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título: quiosque
data de publicação: 18/04/2022
quadro: picolé de limão
hashtag: #quiosque
personagens: meire e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta] 

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] O episódio de hoje é patrocinado pela Nuvemshop. A Nuvemshop é a plataforma certa pra você criar aí sua loja online de forma simples e profissional. Você pode montar seu negócio do seu jeito, escolhendo os meios de pagamento e os meios de envio. O Dia das Mães vem aí e uma loja online vai fazer total diferença no seu negócio. Na Nuvemshop você pode montar kits, criar promoções com cupons… As possibilidades são muitas. Eu vou deixar todas as informações aqui na descrição do episódio e, no final da história, tem link de 30 dias grátis. E hoje eu vou contar pra vocês a história da Meire. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha]

A Meire conheceu um cara no supermercado, ela tava lá fazendo compras, o cara também… Eles meio que deram uma batida de carrinho num dos corredores, — deram risada e nã nã nã — e depois ali no caixa ele tava atrás dela na fila. Eles começaram a conversar e trocaram telefone. E o carrinho do cara, — é bom ressaltar — estava cheio de coisa de comidinha de criança, sabe? — Quando é coisinha que só criança come? — Como ele viu a Meire reparando no carrinho, ele falou assim: [efeito de voz grossa] “Ah, então, essas coisas de criança aqui, essas comidinhas de criança são pra minha mãe… Ela tem Alzheimer e está, assim, em um estágio que ela acha que é uma criança, então você sabe, né? Tem que cuidar”. E aí a Meire já ficou ali toda emocionada de ver um filho, um homem já adulto, cuidando da mãe. Esse cara e a Meire trocaram telefones ali e começaram a trocar mensagens, a conversar, marcaram de sair. — Foi tudo lindo. — 

Saíram umas três, quatro vezes e aí o cara pediu a Meire em namoro. — Com direito a aliancinha de compromisso e tudo, hein? — E aí começou o namoro de Meire e este cara… Estava indo tudo bem e estava chegando ali final de ano, e aí a Meire queria saber o que eles iam fazer ali no final de ano, e aí o cara falou assim pra ela: [efeito de voz grossa] “Olha, eu já aluguei um apartamento pra gente na praia, e a gente vai passar 15 dias na praia. Dá uma olhada aí na sua agenda, vê como está… Se você vai ter… Até quando você tem aula”. — A Meire é professora. — “Pra gente poder depois já ir e ficar uns 10 ou 15 dias na praia”. 

E aí a Meire se animou, porque ia dar pra pegar Natal e Ano Novo na praia. A família dela mora em outro estado e é difícil ela ir, porque é mais caro e tal e esse apartamento era o cara que ia alugar, ela até comentou com ele que não tinha grana e “não, não, eu que vou alugar e nã nã nã”, e aí ela fez uma comprinha ali pra levar, né? Pra eles comerem lá. — E aí tinha um detalhe… — O cara falou: [efeito de voz grossa] “Só que tem uma coisa, a gente vai pra praia… A minha mãe tem uma cuidadora”. — Até então a Meire não conhecia a mãe do cara, né? — “Eu não posso levar a minha mãe pra praia, ela tem uma cuidadora que fica durante o dia. Infelizmente eu vou ter que subir todo dia pra dormir com a minha mãe”. — E aí, assim, subir não tem tanto problema, porque as pessoas estão descendo, mas pra descer pode ser que demore, que eu chegue um pouco mais tarde. Então aí eu vou ver a hora que eu saio de lá pra não pegar tanto trânsito, para descer a serra e nã nã nã”. 

Combinaram ali… Então, durante o dia eles ficavam na praia e depois o cara subia pra ficar com a mãe. E a Meire morrendo de dó, porque pensa, gente, que cansativo… — Mega cansativo pro cara, né? — Ele fazendo um esforço tremendo pra estar lá na praia com a Meire e estar com a mãe a noite e tal, né? E aí a Meire ficou até, assim, um pouco culpada, sabe? Mas enfim… Tava legal a praia ali, eles ficavam num quiosque… Tava bem legal. Aí um dia eles estão lá no quiosque, tomando um negocinho e ela tá abraçada nesse cara… Quando, de repente, aparece uma criança… — Do nada. — E aí a criança olha assim pra esse cara e fala: “Pai?”. [risos] — E aí o cara já tinha falado que não tinha filhos, né? Nunca tinha sido casado, nada… — 

E aí a Meire olhou pra ele e ele já ficou, assim, meio assustado e ele saiu andando… — Pegou na mão da criança e saiu andando, rápido assim, tipo, em outro sentido da praia. — E aí a Meire falou: “Ué, o que que é isso?”. — O que a Meire fez? — Foi indo atrás… Atrás dele, mas meio afastado… — Porque ele foi praticamente correndo com o menino, né? — E ai viu quando esse cara chegou num outro quiosque, — tipo, longe de onde ela estava com ele — e lá tinha uma mulher, mais uma menininha e ele chegou com esse menino e, assim, meio que dando bronca, falando com a mulher, assim… E aí a Meire foi atrás dele, chegou e falou: “Oi?”, e aí o cara ficou assustado e já quis falar pra Meire alguma coisa do tipo assim… — Como se ela fosse alguém pedindo informação, sabe? —

E aí a Meire falou: “Não, não… Peraí, peraí… O que tá acontecendo aqui?”, e aí o cara gaguejava, não respondia nada com nada… E ela virou pra mulher e falou: “Olha, eu não sei o que está acontecendo aqui, eu sou namorada dele e estou aqui na praia com ele. Quem é você?”. [música de tensão] A mulher ficou em choque olhando pra cara dele, olhando pra cara dela, e aí a menininha falou: “Ele é meu pai, o marido da minha mãe”. E aí a Meire sacou tudo… Ele tinha levado para a praia a esposa com os filhos e tinha levado ela pra praia, tipo, a amante. Então, quer dizer que ele não estava subindo a serra para ir dormir na casa da mãe dele com a mãe dele? Ele estava dormindo com a família? — Gente… — E a Meire falou que às vezes ele saía, tipo, ele falava: “Ah, tomar um banho de mar” e demorava duas horas pra voltar porque ele gostava muito de nadar e nã nã nã e ela ficava ali no quiosque, tomando um negocinho e tal. — Então eu acho que era a hora que ele tava lá com a família dele no outro quiosque. —

E aí a Meire descobriu desta forma que ela era a amante do cara. — Pensa… — Aí a esposa do cara começou a chorar, as crianças começaram a chorar… Ela pegou as crianças pela mão e saiu andando, tipo, saindo da praia, né? E o cara foi atrás dela e largou a Meire lá na praia. E aí a Meire voltou, — foi lá para o apartamento que ele tinha alugado — pegou as coisas dela e foi para a rodoviária… — Por que o que ela ia fazer, né? — E aí quando ela entrou ali no celular já pra xingar o cara, né? — Pra mandar mensagem e tal. — Ele já tinha bloqueado ela. — Em tudo. — Ela já estava bloqueada, e aí ela teve que ir para a rodoviária, esperar ter um ônibus pra cidade dela pra poder voltar. E nunca mais falou com esse cara. — Ele bloqueou ela em tudo, né? — Então ele tinha uma esposa, tinha filhos… Ela não sabe se ele tem uma casa na praia e alugou o apartamento pra Meire ficar com ele ou se ele alugou dois apartamentos. — Tipo, um pra ficar com a esposa e os filhos e outro pra ficar com ela. — 

A única coisa que ela sabe é que ela era uma amante sem saber. Ela acreditava aí… — De repente não tem nem uma mãezinha doente… Acho que não tem. Porque ele falou e me mentiu que ele subia todo dia para dormir com a mãe e, provavelmente, ele estava dormindo no apartamento lá com a esposa, né? Com a esposa e os filhos. — E vai saber o que ele inventava pra esposa aí, pra poder ficar com ela uma parte do dia… Porque ele dava uns sumiços também, falava que estava no mar… Então ele devia usar essa mesma desculpa com as duas, será? E a audácia desse cara de ficar num quiosque com a Meire e em outro quiosque com a família. E o trabalho todo que dá, o gasto todo pra trair, sabe? — Olha… —

A Meire agora já está bem, né? Essa história já tem alguns anos, mas ela ainda lembra do que ela passou nessas férias aí de final de ano com esse traste que transformou a Meire numa amante sem ela saber. 

[trilha]. 

Assinante 1: Oi, gente, sou Carol Rodrigues de Fortaleza, Ceará. E, assim, a primeira coisa que eu queria falar aqui é: Que disposição, cara, que esse povo tem… Duas casas de praia, dois quiosques, sobe e desce e vai pra lá… Nossa, pelo amor de Deus… E outra: que criatividade desse cara de criar esse enredo da mãe com Alzheimer, não sei o que… E, assim, eu acredito que ele deva fazer isso com frequência, porque quando olhou os carrinhos e viu comida de criança, ele já se antecipou. Então, assim, Meire, você não tem culpa de nada, esquece essa história, leva ela mais como uma história engraçada que você vai ter aí pra contar para os amigos, para os amigos… Eu acho que as principais vítimas é você, a esposa dele… Você não sabia… Mas, olha, pensa assim: vai dar tudo certo. Se você já não tiver encontrado, vai encontrar alguém muito massa. Nem todo relacionamento é ruim e existem muitas pessoas boas por aí, viu? Um cheiro. 

Assinante 2: Oi, Déia, Oi, Não Inviabilizers, meu nome é Ketlyn e eu sou de Canoas, Rio Grande. Ai, Meire, o que dizer, né? Desses homens… Sinto muito que tenha passado por isso, acho que ele deu alguns indícios ao longo de todo esse tempo, né? Comprando papinha de bebê, falando que era pra mãe idosa… Já não faz muito sentido, na minha opinião, mas ele se superou te levando pra praia com a desculpa de que tinha que dormir com a mãe, né? Acho que eu não acreditaria muito, já estou acostumada com Picolé de Limão, mas acho que a pior parte da história foi o que aconteceu contigo, com a esposa e com as crianças que tiveram que presenciar toda essa briga, né? Fica bem. Ainda bem que já partiu pra outra e vida que segue. 

[trilha]

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[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.