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título: dna
data de publicação: 29/01/2022
quadro: picolé de limão
hashtag: #dna
personagens: eliane e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não estou sozinha, meu publi. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é o Meu DNA. Vocês conhecem o Meu DNA? [risos] — Não, o meu, né? — A empresa Meu DNA. O Meu DNA é uma empresa de tecnologia, fundada em 2019, que acredita que as pessoas devem ter acesso a suas informações genéticas. — E, gente, lembrando que teste genético de DNA não é só aquele de paternidade, tá? Tem outros. — Entre os produtos da empresa, está o Meu DNA Premium, que junta dois produtos: O Meu DNA origens, que oferece informações sobre ancestralidade com o Meu DNA Saúde, que é o teste mais avançado do país para identificar a predisposição a cânceres e doenças genéticas. 

O teste genético é uma ferramenta importante para quem quer se conhecer mais, entender a própria história e planejar aí o seu futuro em termos de cuidados da saúde. Tem link e cupom de desconto aqui na descrição do episódio. Bom, hoje eu vou contar para vocês a história da Eliane. Então agora vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Eliane conheceu um carinha aí que era amigo de uns primos dela e, numa festa, eles se conheceram e começaram a ficar… Mas eram ficadas, assim, bem esporádicas. Então eles eram ficantes. — Ficantes para transas, esse é o fato. — [música sensual] Então, teve época que ela ficou uns seis meses sem encontrar esse cara. — E a vida seguiu e nã nã nã. — Até que um dia eles marcaram de sair, ela foi lá, olhou a tabelinha dela… — Ê, Eliane… — e eles resolveram transar sem camisinha. — E aí já sabe, né, gente? Transou sem camisinha tem uma chancezinha de ganhar um bebezinho. — 

E aí quando ela olhou de novo na tabela, ela tinha feito uma confusão lá, viu errado e falou pra ele no dia seguinte, falou: “Olha, acho que eu vi errado a tabela e tal”, e aí ele falou: “Meu, corre na farmácia, compra pílula do dia seguinte e nã nã nã”. E foi isso que ela fez, foi lá na farmácia, tomou a pílula do dia seguinte e vida que seguiu, né? Passou um tempinho, e a Eliane começou a enjoar e a sentir ali umas dores nos seios e muita vontade de fazer xixi… E ela falou: “Ih, será?”. Antes de fazer o teste, ela conversou com esse cara e esse cara falou: [efeito sonoro de voz grossa] “Olha, eu não quero filho de jeito nenhum. Se vira aí, dá seus pulos. Eu não quero filho”. 

E aí ela foi lá fez o teste de gravidez, esses de farmácia, né? E o primeiro deu negativo. — Porque ela estava, sei lá, meio afobada, enfim… Não tinha muita certeza. — Aí ela comprou outro e, lá no trabalho dela, ela fez o teste e deu positivo. [música de tensão e efeito sonoro de mulher chorando] E aí ela começou a chorar e tal, bateu aquele desespero inicial, né? E aí a amiga dela foi conversar com ela e a Eliane acabou tendo a decisão de ter o bebezinho. Então ela tinha que comunicar ali o pai da criança. — Que era esse carinha aí. — E assim ela fez… Ela ligou para esse carinha e falou: “Olha, estou grávida mesmo e tal”, e ele falou: [efeito sonoro de voz grossa] “Olha, eu não quero saber. Não quero saber…. Não quero ser pai, se vira”. 

E aí a Eliane falou para ele que ia se virar mesmo, que ia criar sozinha e tal, mas com o tempo ela viu que era bem complicado, né? Ter ali o bebezinho sozinha e tal. — E os gastos que ela estava tendo antes do bebezinho nascer… — E aí ela começou a ter que pressionar ele, pra ver se ele dava alguma grana. Então tinha mês que ele dava 200 reais e era, assim, uma luta para dar 200 reais… Era bem desgastante. Até que chegou o dia que a Eliane entrou em trabalho de parto. [efeito sonoro de bebê chorando] E, assim, a gravidez toda a Eliane passou sozinha, os pais moravam em outro estado, a irmã também… — Então ela passou a gravidez sozinha. — 

Ela teve a bebezinha dela sozinha. — Esse cara não quis saber, não acompanhou… Enfim, né? — Depois que ela teve a bebezinha, ela viu que estava muito difícil para ela segurar a onda sozinha, e aí ela voltou lá pra casa da mãe dela em outro estado, pra mãe dela dar uma força e ajudar, pelo menos nesse começo, a cuidar da belezinha. — O detalhe… — Quando foi registrar a bebezinha no cartório, esse cara ele não olhou para a criança… Em nenhum momento. Ele não quis colocar o sobrenome dele na criança. Ele registrou, mas não quis colocar o sobrenome dele. Então ele ignorou completamente a própria filha. — E, assim, não é que ele, “ai, lutando pra não olhar”, não… Era como se ela não existisse, como se ela não fosse nada, assim. Ele ignorou real. —

E aí, obviamente, que esse cara começou a não pagar pensão… — Então tinha mês que ele dava 200, tinha mês que ele dava 250, tinha mês que ele não dava nada. — Ela sempre tendo ali que implorar para ele fazer o mínimo… Chegou a um ponto que ela não tinha como sustentar a bebezinha sozinha, ela pediu para que ele aumentasse a pensão para 400 reais, ele disse que: “Não, imagina”… — E, assim, um cara que tinha condição de pagar, né? — O cara não querendo aumentar o valor ali da pensão que era tudo combinado de boca, não tinha juiz, não tinha nada… 

Aí Eliane falou pra ele, falou: “Olha, então, por favor… Conta para os seus pais que você teve uma filha”. Porque a gravidez toda e depois que a bebezinha nasceu, ninguém sabia, era, tipo, um segredo. — O cara não contava para ninguém. — E aí ela falou: “Olha, se você não me ajudar, pelo menos coloca aí os seus pais em contato comigo para eu ter o mínimo de rede de apoio”, enfim… Esse cara finalmente contou para os pais, né? Que agora ele tinha uma filha, a mãe dele morava fora do Brasil. — Então a Eliane teve pouquíssimo contato com ela. — Só que o pai morava muito próximo e ele ficou muito feliz — O pai desse cara. — de ser avô. Então ele começou aí a ficar próximo da Eliane e, numa das conversas assim, um pouco antes de se despedir, ele falou assim: “Olha, você pode ficar tranquila, pode contar comigo para tudo. E, além disso, pode ficar sossegada que eu não vou contar nada pra Cristina, esposa do fulano”. — Esposa do meu filho. — 

Aí a Eliane falou: “Oi?” e, assim, ficou quieta, ficou ouvindo… Mas ali ela descobriu, pelo pai do cara, que ele era casado. — Ele era casado… — A Eliane mobilizou as amigas. No Facebook, elas conseguiram achar o perfil da esposa desse cara, que era tudo muito escondido… — Elas foram de um a um ali, todas as mulheres do perfil dele e conseguiram encontrar. — A Eliane printou, mandou para ele e falou assim: “Olha, você tem 12 horas para contar para sua esposa e me provar que contou para ela, senão eu vou contar”. Então aí ele ficou apavorado e resolveu contar, porque o estrago seria um pouco menor, né? E aí as coisas pioraram, porque a partir do momento que ele contou para a esposa, ele falou: “Agora também eu não pago mais pensão, não faço mais nada, eu quero um teste de DNA para saber se essa criança é minha”. 

A Eliane, sem um real para fazer o teste, falou para ele que faria só se ele pagasse, né? Mas aí ela começou já a ficar com medo, né? Porque o cara tinha dinheiro e ela não… E aí o cunhado dela que era advogado falou: “Não, eu vou pegar essa causa, né? Vamos resolver isso”. Ela com o cunhado, com o advogado, começou a dar andamento nas coisas. O detalhe é que aí ela descobriu que esse cara tinha entrado com um processo contra ela de investigação de paternidade, alegando… — Estava escrito assim no processo. — “Que ela era muito rodada e ficava com muitos caras”. Bom, o processo foi um show de horror, humilhação, enfim… Ele não queria pagar. Ele alegava que ele era agora motorista de aplicativo e que ele tinha pouquíssimas corridas e trabalhava num carro alugado… 

E aí foi colocando empecilho, né? — Só que, gente, olha essa virada… Olha esse destino. — Um belo dia, o cunhado da Eliane, — Que era o cara que estava cuidando do processo — pediu um carro de aplicativo. E aí quando chegou o carro de aplicativo, quem estava dirigindo? Este cara… E aí, pelo aplicativo, o cunhado da Eliane conseguiu ver quantas corridas ele tinha… Ele tinha muitas corridas e que também, pela placa do carro, o carro era dele… — Não era alugado… E era um bom carro. — Com tudo isso, eles conseguiram um valor de pensão muito bom. Logo depois, a bebezinha recebeu um diagnóstico de criança atípica. E aí a bebezinha ia precisar fazer ali uma série de terapias e este cara começou a pedir audiência para baixar o valor da pensão e choramingar, que ele não tinha essa grana e todo mundo sabendo que ele tinha, mas enfim, ele conseguiu baixar esse valor. 

Só que numa dessas audiências, a esposa dele foi junto… — A Cristina. — E ela foi muito gentil com a Eliane e falou: “Olha, agora que a gente já sabe que é filha dele e nã nã nã, ela pode ir em casa quando quiser, vai ser recebida de braços abertos…”. E aí, por causa da esposa — Desse cara. — é que ele começou a ter um contato com a filha. Ele propôs guarda compartilhada… — Eu acredito que seja tudo influência da mulher dele assim, que a Eliane disse que pareceu ser uma pessoa muito bacana, né? — Mas de uns tempos para cá ele anda dando problema de novo e sempre com essa questão da pensão, enfim, né? — Então, pelo menos, a Eliane conseguiu que esse cara, na Justiça, pagasse os direitos que ela tinha e que a bebezinho tinha… Mas não foi fácil, não é fácil. 

Enfim, ela tem ainda essa esposa dele aí que aceitou numa boa, perdoou o cara e dá aí o suporte, dá uma força… Porque ela também não tem obrigação nenhuma, né? Com a bebezinha. E eu fico besta que esse é mais um cara que conseguiu esconder que ele era casado, inclusive com Facebook aberto, com a esposa dele no Facebook dele e tudo… E mesmo assim ele conseguiu esconder da Eliane e de uma galera que estava ali em volta que ele era casado. Eu fico besta… Enfim, essa é a história da Eliane e da sua bebezinha. É osso, né? 

[trilha]

Assinante 1: Oi, Não Inviabilizers, aqui é Jean, eu falo de Belo Horizonte. E o caso da Eliane é mais um caso daquele combo revoltante de abandono parental, né? Mas com vários agravantes que a gente vai descobrindo ao longo da história. Então, Eliane, sinto muito que você tenha passado por isso, mas que bom que você conseguiu brigar, lutar, apesar de toda a humilhação de tudo que você passou e, por sorte, você encontrou pessoas boas, uma rede aí de apoio, o pai dele, seu cunhado e a própria esposa dele que você falou, que é gente boa, né? Porque o cara realmente é um embuste… Por ele, você estava largada e ele nunca tinha conhecido nem a filha. Então espero que você e que a bebezinha sejam muito feliz e não dá mole, não… Qualquer coisa que precisar você vai para a Justiça, mas não dá alívio para esse cara, não. É isso, gente. 

Assinante 2: Oi, Eliane, oi pessoal. Meu nome é Heloísa, eu falo de Brasília e essa história é do tipo que me deixa muito, muito indignada… Como é que pode tantos homens agirem como esse cara? Que, infelizmente, ele não é o único… Lidando com a paternidade como se ela fosse uma escolha, né? “Eu posso escolher e fingir que isso não existe”. Ai, gente, isso é uma coisa muito triste, é uma coisa desumana… Mas a sorte de todos é que ele está cercado de pessoas incríveis, né? Até a própria esposa e o pai agindo de forma digna, agindo de forma humana, enquanto ele mesmo sendo um crápula. Então, Eliane, te desejo muito amor, muita paciência para lidar com esse cara, porque você vai ter que lidar com ele ainda muito tempo da vida e muita saúde e muito amor para sua filhinha também. 

Déia Freitas: E essa foi a história de hoje. Meu DNA Premium é o teste genético mais completo e avançado do país, ele une os resultados de ancestralidade e saúde e tem o melhor custo benefício. O resultado da parte de ancestralidade consegue encontrar até 88 populações em seu DNA, e leva em consideração até oito gerações atrás, o que corresponde aos tataravós dos seus bisavós. — Gente, vai longe, hein? — Para a parte de saúde, a tecnologia usada é a Exoma, que lê os seus genes de forma completa e, lembrando, que os resultados de Saúde não são sentenças nem diagnósticos, mas sim aí uma oportunidade de você olhar atentamente a própria saúde e se cuidar mais, né? 

Eu ganhei um teste e logo saberei aí os meus resultados. — Tô ansiosa. — Não esquece que tem link e cupom de desconto aqui na descrição do episódio. Valeu aí, Meu DNA, tamo junto. Um beijo, gente, eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.