus 20 e poucos anos. Hoje a Virgínia está com 35 e essa irmã casou quando tinha uns 20 e poucos anos… — E as duas muito amigas. — Essa irmã que a gente pode chamar de Martha. — A irmã da Virgínia, a Martha, chamou a Virgínia para conversar, para falar que estava arrependida do casamento, porque o sexo era muito ruim, que ela achou que não ia ser assim…

Mas depois, com o tempo e conversando com o pastor, parece que resolveu e Martha continuou aí com o seu casamento. A Virgínia, que já tinha conhecido relatos assim, ela botou na cabeça que ela não queria casar… Ela não queria casar. Só que tinha uma coisa: Na igreja você não pode namorar um, namora outro, ir pulando, como diz a Virgínia, “de galho em galho”. Só que Virgínia, mesmo não querendo casar e mesmo acreditando nas coisas da bíblia, da igreja, enfim, ela também já tinha feito faculdade, já tinha conhecido as amigas de faculdade, também já sabia um outro lado do que ela queria experimentar. Então, a primeira coisa — ainda virgem — que a Virgínia fez, foi comprar um vibrador. Comprou online, super discreto ali, chegou, muito ansiosa… E um dia que os pais foram para a igreja, [risos] ela aproveitou e teve ali o seu primeiro orgasmo. E foi maravilhoso assim, foi maravilhoso… Virgínia amou e falou: “Bom, quero saber mais”.


Acontece que o tempo foi passando e a Virgínia sentiu falta de um calor humano… — Só que qual que era a questão? — Na igreja dela, se você namorasse, sei lá, você ficava um ano namorando, tinha que noivar em seis meses, casar… — Então era complicado e ela não queria casar. — Virgínia resolveu fazer uma coisa em segredo. [risos] Virgínia resolveu aí que ela ia criar um perfil num aplicativo de relacionamento de namoro. Só que jamais uma moça da igreja, virgem, religiosa, ia ter um perfil desses, né? — Então, o que Virgínia fez? — Virgínia tirou uma foto dos próprios peitos e botou no aplicativo. Não tinha nenhuma foto que revelasse Virgínia… E qual era a intenção da Virgínia, gente, desde o começo? Perder a virgindade… Era isso que ela queria. Ela não queria romance, mesmo porque ela não teria um namoro com alguém que não fosse da igreja e os caras da igreja ela não tem atração. Ela queria perder a virgindade… 


Primeiro ela escreveu isso no aplicativo e, por incrível que pareça, a Virgínia falou que nenhum cara queria a responsabilidade de aí desvirginar a Virgínia. [risos] E aí ela resolveu tirar isso do aplicativo e pedir ali por um cara gentil, mas dizer que ela só queria um sexo rápido. Virginia achou um interessado, conversou com esse interessado… — E aqui agora a gente vai entrar em muitas coisas contraditórias, mas que fazem sentido para Virgínia, que é uma pessoa religiosa. — Por exemplo, a Virginia não queria ir no motel… Pra ela — a gente tem que respeitar —, ela estaria se desrespeitando indo no motel. [risos] Coisa dela. — Não queria ir. — Ela queria transar, era isso que ela queria e com o objetivo de perder a virgindade e alcançar o orgasmo através da penetração. — Que era uma curiosidade que ela tinha. —


Então, a Virgínia começou a procurar um cara que tivesse carro, que o carro tivesse insulfilme, tivesse filme ali nos vidros, fosse escuro, não desse pra ver por fora… Porque a ideia dela pra ter um pouco de segurança era transar num estacionamento de supermercado. — Era isso que ela queria. — Então, ela foi muito específica e achou um cara. E aí ela falou: “Olha, você me espera no estacionamento e tal, você me passa a placa do seu carro”. — Virgínia assim, totalmente calculista. [risos] — Você me passa a placa do seu carro que eu vou te achar. E, assim foi… Ela foi de camisa de manga comprida, que ela usa na igreja… Não uma camisa branca, uma camisa escura, sem sutiã e sem calcinha… De saia abaixo do joelho, uma saia molinha, meio rodada, sem calcinha… E ali com o saltinho que ela usa, que é o sapatinho que ela vai na igreja normal.


O coração da Virgínia explodindo… Ela levou somente o celular, a bolsinha dela com as coisas, o RG e camisinha. Virgínia achou o carro do cara, coração a milhão… [efeito sonoro de porta abrindo] Abriu a porta do carro e o cara estava lá sentado. No banco do passageiro, como Virgínia tinha pedido para ele. A primeira coisa que ela fez: Foi tirar a chave do contato e colocar no porta luvas. Eu não entendi… Ela falou: “Andréia, sei lá, era uma segurança para o cara não sair com o carro”. — Acontece que aí, quando você desliga o carro, meio que se tem um ar—condicionado ali, ele para de funcionar. — Então o carro ficou muito quente, mas ela estava muito excitada e coração batendo muito forte… Aí ela sentou de frente pra ele, eles começaram a se beijar, ela abriu a blusa e levantou a saia. — Era isso. — E aí já baixou um pouco a calça do cara ali, botou a camisinha nele… E virgem mesmo assim, sem medo, Virginia sentou… — E aí doeu? Doeu, mas ela falou: “Andréia, eu estava tão excitada, estava tão naquela coisa do perigo e comecei a beijar o cara… Acho que também por eu ser virgem e estar muito apertada, logo ele já gozou… E aí eu tirei a camisinha dele, já botei outra e sentei de novo…”. — Até ela gozar e ela conseguiu ali com ajuda, se masturbando junto e tal e foi… —


Virginia assim que terminou, ela falou: “Ai, nossa, adorei e tal”, levantou do colo do cara, pegou a bolsinha dela, saiu do carro e entrou no mercado para ver as ofertas. [risos] E aí ela perdeu a virgindade desse jeito… Só que acontece que a Virgínia ela passou a gostar desse ritual… — Exatamente desse ritual. — Então ela começou a sair com outros caras desse jeito, só que agora ela não tirava mais a chave do contato porque o cara estava sentado no banco do passageiro… E é sempre assim, ela tem o método dela: Ela pega a placa do carro dos caras que ela vai sair, já pede pra ele ficar sentado no banco do passageiro, ela leva camisinha, ela só senta no cara de frente, pra ter certeza que ele não vai tirar a camisinha… Ela beija na boca, mas ela não chupa pau. —Ela acha que, sei lá, Deus não ia gostar. [risos] Gente, eu estou falando aqui o que ela acha, tá? Dentro da cabeça dela de religiosa, que Deus não ia aceitar isso, tá? Chupar rola. E ela também não permite ali receber sexo oral, ela acha que é demais dentro da religião dela, ela fica só ali mesmo na coisa da penetração, que ela acha que é o mais básico. E, assim, é o que dá tesão nela, então ok. Não é que ela sente falta de chupar rola ou de alguém chupando ela, entendeu? —

Então ela marca com os caras em estacionamento sempre de mercados, e agora ela procura os mercados que tem oferta. [risos] — Porque depois que ela transa, ela entra no mercado e faz uma comprinha ou outra… Compra um negocinho, um dia o tomate tá na oferta outro dia, sei lá, sabe assim? Um arroz, e ela compra… — E ela goza em dez minutos… Então o cara tem dez minutos, se ele não gozar, é um problema dele. — Ela já chega sentando… Não tem conversinha… Eu falei: “Você não reza nem o Pai Nosso?” [risos], porque é religiosa… Não é religiosa? Não reza nem um Pai—Nosso antes, não reza nada. — A partir do momento que ela goza, acabou a relação, [risos] acabou o sexo. Ela falar: “Ai, lindo, preciso ir” e assim que ela entra no mercado, ela bloqueia o cara de tudo. — Do aplicativo de namoro, do WhatsApp, de tudo… — Ela não tem interesse em um segundo encontro.


E a Virgínia falou pra mim que acha que o que faz ela se excitar e gozar tão rápido é justamente essa adrenalina, esse medo… E se alguém chegar? Essa coisa, essa situação também de transar com um desconhecido, total desconhecido. — Transa de camisinha? Transa. Beija na boca? Beija, mas não chupa rola e nem se deixa ser chupada. — E aí, agora, de uns tempos pra cá, ela tava interessada em fazer anal e ela não sabia se seria possível fazer o anal de frente, porque ela não fica de costas… — Mesmo porque beijar na boca faz parte do que dá tesão para Virgínia. Então ela falou: “Andréia, tem que meter beijo na boca” e ela usou a palavra “meter”, tá? — E agora ela tá fazendo anal também… “Quando é anal, eu levo o meu vibrador e uso e não tem transa vaginal, então a gente já combina antes”, e aí ela falou que um cara uma vez falou pra ela: “Poxa, você é tão gostosa que você pode cobrar”, porque ninguém acredita… Ela não é uma mulher que chame muita atenção e que você olha e você fala: “Ah, uma mulher sensual”, não… — É uma mulher comum, gente… Assim, igual a gente sabe? Você olha e você não dá muita coisa pra nós, sabe? Ela é assim. —

E ele falou: “Ah, você podia cobrar”, e aí ela falou pra ele: “Mas se eu cobrar, eu não posso ir embora a hora que eu quiser e eu não estou aqui por causa de dinheiro”, então é aquilo, se ela gozou… Se ela gozar em cinco minutos, acabou… Então, o cara tem que, ó, correr… [risos] Então, se é anal, vai ser só aquele anal e aí ela vai embora, é isso. Gosta do anal, gosta do vaginal, gosta de beijar na boca, permite que chupem ali seus peitos, mas não é adepta do oral. — Não tem interesse, não quer fazer e nem quer receber. — “E eu bloqueio todos”, tem uns que vão atrás, criam outro perfil, querem sair de novo, mas não é esse o interesse dela… O interesse dela é em desconhecidos. E a Virginia é toda metódica mesmo… Inclusive, quando ela tá marcando ali, ela fala qual é a cor da blusa, qual é a cor da saia que ela vai estar… Tá sempre de cabelo preso… Ela tem o cabelo bem comprido, ela usa aquele coque evangélico e na hora ela solta o cabelo e senta na rola do cara. [risos]


Ela falou: “Agora, Andréia, eu já peço pra eles não esperarem com a calça abaixada… Porque eu entro, boto a camisinha no cara, já beijando ele e sento… E aí é até eu gozar… A hora que eu gozei, acabou”. Os caras acompanham o ritmo… Muitos ainda gozam antes, e aí ela tira e bota outra camisinha no cara, porque ela tem que sair ali satisfeita. [risos] E vai duas vezes no culto na semana, ela tem umas conversas bem picantes antes…  — Eles conversam, sei lá, uma semana… E não é aquela conversa com um, ela está conversando com cinco, seis ali… E vai marcando, vai fazendo ali a agenda dela, entendeu? [risos]  Está muito feliz ali com com a proximidade que ela acha que ela tem com Deus, ela cuida da mãe, ela trabalha, ela estuda,  ela sai com as amigas… — Da igreja? Da igreja, mas sai. — Ela viaja. Ela já viajou e ligou o aplicativo lá onde ela estava na viagem e falou pra galera: “Galera, vou no mercado, vocês querem alguma coisa?” [risos] e aí ela foi, trepou no mercado, lá no estacionamento do mercado, comprou as coisinhas que a galera pediu e voltou linda, plena, sem calcinha e sem sutiã… 


Ela falou: “Andréia, é a minha comunidade, é onde eu fui criada e as pessoas que eu conheço são todas da igreja e são pessoas que eu gosto, mas eles não precisam saber desse meu outro lado”, ela falou: “Andréia, eu vou ser assim a minha vida toda… A minha vida toda. Vou marcar, vou, trepo… Às vezes duas vezes na semana, às vezes três, quando dá… Quando não dá, uma só”, porque ela trabalha… “Eu não dou em cima de marido de ninguém, de namorado de amiga minha nenhuma… Não tô nem aí com os homens que estão ao meu redor. Eu gosto de desconhecido, mas também não pergunto nada… Se ele é casado, se ele é solteiro, não pergunto nada. E aí marca depois do horário de trabalho, que já está escurecendo e sempre no estacionamento de mercado… — E sempre mercado que tem oferta. [risos] Isso me pegou um pouco, porque você já está ali, você já aproveita, já vê uma coisinha que está faltando em casa já… — Ela falou: “Depois que eu termino, eu saio do carro já ligando para minha mãe pra ela ver o que ela quer que eu compre no mercado”. — Sabe assim? Você sai do trampo e passa no mercado… Só que tem aí esse intervalinho de 10 a 15 minutos… 15 estourando… Que a Virgínia faz o que ela mais gosta, que é trepar com desconhecidos. —


[trilha]

Assinante 1: Oi, Não Inviabilizers, eu sou a Amanda e estou falando de Palmas. Virgínia, quero te parabenizar pela coragem que você teve de escrever para o podcast e mais ainda de estar vivendo essa história, porque nós ouvimos falar tanto de mulheres que são casadas há anos e que nunca tiveram um orgasmo, que não conseguem viver a liberdade sexual delas… Você decidiu escrever um outro roteiro pra sua vida e tá arrasando muito na sua justiceira dos carros de vidro fumê. Mona, olha as promoções por mim, porque você está arrasando… 

Assinante 2: Oi, Não Inviabilizers, aqui quem fala é Bruna, sou de Recife. E o meu recado hoje vai para Virgínia… [risos] Eu amei a sua história, foi muito corajosa da sua parte estar aqui compartilhando ela com a gente. Você tem praticamente um modus operandi do sexo. Eu achei incrível mesmo, eu fiquei aqui dando risada, mas ao mesmo tempo fiquei impressionada com a forma que você conseguiu arquitetar tudo isso. Eu acho que talvez a longo prazo se torne um pouco cansativo para você, mas no momento eu acho que você tem que curtir mesmo, aproveitar, gozar bastante sendo feliz. E você não está afetando ninguém, você não está fazendo mal pra ninguém, aproveita… Curtindo sua vida, cuidando da sua mãe, indo para sua igreja e gozando. Vai dar tudo certo, viu? Um cheiro. 

[trilha] 

Déia Freitas: A Pantynova está com Black Friday rolando até o final do mês, — agora de novembro, né? — com 25% de desconto. Então, aproveita porque está valendo bem a pena. É o momento perfeito para investir no próprio prazer. Acesse o site pantynova.com que você vai ver aí todos os produtos com desconto. — Pantynova, te amo… Valeu pela parceria. — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naonviabilize@gmail.com. Pimenta no dos Outros é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.