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título: primão
data de publicação: 07/07/2025
quadro: picolé de limão
hashtag: #primao
personagens: walter, tia nair, primão e chagas

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Emma. — Emma, melhor em tudo… — Julho chegou e com ele chegou também a promo, que até o seu sono vai agradecer. Emma, que é muito mais do que colchão e te oferece mais do que descanso, apresenta a melhor oportunidade para você renovar o seu sono. — E, ó, renovar com calma e sem estresse. — Emma apresenta a campanha Black Weeks, preços da Black Friday agora em julho. Mas antes de falar das promoções, vamos falar aí desses produtos que são maravilhosos e euzinha tenho. — Eu já contei para vocês, né? O primeiro dinheiro que eu peguei do podcast, eu comprei um colchão pra mim e um colchão pra Janaína. Colchão Emma. — E, assim, gente, a melhor coisa do mundo… E eu comprei os travesseiros também. Amo. —

O colchão Emma, ele já é um acontecimento porque ele vem numa caixa pequena,  assim, você fala: “Não, não é possível que isso aqui vai virar um colchão enorme” e, gente, vira… A caixa já facilita a vida, né? Tipo, se você precisa subir pra algum lugar, escada… E a hora que você abre, ele fica gigante. O colchão Emma tem suporte ortopédico, ergonômico e, sim, eu sou a chata do colchão, gente, e ele me atende 100% bem. Os colchões Emma promovem o alinhamento da coluna e o alívio da pressão, ele tem um bloqueio de movimento. — Ó, é assim, não tem o que falar… Você precisa deitar no colchão Emma pra você entender o que eu tô dizendo. — E com esse bloqueio de movimento, a pessoa pode se mexer que quem estiver do seu lado não vai sentir. E os colchões Emma têm capa removível e essas capas podem ser lavadas. Emma possui também travesseiros — que eu tenho, amo —, cama box e diversos acessórios para você dormir bem. 

E nessa campanha Black Weeks, Emma está com até 65% de desconto para você garantir as melhores noites de sono da sua vida. — Gente, eu estou falando muito sério… colchoesemma.com.br, já vai navegando, escolhendo o seu colchão e eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio. — E fica comigo porque no final tem o nosso cupom de desconto. E hoje eu vou contar pra vocês a história do Walter. — Ê, Walter… [risos] — Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha]

Walter batalhou muito, mas muito na vida para poder aí conseguir algumas coisinhas. A mãe faleceu muito cedo e ele foi criado ali dos 15 anos para frente por Tia Nair. Tia Nair com um filho dois anos mais novo que o Walter, ele se dando super bem e ele terminou ali os estudos, entrou numa universidade federal, se formou — vamos dizer aqui em “engenharia” —, conseguiu ali montar uma sociedade com um amigo, conseguiu construir a sua própria casa, enfim… Walter ali com seus 32 anos estava ali com a sua casa própria, seu carro, sua empresa, benzão de vida. Walter nunca esqueceu de Tia Nair… Pagava o convênio da Tia Nair, a Tia Nair tinha já uma aposentadoria e tinha casa própria… — Então, assim. esse tipo de coisa que Tia Nair precisasse, porque pras contas básicas ali Tia Nair tinha seu próprio dinheiro. — Pagou também ali os estudos do primo, só que o primo, sabe? Começa uma coisa larga, começa outra larga, e aí assim, gente, dinheiro não nasce em árvore… 

Aí a própria Tia Nair falou pro Walter: “Para de pagar, porque ele não vai, tá faltando, enfim”. Walter seguiu a sua vida e Walter conheceu uma moça… — Olha, mas uma moça bonita. — Ele estava numa chopperia ali com os amigos e a moça estava com as amigas e juntaram as mesas, ele conversando ali com a moça e a moça no momento não estava trabalhando. Ela disse que ela estava estudando para concurso e Walter ficou apaixonado… — Apaixonado naquela moça, mas olha, apaixonado. — E o pessoal foi indo embora e o Walter não queria ir embora, né? Porque ele tava apaixonado já de cara, assim, por aquela moça e foi ficando ele, a moça e mais umas quatro amigas. Em determinado momento ali, veio a conta e o garçom fez uma conta única ali, das meninas e dele… E a conta tinha dado 600 reais. — Walter ficou sem jeito e pagou a conta. — Trocou telefone ali e eles começaram a conversar. 

Walter convidou a moça para um jantar, levou a moça num restaurante legal, a moça muito bonita, muito bem arrumada, muito educada. Conversaram bastante e se beijaram… Ele foi deixar a moça em casa, a moça morava com mais três amigas. — As amigas que estavam com ela ali na balada, né? — Pelo sexto encontro, Walter pediu a moça em namoro. Nesse meio tempo, a moça já tinha explicado que ela estava ali naquela capital para poder estudar melhor para concurso e que era um tio dela que pagava ali o cursinho e aquela vaga naquele apartamento, que ela estava dedicada e nã nã nã, mas que ela poderia aproveitar aquele dinheiro melhor daquela vaga da casa, que era praticamente um aluguel inteiro e nã nã nã… Enfim, eles estavam namorando sério… Walter, compadecido, falou: “Olha. Você tá com dificuldade lá, morando com as meninas? Se você quiser ficar um tempo na minha casa”. Walter? A moça nem emprego tinha, Walter… 

Por outro lado, a moça mal conhecia o Walter, como que você vai morar na casa do Walter, moça? Sem conhecer o Walter direito? A moça ficou super feliz e no mesmo dia ela fez as malas e se mudou para a casa de Walter. Walter ali em sua casa própria — uma casa que foi planejada, desenhada, construída por ele, uma casa boa, bonita e tal —, só que em questão de móveis, não tinha um toque feminino… E a moça queria dar um toque feminino na casa. Mas aí, você trabalha, você tem dinheiro, como você vai dar esse toque feminino? A moça pediu cartão de Walter pra comprar umas coisinhas. — Ué, gente… — Walter foi lá, deu o cartão, deu a senha e falou: “Tá bom, amor, compra aí as coisinhas que você quiser”. E aí eu acho que ela entendeu por “toque feminino” que podia ser um toque nela. [risos] Ela fez cabelo, fez unha, comprou vestido, comprou sapato, comprou bolsa, olha, gastou bem aí, quase cinco mil reais no cartão do Walter…

Walter assustou, mas assim, poxa, é o amorzinho de Walter, né? Não tá trabalhando… Como que ela vai comprar as coisas bonitas dela? Né, Walter? Esse namoro foi ficando mais sólido, em termos de gastos, sim, meio que triplicou, porque gostava de coisa boa a moça. Oito meses de namoro e Walter falou: “Olha, Andréia, tudo bem, eu tinha mais gasto e tal, mas um namoro legal, tava legal meu namoro”, quando a Tia Nair ligou… “Não, porque seu primo, eu não aguento mais seu primo, que não sei o quê. Você não quer abrigar ele um tempo aí na sua casa pra ver se ele arruma um emprego? Você não quer pôr ele lá na sua construtora? Põe ele pra fazer qualquer coisa, põe ele pra carregar cimento, sei lá, não aguento mais ele dentro de casa, não trabalha, não faz nada”. Tia Nair, tudo na vida de Walter, falou: “Lógico, manda aí o primo pra cá”. Já fazia uns oito anos, pelo menos, que Walter não via seu primo. 

Acompanhava uma foto ou outra, mas assim, Walter mal era de redes sociais… Ele não via seu primo. Foi buscar o primo na rodoviária junto com a moça, praticamente sua esposa agora, né? Quando eles chegaram, o ônibus estava lá, o pessoal foi descendo, desceu um cara forte. assim, bonito, fortão, era o primo;;. O primo tinha virado um primão. E antes de Walter dizer: “Oi, primo”, ele percebeu que sua praticamente esposa estava olhando aquele rapaz bonito, assim, com muito entusiasmo. — Sem saber que era o primo. — Quando ele falou “primo”, primo abriu um sorrisão, olha, lindo sorriso, hein? Parabéns, primo… Primo lindo, lindo, lindo, lindo e a moça já se apresentou, falou o nome dela, enfim, né? Já se apresentou para o primo, o primo abraçou o Walter e foram para casa. A ideia era botar o primo para trabalhar na construtora, só que o Walter achava que isso não ia dar certo. — Porque se não desse certo o trampo, ia estremecer com o Tia Nair. —

Ele falou pra Tia Nair: “Olha, eu não tenho vaga aqui na construtora, mas eu vou arrumar em outra construtora de um amigo meu, enfim, uma outra coisa pra ele. Vou ajudar aí a arrumar um emprego pro primão”. O primão foi para um dos quartos de hóspedes ali da casa de Walter, a casa boa, a casa grande… Walter foi falar com ele, né? “Olha, hoje é quinta, na segunda eu vou te apresentar um amigo que tem uma construtora e nã nã nã” e o primão já mandou essa para o Walter, falou: “Olha, eu vim, na verdade, mais para prestar e para participar de um processo seletivo da Pôneilever, é uma vaga muito boa, é uma multinacional, o salário é muito bom e eu gostaria, antes de pegar uma outra coisa, ver se eu consigo passar. Aplicar para a Pôneilever e ver se eu passo”. Lógico que Walter deu maior força, ‘Nossa, Pôneilever, né? Vamos aplicar aí”. Segunda, nada, terça, nada… E parece que ia ser na outra semana ainda que ia começar a seletiva dessa vaga. 

O primo foi ficando e o Walter trabalhando… Chegou lá na data da seletiva da vaga, o Walter trabalhava o dia inteiro, mandou mensagem para o primo, o primo falou: “Ah, estou indo lá e tal, né?”, depois começou a falar que tinha passado numa fase, passou em outra fase, mas que o processo seletivo completo da Pôneilever podia chegar a quatro meses. — Isso existe, gente? Processo seletivo de quatro meses? Você que trabalha na Pôneilever… Eu nunca ouvi falar disso. Tudo bem, pode ter também, né? Empresa grande, não sei. — Walter falou: “Bom, será que ele tá enrolando? Será que ele, bom, enfim, eu vou aguentar ele aqui pelo menos uns seis meses… Se não der certo nada, falo: “Ô, Tia Nair, ficou aqui seis meses, né? Não deu certo, agora eu preciso mandar de volta.” A despesa ali, que já era por três, porque a moça dava muita despesa, agora então, lá em cima, porque o primão também comia bem, queria tomar whey…

Tia Nair pagava a academia do primão, então o primão ia na academia… — O primão tinha o shape ali, né? O primão era fortão. — Com mais ou menos uns dois meses que o primão estava lá na casa, Walter chegava todo dia às sete e, esse dia. ele chegou seis e trinta e dois. Chegou meia horinha antes… E o cenário que ele encontrou foi: A namorada ali na cozinha batendo algo no liquidificador, tipo uma vitamina, alguma coisa, só que ela estava de cabelo molhado… — Ué, tomou banho… Mora lá na casa, né? — Ela estava com uma camiseta que cobre até a polpa da bunda, assim, ela estava com uma camiseta e estava totalmente sem calcinha, sem sutiã, sem short, sem nada, descalça… — Pô, você tá com um homem ali, desconhecido assim, né? Um parente do seu marido… Você não vai ficar andando de camiseta sem calcinha. É até perigoso pra você o cara te atacar, sei lá, eu não ia nem aceitar ficar na casa assim, né? Mas ela tava. — 

Walter achou estranho e falou pra ela: “Primão tá aí, né?”, se Walter na época tava agora, sei lá, com 34 anos, o primo tinha 32, né? Pouca diferença, assim. “Pô, meu primo tá aí, não gostaria que você ficasse andando praticamente nua, só que essa camiseta curta dentro de casa e tal” e aí ela falou: “Ai, Walter, você tá implicando comigo, ele tá dormindo, ele não me viu passar pra cá, né? Nada a ver”. E era assim, um corredor e tinha dois quartos de hóspedes ali, um banheiro no meio que servia esses dois quartos e lá no final tinha a suíte do casal, então para chegar até a suíte lá, para você tomar um banho, descansar, enfim, você tinha que passar pelo corredor ali. Walter falou para mim: “Andréia, eu não sei se eu já estava, sei lá, meio impressionada, não sei, mas sabe aquele cheiro de sexo? Quando eu passei naquele corredor, tinha um cheiro de foda no ar. [risos] Mas eu falei: “Não é possível. Deve ser aí o meu primão, sei lá, se masturbando”. Mas o cheiro ia chegar no corredor? Porra também… [risos] Que porra é essa? [risos] Literalmente que porra é essa. [risos]

O Walter passou o cabreiro já, meio que deu uma baixada pra passar na porta, [risos] deu uma coçada na cabeça ali e foi tomar seu banho, mas ficou pensativo… [risos] Walter ficou pensativo. “Estranho…”. A moça nunca mais andou daquele jeito pela casa, mas também, a partir daquele momento, ela parou de transar com o Walter. Um dia tinha uma dor de cabeça… — E, gente, pode acontecer mesmo… Mulher pode ter um período aí que ela não quer e tá tudo certo. Você não pode obrigar sua esposa a fazer sexo com você. O máximo, você pode conversar, perguntar o que aconteceu, enfim… Não vem com essa, não pode obrigar”. Foi o que o Walter falou, falou: “Andréia, eu jamais forcei, eu perguntei pra ela se tava tudo bem, se ela queria marcar um médico, como ela não tem convênio nada, eu falei: “Pega aí o cartão que você já usa, marca um médico, se você quiser ir no médico, se não tá se sentindo bem”, mas ela falou: “Ai, não, eu só tô meio, ai, meio cansada”. 

E aí eu perguntei pro Walter, falei: “Mas e nesse tempo, que vocês já estavam um bom tempo juntos, ela nunca falou em trampo? Ela estudava pra concurso?” e o Walter falou: “Quando ela mudou pra morar comigo nem os livros [risos] do concurso ela trouxe”. Então, assim, não tava estudando pra concurso, não tava trabalhando, e Walter falou que perguntou uma ou duas vezes pra ela se ela, né, tinha interesse, de repente até lá junto com ele… Pô, né? Se o cara tá te chamando pra trabalhar lá junto, se vai registrar certinho, te dar um salário, não é melhor você ter seu dinheirinho? Ela ficou super ofendida e falou: “O que você tá querendo dizer com isso?”, enfim, né? Ficou chateada ali, porque ele realmente perguntou pra ela, né? “Ô, não vai dar um trampo?”. [risos] E aí  ele tocou nesse assunto duas vezes e não tocou mais, porque não era mesmo da intenção dela ter um trabalho, né? A vida dela tava boa ali, pro Walter também tudo bem…. Pesava, mas ele podia pagar, né? Então ele não estava trabalhando. O primo, que processo seletivo é esse da Pôneilever de quatro meses, que não passa de fase? Não vai?

Então, era esse o cenário aí, e agora ela sem transar com o Walter, mas o Walter falou: “Ah, sei lá, olha, também estava com uma obra, não estava com a cabeça lá, mas estava fazendo minhas coisas, tratando todo mundo bem, no final de semana levava os dois para passear”. [risos] Ê, Walter… [risos] Bom, era esse aí o cenário. Essa história dela sem transar, sem nada, durou ali quase três meses… Chegando ali naquele terceiro mês, Walter já nem perguntava mais, estava chateado, já chegava, tomava banho e ia dormir, tinha dia que ele nem via o primão, que era o horário que o primão ia para a academia, ou estava dormindo, enfim… Pô, você chega do trampo, seu primo marmanjo está dormindo? Você já deu de comer para ele, sabe? Ô…. Aí ele percebeu sua esposa chorosa… Muito chorosa. E chorosa, chorosa, e não falava o que que era… Um dia, o Walter chegou, o primo tinha voltado pra casa de Tia Nair, sem agradecer, sem avisar o Walter… Apenas pegou suas coisas e foi embora.

E a moça, quando viu que o rapaz tinha ido embora, aí ela desabou e acabou confessando para o Walter que sim, ela tinha tido um caso com o primão e ela estava grávida. E como ela estava grávida de dois meses e ela não tinha transado praticamente três meses com o Walter, o filho era do primão. Walter falou pra mim assim: “Andréia, eu comecei a sentir um formigamento no meu braço esquerdo [risos] e  resolvi, eu mesmo, sozinho, dirigindo…”. Olha o perigo… “Ir pro PS”. Aí cheguei lá, minha pressão tinha subido, mas não era um infarto, não era nada, era só minha pressão que estava alta e eu estava com essa dor no braço, no pescoço, enfim, por causa da pressão. Quando ele estava lá no UPS aguardando, ele cancelou o cartão da moça. E aí, dali, ele já foi pra casa do sócio dele, que a gente pode chamar aqui de “Chagas”. Contou pro Chagas, o Chagas falou: “Misericórdia. [risos] Tu é corno, Walter…”, assim, né? Mesmo no pior momento do Walter, o Chagas tirou ali um barato, né? 

A mulher do Chagas falou: “Não, mas você precisa conversar com ela, né? Porque às vezes, será que o seu primo não pegou ela à força e tal?” e aí o Walter explicou: “Não, não pegou a força não… Ela que quis, ela falou que estava apaixonada por ele e tal e eu vou pedir pra ela sair de casa”, mandou mensagem e falou que ela tinha que sair… E aí ela falou que não tinha para onde ir. “Se você quiser, eu te dou uma passagem e você vai lá pra casa da minha Tia Nair atrás do seu grande amor. Ele não é seu grande amor?” e ela ficou toda animada, porque o rapaz, o primão, tinha dado no pé, né? Ela falou: “Bom, pois eu vou atrás dele”. Walter comprou a passagem dela só de ida ali de ônibus, porque não tem avião lá para onde Tia Nair mora e ainda deu um dinheiro pra ela ir embora. E ligou pra Tia Nair e avisou: “Está indo a namorada do seu filho e o seu neto na barriga dela, porque o seu filho fez isso, isso e isso e aprontou aqui comigo”. Tia Nair chorou e tal, mas falou: “Não, pode mandar ela aqui que eu vou acolher. Se é meu neto, eu vou acolher”. 

Ela foi pra lá, ficou morando lá com a Tia Nair até o bebê nascer, ficou um tempo ainda com esse cara e depois ele não quis mais, mas ela falou: “Daqui eu não saio, eu não tenho pra onde ir” e ficou morando ali com a Tia Nair praticamente até a criança ter uns quatro anos. Quando o priminho [risos] estava ali com seus quatro anos, ela conseguiu uma oportunidade para trabalhar nos Estados Unidos, estava dependendo do visto, se ela conseguisse o visto e tal, ela conseguiu e aí ela foi morar nos Estados Unidos e deixou o priminho com a Tia Nair e o pai da criança. Ela vem duas vezes por ano, mas quem acabou criando o bebezinho foi Tia Nair. Um detalhe: Ela vem todo Natal — pra passar o Natal com o priminho e tal — e Walter ele passa todo Natal com a Tia Nair, Tia Nair faz questão… Então, todo Natal ele encontra ali o primo…. Ele nunca mais falou com o primo, hoje eles têm um contato de “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite” e é o mesmo contato que ele tem com a ex, né? “Bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”. 

E eles passam o Natal juntos e a única coisa que o Walter não aceita é sair em fotos que esteja ou primo ou ela. — Nas fotos de Natal, assim, né? Ele não aceita. — Mas que ele ama o priminho, falou que o priminho é ótimo. E às vezes ele pensa: “Poxa, o priminho podia ser meu filho, né? Ela podia ter engravidado de mim e tal, podia ser meu filho”. Walter hoje ele ri dessa história, já tá casado, já tem um filho, mas ficou a mágoa, né? Ficou a mágoa. E sempre que ele vê o priminho, ele não tem essa lembrança mais de como foi doído a traição, só lamenta que o priminho, que é uma criança tão legal, não seja filho dele… — Porque o primão é péssimo. O primão é péssimo. Quem criou realmente, quem é firmeza, é aí Tia Nair, né? — O Walter falou para mim: “Andréia, e eu queria falar uma coisa que, realmente… Ninguém deve ter dó de corno. Quando eu cheguei lá na casa do Chagas, o próprio Chagas falou: “Isso aí é bobagem, isso aí acontece com todo mundo. Ih, agora você é corno” e tirou um sarro ali e depois já estava no outro dia, já tinha que trabalhar, porque eu estava meio mal… 

Ele falou: “Não, levanta isso daí…”, falou: “Chifre não é doença”. [risos] O Chagas [risos] falou que chifre não é doença, não, vamos trabalhar. “Pô, a empresa sou eu e você, vamos trabalhar”. E que também ali o pessoal em volta, os amigos, falaram: “Gente, isso aí acontece”. Então eu acho muito importante, principalmente quando um homem é traído, que a gente seja esse suporte, mas numas de dizer: “Pô, a mina fez o que ela queria, a vida é dela, o corpo é dela, te traiu, ela é uma sacana, mas é só isso. Ela é uma sacana, ela é uma sem vergonha, ela que vá fazer as coisas dela. Acabou. Não tem que ter violência, não tem que ter xingamento… Daqui um tempo você vai estar rindo desse chifre e é isso”. Então esse é o recado do Walter, ele falou: “Pô, eu fui muito corno manso, porque eu senti o cheiro da foda… [risos] Às vezes eu chegava em casa e tinha um cheiro de foda e eu falava: ‘pô, será que é meu primo?”. [risos]

Ê, Walter… Já se enganando, entendeu? Mas é a vida, chifre é coisa da vida. E como disse o Chagas: Chifre não é doença. Então, se tá com chifre aí, vai trabalhar, vai fazer suas coisas, vai estudar, vai passear e esquece… Esquece, se você é mulher, o cara que te botou chifre. Se você é homem, esquece a mulher que te botou chifre. Não vai bater nela, chacoalhar ela, xingar, não vai atormentar nas redes sociais… Esquece, segue sua vida, que chifre é isso, é coisa da vida e vamos de Chagas agora, hein? [risos] Chifre não é doença. O que vocês acham?

[trilha]

Assinante 1: Oi, nãoinviabilizers, aqui é a Leticia de BH. Eu não sei se eu sou muito mão de vaca, muito coração peludo, ou se as pessoas que são muito boazinhas, porque eu não consigo compreender como que você topa, num mundo que o seu dinheiro é tão suado, que precisa de tanto esforço pra ter dinheiro, bancar uma pessoa desempregada, que não quer nada com a hora do Brasil. Gente do céu… E ainda dar um cartão na mão da pessoa. Até eu que sou mais besta ia querer me escorar em você, Walter. Não preciso trabalhar, não tem ninguém me cobrando pelos meus compromissos dos meus estudos e ainda tem um cartão pra gastar 5 pau? Nossa, a Shein ia torar, meu querido… Brincadeiras a parte, esse chifre te serviu pra livrar você dessa parasita que seria um problema no  futuro e ainda fechar as portas pra esse primo folgado. Ninguém mais vai ter as caras  de mandar ele pra ser o seu problema. Agora ele é um problema de quem quer conviver com ele. Não desista de amar, chifre é coisa da vida, boa sorte.

Assinante 2: Oi, nãoinviabilizers, meu nome é Bárbara, eu sou do interior de São Paulo. E acho que o grande protagonista dessa história é o Chagas, que nos ensina a valiosa lição de que chifre não é doença. Esse episódio é muito importante principalmente para os homens, que tendem sempre a ter uma reação muito dramática e muitas vezes violenta e agressiva em relação à traição. Então vamos levar isso para a vida, gente… Chifre não é doença, chifre é sobre a outra pessoa, não é sobre você. Levanta, sacode a poeira e bola para frente, não é mesmo? Um beijo.

[trilha]

Déia Freitas: Gente, olha, se você não aproveitar essa campanha, eu não sei mais o que fazer com você… [risos] A campanha Black Weeks da Emma tem preços de Black Friday agora em julho. E você vai ter uma ótima experiência de descanso… — Assim, gente, falando muito, muito, muito sério… — Os colchões Emma possuem capa removível e podem aí ser lavadas essas capas. E ele tem ainda bloqueio de movimento, a pessoa pode se mover que a outra pessoa não vai sentir. Os colchões Emma possuem suporte ortopédico e ergonômico e, claro, eles chegam na sua casa na famosa caixa… A caixa é pequena, você consegue subir escada, consegue botar no elevador e a hora que você abre é surpresa, assim… Ele fica imenso, lindo, firme, gostoso, aconchegante… Olha, 100%… E com as ofertas mais sonhadas do ano, você tem até 65% de desconto, parcelamento sem juros em 12x ou 12% off pagando no pix, além de 10 anos de garantia e entrega grátias.

Olha, Emma, tá sendo uma mãe, um pai… Um parente querido. [risos] E usando o nosso cupom de desconto exclusivo: “PICOLEDELIMAO10” — “picolé de limão” tudo junto, maiúsculo, sem acentos e “10” em numeral — você ganha ainda mais 10% de desconto. Acesse agora: colchoesemma.com.br e conheça todos os produtos. — Emma, te amo muito… — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]