título: olhos
data de publicação: 23/10/2025
quadro: alarme
hashtag: #olhos
personagens: josiane
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Atenção, Alarme. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais uma história do quadro Alarme. — O quadro onde além de contar histórias, a gente presta aí um serviço à comunidade. — E hoje eu não estou sozinha, meu publiii… [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a GSK. A GSK une ciência, tecnologia e talento para vencer doenças e impactar a saúde global, desenvolvendo pesquisas e fabricando vacinas e medicamentos especializados. A GSK é uma biofarmacêutica multinacional e está presente em mais de 75 países. Se preocupando com a saúde da população, a GSK me chamou para falar de um assunto mega sério, o Herpes Zóster. Também conhecido aí como “Cobreiro”, é causado pela reativação do vírus Varicela Zoster — o mesmo que causa catapora — e afeta principalmente pessoas 50+ ou com o sistema imunológico enfraquecido.
Mais de 90% dos adultos brasileiros podem estar infectados com o vírus. Esse vírus pode ser reativado em momentos de fragilidade imunológica, como doenças ou idade avançada. A doença se manifesta como erupção cutânea dolorosa, bolhas, geralmente em uma faixa de um lado do corpo, causando dores terríveis… E a complicação mais frequente da doença é a Neuralgia Pós—Herpética, que é uma condição crônica que causa dor persistente e que pode durar até anos, impactando de forma severa a qualidade de vida das pessoas. Consulte um médico, Herpes Zoster é uma doença prevenível por vacinação. — E para saber mais, clica no link que eu deixei aqui na descrição do episódio, entra no site e vai saber tudo. Sério… — E hoje eu vou contar para vocês a história da Josiane. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]Josiane sempre trabalhou na área administrativa, casada aí com o Hugo Júnior, tudo perfeitamente bem. Até que um dia, Josiane começou ali a sentir o nariz escorrendo… “Putz, tá vindo uma gripe? Tô ficando já meio aqui resfriada?”, nisso, os olhos da Josiane estavam lacrimejando muito e a cabeça… Começou uma dor de cabeça… — Sabe aquela dor de cabeça que dói atrás do olho? E aí também dói aqui em cima da testa, em volta do olho? Eu tenho isso… No meu caso, é sinusite. — Josiane pensou: “putz, sinusite, vou ter que ir na farmácia e comprar um remédio pra isso”. Só que o Josiane foi até a farmácia e ela mesma ficou com a impressão de que ela tava jogando dinheiro fora… Ela achava que podia ser sinusite, mas sabe quando você tem uma sensação de que não é? Aquela coriza, aquela coisa, falou: “Putz, vou ficar doente, melhor eu já ir numa UPA, já vou ser atendida logo e vejo o que é… Se for uma gripe, uma coisa, uma sinusite mesmo, já tomo um remédio”.
E ali na UPA, você passa na triagem primeiro com a enfermeira e a enfermeira ali, conversando com a Josiane, pegando os sintomas, mandou a Josiane para a sala amarela. — Ou seja, amarelo já é… atenção”. Josiane tinha dito ali tudo que ela estava sentindo, que ela estava desconfiada que fosse sinusite e nã nã nã, O médico chamou e, assim que a Josiane entrou no consultório, ele conversou com ela, perguntou tudo e resolveu examinar a Josiane. E de cara este médico viu um machucadinho ali na lateral do nariz da Josiane, bem próximo do olho esquerdo. E aí o médico perguntou: “Como que você machucou, né? Aí perto do olho, assim, na lateral do nariz?”, e a Josiane não tinha se ligado naquele machucado. O que ela pensou? “Poxa, eu acho que eu tava esfregando muito o nariz por causa da coriza, esfregando muito o olho porque tava lacrimejando muito e eu devo ter machucado”.
O médico olhando falou: “Olha, Josiane, isso aqui tá com cara de herpes zoster” e ela nunca tinha ouvido falar de herpes zoster… A única herpes que ela conhecia era aquelas bolinhas ali no canto da boca e não era aquilo… — Era uma ferida, uma feridinha do lado esquerdo, assim, do nariz, perto do olho. — O médico falou: “Olha… Bom, seus sintomas estão começando, a gente precisa investigar pra ver se realmente o diagnóstico é esse, é herpes zóster. Eu não consigo fechar esse diagnóstico agora. Como tá muito no comecinho, eu preciso de pelo menos mais 72 horas. Então, ó, hoje é terça, volta aqui na sexta, que aí eu te examino de novo e a gente fecha esse diagnóstico”, “tá bom, na sexta—feira eu volto”. Só que sexta, né? Ela ia perder outro dia de trabalho? E ela falou: “Quer saber? Eu vou no sábado, né? Acordo sábado cedinho e vou na UPA ver isso”.
Josiane continuava com coriza, com dor de cabeça… — Mesmo quadro. — Chegou no sábado, estava com os mesmos sintomas, só que agora tinha um sintoma a mais… Ela estava com uma sensibilidade nos olhos, assim, a luz, sabe? A claridade. Tava começando a incomodar. “Vou até a UPA lá, falar com a médica pra ver o que que é”, aquele médico não tava, né? Porque ele ia estar na sexta e ela foi só no sábado. A médica olhou e falou: “Olha, eu não consigo ainda definir se é herpes zóster, mas assim, você precisa passar num oftalmologista, porque ele com certeza vai conseguir fechar esse diagnóstico se for realmente herpes zóster”, “poxa, onde que eu vou no hospital público agora?”, era meio de carnaval… Aí ela voltou ali na recepção e a enfermeira falou pra ela: “Tem oftalmologista lá no Souza Aguiar. Então, ó, você vai, pega esse papel aqui e vai lá pra você passar no oftalmo e ver o que é isso”.
Quando ela saiu da UPA, ela já teve que chamar o marido para ir junto, porque ela não estava conseguindo enxergar bem naquele sol que estava. Outra coisa, quando ela acordou, o olho dela esquerdo estava meio inchadinho, a pálpebra em cima, assim, esquerda, meio vermelhinha, inchadinha. Josiane, com aquele sol, não estava conseguindo enxergar bem, aquela claridade incomodava muito e já estava sentindo a vista um pouco embaçada. — Veja, gente, como evoluiu muito rápido, né? — E, no carro do marido ali, mesmo com insufilm, a claridade tava incomodando demais os olhos da Josiane. Conforme ela tentava vencer aqueles bloquinhos ali pra chegar no hospital, ela foi ficando nervosa, porque assim, parece que o olho dela foi piorando, gente, assim, horas, sabe? E aí ela foi começando a ficar mais nervosa, mais aquela coisa da claridade atrapalhando, a vista embaçada e ela começou a chorar ali na frente do hospital e uma enfermeira que estava ali colocou a Josiane para dentro, porque eles estavam, acho que, atendendo só a emergência e tal. — Gente, pleno carnaval… —
A Josiane explicou que ela estava com a pálpebra vermelha, que o olho dela estava inchado, né? A enfermeira viu ali e tal. Ela estava com muita sensibilidade, uma dor de cabeça insuportável e a enfermeira falou: “Bom, eu vou te mandar para o oftalmo, com certeza, né? Você vai passar nele”, passou ali na triagem e aí o médico olhou e falou: “Sim, Josiane, você está com herpes zoster” e ele passou muitos remédios, as dosagens são sempre muito altas e ela teve um problema de estômago, porque ela ficava enjoada, não conseguia comer, e aí não podia tomar um remédio forte sem comer, enfim… Teve que tomar um remédio pro estômago também. Junto, ela teve que passar uma pomada oftalmológica naquele machucado, porque aquele machucado virou tipo uma casca de pus… Deu uma arruinada, sabe? E ela teve que passar uma outra pomada nesse machucado.
Em casa, ela não conseguia ficar na claridade, ela não conseguia ver a claridade da tela do celular. Josiane, que sempre gostou de ler, um hábito que ela sempre teve de leitura desde criança, não conseguia ler. Foi aquela angústia, porque ao mesmo tempo que ela não conseguia ler, o olho dela esquerdo inchadíssimo, ela queria saber mais sobre a Herpes Zoster e, principalmente no caso dela, que ali estava afetando os olhos. Ela acabou conseguindo ler ali a informação de que se chegasse na córnea, ela podia perder a visão. E aí a Josiane, que já tinha miopia, ficou desesperada… — Desesperada. = Junto com aquele inchaço, a Josiane tinha fortes dores de cabeça e fortes dores atrás dos olhos, assim, era uma dor insuportável… Se ela deitasse, piorava, ficar sentada, piorava… Às vezes ela ficava em pé, mas latejava do mesmo jeito. Não tinha posição, não tinha nada pra fazer e ela não conseguia nem se distrair, porque a claridade atrapalhava e ela não estava conseguindo ler, nem pegar um livro para ler, nada.
Com muito medo, com pânico de perder a visão. Josiane fez o tratamento certinho, eram 14 dias que ela tinha que tomar o remédio e usar a pomada e fazer tudo… Só que lembra, era um médico do Souza Aguiar ali, da emergência. O que ela pensou? “Agora eu vou marcar um oftalmo particular pra fazer esse acompanhamento, pra passar”. Ela pagou, o olho já tinha desinchado bastante, estava aparentemente melhor, a casquinha ali daquele nariz já estava sarando e, quando ela entrou e começou a falar que ela tinha herpes, o médico quase pulou da janela. — Porque ela queria ver se tinha afetado a córnea, né, gente? — A Josiane falou que ele atendeu ela de longe e que ele ficava só passando álcool na mão e falando que era contagioso. “Não, você tem que tomar cuidado, porque isso aí é contagioso”. — Olha isso, gente… — Josiane saiu daquela consulta com aquela sensação de que não tinha servido pra nada, e aí falando ali com o marido, com o sogro, o sogro dela disse: “Eu tive também Herpes Zoster e consegui um médico no hospital em Niterói, que eu fui muito bem tratado. Passa lá, marca, né? Ele é especialista em córnea e tal, ele já tem todo esse protocolo da Herpes Zoster aí, passa lá com ele”.
Josiane foi e marcou com esse médico, falou pra ele que ela ainda continuava com aquela sensibilidade, com a dor de cabeça… Ele examinou, falou: “Olha, você teve muita sorte que não afetou a sua córnea, porque logo que seu olho começou a lacrimejar, que você teve os primeiros sintomas, você já procurou um tratamento. Então, o médico conseguiu te tratar bem no comecinho. Aquele médico da UPA que você passou a primeira vez, que bateu o olho e falou: ‘acho que é herpes’, ele foi muito, muito assim, no lance mesmo. Ele tava certo, ele acertou de cara e foi isso que salvou a sua córnea ou de você ter aí algumas complicações maiores”. Esse especialista passou um colírio para a sensibilidade ali e falou que com o tempo as dores de cabeça iam diminuir, que provavelmente ela não ficaria com nenhuma sequela, mas que ela tinha que fazer esse acompanhamento, né? Ficar de olho… — Literalmente de olho, né? [risos] — E se voltasse a lacrimejar ou se voltasse algum sintoma, ela tinha que procurar de novo o médico.
Depois de um tempo, a Josiane ficou pensativa, assim. Ela extraiu um dente e teve que tomar antibiótico um tempo… Depois ela teve uma candidíase e teve que tomar antibiótico de novo, então assim, um baque de remédio atrás de remédio… Ela ficou pensando: “Será que caiu uma imunidade e aí a Herpes Zoster apareceu? Será que foi isso?”. Uma coisa que a Josiane sentiu falta é de informação… Ela achou que estava com sinusite e de repente era Herpes Zoster e ela, com 50 anos de idade, nunca tinha ouvido falar… Ah, tinha ouvido falar, mas não assim sintomas como: “ah, meu olho lacrimejou, estou com dor de cabeça e tal, pode ser herpes zoster”.— Ela nunca imaginou, né? Nunca fez esse link. — Isso já tem três anos, hoje a Josiane tá com 53 e tá ótima, né? Não voltou a ter nenhum sintoma, nada… Agora a gente vai ouvir a Josiane e, logo depois, a gente vai ouvir novamente a doutora Maisa Kairalla.
[trilha]Josiane: Meu nome é Josiane e eu tive Herpes de Zóster aos 50. Ela é uma doença que pode se manifestar em qualquer pessoa que já teve catapora, porque ela vem do vírus da catapora. Pode se manifestar ou não… E pode ser em qualquer parte do corpo. A minha foi no olho, era uma dor muito intensa. A herpes de zóster ela dói muito, né? A minha doía atrás dos olhos, ela afetava o nervo dos trigêmeos e era uma dor constante, latejava muito. Muita sensibilidade à luz. A minha herpes de zóster ela foi diagnosticada bem no início. O médico, para diagnosticar totalmente, ele teria que ter 72 horas, mas ele conseguiu supor que fosse isso e realmente era. Usei os medicamentos de dosagem altas durante 14 dias, uso oral, o uso no local, a pomada… Medicamentos que têm um valor alto. Foram sim dias de muitas dores intensas, eu parei com todas as minhas atividades, tanto trabalho, lazer… Não conseguia sair de casa. Como eu falei, a luz incomodava muito. Com tratamento, com medicamentos que foram me direcionados, eu consegui melhorar da situação mais grave, só que a herpes de zóster, ela geralmente deixa sequelas. Tem pessoas que têm dores até hoje, no local incomoda, não é constante, mas algumas vezes incomoda.
Tanto é que eu ainda fiquei um bom tempo, mais ou menos uns dois meses, com essa dor… A herpes de Zoster, ela pode atingir a córnea e você perder a visão. Peço que as pessoas escutem mais sobre essa doença, porque é uma doença séria e ela precisa ser divulgada para as pessoas terem consciência de como ela funciona.
Maisa Kairalla: Olá, eu sou Maisa Kairalla, sou médica geriatra, tenho mestrado no tema Herpes Zoster, presido a Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. O Herpes Zoster é uma doença muito comum, popularmente conhecida como “Cobreiro”, causada pelo vírus chamado Varicella Zoster, que é o mesmo vírus do catapora, mas o que acontece com esse vírus é que ele fica alojado no organismo da gente. E quando a gente diminui a imunidade, seja por um envelhecimento natural, na hipocinescência, que é o declínio da resposta imune, ou porque a gente tem um estresse maior, isso invariavelmente piora a partir dos 50 anos e aparece então, os zóster com as lesões de pele. Piora muito a qualidade de vida, não só pela doença em si, que começa com uma lesão vermelha, coça, dói e depois aparecem umas erupções bolhosas e depois isso fica as casquinhas… Duram em média de 7 a 10 dias.
Mas o mais importante é realmente quando a gente fala da neuralgia pós—herpética, que é a principal complicação do zóster. Uma dor que tira o teu sono, que piora a qualidade de vida, restringe as atividades sociais e isso pode acontecer em vários locais… Nas costas e abdômen, são os locais mais comuns. O Zóster têm uma característica, por muitas vezes, de ter um lado só. O que a gente precisa pensar quando a gente pensa nessa doença? Na dor que acontece, nos casos mais graves, principalmente nas pessoas que têm mais doenças, como diabetes. a reumatológica, pessoas que tomam imunossupressores e outras medicações que podem fazer do zóster um quadro mais grave e isso, invariavelmente, acontece com pessoas mais velhas. A partir dos 75 anos, um terço da população tera zóster e será maior quanto maior as comorbidades, quanto maior a vulnerabilidade desse organismo.
Zoster é uma doença ainda muito pouco conhecida pela população, alguns estudos mostram que a gente precisa de três médicos para fazer ainda o diagnóstico. Menos de 72 horas é o tempo melhor para a gente começar a atuar, mas isso quase nunca acontece. A prevenção é uma vacina composta por duas doses, sendo na média o intervalo de dois meses entre as duas doses, e é a melhor forma de prevenção contra a doença herpes zóster.
[trilha]Déia Freitas: Preocupada com a saúde da população brasileira, a GSK me convidou para falar de herpes zoster. — Popularmente conhecida aí como “cobreiro”. — Uma infecção viral causada pelo vírus varicela zoster, o mesmo da catapora. E ele se manifesta como uma erupção cutânea dolorosa, geralmente com bolhas em uma faixa do corpo e pode causar dor intensa, mesmo após o desaparecimento das lesões. Os sintomas mais conhecidos são erupção cutânea com bolhas cheias de líquidos, que podem se agrupar… Vermelhidão na pele, dor, formigamento, sensação de queimação na área afetada, coceira na pele, febre ou calafrios, dor de cabeça e mal—estar em geral. Herpes zoster é uma doença prevenível por vacinação. Pra saber mais, entra no site que eu deixei certinho aqui na descrição do episódio. — GSK, eu agradeço demais a parceria, um assunto muito sério que eu já queria ter trazido no podcast. — Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Alarme é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]