título: panelas
data de publicação: 10/08/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #panelas
personagens: vanessa e dona marly
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Visa e o movimento Escolha Jogar com Elas. — #EscolhaJogarcomElas. — O movimento Escolha Jogar com Elas foi criado pela Visa, a parceira global da Copa do Mundo Feminina Fifa 2023, pra estimular e engajar você aí a apoiar o futebol feminino. A Copa do Mundo Feminina Fifa 2023 que começou aí no último dia 20 de julho está sendo realizada pela primeira vez em dois países, na Austrália e na Nova Zelândia, e conta com 32 seleções participando, 8 delas pela primeira vez. Já é considerada a maior da história, com o maior número de transmissões de jogos, as maiores premiações e com muito mais torcedores. — E Visa, que apoia mulheres no esporte há mais de 20 anos, quer mais… –
Visa te convida a se juntar a essa torcida também, dando mais visibilidade ao movimento Escolha Jogar com Elas assistindo aos jogos da Copa do Mundo Feminina Fifa 2023. Siga Visa nas redes sociais pra conhecer o movimento, o Instagram é: @visa_br, no Facebook: @VisaBR e, no Youtube, @VisaBR. Eu vou deixar os links das redes sociais aqui na descrição do episódio, então vamos lá, usem a hashtag Escolha Jogar com Elas. E hoje eu vou contar para vocês a história da Vanessa. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]A Vanessa é uma estudante universitária — do primeiro ano — e participando ali daquelas festas na universidade, ela conheceu um rapaz. Esse rapaz estava como dj ali daquela festa, tinha sido contratado ali — uma vaquinha — e ele estava de dj na festa. E aí eles trocaram telefone, começaram a conversar nã nã nã e a vida seguiu… Vanessa depois de mais ou menos um mês conversando com esse dj, ela resolveu conhecer ele melhor… — Marcar um encontro… Eles não tinham nem ficado nessa festa que o cara tava, né? — E aí marcaram um encontro, se entrosaram, deu certo e eles começaram a ficar… Não era um namoro sério, mas ele era um ficante fixo. Em casa, dona Marly, mãe de Vanessa, já estava começando a perguntar: “Filha, e esse rapaz aí? Estão namorando? Não estão namorando?” e Vanessa explicando como é hoje em dia, né? — Que às vezes as pessoas ficam por bastante tempo, mas não é um namoro. — E dona Marly ali questionando sobre o relacionamento de Vanessa.
Mais um tempo se passou e não é que o dj ficante lá pediu Vanessinha em namoro? Vanessa aceitou e um romance começou… O cara tinha família que morava em outro estado, então ele estava ali, ele morava com outros rapazes, uns caras mais velhos e tal e era tipo uma república. Então, a Vanessa nunca ia lá… — Porque ela não se sentia bem, né? Numa casa só de homens e tal. — E ela resolveu apresentar esse rapaz aí para dona Marly. Assim que dona Marly bateu o olho no dj lá, no rapaz, algo nela se arrepiou… [música de tensão] E ela ficou olhando ali para ele e ele se apresentou e tal, falou com ela e ela ficava olhando muito fixamente para ele e Vanessa começou a se incomodar, porque ela conhecia a mãe dela, né? E aí ela foi perguntar ali discretamente: “Mãe, e aí, né? Por que você está encarando tanto ele e tal, né?” e falou: “Nada, não, Vanessa… Me deixa aqui com minhas coisas”. E o rapaz almoçou, ele se sentiu muito bem lá na casa de Vanessa e tal e foi embora. Vanessa foi com ele que eles iam ao cinema.
Assim que eles saíram, dona Marly ficou agitada… Ela esperou ali uns dez minutos e correu na vizinha, Dona Celestina. Falou: “Celestina, o Wellington tá aí?”. — O Wellington é filho de Dona Celestina. — Falou: “Olha, não tá…”, “Quando ele chegar, você pede por favor para ele ir lá em casa que eu estou precisando de um favor dele?”. E aí, assim que o Wellington chegou ele foi lá na casa de dona Marly e dona Marly falou: “Você lembra aquelas imagens que você me deu num pen drive? Você pode me mostrar de novo? Pode ser no celular, em qualquer lugar… Você tem aquelas imagens?”. Aí o Wellington falou: “Tenho sim… Eu acho que não guardei o celular porque ocupava muita memória, mas eu vou te mandar pelo WhatsApp”. Dona Marly agradeceu ali o Wellington e ficou esperando e mandando mensagens pro Wellington tipo: “Você não vai mandar o vídeo e tal?” e aí Wellington mandou o Wellington mandou o vídeo pra dona Marly.
E aqui nós temos que fazer uma parada para contar uma história paralela… Mais ou menos há uns oito meses, dona Marly estava um dia — era mais ou menos assim, uma hora da tarde, terminando de lavar a louça ali do almoço — quando alguém tocou a campainha… [efeito sonoro de campainha tocando] Quem tinha tocado a campainha? Um moço… Um moço muito comunicativo, muito alegre, assim, passava uma confiança, uma pessoa muito assim, incrível… E ele estava num carro e no carro tinha um outro rapaz dirigindo. E esse moço estava passando na rua vendendo panelas…Umas panelas realmente ótimas, né? E o preço do jogo de panelas? 120 reais. E aí dona Marly olhou aquelas panelas, ele falando das panelas e passava a faca no fundo da panela e nada acontecia… E aquela panela maravilhosa, que não sei o que lá… Dona Marly se convenceu a comprar aí o jogo de panelas. Aí ela foi lá dentro, pegou o seu cartão de crédito — que ela mal usava mais, para algumas coisas, assim, mais caras ela usava — para comprar esse jogo de panelas aí de 120 reais.
E aí o rapaz foi conversando e ela pôs a senha ali e o cartão não passou. Falou: “Estranho, né? Mas eu tenho limite”. Tentou de novo ali e o cartão não passou… Na terceira vez, o cartão passou. — Olha que beleza… — E aí ele falou que mandava o comprovante para ela, pegou ali o WhatsApp dela porque ele fez tudo pelo celular, era uma maquininha conectada ao celular, que não sei o que e ele ia mandar o comprovante e nã nã nã, entregou as panelas, entrou no carro e foi embora… Dona Marly pegou as panelas e entrou… Era realmente um jogo de panelas bom, né? E ela ficou cismada, falou: “Por que será que o meu cartão não passou antes? Será que não tinha mais limite? Será que aconteceu alguma coisa?” e ela resolveu esperar aí Vanessinha chegar para pedir para a Vanessinha olhar no computador o extrato lá e tal. Quando Vanessa chegou e foi olhar no computador, ela viu que tinha tido uma tentativa de crédito de 12.000 reais, não tinha passado uma vez, uma tentativa de crédito de 1.299 reais não tinha passado e uma de 1200 que tinha passado, que era o limite que tinha no cartão ali de dona Marli… E aí a Vanessa ficou assustada e falou: “Mãe, que você comprou de 1.200 reais, né? Tem uma tentativa aqui de 12.000 recusado e tal”.
A dona Marly assustou e falou: “Não, eu comprei um jogo de panelas de 120 reais”. Então ela viu que ali ela tinha caído num golpe… Então, o que ela fez? Ela pediu para Vanessa levar as coisas no celular para imprimir no dia seguinte que ela ia ter que fazer B.O… Ela cancelou, elas já ligaram no cartão, já cancelaram o cartão, enfim… Mas não tinha mais limite também para usar, mas foi cancelado para pedir outro cartão, enfim… Fizeram tudo e, no dia seguinte, ela foi fazer o B.O.. Chegando na delegacia demorou, mas ela fez o B.O. e o investigador que atendeu ela ali, o escrivão falou pra ela assim: “A senhora não tem câmera em casa, não tem nenhum vizinho que tem as imagens e tal? Que já ajuda a gente mais”. E ela falou: “Minha vizinha tem… Vou falar com Dona Celestina pra ver se eu consigo as imagens”. Aí ela foi, conversou com Dona Celestina, Celestina falou: “Olha, é meu filho que sabe, né? É o Wellington que sabe e tal”. E aí a Marly conversou com o Wellington e conseguiu as imagens.
Ela foi lá na papelaria, comprou um pendrive, deu para o Wellington e levou esse pendrive lá na delegacia para anexar lá nas coisas… E tinha morrido aí… Ninguém na polícia procurou ela… Nada foi, assim, feito… Pelo menos não que tivesse chegado em dona Marly. Acontece que o rapaz comunicativo e que deu o golpe em Dona Marly, era nada mais nada menos que o ficante, agora namorado de Vanessa. Sim, ele deu o golpe na dona Marly e não lembrou nem da casa e nem da dona Marly, porque provavelmente ele já tinha dado muitos outros golpes, né? Dona Marly estava incrédula e revoltada… Como assim o bandidinho que tinha roubado ela estava namorando a filha dela? E ela ficou muito, muito, muito puta… E assim que a Vanessa chegou, ela contou tudo para Vanessa e mostrou o vídeo do zap… Ela nem mandou no WhatsApp da Vanessa, só mostrou porque falou: “Vai que ele pega o celular e, sei lá, mata minha filha, né?”
E aí falou: “Olha, você está namorando um bandido, não sei o que lá, enfim…”. E aí a Vanessa também ficou totalmente chocada com a história e sem acreditar que ela estava namorando, tipo, o cara que roubou a mãe dela. Por esse cara ter dinheiro, a Vanessa achou que era por causa do trabalho de dj, assim… Porque ele sempre tava fazendo festa e tal e achou que ele tinha dinheiro daí. Lá na casa da Vanessa, por exemplo, ele já estava indo e às vezes ele estava deixando coisa com a Vanessa… Então, ele tinha deixado com a Vanessa fechadinho, um tênis que custava 700 reais, outro tênis que custava 1.000 reais e um agasalho daqueles… —Não vou falar marca aqui. — Mas que também custava uns 600 reais. E ele falava que ele comprava as coisas e, às vezes, essas coisas mais caras ele não queria deixar na casa dele porque os caras usavam. — Só que, provavelmente, deve ser algum esquema criminoso, né? E ela estava com esses três itens na casa dela. —
E aí a Vanessa já falou: “Meu Deus, isso aqui é, sei lá, produto de roubo, de crime”. Aí ela esperou o dia seguinte e falou pra ele que não queria mais, que não dava mais e inventou uma desculpa lá, enfim… Inventou que achava que ele tinha um caso, inventou uma história bem cabeluda, que ele ficava falando: “Meu, você é louca e não sei o que lá”. E aí ele também desencanou porque ela deu uma de louca mesmo pra ele se afastar. Dona Marly foi na delegacia, contou toda a história, [risos] inclusive da Vanessa, falou: “Olha a coincidência, ela começou a namorar o rapaz que me roubou e eu vim aqui contar”. E aí os caras pediram o endereço dele e deram… Elas deram o endereço dele e ele foi preso. A Vanessa conversando com amigas, ficou com medo de entregar aqueles itens na delegacia, porque ela falou: “E se eu for acusada de receptação, né?”. E ele nunca mais pediu os itens, né? Então ela não sabe se aquilo que ele comprou pela internet mandou entregar na casa dela, se era produto de crime, se não era…
Aqui vem a zona cinza da história, a Vanessa pegou esses três itens e vendeu na faculdade e deu o dinheiro pra Dona Marly. — Então, né? Não sei, Vanessa… [risos] Acho que você tinha que ter deixado na delegacia isso aí, sei lá… — Mas como foram coisas que chegaram no nome do dj mesmo na casa dela pela internet, então, assim, não foi no nome de terceiros, nada, foi no nome dele lá na casa dela. — Então, se ele tinha algum outro esquema, não se sabe… — O que Vanessa sabe é que ele já está solto, não se sabe o que aconteceu com ele, né? Ele já está solto de novo. — Acho que esses crimes de estelionato não sei se prende, se faz serviço comunitário, enfim, não sei. Mas é um bandido que tá aí lesando senhorinhas, né? Aí depois eu fui entender, a Vanessa me falando que esse é um golpe comum, esse golpe de vender panela, de vender as coisas de porta em porta… Tem até gente que faz isso vendendo ovo, gente… Pedir pra que se pague no cartão que a pessoa não aceita em dinheiro… — Quem que não aceita dinheiro, gente? —
Então vocês fiquem ligados aí… Tem esse golpe da panela, que pode ser também com ovo… O cara passa, te joga uma lábia ali, fala que a cartela de ovo tá a 20 reais ou o jogo de panelas está 120 reais e fala que só pode receber no cartão. E aí, nessas tentativas, ele vai tentando valores ali no seu cartão. E, assim, não se sabe como, mas no visor a dona Marly falou que estava 120. Então, o que será que eles fazem para no visor aparecer o valor que eles estão mentindo que é e passar o cartão no outro valor, né? Então, a gente não sabe esse outro lado do esquema, o lado bandido do esquema, mas já fica aí o alerta desse golpe de panela. Se alguém passar vendendo coisa de porta em porta, acho melhor não comprar nada no cartão. Se você tiver dinheiro, você compra na hora. Se você não tiver, não compra. Vai no mercado, compra no mercado, vai na Casas Pônei e compra as panelas.
[trilha]Assinante 1: Oi, Não Inviabilizers, meu nome é Brígida, eu falo de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Sobre essa questão da maquininha que a dona Marly disse que no visor tava 120, eles adulteram, tá? Todo o valor que digita nela só vai aparecer sempre o valor que eles querem. Nesse caso aí era 120 jogo de panela, então sempre ia aparecer 120. A dica é: Quando você vai comprar alguma coisa que está barato demais, desconfia. No caso aí é um jogo de panela bom e não sei o que por 120? Muito barato. E outra dica é: Se você tem o dinheiro ou se você não quer pagar no cartão, insista em pagar com dinheiro. Se não quiserem receber, não compra. E, principalmente, se você passou um cartão, por exemplo, 120, você sabe que você tem aquele limite… Recusou? Desiste da transação, pega seu cartão de volta, não entra nessa de “Vou tentar de novo, vou tentar de novo”, isso quase sempre é golpe, tá? Eu sei disso porque eu trabalhei 30 anos no Banco do Brasil e o que chegava de golpe pra gente é incrível. Beijos.
Assinante 2: Oi, meu nome é Pietro e eu falo de Berlim. Antes de me mudar do Brasil, eu caí também no golpe da maquininha. No caso, eu tinha pedido comida por um aplicativo de delivery, o pedido foi cancelado quando estava para ser entregue, mas o motoboy apareceu mesmo assim na minha casa e ele me disse que era o motoboy do restaurante, porque o aplicativo cancelou e ele veio trazer meu pedido e eu tive que pagar para ele porque ele era do restaurante… O aplicativo já tinha estornado o valor para mim e que eu não poderia pagar com VR, eu tinha que pagar com cartão de crédito ou de débito e eu passei no cartão de débito e ele tinha adicionado dois zeros no fim do valor… Eu tava para me mudar, então eu tinha dinheiro na minha conta no débito e eu perdi mais da metade do meu dinheiro para vir embora. Eu consegui fazer um B.O. e depois de dois meses o aplicativo me devolveu o dinheiro. Então, fica a dica para quem passar por alguma coisa do tipo: Corra atrás que dá certo.
[trilha]Déia Freitas: Gente, nos próximos dias eu vou contar para vocês a história da Rata, uma das pioneiras no futebol feminino do nosso país. Rata começou a jogar quando o esporte ainda era proibido para mulheres e passou aí por muitos percalços. É uma história emocionante e a Visa se juntou a Rata para mudar um pouco aí o rumo da história dela. Então, fiquem ligados aqui nos próximos episódios… — Que vai ter sim a história da Rata. — Segue Visa nas redes sociais para conhecer o movimento #EscolhaJogarComElas. Instagram: @visa_br, no Facebook: @VisaBR e no YouTube: @VisaBR. — Todos com arroba aí na frente, tá? Valeu, Visa, pela parceria, tamo junto aí incentivando as mulheres a jogar. — Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]