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título: tonta
data de publicação: 16/02/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #tonta
personagens: mila e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje, de novo, é a Hidrabene. — Nossa amiga cor de rosinha de sempre, que eu amo… — O carnaval já tá aí [efeito sonoro de samba ao fundo] e com ele chegou a campanha Bene Folia da Hidrabene. A Hidrabene criou kits para todos os tipos de pessoa, desde o folião, que vai para o bloquinho — amo — até aquela pessoa caseira, que gosta de curtir o carnaval aí no conforto do sofá. — Ou seja, eu… [risos] Vendo os desfiles e tudo o que acontece sentada aqui na minha caminha. — E pra comemorar esse carnaval, nas compras acima de 50 reais, você ganha 20% de desconto em todos os produtos e kits com o cupom PICOLE20. 

E tem mais: a cada 300 reais em compras você ganha uma necessaire cor de rosa da Bene — que é lindinha — e tem frete grátis nas compras acima de 50 reais para a capital e região metropolitana de Santa Catarina e São Paulo. Eu vou deixar o link aqui na descrição do episódio e mais o cupom. Hydrabene.com.br. — Amo… — E hoje eu vou contar para vocês a história da Mila. Então vamos lá, vamos a história. 

[trilha] 

A Mila conheceu um cara aí e começou a namorar esse cara… Mila com um emprego bom, trabalhando numa vaga que ela passou de concurso — então com uma estabilidade e nã nã nã — e o cara desempregado. — Aí eu volto aqui, gente… Não é sendo chata, mas já sendo, por que você vai namorar uma pessoa que não tem um emprego? Uma época da minha vida eu fiquei muito tempo desempregada, só fazendo bico e tal, uma situação muito difícil… Eu jamais pensei em namorar nessa época, assim… Por que o que eu podia oferecer pra alguém? Eu não podia ir na esquina tomar um suco e comer um salgado, eu não tinha dinheiro… Então, como você sai, você começa a namorar se você não tem nem o dinheiro do ônibus? Então eu não consigo entender, assim… A pessoa começa a namorar já sabendo que o cara não tem um emprego, que você vai ter que bancar tudo. —


E a Mila foi assim… Ela começou bancando tudo, inclusive a passagem dele pra ir pra casa dela, né? Pra ficar na casa dela e tal… Mila já nessa época morando sozinha, o cara morando com os pais numa boa casa, as condições financeiras do pai e da mãe muito boas… — Mas assim é aquela coisa, você não trampa, o pai e a mãe tá certo, não tem que te dar tudo, você já está com 30 anos, entendeu? Eu acho que os pais eram certos. Assim, eles incentivavam o cara a procurar um emprego. — E esse cara era aquele cara — que a gente já viu aqui no podcast também e tem muito por aí — que não queria, tipo, começar, entre aspas, de baixo. Ele queria um emprego já de gerência… [risos] — Lógico que queria, né? [risos] Uma coordenação… Ele não queria começar com estágio, começar, sei lá… — Porque, assim, se você precisa trabalhar e você está desempregado, você acaba pegando uma coisa aí pra você viver e depois você vai correndo atrás dos seus planos e tal, né? — Não. Ele como tinha ali um teto, tinha comida, tinha roupa lavada, tudo em casa, ele queria já começar num cargo mais alto. — E, gente, a realidade do mercado hoje você não consegue… Você não tem uma experiência nenhuma, você já quer mandar nos outros? Você quer entrar gerente do negócio? Não vai acontecer. —


E a Mila apaixonada embarcou nessa dele, que ele não tinha que pegar um emprego assim tão de comecinho de carreira, que era melhor ele esperar pra pegar uma coisa melhor. Mas essa coisa melhor não aparece, né? Quando você não fez absolutamente nada, você está com 30 anos e não trabalhou em nada… É mais difícil, né? — Antes que falem aí, esse conselho que eu dou aí de não namorar quem está desempregado, vale também aí para as mulheres desempregadas, entendeu? Você namorada, você namorado aí que está investido numa moça que não tem emprego, pra onde vai isso? Então, incentive aí a sua namorada a ter um emprego, a ter a sua própria renda também. Não é só os caras desempregados, meninas desempregadas também… Tem que correr atrás, gente, tem que trabalhar… [risos] É isso… Trampo. [risos] Porque a gente não é rico, então precisa trabalhar. —


Então, a Mila embarcou nessa dele e aí ela começou a bancar tudo. No começo, ela bancava a passagem de ônibus pra ele ir pra casa dela… Depois ele não queria mais ir de ônibus, ele queria já aí um carro de aplicativo. — Então ela bancava o carro de aplicativo pra ele ir e voltar da casa dela. — E aí depois ele começou a reclamar do carro de aplicativo… E aí a Mila resolveu comprar um carro… Resolveu comprar um carro pra deixar na mão desse cara, dirigindo… Só que esse cara fez a cabeça da Mila pra ela comprar o carro no nome dele. — Então, eu vou fazer uma conta aqui, mas não foi essa conta, tá? Mas é por esse caminho… — O carro custava, sei lá, 60 mil. Digamos que a Mila deu 5 mil reais de entrada e ia pagar parcelas ali 1.200 reais nesse carro. Mas ela que deu entrada com o dinheiro dela, ela que pagou as parcelas, mas o carro estava no nome do cara. Vai vendo… No nome do cara. — 


E aí a vida foi seguindo, esse cara se aproveitando financeiramente e emocionalmente muito da Mila. Os anos foram passando, a Mila quitou aquele carro e aquele carro no nome do namorado dela… E aí chegou o ponto que a Mila queria casar e o cara estava enrolando a Mila muito assim, né? Estava na cara que ele não queria casar e eu não entendo também.. — A Mila ia casar com um cara que não tinha emprego. Porque, vai, digamos aí que a gente está falando de três anos e pouco de relacionamento… Esse cara nesses três anos e pouco não trampou… Não trampou… Inclusive, era a Mila que botava gasolina ali no carro. — Eles viajavam, era a Mila que bancava… Chegou uma época que ele começou a reclamar que o pai dele não estava mais pagando o convênio dele e a Mila passou a passar a pagar o convênio dele. — Então, pensa o gasto que esse cara dava… Você sem filhos, sem nada, tendo que bancar aí este homem em todas as coisas. E a Mila querendo casar com este homem, esse homem enrolando, dizendo que não… Mesmo porque, né? Como é que ia casar? Não tinha dinheiro nem pra, sei lá, comprar a gravata. —


E aí o tempo foi passando, até que a Mila teve uma ideia. “Qual foi a ideia da Mila?”, você vai pensar… A Mila resolveu pegar um dinheiro que ela tinha recebido aí desses anos que ela tinha guardado… — Além de pagar tudo isso, ela conseguiu guardar uma graninha. — E recebeu ali umas coisas que ela tinha que receber do cargo em que ela estava e falou para o cara que eles iam trocar de carro, por um carro muito, mas muito melhor, praticamente pelo dobro do valor… — Porque ela tinha comprado um carro popular, né? — E aí esse cara ficou muito empolgado… E aí a Mila foi lá, fez a venda do carro que estava no nome do cara, vendeu e pegou esse dinheiro para comprar um outro carro. E aí o cara começou a insistir, a Mila falou pra ele: “Olha, eu vou comprar a vista, então o dinheiro já está na minha conta, beleza, vou juntar com o meu e vou comprar”. E aí esse cara começou a insistir quando ela ia comprar o carro, quando ela ia comprar o carro… 


E aí a Mila virou pra ele e falou: “Então… Eu vou comprar o carro nunca”. [risos] O que tinha acontecido? A Mila tinha quitado um carro no nome desse cara… Se ela terminasse com ele ali, nunca que ela ia ver esse cara mais e esse carro mais, ia dar uma dor de cabeça pra ela… Então, a Mila resolveu durante um mês, agradar muito este homem e fazer tudo o que esse homem queria, inclusive ali sexualmente, ela ficou mais animada, mais fogosa e nã nã nã e botou na cabeça dele que ela ia comprar um outro carro a vista no nome dele. Só que pra isso precisava vender o dele e ela pegar o dinheiro pra comprar o outro. Esse cara foi lá, vendeu, o cara que comprou o carro já fez o depósito na conta da Mila e era o que a Mila queria pra poder ter o dinheiro dela de volta que ela pagou… Prestação por prestação. E aí a hora que ela falou pra esse cara que ela não ia comprar outro carro, ele virou um bicho… Virou um bicho. 


Ela falou: “Ué, mas por que você está bravo? O dinheiro é meu. Eu ia comprar um outro carro, sim, mas resolvi não comprar. Qual o problema?”. E aí eles tiveram uma briga e terminaram, porque o cara achou que ela fez de propósito… — E ela realmente fez de propósito. — Só que o dinheiro era dela, o dinheiro era dela e ele sabia que o dinheiro era dela. E ele estava contando que ela ia comprar um carro com o dobro do valor no nome dele, porque ele tinha isso de falar “ah, vai ficar chato eu dirigindo um carro no seu nome”, ele queria no nome dele o carro novo também. E a Mila me falou: “Déia, todo mundo achando que eu fui muito tonta… E realmente eu fui muito tonta e que eu ia perder o carro, mas eu tive essa ideia aí um dia que eu estava dormindo do lado dele e que ele tinha me enrolado mais uma vez que não ia casar e caiu a minha ficha, assim. Ele estava comigo porque ele aproveitava as coisas que ele ganhava de mim e que eu ia ficar nisso. Então eu resolvi [risos] dar o golpe no golpista e pelo menos conseguiu o dinheiro do carro de volta, porque eu sei que ia ser muito difícil conseguir esse carro se eu terminasse com ele ainda com o carro no nome dele. Eu ia ter que comprovar que eu paguei tudo e isso podia arrastar na Justiça por muito tempo, né?”.


Então, Mila conseguiu aí se safar [risos] do único bem que ela tinha — o apartamento dela ali alugado — que era o carro, mas que estava no nome do namorado, porque “ai, não quero um carro no nome de mulher, quero no meu nome e nã nã nã”, sem um real… Você quer um carro no seu nome sem um real? 


[trilha]

Assinante 1: Oi, gente… Aqui quem fala é Vanessa, falo da Itália… Mila, cara… Que plot twist foi esse no fim da história? Amei. Amooo, como diz a Déia. [risos] Cara, ouvindo a história e eu pensando: “Meu Deus, que tonta”. [risos] Fiquei muito feliz que você teve esse insight, esse click e que você resolveu vender esse carro e pegar o seu dinheiro de volta. Então, o final foi muito melhor do que a gente estava esperando. Eu tenho certeza que todo mundo estava achando que você ia ser tonta até o final, mas ainda bem que o gigante acordou. [risos] É isso aí, parabéns, viu, Mila? 

Assinante 2: Olá, Déia, Não Inviabilizers, Tayná aqui do Rio de Janeiro. E, Mila, confesso que ouvi sua história praticamente me enraivecendo por você se prestar ao papel de ONG de macho… Mas o plot twist nos redimiu e, enfim, o estelionatário teve o que mereceu e foi posto pra correr, porque isso que ele é… Estelionatário. Primeiro financeiro e depois emocional, ou ambos, em distintas nuances. Mas o que importa é que você colocou essa pessoa pra fora da sua vida e eu desejo, a partir de agora, que você enfim encontre alguém que mereça a mala e esteja com você porque você é merecedora de tanto amor quanto que você certamente vai dedicar a essa pessoa. Um beijo, fica bem e seja muito feliz… 

[trilha] 

Déia Freitas: Então é isso, não esquece de curtir aí o carnaval do seu jeito com Hidrabene na campanha Bene Folia. Use o nosso cupom PICOLE20 e, nas compras acima de 50 reais, você ganha 20% de desconto em todos os produtos e kits. — Gente, 20%… — Clica no link que está aqui na descrição do episódio agora e vai lá garantir seus produtinhos para uma pele mara nesse carnaval. Hidrabene.com.br. — Te amo… — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]

E, pra vocês terem uma ideia de como esse cara era folgado, como ela tinha falado muito desse carro novo que ela ia comprar e que era uma caminhonete, vai, não vou dizer aqui qual… Mas era uma caminhonete que ela jamais pensou em comprar, mas ela sabia que era um carro que ele queria muito, um pouco antes dela dizer que não ia comprar, ele fez um post no Instagram com a foto desse carro, desse modelo de carro com a legenda assim: “Como é bom colher os frutos”… Frutos do que, gente? “Como é bom colher os frutos… Meu futuro bebê”, chamando a caminhonete de bebê, dizendo “meu futuro bebê”. Quer dizer, dele… E frutos do que? Frutos dela, frutos da Mila… É muita cara de pau, né? Ainda bem que a Mila acordou e deu um jeito aí de pegar esse dinheiro do carro de volta, fazendo ele vender o carro e botar o dinheiro na conta dela. Ainda bem que deu certo, né? Então é isso, gente, um beijo…

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.