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título: queridinho da vovó
data de publicação: 28/09/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #queridinho
personagens: sabrina e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não estou sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje de novo é a nossa querida, amada, Hidrabene… — A marca cor de rosinha que eu amo. — A Hidrabene tem uma série de kits maravilhosos no site e euzinha tenho um kit montado com os produtos que eu mais amo… E o nome do meu kit? Kit Pônei Bene. [risos] E eu já disse aqui o quanto eu acho incrível quando as marcas embarcam aí adotam o nome “pônei” em alguma ação. — Amo… — Se você quer uma rotina de skincare para manter a sua pele limpa, protegida e hidratada, o Kit Pônei Bene é para você. 

São seis produtos escolhidos a dedo por mim, começando pela espuma de limpeza… — Que sim, parece que você está passando uma nuvem no rosto, gente, eu não sei explicar, você precisa sentir — Sério, a espuma de limpeza é deliciosa, parece mesmo que você está passando uma nuvem no rosto — é isso — e ela limpa delicadamente a sua pele. Aí depois tem o sérum… — E, gente, sérum é vida, amo… — O Sérum Hyaluronic Filler vai estimular aí o colágeno e com isso vai preencher as ruguinhas ali no seu rosto. E é muito importante também o protetor solar Vit, com fator de proteção 50. — Eu amo, eu sou assim meio viciada em protetor solar, amo… — Esse protetor solar ele tem uma potente ação antioxidante e também uma baita hidratação. E aí tem o Resveratrol, que é um tratamento noturno para prevenção de rugas e manchas. Tem também o uma máscara… — Sim, sim, sim… — O Hyaluronic Sleeping Mask, que age durante seu sono, te dando uma aparência revitalizada. 

O último produto que eu pedi pra Hidrabene colocar no meu kit é a máscara facial rosa, que ela é calmante e muito hidratante para o rosto. Ela é maravilhosa, gente… E eu vou deixar o link do meu kit certinho aqui na descrição do episódio. E fica aqui até o final que ainda tem o nosso cupom de desconto, hidrabene.com.br. E hoje eu vou contar para vocês a história da Sabrina. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha]

A Sabrina sempre estudou em escola particular… Ela teve um estudo, assim, bem reforçado e aí terminou, entrou numa boa faculdade, se formou aí em engenharia e conseguiu um excelente emprego. Quando ela estava trabalhando lá, fazendo as coisinhas dela de engenheira, ela conheceu um cara que era engenheiro também em uma outra empresa, eles tinham se conhecido tipo em um simpósio e eles começaram a namorar. [música animada] Então, eles tinham cargos equivalentes em empresas diferentes e salários equivalentes. Então, era tudo ótimo assim, né? — E os salários muito bons. — E foi tudo fácil para eles, eles começaram a namorar, resolveram que eles iam se casar, deram entrada num apartamento e, dos preparativos e tal, toda a coisa durou três anos, eles quitaram o apartamento… — Então eles entraram e já casaram já com o apartamento quitado e começaram a levar a vida deles. —

Sabrina vindo de uma família classe média alta e o cara de uma família com um pouco mais de dinheiro que ela. E a vida era muito boa, eles viajavam, os dois trabalhavam bastante, então chegavam em casa mais tarde, eles não pensavam ainda em ter filhos, estavam novos, talvez futuramente, sim. E a vida foi seguindo assim, ó, velocidade de cruzeiro, facinha. E todo ano eles fazem uma viagem grande para o exterior… — Então não era assim cinco, seis dias do pacote. [risos] — Eram 30 dias, vários lugares, um roteiro pronto ali, um agente de viagens e nã nã nã… — Enfim, era tudo muito gostosinho. — E depois de uns seis anos ali de casamento esse cara aquele ano ele não quis viajar, ele falou minha: “Ó, minha vó…”. A vó dele morava tipo uns dois bairros assim perto, “minha vó não está muito boa e tal, eu prefiro ficar com a minha vó nessas férias”. E aí Sabrina resolveu então que ela ia pra casa da família dela, que era outra cidade, falou: “Bom, então você vai ficar com a sua vó…” e, assim, não foi conflito, foi tudo ótimo assim: “Vou aproveitar pra ver minha família e tal” e foi… [efeito sonoro de avião decolando] 

Quando Sabrina voltou, a empresa dela estava reestruturando algumas coisas e tinha um boato correndo ali que os cargos mais altos seriam exterminados… — Ia fazer fusão com não sei quem e os cargos mais altos ficariam da outra empresa e tal. — Sabrina e começou a achar ali que ela ia rodar, né? E dito e feito, passado dois meses que ela voltou de férias, Sabrina foi demitida. Por mais que estivesse correndo esse boato, ela ficou muito surpresa, assim, foi um choque para Sabrina, né? Ela tinha um bom tempo ali de casa, tipo uns, sei lá, uns dez anos… Ia ser uma indenização boa, porque o salário dela era alto e nã nã nã e ela falou: “Bom, tá bom, né? Vamo pra próxima, né?”, e aí fez todo o trâmite lá… E quando ela contou para o marido, ele ficou ressabiado, assim, ele ficou preocupado e ela entendeu, porque falou: “Bom, agora é só o salário dele, então a gente vai ter que dar uma segurada, né?”. Por que o que eles faziam? Eles dividiam ali meio a meio as contas e o que sobrava do salário de cada um ficava para cada um, né? E assim eles seguiam. E aí ele ficou meio preocupado quando ele recebeu a notícia e tal e nos dias seguintes também ele muito preocupado… 

Até que um dia, ele chamou a Sabrina pra conversar… E aí este cara contou pra Sabrina que há quase um ano e meio ele tinha sido demitido da empresa. E aí a Sabrina não acreditou, porque ele saía todo dia oito horas da manhã e voltava dezoito horas… Onde estava esse homem de segunda a sexta? Todo dia… Não faltava um dia no trabalho .e não existia mais trabalho. Como assim? E como ele conseguiu esconder? E aí ele falou que, tipo, ele restringiu a própria esposa nas redes sociais… Então, assim, ela via pouca coisa sobre ele, só algumas coisas que ele deixava ela ver e ela trabalhava muito também, então não se preocupava com redes sociais… Eles não tinham amigos assim, muito em comum, era mais a família… Mas aí tem a questão da família… — Porque vocês não vão acreditar onde esse cara ficava… — Durante um ano e meio ele saía oito horas da manhã e voltava dezoito horas e ele ficava na casa da avó dele. Sim, a família dele sabia que ele tinha sido demitido e que ele estava na avó dele. Ele chegava, a vó dele já fazia café, depois fazia almoço e ele ficava fazendo o quê? Jogando videogame, assistindo séries… — Por um ano e meio… Mentindo que estava trabalhando. —

E aí, com o dinheiro da indenização, porque ele recebeu uma indenização bem grande também, ele ia pagando só aquelas continhas que eles dividiam e ele não gastava com mais nada, porque ele comia na vó dele. [risos] Que ódio… Ele comia lá na avó dele… Olha essa véia também… Um ano e meio enganando a Sabrina. E aí a Sabrina falou: “Mas por que você fez isso? Por que você não me contou que você foi demitido? Você ficou com vergonha?” e aí ele falou ele falou: “Depois que eu fui demitido eu fiquei pensando e eu não quero mais trabalhar”. — Gente? — “Eu não quero mais trabalhar, eu tinha resolvido tirar um ano sabático, mas agora eu estou vendo que está bom assim para mim… A minha avó gosta da minha companhia”. E, como eu disse, a família dele com mais dinheiro… Então, a preocupação dele nunca foi dinheiro, pelo pai e pela mãe, se ele quiser ficar lá na casa da vó, comendo, bebendo, se ele quiser viajar… Detalhe: A vó dele estava botando até gasolina no carro dele. E avó gostando, que a avó também, sei lá, ficava sozinha e queria uma companhia, mas nem era tanto companhia, porque ele ficava no quarto dele — que ele tinha um quarto na casa da vó — jogando videogame. 

Aí a avó fazia um bolo de tarde… — Até eu ia gostar [risos] de ficar na minha avó… Não na minha vó, porque minha vó, pai do meu pai, era uma pessoa péssima, mas ter uma avó assim… — E aí a Sabrina ficou em choque, em choque, falou: “Isso não é possível… Como é que você não quer trabalhar mais na vida?”, aí ele falou: “Não, não quero”. E aí óbvio que eles chegaram ao entendimento do divórcio, não tinham outra saída.  E aí o apartamento teria que ser vendido — porque era meio a meio e ele ia morar com a vó dele, então… [risos] — e ia pegar a parte dele, sei lá, guardar e gastar com ele mesmo. E agora vem um detalhe: Ele gastou toda a indenização dele. E a Sabrina tinha acabado de receber a dela e sabe o que aconteceu? Ela teve que dar metade da indenização dela para ele. E a dele, que ela não viu a cor do dinheiro, passou… Porque foi considerado que, tipo, gastou ali durante o casamento. — Tá bom pra vocês? — Metade do apartamento era o certo, porque cada um ali pôs metade, agora a indenização do trampo, ele gastou toda dele enquanto ele estava lá na vó e a dela, que estava inteirinha no banco ali porque ela ia ver o que ia acontecer, teve que dividir metade para ele.  — Pensa… Neste homem… Netinho, queridinho da vovó. É isso, queridinho da vovó… —

Sabrina fez o que tinha que fazer, né? Não tinha para onde correr, separaram as coisas, cada um foi viver sua vida. Ele mora com a avó até hoje e tem namoradas… E às vezes as namoradas moram na avó, mas ele fala para todo mundo que nunca mais ele vai casar. Ele não vai trabalhar… — Não vai trabalhar. — Ele disse que ele gosta de viver com o mínimo. — Só que é fácil você falar isso quando você é rico, né? É de família que tem dinheiro. Porque se você é pobre e não quer trabalhar, você vai ter que viver com o mínimo, o quê? Você vai catar lixo. Vai ter que comer coisa do lixo… Se você não trabalha e não tem ninguém… Agora ele não, ele tem uma avó, um pai e uma mãe que estão ali bancando ele. Então ele diz que ele não vai trabalhar e ele tem as namoradinhas dele, não vai mais casar. — E avó dele gosta dele, a vó dele mantém ele lá na casa. — Acho que pra ela é uma companhia, né? Eu recebo algumas histórias de homens que, sei lá, fingiam que ia trabalhar e estava com a amante, tinha outra família e ele não, ele não estava traindo… Pelo menos não que a Sabrina saiba, né? Ele estava apenas na avó, comendo bolo, assistindo desenho, jogando videogame. Voltou a ser uma criança… De repente, nunca deixou de ser, né?  Ou melhor, né? Eu detesto quando tratam homens adultos como crianças, ele é um marmanjo irresponsável, é isso… O resumo é isso, queridinho da vovó. —

E aqui um recorte que eu faço, porque assim, eu vi uma foto do cara, o cara loiro, de olho azul, cabelo meio cacheadinho, tipo anjo? E a Sabrina falou que muita gente, quando ele fala que não quer trabalhar, todo mundo acha engraçado… “Hahaha ele é muito engraçado”. — Eu acho que é porque ele é branco, loiro, de olhos azuis… Que vai um preto falar que não gosta de trabalhar para ver se não vai ser chamado de bandido, né? E ele, assim, o pessoal acha graça, acha que ele é engraçadão. Ele é fofo… — E é isso, o cara não trampa mais, disse que não vai trampar mais… E é isso. — Tá com a vida ganha aí e Sabrina teve que dividir aí o fundo de garantia dela. Carro cada um ficou com o seu, né? Cada um tinha já um carro, mas teve que dividir o fundo de garantia com esta criatura. 

[trilha]

Assinante 1: Meu nome é Maria Júlia Monteiro, mas pode me chamar de Maju. Eu sou advogada e eu atuo especialmente em inventários e divórcios. Quando a gente está conversando sobre término de relacionamento, uma das perguntas mais comuns é: “E aí, o que é que eu tenho direito?”. Bom, depende do regime que foi adotado pelo casal. No Brasil existem basicamente alguns: Existe na separação de bens em que cada um vai continuar com o que é seu, existe o da comunhão universal de bens, tudo que for dos dois, independentemente de como e quando foi adquirido e existe o mais comum, que é o da comunhão parcial de bens. Nesse regime, a gente tem os bens particulares e a gente tem os bens comuns. Os bens particulares são, por exemplo, aqueles recebidos por herança, por doação… Os bens comuns são, por exemplo, aquela casa que o casal compra junto, mesmo que esteja somente no nome de um… E aqui entra a indenização trabalhista e o FGTS. O STJ ele entende que a indenização trabalhista, quando ela é recebida por aquele trabalhador, ele acaba sendo utilizado em prol da família, então ele deve sim ser integrado na partilha de bens. 

Assinante 2: Olá, Não Inviabilizers, aqui é a Raquel que fala de Portugal. E, meu Deus, Sabrina, você se livrou de um encostado, hein? Esse cara não fazia nada… [risos] E o pior: Ainda mentia. Meu Deus… É realmente muito difícil de descobrir se a pessoa sai num horário e volta no outro… E ficava lá na casa da vó. [risos] Queria ter eu essa vida, assim, de não fazer nada, não ter nada para entregar, não ter mestrado, não ter trabalho… Só assistir desenho, jogar vídeo game e comendo comida da avó… Misericórdia… Como é que um adulto não trabalha, gente? [risos] Eu estou em choque. Como é que se sustenta? Vai viver às custas da vó até quando? Até ela morrer? Bom, a família dele apoia pelo jeito essa vida de herdeiro, mas ele não tem dinheiro, né? Herdeiro que não tem dinheiro. 

[trilha] 

Déia Freitas: Como é o Kit Pônei Bene você terá aí uma rotina de skincare completa, com produtos perfeitos selecionados por mim, pra você ter aí uma pele sempre limpa, protegida, rejuvenescida e hidratada. E usando o nosso cupom PICOLE20 — tudo junto, letra maiúscula e O 20 em numeral e sem acento em “picolé” — você ganha 20% de desconto na compra do Kit Pônei Bene. O cupom pode ser usado em todas as compras no site hidrabene.com.br e ele é válido até o dia 30/09/2023. — Valeu Hidrabene, te amo… — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.