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título: galinheiro
data de publicação: 03/01/2022
quadro: vai pra onde?
hashtag: #galinheiro
personagens: amilton e família

TRANSCRIÇÃO

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei junto com 2022 com a nossa primeira história da Temporada de Férias. [risos] Amo. Hoje eu vou contar para vocês a história do Amilton, ê, Amilton… Bom, então vamos lá, vamos de história. 

O Amilton ele tem uma família meio grande, então ele tem dois irmãos… Pensa assim: todo mundo casado já, então Amilton tem dois irmãos casados, ele casado, cada um tem uma criança, então aí já dá 2, 4, 6, mais 3 crianças, 9 pessoas, mais o pai do Amilton. A mãe do Amilton já é falecida, então eles estavam em 10 pessoas. Tudo lindo, tudo perfeito, chegou férias aí, começo de ano e o Amilton, após as festas, eles combinaram de alugar uma casa, né? Uma chácara com piscina, bastante área de lazer aí para passar 10 dias. Então eles iam, tipo, 5 de janeiro pra ficar até 15 de janeiro. 

Isso foi combinado lá atrás, em outubro, e aí o Amilton se voluntariou em procurar essa casa e acertar os pagamentos nã nã nã, fazer tudo o que tinha que fazer. Então lá foi o Amilton pesquisar as casas e ver a avaliação das casas e achou uma chácara muito bonita, que tinha até toboágua. E aí as crianças ficaram animadas com o toboágua, os adultos também… Então, “nossa, vamos fechar a chácara com toboágua” e foi aquela felicidade e nã nã nã, e o toboágua… E aí a chácara do toboágua era assim, custavam um tanto que eles iam dividir em três, né? Os três irmãos. E o pai do Amilton não ia pagar nada, né? Ele ia junto ali com a família e não ia pagar nada. 

E aí, assim, todo mundo pensando em fazer mil coisas, porque além do toboágua tinha uma pequena horta, tinha um pomar… E aí você andava um pouco, tinha um riacho, então assim, ia ter divertimento para dez dias, mesmo se fosse só pra ficar ali na piscina, né? Tranquilão, lendo um livro, enfim… O Amilton estava empolgado, todo mundo empolgado, a Rosana esposa do Amilton também. E aí todo mundo fez aquela divisão, né? Quem que vai levar o que, vai fazer um churrasquinho e nã nã nã, tinha que ter coisa para dez dias, enfim… Eles saíram em três carros carregados de coisa para ir aí para esse lugar. 

E como é que foi feita a negociação? Foi o Amilton que fez tudo, né? Ele pesquisou e aí viu as avaliações, ele entrou em contato com… Era uma moça. E aí a moça passou conta e, assim, no dia de ir você tinha que já ter terminado de pagar, né? Para poder entrar. Então, um dia antes a moça entrou em contato com ele e falou: “Olha, está faltando uma parte ainda, vocês vão acertar e nã nã nã?”, ele falou: “Não, já estou fazendo aqui uma TED pra você, já vamos resolver isso”. Pagou tudo, pegaram a estrada, os carros carregados… 

Pra ir aí pra essa chácara tinha um mapinha, né? Para poder chegar certinho na chácara… E aí lá vão eles. Estão na estrada, chegam na cidade pequena, que a gente vai chamar aí de “Pôneilópolis”. Aí chegaram em Pôneilópolis, perguntaram o nome da chácara, porque era uma chácara conhecida, né? A gente pode chamar aí de Chácara Toboágua, e aí cadê Chácara Toboágua? Ninguém conhecia… “Ah, mas se estão falando que é perto do riacho tal, você vai aqui, você vira à esquerda e tem o riacho”. E aí foram lá, viraram à esquerda e nada da Chácara, pessoal já meio tenso… Voltaram tudo, voltaram para Pôneilópolis ali no centro. 

“Ah, então vai aqui, deve ser a direita lá na frente, depois da estrada”. E aí lá foram eles, nada de chácara… E aí um pouco mais pra frente eles acharam uma chácara, só que não era a Chácara do Toboágua, era uma outra chácara. E aí bateram lá e saiu um senhor, né? E aí, gente, esse senhor falou assim: “Olha, desde antes do Natal já vieram aqui umas dez famílias procurando essa chácara… Esta chácara não existe e vocês caíram num golpe”. Gente, os três carros carregados, três crianças, sete adultos, todo mundo, assim, em choque. O Amilton, todo mundo olhando feio para ele, porque foi ele que ficou de checar, né? 

Quer dizer, todo mundo podia também ter ido atrás, mas deixaram isso para ele decidir, né? E aí enquanto Amilton estava ali conversando com esse homem, que estava contando do golpe e nã nã nã, contando tudo o que tinha acontecido, das famílias que tinham ido lá, o pai do Amilton, que a gente vai chamar aí de seu João, o seu João tinha começado a caminhar, porque ali tinham outras porteiras… Ele falou: “Bom, se não é essa, de repente é duas para frente, sei lá”, ele estava meio inconformado com o negócio do golpe, né? Quem se conforma com golpe? Ninguém. 

Aí ele foi indo, foi duas porteiras para frente, e aí o pessoal viu que ele estava conversando ali com uma senhora e todo mundo desesperado, porque eles iam ter que voltar, né? Daria ali mais umas seis horas voltando com todas as coisas, enfim, né? Acabou com as férias aí da turma. E aí… [risos] Seu João fez sinal com a mão, né? [risos] E o pessoal foi indo, falou: “Ai, gente, será que ele achou a casa, né?”, chegou lá, o seu João estava conversando com uma senhorinha, quem era essa senhorinha? Essa senhorinha era dona Orvalina. E aí seu João falou: “Ó, dona Orvalina tá me falando aqui que ela tem um galpãozinho aqui que tem umas camas e, pra gente não voltar, a gente vai ficar aqui na casa da dona Orvalina”. [risos] 

E aí ninguém estava entendendo nada, mas enfim, né? Para não voltar, o Amilton falou: “Bom, vamos ver o que que é isso, né?”. Aí chegaram lá, o que era esse galpãozinho da dona Orvalina? Dona Orvalina, antes, ela criou cinco galinhas como se fossem filhas dela assim, ela não matava para comer, nada, e essas galinhas foram morrendo de velhas, então esse lugar, que era o galpãozinho, era o antigo galinheiro [risos] das galinhas da dona Orvalina. [risos] E tinha tido uma obra na cidade, porque aquele pedaço ali onde eles estavam andando tinha agora um asfaltinho, uma estradinha e foi um prefeito novo que entrou, enfim, para fazer aquela estradinha, e a dona Orvalina transformou ali, tipo, num alojamentozinho para aqueles funcionários. 

Então ela ganhava uma graninha, né? E os caras estavam construindo ali a estradinha e ficavam ali, mas isso já tinha uns anos. Quer dizer, as camas estavam meio velhas e tal, eram ali quatro beliches, né? Mesmo assim ainda ia faltar dois lugares… E aí eles falaram: “Bom, a gente vai ficar aqui”, dava pra ver que era um galinheiro, né? [risos] Um galinheiro com camas… [risos] Não tinha piscina porque, enfim, era ali a casinha da dona Orvalina, né? E eles se alojaram ali nesse galinheiro, ela tinha uma geladeira vertical que ficava do lado de fora ali. [risos] Estava meio velha, mas estava funcionando, eles colocaram as coisas ali. 

Ela tinha para fora um fogão a lenha, que foi onde eles cozinharam… Porque em nenhum momento também, dona Orvalina esperta, não conhece ninguém, deixou que eles entrassem ali na casa dela, né? Ela cobrou baratinho, tinha o riacho, que era um riacho bonito que dava para você nadar no rasinho, enfim… E eles passaram ali dez dias [risos] na casa da dona Orvalina, né? As crianças duas dormindo… Fizeram lá um arranjo para as crianças dormirem nos beliches também, né? E mais os adultos. Então sobrava uma cama ainda para duas crianças que eram maiores, dormia uma para cada lado, né? E um que era mais bebezinho dormia ali com a mãe também nas camas de baixo. 

E aí deu tudo certo. [risos] Eles passaram esses 10 dias no galinheiro, né? Amilton disse que, em determinado ponto, tinha uma cama sobrando porque seu João estava dormindo com dona Orvalina. [risos] Mas ele falou: “Olha, Andréia, eu não gostaria de me adentrar nesse assunto do meu pai com dona Orvalina, [risos] a gente deixa isso para uma outra história”. [risos] Então eu vou aguardar o Amilton me escrever, porque ele falou que essa história merece um capítulo especial de João e Orvalina. 

Então a história do Amilton é essa, eles passaram umas férias de 10 dias num galinheiro [risos] por causa de um golpe que eles levaram aí de uma chácara do Toboágua. E que esse Toboágua aí, se existe… [risos] Ele não sabe nem em que lugar do Brasil que é, mas não era ali em Pôneilópolis onde foi feito o anúncio, né? [risos] E essa é a história do Amilton, amanhã eu volto com mais uma história de férias. E se você ainda não é um assinante nosso, tem o link aqui na descrição. Vai lá que você recebe histórias de segunda à sexta. Um beijo e eu volto em breve. 

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.