título: mocinha do facebook
data de publicação: 14/12/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #mocinha
personagens: lilian
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais uma história do quadro Amor nas Redes. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo mais uma vez e pela última vez este ano é a Drogasil junto com a Droga Raia. Olha, ano que vem estaremos aí juntas, hein? — [risos] Tô torcendo. — O maior compromisso da Drogasil e da Droga Raia é cuidar. Proximidade e acolhimento são mais do que palavras, são ações praticadas no dia a dia e elas são aí o elo entre as atendentes que oferecem sempre ali uma escuta ativa, uma atenção e os seus clientes. Todo o atendimento da Drogasil e da Droga Raia é voltado para o cuidado da saúde por inteiro, de uma forma integral e completa. Essa é a última história do nosso combo de cinco histórias. Então, se você não ouviu as outras quatro, volta aqui o nosso feed e a ouça. — E, gente, essa história é muito fofa… —
E hoje eu vou contar pra vocês a história da Lilian Regina de Almeida, ela era gerente lá em Guaratinguetá e, atualmente, ela é gerente farmacêutica da Drogasil na cidade de João Monlevade, em Minas Gerais. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]A Lilian tava já há dez anos trabalhando na Drogasil — naquela Drogasil ali em Guaratinguetá — e ela tinha o apelido de “mocinha do Cunha”. [risos] — Por quê? — Porque ela tinha nascido e sido criada na cidade de Cunha, ali especificamente no distrito de Campos de Cunha. E, quando as pessoas chegavam na farmácia e ela começava a conversar, — Lilian sempre atendeu bem e conversou bastante com os clientes — ela às vezes falava tanto que ela era lá de Cunha, de Cunha e de Cunha, que a pessoa em vez de gravar o nome dela, Lilian, gravava “aquela mocinha ali da Drogasil, a mocinha do Cunha”. E aí ficou “mocinha do Cunha”. — E ali na redondeza assim era conhecida a Lilian. — Até que um dia, Lílian que estava no horário ali que ela ia fechar a farmácia, tirou lá aquelas notinhas que você tem que tirar do fechamento de caixa, conferiu as coisas que ela tinha que conferir, apagou as luzes da farmácia, foi para a porta para trancar ali e descer aquela famosa porta de correr…
Quando ela estava fazendo isso, está com as coisinhas dela ali já tudo do lado de fora, eis que a Lilian vê um rapaz que veio vindo correndo, esbaforido. O cara foi chegando perto, Lilian viu que era um senhor, né? E ele falou: “Moça, pelo amor de Deus, eu preciso desse remédio da Farmácia Popular pra minha mãe… Ela está precisando muito, não acho em nenhuma farmácia e nã nã nã”. — Aquela conversa…. — A Lilian que já estava, gente, com a farmácia fechada, sistema desligado… Lilian não pensou duas vezes… Lilian levantou de novo a porta da farmácia, acendeu todas as luzes e falou para o senhor: “Só um momento, eu vou pegar o seu medicamento”. E assim Lilian fez… Lilian atendeu esse senhor, demorou pra poder ligar todo o sistema de novo… — Porque não é só assim, ela tinha que passar o remédio no caixa, gente… Quer dizer, Lilian teve que abrir, fazer a abertura de caixa novamente e fechamento de caixa novamente. Pensa… —
Qualquer pessoa faria o que ele Lilian fez? Não, a gente sabe que não, né? — Às vezes nem é também “ah, porque não quis”, porque às vezes é inviável mesmo. O sistema já está desligado… — Mas a Lilian ali com o sistema da Drogasil funcionando perfeitamente e que deu pra fazer isso, ela falou: “Se eu posso fazer, por que não fazer? É um remédio que a mãe dele precisa muito? Eu estou aqui, tudo bem… Vai atrasar minha hora, na minha noite? Mas tudo bem… — E aí ela atendeu, ficou conversando com ele, falou, pediu desculpas… Porque pra ligar o sistema todo, carregar tudo pra ela poder cobrar, ia demorar um pouquinho. Então eles ficaram conversando ali e nã nã nã… Lilian fez ali, entregou o medicamento e recebeu o pagamento do senhor. O nome desse senhor era Jonny…. E ele muito simpático ali, esperou… — Porque também não tinha o que fazer, tinha que esperar ligar o sistema, tudo… —
Pagou, agradeceu, desejou boa noite pra Lilian, a Lilian desejou boa noite para ele e ele foi embora. Aí a Lilian ficou ali, fez o fechamento de novo do caixa e nã nã nã, apagou a luz, fechou a porta e foi embora… Lilian toda faceira indo embora… — Gente, ela fez o atendimento dela, então não foi uma coisa assim que se destacou pra Lilian. Ela viu ali um senhor desesperado, querendo medicamento, o que ela podia fazer? Ajudar e vender esse medicamento. Foi o que ela fez, assim… Então foi um fato corriqueiro pra Lilian. — Lilian durante o trajeto ali até em casa não pegou no celular. — Não era hábito de pegar no celular. — Quando ela chegou em casa, que foi tirar o celular da bolsa e botar as coisas em casa, — que a gente faz sempre — ela viu por que o celular dela estava lotado de notificação, mas lotado… Em todas as redes sociais, em tudo…
Na hora a Lilian pensou já em tragédia, falou: “Bom, aconteceu alguma coisa com alguém da minha família, pelo amor de Deus…”, foi abrir ali o celular muito desesperada, pensando que era alguma coisa urgente, assim, alguma coisa séria e, acima de tudo, alguma coisa ruim. Quando Lilian abriu ali as notificações e viu do que se tratava, ela ficou passada… [risos] O que tinha acontecido, gente? Esse senhor, o Jonny, ele tinha feito um comentário lá na página da farmácia no Facebook, contou a história do atendimento da Lilian, o que ela fez, que ela abriu a farmácia só para atender ele e nã nã nã e no final ele escreveu assim: “Espero que essa mensagem chegue nela”. E aí as pessoas que iam lendo ali naquela página da farmácia, elas foram tentando achar a Lilian e virou uma corrente. Então um escreveu lá: “Ah, eu conheço, aqui a página dela” e as pessoas começaram a mandar pra ela ali o comentário daquele senhor que ela atendeu e também fazer outros comentários e elogios… E virou uma imensa corrente, até que eles conseguiram localizar a Lilian e todo mundo enchendo ali a página dela de coisas boas.
A Lilian ficou extremamente feliz e surpresa também, ela falou que foi o maior reconhecimento que ela teve até hoje, assim… Que tomou uma proporção gigante. Pra vocês têm uma ideia, assim, o nome da Lilian, a mocinha do Cunha, [risos] era falado na rádio da cidade, assim, virou matéria… Lilian era reconhecida nas ruas. E agora a turma não chamava mais ela de “mocinha do Cunha”, ela virou a “mocinha do Facebook”. [risos] Ela ia passando pela rua e “Alá, a mocinha do Facebook… Oi, mocinha do Facebook”. Os programas de rádio falavam dela e sempre completavam com “a mocinha do Facebook”. [risos] E, assim, nunca que a Lilian imaginou que um atendimento dela, que era um atendimento humanizado com todo mundo, assim… Não foi uma coisa especial que ela fez ali pelo senhor Jonny, o atendimento que ela já tinha geral ali ia virar uma notícia e ia ter essa repercussão toda que teve na cidade. E aí passou…
No mês seguinte, Lilian lá no balcão da farmácia fazendo as coisinhas dela de trabalhos de farmácia, quando, de repente, chega quem? Senhor Jonny… Senhor Jonny tinha ido comprar novamente o medicamento ali da farmácia popular da mãe dele, e aí a Lilian falou: “Olha, sua mensagem chegou até mim e não chegou só até mim, né? Chegou no meu gerente regional [risos] e no meu diretor também, então muito obrigada aí, senhor Jonny”. [risos] E o senhor Jonny estava super feliz, né? E aí agradeceu ela de novo e tal pelo atendimento, enfim… Mais um tempo se passou, Lilian saindo da farmácia ali à noite novamente, pediu um carro de aplicativo pra ir pra casa… Quem era o motorista do carro de aplicativo? Senhor Jonny. [risos] — Coincidência, né? — Eles riram demais ali da coincidência dos dois… E aí o senhor Jonny você contando da vida dele, falou: “Olha, além de trabalhar aqui com carro de aplicativo eu também trabalho numa empresa de transportes, a Pôneis Vans”. — Vamos aí um nome… —
“A Pônei Vans… Trabalho na Pônei Vans, faço isso, isso e isso… Toma aqui um cartão, um dia se você precisar de uma van, alguma coisa, você pode me ligar…”. E aí Lilian nunca precisou de uma van e não teve mais esse contato com o senhor Jonny. Quando foi em 2021, a Lilian de novo pediu um carro de aplicativo… — E Lilian sempre muito falante, né? Ama conversar. — Foi conversando com o motorista e ele disse pra Lilian… — Olha, gente, a coincidência… — Ele disse pra Lilian que naquele dia ele estava triste porque ele tinha perdido um colega de trabalho que tinha falecido por conta da Covid. E aí ele começou a falar: “Poxa, esse meu colega… A gente trabalhando junto na Pôneis Vans, o Jonny e nã nã nã”. Quando ele falou de “Jonny”, a Lilian ele falou: “O Jonny?”, e aí eles foram checar, né? E realmente tinha sido o senhor Jonny que tinha falecido.
Lilian ainda meio sem acreditar… Quando ela chegou em casa, ela procurou ali nas redes sociais e acabou encontrando o seu Jonny, e realmente tinha muitas mensagens de pesar ali, né? De luto e tal e ele tinha realmente falecido. E essa experiência, esse contato, conhecer o seu Jonny foi muito especial, muito marcante na vida da Lilian. E uns meses depois ela foi promovida e mudou de cidade pra assumir a gerência de uma Drogasil numa outra cidade… E ela sempre lembra dessa história com muito carinho e também tristeza, né? Por ter perdido uma vida, enfim… E agora a gente vai ouvir a Lilian, a mocinha do Facebook, [risos] falando um pouquinho.
[trilha]Lilian Regina: Me chamo Lilian Regina de Almeida, sou gerente na Drogasil. Atualmente estou na cidade de João Monlevade, no estado de Minas Gerais. No meu dia a dia de trabalho eu sou uma pessoa muito calma… Eu gosto muito de conversar. Quando eu sinto que o cliente dá essa abertura de conversar, eu puxo assunto, eu converso, eu falo sobre mim, eu falo de onde eu vim, falo da minha família… E sempre que eu sinto essa abertura do cliente, eu gosto de conversar bastante. Quando a gente fala de histórias que acontecem no nosso dia a dia, acho que tem muitas histórias que às vezes até somem na memória, mas eu lembro uma situação que um cliente entrou na loja, eu já estava em outra filial, ainda em Guaratinguetá, mas numa outra filial e ele deixou cair do bolso 100 reais… E a gente só viu o dinheiro no chão, né? Quando o atendente 1 me abordou, falou que tinha encontrado, eu fui até a câmera para identificar qual seria o cliente, a gente encontrou o cliente, porém o telefone dele que estava no cadastro nós estávamos ligando e ninguém atendia.
Então, eu procurei o endereço no cadastro e, no fim do dia do expediente, eu fui até o endereço indicado, toquei a campainha… E isso tudo no meio da pandemia, fiquei super receosa dele não querer abrir a porta, né? Pelo o que a gente estava passando naquele momento, mas ele foi até o portão, achou um pouco estranho, mas eu expliquei… “Eu sou gerente da Drogasil, o senhor esteve lá hoje de manhã e deixou cair essa nota de 100. Nós tentamos ligar no telefone que estava no cadastro e ninguém atendeu”. Ele ficou muito agradecido… Nos dias de hoje, infelizmente, a gente sabe que é muito difícil isso acontecer. Ele me agradeceu, explicou que o telefone que estava no contato lá do cadastro era da loja onde ele trabalhava e isso foi num sábado, numa sexta feira, não me recordo…
Só sei que no domingo seria o domingo de Páscoa, e aí ele ligou um dia antes pra perguntar se eu estaria na loja, eu disse que sim, que estaria trabalhando, e aí ele foi até a loja e levou um bolo pra gente comer juntou lá na loja em forma de agradecimento por ter feito essa devolução aí. Assim, não tenho uma preferência por atendimento, mas eu gosto daqueles do atendimento em que eu me sinto útil. Às vezes numa explicação de como usar a medicação, né? Às vezes numa explicação de como o cliente pode fazer o documento e, na maioria das vezes, ser útil em ouvir o cliente. E, muitas vezes, ele quer desabafar… E a gente acaba sendo esse ombro, esse ouvido do cliente. Gosto muito quando finalizo o atendimento e o cliente me agradeci por ter ouvido ele com atenção, acho que faz toda a diferença pra gente, ouvir o cliente dar atenção ao que ele está falando…
Muitas vezes esse cliente não tem essa atenção dentro de casa, né? Então, eu me sinto muito útil nesses atendimentos, gosto bastante de ouvir o cliente. A Drogasil é a meu primeiro emprego de carteira assinada. Eu entrei como atendente 1, passei por todos os cargos dentro da empresa, tive a oportunidade de ir para outra cidade, uma outra região, retornei a Guaratinguetá para inaugurar a segunda filial da cidade. Assumi a terceira filial, fiquei mais ou menos um ano nessa terceira filial e retornei à loja do Centro, onde tudo começou e agora retornei como gerente. É muito especial estar aqui, relembrar os clientes, relembrar como era o centro antigamente, que só tinha uma loja na cidade, né? Estou há dois anos e meio nessa filial de Guaratinguetá e agora estou indo para Minas Gerais, assumir um novo desafio numa cidade nova.
A palavra que define meu trabalho é dedicação… A partir do momento que eu me propus a dedicar e cuidar dos meus colegas de trabalho, dos meus clientes e cuidar de mim mesmo, traçando novos objetivos, novas metas durante minha caminhada…
[trilha]Déia Freitas: Na Drogasil e na Droga Raia a construção de uma vida mais saudável começa a partir de pequenas escolhas e práticas no dia a dia. Com cuidado, carinho e dedicação é possível aí a gente construir laços que duram uma vida toda. Acesse: drogasil.com.br. — Ou baixe o aplicativo da Drogasil. — Acesse: drogaraia.com.br. — Ou baixe o aplicativo Droga Raia — para encontrar a farmácia mais perto de você. Acabou… Amei esse combinho de cinco histórias. — Conto aí com essa parceria em 2023. [risos] Amo… — Drogasil, Droga Raia, tamo junto. É nóis aí, feliz Ano Novo pra todos os funcionários da farmácia. 2023 estaremos juntos novamente. Um beijo, gente, eu volto em breve
[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]