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título: natália
data de publicação: 12/10/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #natalia
personagens: natália

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. E cheguei pra mais uma história do quadro Amor nas Redes. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Drogasil. — Olha quem voltou… — A nossa parceria foi tão bacana que a Drogasil trouxe junto a Droga Raia. O maior compromisso da Drogasil e da Droga Raia é cuidar. Dentro da farmácia são criados laços de acolhimento e proximidade, relacionamentos que vão além do tratamento — ou da prevenção — e que são aí essenciais pra construir uma vida mais saudável. É sobre esses laços que a gente vai falar ao longo de cinco histórias. O acolhimento além do atendimento que os funcionários estabelecem com os clientes. E hoje eu vou contar para vocês a história da gerente Natália, da filial Bragança I. Essa história aconteceu quando a Natália trabalhava na filial Pompéia, ali na Afonso Bovero, quem mora aqui em São Paulo vai saber onde é. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Natália estava lá na farmácia, era um dia de manhã e entrou uma senhora que pediu ali muitas fraldas geriátricas e muitos medicamentos. A Natália auxiliou ali no atendimento e essa senhora foi embora. Acontece que essa senhora voltava sempre e pedia sempre as mesmas coisas… — E uma coisa que a gente não pode esquecer é que, assim, quem ali trabalha na farmácia, pelo perfil dos medicamentos e das coisas que você compra, dá mais ou menos pra saber o que está acontecendo, né? — E com essa constância dessa senhora na farmácia, a Natália foi criando proximidade com ela. Até que um dia, essa senhora confidenciou ali pra Natália que ela cuidava do marido que sofria de um mal de Alzheimer e que, apesar de ela ter filhos, ela cuidava do marido sozinha, que ela tinha contratado uma cuidadora que ela não dava conta e meio que desabafou com a Natália. 

E aí, com o tempo, essa senhora foi contando os desafios que era, né? O desafio que é cuidar de uma pessoa com Alzheimer e tudo o que ela passava, o quanto o marido dela às vezes estava com a consciência mais ok, às vezes não estava lúcido e os altos e baixos do que acontecia. — Então, além de fazer as compras na farmácia, ela sempre desabafava e a Natália sempre perguntava como o marido estava. — E essa senhora ia contando ali que o marido estava cada vez mais distante, a consciência dele cada vez mais longe, o corpo cada vez mais debilitado e aí mais fraldas, mais remédios… E, além de todo o desgaste físico, — que ela tinha que carrega, o marido e tal — tinha o desgaste emocional e também o econômico. Então, a Natália foi vendo ali as promoções de fraldas, as coisas que ela podia ajudar essa senhora também a economizar. 

E essa semana tinha que comprar tantas fraldas… — E fralda faz volume, né? Que às vezes ela não dava conta de carregar tudo a pé e tinha que pedir um táxi… — E aí a Natália foi vendo isso também e começou a auxiliar essa senhora nas entregas. Então, quando a Natália podia, ela ia levar junto com uma outra pessoa. — Porque era um volume muito grande, né? — Ou quando Natália não podia, ela mandava outros funcionários da farmácia fazer a entrega e poupar essa senhora de vir até a farmácia, apesar de que às vezes ela gostava de ir lá de manhã, porque era o momento que ela tinha pra conversar com alguém, pra contar um pouco de como era o dia dela, como tinha sido aquela semana. Até que a Natália começou a perceber também ali a compra de outros medicamentos… — Medicamentos novos. —

E essa senhora confidenciou que, por conta de tudo que ela estava vivendo e da pressão ali de cuidar do marido sozinha, ela tinha cuidadora meio período, mas praticamente era ela que fazia tudo sozinha, não tinha apoio dos filhos… Essa senhora estava em depressão. — Vê, né? Que coisa… Fiquei pensando nisso. Às vezes a gente chega na farmácia e pede determinado medicamento, dependendo do semblante que a gente está ou de como é a dinâmica ali, o atendente ele já sabe… Uma coisa ou outra ele já se liga… Às vezes pelo medicamento, às vezes por como a gente está. — E aí essa senhora estava agora tratando… Além de todos os medicamentos do marido e tal, ela estava tratando também de uma depressão. 

Até que um dia, a Natália foi fazer as entregas com uma outra funcionária na casa dessa senhora e eles sempre deixavam as coisas ali pra ela na portaria. E, dessa vez, ela fez questão que a Natália subisse junto com a moça que estava com ela e elas entrassem pra conhecer o marido dessa senhora. — Então, até então, tudo que Natália sabia deste marido estava no imaginário dela, ali pelas coisas que essa senhora contava. E ali ela pode entrar… Era um dia que o marido estava fazendo fisioterapia, ele estava mais lúcido… Então, ele conseguiu entender que eram pessoas que ele não conhecia e que trabalhavam na farmácia. E aí a esposa falou: “Olha, bem, olha quem veio te visitar”. — Como se elas tivessem ido ali para realmente conhecê-lo, né? — E ali, por alguns momentos, a Natália, que sempre convivia com essa senhora na farmácia, — praticamente todas os dias de manhã — pôde participar um pouco da rotina de tudo aquilo que ela ouvia e de conhecer o marido. 

E aquilo deu um significado novo pra Natália, do que é o atendimento que ela faz, né? — Até onde ela acessa as pessoas e até onde ela também é acessada nos sentimentos dela pelas pessoas. — Então, foi uma coisa que impactou muito a Natália, ter conhecido essa senhora e ter tido a oportunidade de conhecer o marido dela, que era quem ela estava ali ajudando, de alguma forma, a mandar as coisas lá para casa, a cuidar, a ouvir essa senhora. Então, o atendimento além do atendimento. E aí, depois de um tempo, a Natália mudou de filial e acabou perdendo o contato, mas é uma história que ela sempre lembra… O impacto que foi conhecer a pessoa por trás daquelas histórias que ela ouvia ali na farmácia que essa senhora contava e também a confiança dessa senhora, de falar: “Olha, entra aqui na minha casa, vem conhecer o meu marido e tal”. — O marido dela acamado, doente… — Ai ai… E agora a gente vai ouvir a Natália falar um pouco dessa relação dela com os clientes e com as histórias que ela ouve ali na farmácia. 

[trilha]

Natália: Olá, meu nome é Natália Domingos Dantas, eu trabalho como gerente na Drogasil de Bragança, que fica aqui no interior do Pará. Bom, eu sou conhecida como uma pessoa que tem um alto astral, né? Então, normalmente eu converso com todo mundo, dou risada… A gente tem alguns clientes que às vezes eles vêm com problemas pessoais e alguns acabam compartilhando com a gente. Por exemplo, ontem veio uma moça aqui que ela tem uma nenenzinha de seis meses e, desde que a filha dela nasceu, ela sempre frequentou a farmácia. Desde a gravidez até o momento atual, e a imunidade da vida dela é bem baixinha. Então, ela sempre vem, às vezes ela pergunta… Nem sempre ela leva alguma coisa, mas às vezes ela passa e fala como a filhinha dela está… 

Então, a relação é uma relação de muito carinho mesmo. Eu gosto muito de atender os clientes, eu gosto muito de criança e eu gosto muito de idoso. Então, às vezes, aquele cliente idoso que ele vem, ele conversa… A gente tem um cliente aqui na loja que, por exemplo, ele é mudo, e aí a gente fica se comunicando por sinais. Ele é um cliente que ele dificilmente ele ia comprar alguma coisa, mas ele está sempre passando por aqui dando um oi. Ele vem de manhã, ele vem à tarde… E, assim, é muito gostoso trabalhar com pessoas e poder dar e receber esse carinho, né? Eu acho que todo mundo, ainda mais depois da pandemia, passou por momentos muito difíceis. Quando um sorriso no olhar ou uma conversa consegue mudar um dia de alguém, eu acho que é muito válido. 

Eu acho que o nosso trabalho é esse, né? A gente está aqui para olhar a necessidade das pessoas e, às vezes, naquele momento, a pessoa só precisa de uma conversa, de uma orientação, de alguém que pare realmente de fato para escutar elas, né? Às vezes a gente pensa que não pode fazer muito no dia de alguém, mas às vezes um sorriso que a gente dá, uma palavra que a gente dá pode fazer toda a diferença no final do dia pra transformar o dia daquela pessoa. Eu acho que isso é muito importante, esse cuidado… Eu acho que essa é a palavra. Esse cuidado… De ter esse cuidado, de ir realmente no detalhe com essas pessoas. Eu acho que é muito importante. 

[trilha]

Déia Freitas: Na Drogasil e na Droga Raia tudo é voltado para o cuidado da saúde, por inteiro e de forma integral e para a construção de uma vida mais saudável a partir de pequenas escolhas e práticas no dia a dia. Acesse: drogasil.com.br ou baixe o aplicativo da Drogasil. Acesse: drogaraia.com.br ou baixe o aplicativo da Droga Raia pra encontrar aí a farmácia mais perto de você. — Estou muito feliz de novo com essa parceria. — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.