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título: zerados
data de publicação: 22/11/2022
quadro: amor nas redes
hashtag: #zerados
personagens: jussara e rogério

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais uma história do quadro Amor nas Redes. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje pela segunda vez é o Tinder. [efeito sonoro de notificação] — Sim, o maior aplicativo de namoro do mundo. — Trazendo dicas de segurança e funcionalidade pra você explorar aí todas as possibilidades, se conectar com as pessoas, formar novas relações e ter a melhor experiência que o Tinder pode te proporcionar. Essa é a segunda história, — volta aqui no feed pra você ouvir a primeira — serão cinco histórias — essa semana toda — eu e o Tinder estaremos aqui com vocês… 

O Tinder tem uma função de verificação por foto, que funciona assim: No aplicativo todo mundo pode ter aí o selinho azul de perfil verificado e, essa verificação por foto, compara uma foto sua tirada em tempo real com as fotos que você vai colocar ali no perfil. Essa funcionalidade ajuda a verificar a autenticidade do match e aumenta a confiança nos perfis aí que você conhece na plataforma. É possível conhecer gente bacana, conversar com pessoas interessantes e até encontrar sim o amor da sua vida no Tinder. E, pra ajudar você a não cair em ciladas, prefira sempre os perfis que tenham o selinho azul de verificado, porque aí você tem certeza que a pessoa passou pela etapa de verificação das fotos com uma foto tirada ali em tempo real, que aquela pessoa é a pessoa realmente do perfil. — Gente, isso é muito importante… Escolha aí os perfis verificados com o selinho azul pra sua maior segurança. — 

E hoje eu vou contar pra vocês [risos] uma história muito engraçada da Jussara e do Rogério. Eles se conheceram no Tinder quando eles estavam praticamente sem grana nenhuma. [risos] Ê, Jussara, ê, Rogério… [risos] Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Jussara ali em 2006 ela já usava o Tinder e pra ela era tudo muito divertido, assim, ela conheceu várias caras, deu vários matches e era sempre leve, divertido e nada sério. Ela não queria nada sério, estava ali, paquerava, ficava e vida que segue. Até que um dia, a Jussara deu match com o Rogério… Era um perfil que ela gostava, eles conversaram muito ali pela plataforma e decidiram marcar um encontro num sábado à noite. Era um final de mês e a Jussara estava totalmente sem dinheiro… Só que, entre ficar em casa e ir pra um encontro, ela falou: [efeito de voz fina] ” Ah, o Tinder sempre foi super divertido pra mim, eu vou nesse encontro”. E aí ela foi pra esse encontro só com os 10 reais da passagem… — Então ela tinha dinheiro pra ir de ônibus e voltar e mais nada… [risos] Olha que loucura… — 

Então, qual era a ideia? Chegar lá, tomar um negocinho só se o cara oferecesse e não pedir mais nada. — Porque ela não tinha como pagar real, não tinha cartão de crédito, não tinha nada. [risos] E foi… Com 10 reais. — Aí eles marcaram de se encontrar em frente a um shopping, onde a rua de trás o shopping tinha vários bares, né? E lá foram… [risos] Eles pediram um litrão, e aí tomaram… Eles estavam sentados, assim, lado a lado, tomaram esse litrão, conversaram e tal e deram o primeiro beijo. Só que como eles estavam ali lado a lado, ficou meio estranho o beijo, assim, Jussara não gostou, falou: “Ai meu Deus, né?” e passou… Continuaram ali conversando. 

E aí eles resolveram dar uma arrumada nas cadeiras, porque aquele primeiro beijo foi muito torto, né? E o segundo beijo rolou, assim, de uma maneira incrível. Foi muito bom… E aí eles pediram mais um litrão e continuaram conversando. E, assim, a Jussara não podia pedir nada porque ela não tinha dinheiro e o Rogério também não pediu nada. Então, assim, não tinha nem uma batata. [risos] — Uma batatinha frita, uma porçãozinha de amendoim, nada. [risos] — Tomaram ali os dois litrões e, na hora de pagar, a Jussara fez bem uma cara de paisagem. [risos] — Sabe quando você olha pra frente, fica olhando fixo pra frente? — Aí o Rogério até brincou: “Ah, eu vou pagar, mas você fica me devendo uma cerveja”. O que Jussara não sabia é que ali Rogério, universitário, estudava em tempo integral, também não tinha nada de grana, estava quase zerado também… Só tinha o dinheiro ali do litrão… E ele estava tão sem grana que ele parou o carro numa rua escura que tinha um valão pra não pagar o flanelinha. — Ele não tinha, tipo, dois reais pra dar pro flanelinha. [risos] — 

E aí, na hora de ir embora, ele falou pra Jussara: “Eu te dou uma carona até o ponto de ônibus”. — Porque também não tinha combustível pra levar até em casa. [risos] — E quando a Jussara foi vendo que eles estavam indo pra uma rua escura, ela falou: “Pronto, agora eu vou ser morta, né?”, mas não, ele tinha parado longe no valão porque não tinha dinheiro pro flanelinha. [risos] E, apesar de toda a pobreza, os dois zerados aí no primeiro encontro, deu tudo certo e eles se curtiram bastante. E aí eles começaram a se ver todo final de semana… E como a faculdade do Rogério era no caminho da casa da Jussara, eles começaram a se ver também durante a semana. Ele passava lá pra dar um beijo nela e tal e Jussara já estava perdidamente apaixonada, né? 

E o Rogério sempre foi um cara muito sincero, muito pé no chão e um dia Jussara perguntou pra ele: “Poxa, a gente já está um tempo junto… Como é que vai evoluir isso aqui? Você tem planos aí de namorar, de ter um relacionamento mais sério?”. E aí o Rogério falou pra ela que não… [risos]Por que não? Porque ele fazia uma faculdade de curso integral, uma faculdade pública, ele não trabalhava — porque o curso dele era integral — e ele dependia totalmente dos pais. Como é que ele ia namorar? Como é que ele ia manter um relacionamento? — Eu sou, gente, 100% Rogério… Rogério sou eu. Sem trabalho, sem namoro, entendeu? Não tem como você namorar sério e ter um compromisso, falar que vai casar, se você está desempregado… Como é que você vai casar desempregado? — E o Rogério foi bem sincero, falou: “Olha, eu não tenho nenhum plano, assim.” 

E aí a Jussara teve que pensar bem e ela decidiu que então eles seriam amigos que ficam ali quando se encontram e dá vontade… Era melhor manter a amizade, porque o Rogério sempre foi um cara muito bacana, eles conversavam bastante, — Eram animados juntos e tal… — mas ela não podia botar expectativa ali, né? Porque ele tinha outros planos, não tinha nem emprego ainda. Então ficou combinado assim, quando desse se encontravam, ficavam, mas eles eram somente amigos. E assim foi por quatro anos… A Jussara conheceu outros caras, quase namorou sério com um… — Mas sabe, não tinha… Faltava alguma coisinha e aí não rolou. — Rogério foi levando a vida dele também… Até que, depois de quatro anos, o Rogério começou a trabalhar e ele acabou mudando um pouco os planos que ele tinha. — Isso nada a ver com Jussara, né? — 

Além de começar a trabalhar, — ele decidiu que agora que ele tinha um emprego, tinha a renda dele e tal — ele ia morar sozinho. Ele alugou ali um espacinho pra ele morar e, a primeira coisa que ele fez quando ele alugou ali uma casinha pra ele morar, ele chamou a Jussara pra conhecer. Como amigo mesmo… Tipo: “Vem aqui ver meu apartamentinho, o apartamentinho que eu aluguei e tal… Vem aqui me ajudar na mudança”. Então ela foi a primeira pessoa que pisou no apartamento do Rogério. E a Jussara estava feliz ali no papel de amiga, estava feliz pela evolução dele, que ele estava agora morando sozinho, trabalhando… E ele sempre chamava a Jussara pra ir lá na casa dele, assim, na amizade mesmo. E aí essas visitas foram virando ficadas, a coisa foi, assim, naturalmente evoluindo pra um relacionamento… A Jussara foi ficando apaixonada de novo e aí foi ficando confusa, né? Porque ela queria saber agora que ele tinha uma casa e tinha um trabalho “poxa, a gente está namorando?”. 

E aí nessa hora que ela perguntou: “E aí, Rogério, qualé que é?”, [risos] aí o Rogério falou: “Sim, a gente tá namorando”. E Jussara que esperava um pedido, assim, mais romântico, foi bem informal mesmo.. — Tipo assim: “A gente tá namorando sim, ok” [risos]. E aí Jussara e Rogério começaram a namorar e o namoro foi incrível, assim… Um conheceu a família do outro, as famílias se aproximaram e era tudo muito, muito, muito harmonioso. E Jussara mais ficava na casa do Rogério do que na própria casa dela. Até que um dia, uma tia dela veio de uma outra cidade pra visitar e a Jussara decidiu que ela ia entreter a tia dela ali por uns quatro, cinco dias, dormindo direto na casa da mãe pra ficar perto da tia, né? Levando a tia pra passear, fazer passeio, fazer compras… E, nesses quatro dias — que a Jussara estava com a tia dela — ela não foi para a casa do Rogério. — Não ficou com ele porque ela estava dando atenção ali para a família. — 

E aí, depois desses quatro dias, o Rogério chamou a Jussara pra almoçar e aí ele foi muito direto, ele falou: “Olha, a gente passou quatro dias longe e, nesses quatro dias, eu percebi que é muito ruim ficar longe de você. Eu não quero mais ficar longe de você. Quer morar comigo? Vamos morar junto?”. [risos] A Jussara quase se engasgou, [risos] que agora podia comer batata, né? Estava ali todo mundo trabalhando, com dinheiro… [risos] Ela ficou chocada porque ela estava esperando. — Ela realmente não estava esperando, né? — Ela nunca ia imaginar, poxa, começou lá atrás com amizade e falando que não, né? E aí ela avisou os pais que ela ia sair de casa e morar com o Rogério… E os pais da Jussara, evangélicos, falaram: “Poxa, a gente queria tanto ver nossa filha sair daqui casada, certinho, na igreja e no cartório e nã nã nã”. 

E aí a Jussara falou com o Rogério, as famílias se falaram e, de repente, “vamos casar”… — “Vamos casar sim”. — As famílias se juntaram, uma família deu uma festa de presente e a outra família deu a lua de mel e foi lindo… E eles se casaram. A Jussara disse que ela nunca imaginou que fosse evoluir assim a relação que começou lá atrás, depois virou uma amizade e agora eles estão casados e muito felizes… — E não estão mais zerados, né? [risos] — E que bom que ela não perdeu a chance, né? — Porque se fosse eu, por exemplo, com 10 reais eu não ia no encontro. Ia ficar com vergonha de, sei lá, a pessoa falar “ai, você tomou uma cerveja, você precisa dar aqui 20 reais” e eu não ter pra dar. — Ainda bem que você foi, Jussara… E você também, né, Rogério? Que convidou tendo aí, sei lá, 50 conto. [risos] Deu certo. Deu tudo certo… 

[trilha] 

Assinante 1: Olá, Não Inviabilizers, aqui é a Pâm de Campinas. E eu queria dizer aos haters de Amor nas Redes que num mundo de Picolé de Limão é sempre um aconchego receber uma história como essa. Zerados se tornou uma das minhas favoritas… Eu amei assim a história completa… O Rogério tendo consciência de que ele estando na condição financeira que ele estava, ele não poderia sustentar um relacionamento, porque ambas as partes precisam despender de algum valor pra poder sair, pra fazer qualquer coisa… A gente precisa de dinheiro. Então não seria justo isso ficar tudo nas costas de Jussara. Então, assim, já foi o oposto de qualquer outra história que a gente ouviu de homens forçando mulheres a serem ONG de macho. Como tudo coincidiu, eles ficando amigos, mantendo essa amizade, depois ele conquistando as coisinhas aos poucos… É uma história maravilhosa, que fique de inspiração pra todo mundo, pra saber que mesmo num mundo muito amargo, a gente também tem muito amor pra curtir, pra conhecer e pra desfrutar. 

Assinante 2: Oi, gente, tudo bom? Sou Carol Rodrigues, de Fortaleza, Ceará. E eu me identifiquei muito com o casal, porque eu conheci meu namorado também no Tinder [riso] e a gente está há sete anos hoje juntos. E um ponto que mais me marcou nessa história do casal, é que é uma história tranquila, eu fiquei: “Nossa, essa história não vai ter nenhuma reviravolta?”, mas é um Amor nas Redes e, a gente já tão acostumado com os Picolés de Limão da vida, que quando tem uma coisa, assim, tranquila, você fica: “É isso mesmo?”, às vezes você até se questiona: “Ai, não sei se está tão bom assim… Está tão tranquilo” e foi assim que eu fui vivendo o meu relacionamento com o meu namorado, a gente está junto até hoje… Meus Deus, 7 aninhos… Dia 21 agora de novembro a gente faz sete anos de match. [risos] E foi assim com ele, sabe? Foi tudo muito tranquilo, muito natural, muito acordado… Que nem o Rogério: “Ó, não posso agora, eu não tenho grana… Depois a gente, sei lá, bora ver no futuro como é que fica”. Gente, esse é o Amor nas Redes, essa paz no coração e, por fim, tudo dá certo. Um cheiro. 

[trilha] 

Déia Freitas: Depois de escolher e interagir aí na plataforma com uma pessoa com o perfil verificado no Tinder, — lembrando que o que dá garantia da verificação de foto é o selinho azul — você não precisa ter pressa… Foi lá, deu match no perfil verificado, não tenha pressa…. Dê tempo ao tempo. Vai conhecendo a pessoa antes de aceitar se encontrar e antes de aceitar conversar fora do Tinder… Conversa ali. Não tenha medo de fazer perguntas, assim, que você acha que são importantes e, e se a pessoa começar a ser evasiva e não responder o que você acha que é importante ali pra você estar seguro ou segura pra sair com essa pessoa, evita. E aí depois, antes de encontrar, você pode fazer um telefonema, uma videochamada…. — Essa pode ser uma ferramenta importante também aí pra você filtrar os perfis antes de você resolver se encontrar. — 

A sua jornada no Tinder é única e depende do que você procura no aplicativo. O Tinder nunca para de inovar e leva a sério a sua experiência e a sua segurança, buscando sempre soluções para promover aí um ambiente seguro e de autenticidade em um aplicativo simples, usável e divertido. — Tinder, tamo junto… Tô amando. — Um beijo, gente e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.