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título: sarah
data de publicação: 30/10/2021
quadro: amor nas redes
hashtag: #sarah
personagens: sarah

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. E cheguei para mais um Amor nas Redes junto com Ipanema. — Meu publi. — Dando sequência na campanha Ipanema Sempre Nova, hoje eu estou aqui para contar mais uma história onde dar o primeiro passo foi importante. Ipanema já contou a história de três brasileiros incríveis lá no Instagram da marca, que é sandálias ipanema. @sandaliasipanema. — Eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio. — Lá você encontra no insta as histórias da Marlene, interpretada pela Regina Casé, da Joelma contada pela Erika Januza e da Ero, vivida pela Ana Clara Lima. 

E por aqui, no meu podcast, você confere a terceira história da campanha. A primeira foi a história da Juliane, a segunda foi a história da Karen, então você pode voltar aqui no feed pra ouvir as outras duas histórias. E hoje eu vou contar para vocês o primeiro passo da nossa amiga Sarah. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

Em 2015 a Sarah estava ali com seus 25 anos, tinha um emprego estável, morava com os pais e levava uma vida muito boa… Mas ela era muito, muito, muito insegura. Um dia a Sarah resolveu entrar em um aplicativo de namoro e conheceu um carinha. No começo, foi tudo lindo, ele era muito gentil, atencioso, carinhoso e nã nã nã e a Sarah ficou toda envolvida. Quando o namoro engatou ali uns seis meses, eles começaram a planejar as viagens de final de ano, né? — Uma viagem ali de férias em casal. — Só que tinha um detalhe: o cara não trabalhava. Morava com os pais, tinha terminado a faculdade, mas não aceitava um emprego que ganhasse pouco. — Sabe aquelas pessoas que querem começar a trabalhar, não tem experiência, mas não aceitam um salário menor, já querem receber salário de chefe? Era esse cara. — 

E aí ele acabava recusando mesmo os empregos e vivia ali na cola dos familiares dele. Como ele não tinha grana para viajar e a Sarah morria de medo de viajar sozinha. — O que ela fez? — Ela começou a economizar para bancar a viagem dos dois. — Ê, Sarah… — Detalhe: ela ainda perguntou para ele pra onde o princeso queria ir, e ele disse que queria ir para uma praia aí bem legal. A Sarah espremeu ali o orçamento dela ao máximo para poder bancar a viagem para uma praia, para o mar do jeito que o cara queria. — E aí ficou tudo pronto, eles iriam viajar no dia 28 de dezembro pra poder ali curtir o final de ano mesmo, a passagem na praia. — 

E a sorte é que ela resolveu que eles viajariam de carro… — Porque se ela tivesse comprado as passagens aéreas ela estava mais lascada ainda. — O que a Sarah fez? Ela alugou uma casa na praia pra ficar com ele por 20 dias. — Gente, vocês imaginam o preço de alugar uma casa na praia em alta temporada, final de ano, por 20 dias? Foi isso que a Sarah fez. — Ela bancou tudo sozinha, ainda comprou… Fez uma compra para levar, né? Muita cerveja para ele, a cerveja que ele queria e nã nã nã. — E.. Mais ONG que isso, hein, Sarah? — 

Assim, ela pagou tudo e era só ele ir. — Tinha esse detalhe, ele precisava ir. — Aí chegou no dia 26, dois dias antes de eles viajarem lá para curtir os 20 dias na casa de praia, esse cara chega pra Sarah e fala assim: “olha, desculpa, eu acho que eu ainda amo a minha ex-namorada. [efeito sonoro de voz engrossando] tudo bem pra você se a gente viajar para praia como amigos” — Gente… — A Sarah chorou muito, ficou mal, mas aceitou viajar com esse cara como amigos. Isso foi no dia 26… No dia 27 esse cara postou uma foto nas redes sociais dele voltando com a ex-namorada. 

E aí uma ficha enorme caiu na cabeça da Sarah, falou: “Poxa, não… Aí já é fazer um papel de ONG muito grande”. E ela resolveu que não, parou a palhaçada, não vou viajar com ninguém como amigo. Só que ela já tinha dado entrada lá no dinheiro da casa, né? Que você pagava uma parte e quando você chegava na casa você pagava o restante. Então o que ela fez? Ela deixou pra lá esse dinheiro que ela deu de entrada na casa e pegou o dinheiro que ela ia dar na casa lá para pagar o total dos 20 dias e foi para Recife. [efeito sonoro de avião] Foi para Recife na casa de uma amiga passar o Ano Novo lá, não avisou o cara e deixou ele esperando ali para viajar no dia seguinte. — Sabe lá, né? Como ele ficou. — 

A Sarah viajou só com uma mochila, pegou as coisinhas dela e bora pra Recife. Chegou lá em Recife ela chegou na praia chorando, passou ano novo chorando… — Estava chorando, só chorando… — E aí a mãe dela ligou para ela e ela atendeu chorando, a mãe dela falou: “bom, você foi até aí, gastou esse dinheiro todo para chorar? Chorasse aqui”. — Né? [risos] A mãe dela foi ótima, né? Já amo. — E aí mais uma ficha caiu na cabeça da Sarah: “Poxa, eu estou aqui, num lugar lindo, com gente que eu gosto, conheço e estou chorando?”. E aí ela resolveu dar um passo maior, porque o medo da Sarah sempre foi viajar sozinha, e aí ela já estava lá em Recife, ia ficar só uns dias, mas ela tinha as férias todas… — Porque ela tinha tirado para passar 20 dias com aquele cara. — E aí ela falou, “bom, eu já estou aqui com a minha mochila, vou dar uma viajada por aqui mesmo, pelo Brasil, sozinha”. 

E ela já não estava com muito dinheiro, então começou a viajar de carona e ficava na casa de um, ficava na casa de outro, conheceu pessoas maravilhosas… — Teve aí um romance breve com um argentino… — E o principal: ali ela conseguia se sentir viva, sabe? Poderosa de ter conseguido viajar sozinha, que era uma coisa que eu tinha muito medo. E assim ela foi passando os 20 dias. — Chegou até dormir aí numa cidade que não tinha hotel na casa de um pescador. — Quando acabou aí esse período de 20 dias que ela ficou passeando, pegando carona, viajando, tudo sozinha… Ela voltou para casa e ela sentia uma outra pessoa. 

Ela voltou tipo um mês depois, não quis mais morar ali com os pais, ela foi morar sozinha… Começou outra faculdade, e aí ela passou a se valorizar mais. E, assim, enquanto ela estava lá viajando, superando aí esse medo de viajar sozinha e tal, que que estava enchendo o celular dela de mensagem pedindo desculpa e pedindo para voltar? — Sim, ele, aquele carinha. — Mas aí a Sarah já não era a mesma Sarah, né? Ela não era a mesma pessoa, ela tinha se encontrado e agora a paixão dela principal era ela mesma. 

E o primeiro passo da Sarah foi esse, né? Ela conseguiu viajar sozinha, ela conseguiu ter ali um momento de independência, mesmo passando por um monte de coisa que ela estava passando por causa desse cara. E o conselho que ela deixa aqui pra gente é isso, sabe? Vai fazer alguma coisa sozinha, se leva para jantar, né? Não depende tanto dos outros… E é isso, dá aí o seu primeiro passo. 

[trilha] 

Assinante 1: Oi, Sarah, Oi, Déia, aqui quem fala é a Tainá diretamente de Gaziantep, na Turquia. Primeiro eu queria te dar os parabéns por essa história linda. Fico muito feliz que você se encontrou dessa maneira e, ainda por cima, pulou uma fogueira medonha de um boy que ia ser muito lixo. E, segundo, eu me identifiquei muito com essa história, porque eu vivi até meus 22 anos no Brasil sem viajar para lugar nenhum e sem saber que me faltava muito uma coisa. Foi quando eu vim morar na Turquia, um país totalmente diferente e eu encontrei esse mesmo amor por mim mesma e pela viagem. Então eu fico muito feliz que você se encontrou nessa estrada, tá bom? Um beijo. 

Assinante 2: Oi, pessoal do Não inviabilize, aqui quem fala é Mayara de Fortaleza, Ceará. E, de todas as histórias do Não Inviabilize, com certeza essa foi a que eu mais me identifiquei, porque eu passei por uma situação muito parecida. Eu sofri muito com uma traição do meu ex-marido, de ficar vendo fotos em viagens dele com a amante e, em determinado carnaval, eu decidi que eu não ia ficar sozinha em casa e de última hora resolvi viajar sozinha pro Rio de Janeiro. Foi uma das melhores experiências da minha vida, eu conheci em vários locais, fiz vários passeios, conheci muita gente e contei a minha história em vários idiomas diferentes. Foi renovador, eu voltei outra pessoa e consegui, a partir daí, mudar tudo na minha vida. Eu só tenho a agradecer ao Não Inviabilize noiva e a Sarah por compartilhar essa história pra gente ver que a gente não está sozinha nessa. Beijo. 

Déia Freitas: Eu sou essa pessoa que nem gosto tanto assim de viajar, mas morro de vontade de conhecer o Japão. Quem me conhece há mais tempo sabe que eu sempre falo disso e, se isso acontecer, eu vou viajar sozinha. — Estou morrendo de medo? Tô. — Se eu conseguir viajar, vai ser sozinha e eu estou me inspirando na Sarah aí. Vou estar em outro país, não vou fazer esse lance da carona e tal, mas vai ser o meu primeiro passo aí para de repente conhecer um outro país, eu nunca saí do Brasil, sozinha. — Vamos ver se eu consigo, né, gente? Aguardem aí os próximos capítulos. — 

Ipanema Sempre Nova quero inspirar você a dar esse primeiro passo. Esta foi a minha última história aí da campanha, Eu amei. Obrigada, Ipanema. Eu vou deixar aqui na descrição o site da campanha, que é: sandaliasipanema.com.br/semprenova, o insta é: @sandaliasipanema e tamo junto, Ipanema, espero que a gente possa trabalhar aí junto novamente. Um beijo e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.