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título: salário
data de publicação: 15/08/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #salario
personagens: joyce e sandra

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]


Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje pela primeira vez é a Wizard by Pearson, com o Wizard on. A Wizard é a maior rede de escolas de idiomas do Brasil, onde você pode estudar inglês e espanhol com toda a qualidade — que você já conhece — e com a metodologia que já formou milhares de alunos, agora de forma online com Wizard On. — Amo… — Seja na sua carreira, para viajar ou mesmo no cotidiano, saber um outro idioma te ajuda a chegar aí a mais longe. 

Na Wizard On é possível estudar online e com aulas ao vivo, onde você aprende com a mesma excelência o Wizard que você já conhece e você pode estar aí onde você estiver. — Fica comigo aqui até o final que tem um super cupom de desconto e eu vou deixar tudo certinho e o link aqui na descrição do episódio. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Joyce. Então vamos lá, vamos de história. 


[trilha] 


Joyce conheceu uma moça — tem um ano e meio — e ela começou aí a sair com essa moça. No começo não era um namoro firme, mas depois dali um mês e meio, elas começaram a namorar firme. Joyce, quando conheceu essa moça, dividia apartamento com outra moça, Joyce num emprego onde ela ganha R$2.500, morando e dividindo despesas com uma moça, onde o aluguel do apartamento é R$1.500 R$, 750 para cada uma, mais ali o condomínio e a conta de luz, R$1.000 para cada uma. Então, ali do salário de Joyce, com os descontos, ela ficava ainda com os R$1.000. Com esses R$1.000 ela tinha que comer e pagar um curso que ela faz online. Uma vida apertada, mas a Joyce tava suave, tava de boa, né? E aí ela conheceu essa moça e a moça começou a frequentar ali o apartamento da Joyce e a moça sempre com ciúme da amiga de Joyce. — Que a gente pode chamar aqui de Sandra. —

Sandra, colega de apartamento ali de Joyce, e a Joyce sempre falando: “Não tem nada a ver, não tem nada a ver”, enfim… O tempo foi passando, esse namoro de Joyce foi ficando sério e essa moça resolveu pedir a Joyce em casamento. — Casamento real, não só morar junto, casamento. — A Joyce também apaixonada, falou: “Poxa, será, né? Ai, vamos casar sim”. Só que Joyce, uma pessoa muito consciente, falou: “Bom, como que vai ser isso? Porque, assim, eu tenho despesas aqui”, a primeira coisa que a moça falou é que a Sandra deveria sair do apartamento, que ela assumiria as despesas da parte da Sandra. E aí a Joyce perguntou pra ela: “Quanto você ganha?”, e aí a Fulana falou: “Olha, eu ganho R$2.650”. Pra juntar com 2.500 da Joyce ia dar pra elas viverem ali sem muito perrengue, né? E ai a Joyce falou: “Então tá bom”.

Conversou com Sandra pra dar um tempo também, porque Sandra é super legal, né? Pra Sandra achar um outro lugar, e aí a Sandra falou: “Bom, tá chegando o final do ano… Então deixa passar as festas aí do final do ano que eu me ajeito, até fevereiro eu saio”. E Sandra trabalhava já home office, pensou bem e falou: “Bom, eu posso voltar pra casa da minha mãe… Minha mãe tá morando sozinha, posso voltar pra lá”. E aí a Sandra fez uma proposta para Joyce, porque ali dentro daquela casa a geladeira era da Joyce, mas o micro—ondas e o fogão, por exemplo, era da Sandra e tinha o quarto todo da Sandra também montado — só que a Sandra já tinha um quarto lá na casa da mãe dela —, então ela fez ali um pacote, falou: “Se você quiser, por R$1.000 você fica aí com fogão, microondas e o meu quarto inteiro”, no quarto tinha ali a cama, o guarda—roupa, uma escrivaninha, enfim… A Sandra falou: “Só vou levar do meu quarto ali a televisão pra botar no meu quarto, lá na casa da minha mãe e tal… Assim também economizo, não precisa de carreto e tal, no carro eu consigo levar tudo”. 

E foi combinado isso, era final de ano ali, a Joyce pegou o 13º dela, pegou R$1.000 e comprou as coisas da Sandra. E aí a Sandra falou: “Bom, então eu já posso sair em janeiro”. E aí ficou combinado isso, que elas iam morar juntas até correr a documentação e tudo e casar em fevereiro. Então, Sandra saiu do apartamento em janeiro e a agora noiva de Joyce mudou para lá. O aluguel de dezembro você paga em janeiro — ou paga antecipado, depende, mas o delas elas pagavam depois — janeiro a Sandra ainda pagou, então fevereiro já era agora a divisão com a noiva e fevereiro era o casamento de fato. Janeiro passou tranquilo, as duas agora morando juntas — aquela coisa de lua de mel, tudo muito legal e tal — e chegou casamento… Casamento no civil e só um almoço ali das famílias. A primeira coisa é que a moça mudou para lá e ela levou as roupas, mas não levou utensílios, não levou nada, porque já tinha tudo ali na casa de Joyce. Ela mudou pra lá e levou o laptop dela, levou as roupas e só… Levou mais ali uma banquetinha que ela tinha que era mais bonitinha e só, assim, coisinha muito pouca, né?

E casaram e continuaram naquele ritmo que ela já estavam de janeiro. Só que chegou ali o dia 10 de fevereiro, era dia de pagar o aluguel e o condomínio. Um condomínio ali de R$300, dava 150 para cada uma, mais 750 do aluguel, então R$900 cada uma, mais aí uns R$70 de luz e uns 50 de internet para cada uma. Mil e pouquinho ali, fechava a conta. E aí a Joyce falou: “Amor da minha vida, passa os R$1000 pra minha conta, que eu já vou fazer os pagamentos e depois a gente vê aí mercado, como é que a gente vai fazer”, porque também elas iam ter que dividir mercado, né? Aí ela mandou esse áudio pra esposa e a esposa não respondia. Aí ela mandou de novo, falou: “Amor, então, já faz aí o pix, porque eu preciso pagar aqui as coisas, né?”. E aí, Joyce recebeu da sua esposa chorando… No áudio, a esposa de Joyce fazia uma revelação: Ela não ganhava R$2.650, ela ganhava R$1.320. — Que é o salário mínimo. — Metade do que ela disse que ganhava… 

E que, desses 1320, tinha os descontos ali, ela recebia, 1100… Desses 1100, ela tinha que dar 500 para a mãe dela para ajudar em casa e ficava só com R$600. — Também ficou em choque aí? — E desses 600 reais ela ainda tinha que comer na empresa, porque a empresa dava só o vale transporte. — Então, assim, tem aí essa questão da empresa pagar muito pouco, que é injusto, exploração do trabalhador, etc, só que ela tinha que ter contado a verdade pra Joyce, por que como que a Joyce ia agora pagar as contas? Como? — A Joyce ficou sem reação… Porque ali ela descobriu que ela ia ter que por mais R$1.000… Como que uma pessoa de R$2.500 de salário tem os descontos e tal, vai, dois mil e pouquinho de salário, vai pagar R$2.000 só em aluguel, condomínio, luz, internet? Não tem como… E para comer? E para viver o resto do mês? 

Quando ela chegou em casa, a esposa estava lá e aí elas foram ter uma conversa… E aí a ideia da esposa foi: A Joyce pagar essas contas, a Joyce ia ficar sem dinheiro nenhum e a esposa, com esse R$600 comprar a comida das duas do mês, mas ainda assim muito apertado, né? E aí ela levaria marmita em vez de comer na rua… — A empresa da Joyce tem refeitório lá, então dá comida, né? — Ela não precisava se preocupar com isso… Mas a moça ou ela comia na rua — a esposa de Joyce — ou ela levava marmita. Só que tem uma questão: A moça não sabe cozinhar… — Então ela ia comprar as coisas pra quem chegar do trabalho e fazer comida pra bonita levar na marmita? Pra Joyce. — Fevereiro foi assim… Sem contar que ela, na maioria das vezes, comprava miojo, arroz, feijão e ovo. A Joyce falou: “Pelo amor de Deus, olha olha o que está acontecendo com a minha vida…”. — Como que uma pessoa mente, gente… Casa e mente o salário? Mente pra maior. Porque você faz as contas ali, né? Para viver junto. —

Março foi assim também, em abril a Joyce falou: “Olha, não dá… Não tem como. O quarto está mobiliado aí e eu vou anunciar o quarto, porque aí pelo menos eu tenho alguém para dividir as contas”. E aí a esposa fez um auê, que não queria ninguém dentro de casa… — Ué, você não paga, fofa, como não quer ninguém? Você não está pagando… Como “eu não quero ninguém”? Você tá contribuindo? Você não tá… — Abril passou nesse perrengue, a Joyce não botou ninguém, mas quando foi em maio, ela sem contar para a esposa, botou uns anúncios lá no Facebook, essas coisas, entrevistou umas garotas e botou uma moça lá pra morar lá, pra ajudar. E aí E aí, quando chegou junho, a moça que tinha alugado o quarto estava dividindo as despesas falou pra Joyce que ia sair… E aí a Joyce falou: “Nossa, mas por que? Você não gostou? O que aconteceu e tal?”, e aí a moça falou que quase todo dia a esposa da Joyce ameaçava ela, falava que era melhor ela ir embora, que a Joyce era só dela… — Tipo psico assim, né? — E aí a moça falou: “Eu não vou ficar aqui, não tem clima e tal… O apartamento é bem localizado e tal, mas essa sua esposa é péssima, não tem como eu ficar aqui” e saiu fora. 

Então, agora elas voltaram ao esquema onde a Joyce tem que pagar tudo e comer arroz com ovo o mês todo… E ainda fazer o arroz, fazer o feijão e fazer o ovo, porque a bonita não faz nem o ovo. E aí ela falou: “Andréia, eu sei que as pessoas podem até me julgar, mas o meu amor, que era grande pela minha esposa, está acabando por questões financeiras, por falta de grana. Eu não consigo mais nem olhar para ela, porque eu tenho ódio, porque eu estou bancando tudo, eu estou fazendo tudo. E agora me diz, ela saiu da casa da mãe dela… Tudo bem, a mãe dela precisa dos R$500, mas não era uma coisa que ela tinha que ter conversado comigo, Déia? Antes… E ter me contado a real, que ela ganhava 1320… Porque se tivesse me falado que ela ganhava um salário mínimo, eu não tinha casado com ela. E não é porque eu não gosto dela, é porque a gente não ia conseguir se manter… Eu ia falar pra ela: “Olha, você tem que procurar um emprego melhor, um emprego que te pague mais pra gente poder casar. E aí quando eu falo isso para algumas amigas minhas, algumas amigas acham que eu estou sendo injusta”.

Se ela se separar da esposa, ela vai estar sendo injusta? Essa é a questão da Joyce. O que eu sugeri para a Joyce? “Joyce, não dá pra vocês procurarem um apartamento onde o aluguel seja metade?”, porque aí já ajuda, eu acho, né? E aí a Joyce disse: “Andréia, eu estou num lugar razoavelmente bom… Eu vou ter que sair de onde eu estou para ir para um lugar pior porque a pessoa mentiu para mim?”. Mas será que não vale o esforço de ir para um apartamento mais barato, mesmo que seja mais longe, porque ela já pega condução mesmo… Então vai continuar pegando. Não é que ela trabalha perto do trabalho e não pega condução, já pega… Então vai continuar pegando, isso não vai mudar muito. Vai pra um apartamento que em vez de ser 1500 é, sei lá, 700, 800, o aluguel. Será que acha? Será que tem? Ou sei lá, vai para dois cômodos… Aqui minha casa é dois cômodos e um banheiro, dá pra viver bem… E aí depois, quando o salário da moça melhorar, aí vocês vão para um outro apartamento. 

Eu dei essa opção pra ela, mas ela acha que não está certo, que é melhor ela botar uma pessoa lá pra dividir e continuar morando onde ela quer morar, entendeu? Mas aí o casamento, como é que fica o casamento? O que me pega muito é a mentira, mas é uma mentira que eu acho que ela fez para casar, será? Eu não sei, eu não sei… Eu acho que, assim, eu acho que dá para tentar um pouco mais, sei lá, tentar resolver, não sei… Mas a Joyce acha que o amor dela está abalado, realmente ela está gostando menos da esposa por causa do lance da grana. Então, a minha sugestão de ir para um apartamento mais barato a Joyce não aceitou. Então, ela tá aqui para ouvir aí a sugestão de vocês. Eu acho que se der para preservar o casamento, já que em outras coisas é legal… Mas também tem esse fato dela ter assustado a outra moça, né? Até que ponto ela é legal também, né? Puts, tem isso, eu tinha até esquecido disso. Ela foi péssima com a moça que alugou… Agora não sei mais. O que vocês acham?


[trilha]


Assinante 1: Olá, Não Inviabilizers, eu sou Stephanie, falo de Pirabeiraba, Joinville, Santa Catarina. Ê, Joyce… Já começou todo errado esse relacionamento aí sendo ONG de mulher… [risos] Esse universo sapatão é bem comum, hein? A gente sabe como é que é. Joyce, a tua relação, ao meu ver, já começou toda torta, toda errada, com base em mentira, manipulação, ciúme… Eu acho que não tem nada aí nessa relação que vá melhorar, sabe? Eu acho que nessas horas a gente tem que ser egoísta, tem que pensar em si mesma e ouvir os nossos instintos. Essa é minha recomendação para o dia de hoje. [risos] Espero que você fique bem, espero que fique tudo bem e depois manda o feedback pra gente do que aconteceu. Tudo de bom. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é a Samanta de Curitiba. Joyce, não confunda o nó com o que parece ser um laço. Quanto mais tempo você ficar nessa relação, mais difícil vai ser desatar esse nó depois que vai ficar, mais tempo de vida e de terapia isso vai te custar pra você recolher os cacos e conseguir viver normalmente depois. Vai por mim, viu? Quem mente pequeno, mente grande… E a relação já começou com essa mentira, além do fato de que sua esposa ameaçou outra pessoa, né? Então, eu discordo da ideia, acho que você precisa sair o quanto antes e parar de ceder, porque só você está cedendo. Você não é obrigada a viver de arroz o ovo o mês inteiro. Então, se você achar que vale a pena insistir, sente com a sua esposa, dê um prazo para ela mandar alguns currículos, tentar um emprego que pague melhor e diga que enquanto isso você vai sim colocar o quarto a disposição para aluguel e que você não vai tolerar ameaças a um novo morador e é isso ou ela vai precisar sair do apartamento. Seja bem prática, não é frieza, discordo dos seus amigos também. Você precisa se priorizar, você já cedeu muito e ninguém merece viver dessa maneira, né? Então te desejo boa sorte aí e atualiza a gente para saber o que te aconteceu depois, tá? Beijo. 


[trilha] 


Déia Freitas: Além das escolas presenciais, a Wizard by Pearson tem também aulas de inglês e espanhol online ao vivo com a escola virtual Wizard On, onde os alunos têm um professor que acompanha o aprendizado, tem material didático físico, duas horas de aulas semanais, encontros mensais de conversação — conversação é muito importante —, apoio de uma escola física sempre que você precisar aí e acesso a testes de proficiência em inglês. E usando nosso cupom — [risos] gente, nosso cupom é tudo, “PONEION” [risos] , eu amo nosso universo Pônei, tá? — PONEION, tudo junto em maiúsculo, eu vou deixar aqui na descrição do episódio. Você ganha um desconto de R$200 na matrícula e você paga apenas R$99. Olha esse super desconto, hein? Vai agora conhecer a Wizard On, o link está aqui na descrição do episódio. — Valeu, Wizard by Pearson. Seja bem—vinda. — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 


[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]