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título: tá amarrado
data de publicação: 13/11/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #amarrado
personagens: tamires e marido

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje de novo é a Hidrabene — a nossa amiga cor de rosinha que eu amo — e eu estou aqui hoje pra falar pra vocês sobre a máscara rosa… Quando eu recebi a máscara rosa, porque tudo que chega da Hidrabene eu já testo, né? Eu testei e fiquei encantada, aí já mandei mensagem aqui e falei: “Pelo amor de Deus, pede pra colocar a máscara rosa no meu kit? No Kit Ponêi Bene”. A Hidrabene topou e a máscara rosa entrou em definitivo aí no Kit Pônei Bene. — E o que dizer da máscara rosa? — Ela te oferece um tratamento rápido e eficaz, é muito hidratante, de verdade, regeneradora… E a máscara contém argilas naturais, além do óleo de rosa mosqueta. — O que dizer do óleo de rosa mosqueta, né? Perfeito. — 

Ainda tem óleo de girassol, extrato de mirtilo, jasmim e camomila. A máscara rosa também proporciona aí uma perfeita ação antioxidante e calmante… Possui também o óleo essencial de palmarosa, que te promove aí um efeitinho de aromaterapia durante o uso. E o melhor de tudo é que a máscara rosa faz parte do meu kit Pônei Bene e o meu kit está com um desconto imperdível, porque ela está aí na Black da Bene. — Então já acessa o site: hidrabene.com.br e fica aqui comigo até o final, que tem aí um super desconto. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Tamires. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Tamires é uma moça aí dos seus 32 anos, ela está casada há oito anos e o casamento dela é muito bom, assim, nunca teve nenhuma questão… Ou melhor, tinha apenas uma questão, que o marido de Tamires é um pouco ciumento. Então, “ah, com quem Tamires vai sair?”, esse tipo de coisa… Mas na visão de Tamires, não era nada preocupante, nada que ela não conseguisse contornar ou conversar com ele, sempre foi um relacionamento de muito diálogo, e esse cara sempre teve o discurso de que eles deviam ser francos um com o outro e conversar sobre tudo e falar sobre tudo, enfim… O tempo foi passando, relacionamento ótimo, Tamires trabalhando aí num grande escritório de arquitetura… 

Um belo dia, ela está no trabalho quando o seu telefone toca. [efeito sonoro de telefone tocando] Seu telefone toca e é uma moça, dizendo que era do SAMU e que o marido de Tamires estava precisando de ajuda em casa. — Pera lá… A Tamires atende o telefone, era uma pessoa do SAMU dizendo que o marido dela estava precisando de socorro em casa? E, assim, o SAMU num levaria para um hospital? Não é estranho? — E o marido dela estava ótimo. O marido de Tamires vinha numa semana muito produtiva, apesar de estar de férias para descansar e tal, ele tinha começado um projeto pessoal em casa… A casa de Tamires tem três quartos, o quarto deles, um quarto que é um escritório e um terceiro quarto que estava meio vago, assim, porque Tamires e marido eles não pretendem ter filhos, né? Aquele quarto que era escritório também era um quarto de hóspedes ali com um sofá cama… 

Então, o marido de Tamires resolveu transformar aquele quarto que estava desocupado em um espaço de bem—estar. Então, ele pendurou uns ganchos no teto para colocar… — Eu tenho até umas… Sabe aquelas poltronas de macramê que você pendura no teto? — Ele botou uns ganchos, botou uns ganchos para você botar uma rede, dava bem ali de frente para a janela, ele botou uma daquelas persianas que você bloqueia a luz um pouco e a visão, mas você consegue ver para fora. — Também tenho dessa, comprei no Pônei Livre. Ótima, preço ótimo… — Tinha ficado um espaço maravilhoso, aconchegante… A Tamires amou. E ele tinha acabado esse projeto, ele que pendurou os ganchos… — E precisa pendurar com reforço, né? Vai aguentar o peso todo do seu corpo ali naquela poltrona suspensa… — E ele que pendurou os ganchos, fez tudo… Então ele estava ótimo. Será que deu um problema no coração dele? Alguma coisa? 

E Tamires pensando tudo isso, assim, em segundos… Virou para um colega dela de trabalho e contou. Só que o cara achou estranho o SAMU ligar e pedir para que Tamires fosse para casa e não para um hospital. E o cara, muito cabreiro, conversou com um outro colega de trabalho, falaram com o chefe e os dois resolveram ir com a Tamires até em casa pra ver o que estava acontecendo. — Bom, eu teria chamado a polícia, sei lá, mas enfim… — Lá vai Tamires… Ela não estava nem conseguindo dirigir, então um dos colegas dirigiu… — Que a gente pode botar aqui, sei lá, os nomes de João e Gustavo. — João foi dirigindo e Gustavo foi ali tentando acalmar Tamires e eles chegaram na casa. Aparentemente não tinha nada errado, mas também não tinha uma ambulância do SAMU na porta… — O SAMU… Como que a pessoa do SAMU vai para sua casa? De ambulância, né? Viatura, sei lá, do SAMU, enfim. —

E aí o João falou pra Tamires: “Olha, fica aqui com o Gustavo que eu vou entrar, vou abrindo tudo e qualquer coisa eu saio correndo”. — Não achei uma ideia boa, gente… Mas assim os três ali decidiram isso, Tamires também queria entrar… — Quando João entrou pela sala, ele olhou e voltou… Olhou para fora, fez um sinal de “espera”, entrou um pouco, demorou, sei lá, três minutos e saiu. E aí ele virou pra Tamires e falou: “Bom, Tamires, não tem perigo nenhum, mas eu acho que não é o que você espera… Eu não sei como te falar isso… É melhor a gente entrar”. E aí os três entraram e, quando eles entraram, você se sentia numa casa de não fumantes, um forte cheiro de cigarro e uma moça sentada numa cadeira ali na mesa de jantar. Essa moça, assim que viu Tamires, falou: “Ah, que bom, você chegou… Vai lá ver o seu marido”. 

Quando Tamires entrou no quarto que seria aquele espaço de bem estar. [risos] O que ela viu foi o seguinte: O marido estava todo amarrado, pendurado nos ganchos do teto… — Ganchos que ele tinha colocado pra pendurar as poltronas de macramê, né? E as redes, enfim… — Aqueles ganchos estavam estrategicamente espalhados naquele ambiente para uma amarração de pessoas ali, um fetiche dele e tal, e ele estava amarrado de um jeito que a moça que amarrou — conforme as instruções dele — não conseguia desamarrar. E aí ela queria receber e ele ia fazer um pix, né? [risos] E aí, como ele estava amarrado, ele não conseguia fazer o pix, porque se ela tivesse recebido, essa moça que a gente pode chamar, sei lá, de Gi… Se a Gi tivesse conseguido receber o dinheiro dela, que eram os 300 reais combinados para aquele programa, ela tinha ido embora e deixado ele amarrado lá. Mas como ela não conseguiu, ela achou o contato da esposa e ligou para a esposa. 

E por que ela ligou para esposa e não para um amigo dele? Alguma coisa assim? Porque conforme ela foi amarrando e depois não conseguiu desamarrar, este cara começou a xingar a Gi… E aí a Gi ficou na bronca… — Porque ela tá ali, ela tava tentando desamarrar, ela tá tentando, entendeu? — Ela não estava conseguindo desamarrar e ele começou a xingar ela muito, assim. E aí a Gi virou pra Tamires e falou: “Bom, só quem me chama de puta é quem eu quero que me chame de puta… E o seu marido ficou me xingando aí e eu me ofendi… E aí eu te chamei”. E ela falou “Eu vou te dar um toque, o seu marido transou comigo sem camisinha”. — Então veja, né? Gi também se colocando em perigo, né, Gi? — E aí a Gi falou: “Quem é que vai me dar aí os 300 reais?”. 

Enquanto isso, o marido da Tamires continuava amarrado, com João e Gustavo tentando ver por onde tirar o cara pendurado dos ganchos. E a questão é que ali uma parte da perna dele já estava ficando muito vermelha, então podia estar dando um problema de circulação… E aí a Tamires pegou o pix da Gi e transferiu os 300 reais e a Gi foi embora… E aí Gustavo e João, Gustavo, que estava sem força de rir pra dentro… Sabe quando você quer rir e não pode rir? E João muito assustado, assim, João assim mais religioso, toda hora falava: “misericórdia”. [risos] E aí resolveram segurar, os dois segurar o marido da Tamires enquanto a Tamires tirava as cordas do gancho, porque era só soltar a corda… — E aí ele ia ficar amarrado no chão, assim, como se ele fosse um pacote. [risos] E aí é mais fácil você soltar ou cortar aquele corda… Não era corda, era tipo umas tiras mesmo, assim, como se fosse aquela alça de regulagem da mochila, sabe? Tipo de corda flat de nylon, assim, grossa… —

E aí colocaram ele no chão e ele só pedia desculpas, desculpas, desculpas pra Tamires. E ele tava vestido com… — Então, essa é uma parte mais complicada. — Ele estava vestindo uma lingerie, uma calcinha da Tamires… E Tamires já vinha há um tempo achando que estava comprando calcinhas de má qualidade, porque elas estavam ficando muito largas depois que lavava… [risos] Ô meu Deus… [risos] E era ele que estava usando… Então, ele estava amarrado, pendurado no teto, usando aí a calcinha da Tamires. — E, assim, gente, se fosse uma coisa combinada entre eles ali, né? E, sei lá, o cara com esse discurso de que ele era totalmente franco com ela, que isso, que aquilo e ciúmes dela, isso, aquilo, né? Se fosse uma coisa entre os dois, tudo bem, mas não era o caso ali. — E a Tamires também falou: “Poxa, Andréia, ele levou uma prostituta para dentro de casa, ele transou com ela sem camisinha… Provavelmente não foi a primeira vez que ele fez isso. Pode ter sido a primeira vez dentro de casa, porque ele tinha colocado os ganchos naquela semana, né?”. Mas aí, enquanto ele estava ali no chão, os caras foram cortando aquelas amarrações e a Tamires já estava descontrolada, gritando e tal, né? Porque ficou P da vida. 

E aí, quando soltaram ele, ele precisava ir realmente para um hospital por causa daquela perna, da circulação… E aí a Tamires falou: “Olha, não vou… Não vou levar ele em lugar nenhum”. E aí o João e o Gustavo que levaram ai o marido da Tamires até um hospital e deixaram ele lá sozinho para fazer ficha e tal e passar em atendimento… Não era algo que estava grave, mas a perna dele estava estava estranha, né? Então precisa ir, precisa ver e tal… E aí, quando ele voltou, a Tamires já tinha ido para casa da mãe, resolveu não contar para ninguém, assim, a circunstância total, só dizer que ele tinha levado uma prostituta para dentro de casa e tal, porque ela ia realmente querer o divórcio. E aí o cara implorou, que não queria o divórcio, que isso, que aquilo… E a Tamires falou: “Não, eu não confio mais em você, não acredito em nada do que você fala. Eu quero o divórcio”. E aí, quando eles foram se divorciar, eles tinham 54 mil aplicados no banco ali, sei lá, renda fixa… E aí a Tamires falou: “Vamos dividir esse dinheiro, porque é justo”. E aí, quando ela foi ver, ele já tinha usado todo esse dinheiro com realmente saídas com prostitutas, ele acabou falando que ele era viciado em sair com prostituta, que isso, que aquilo e gastou todo o dinheiro dela… 

E, como eles estavam casados enquanto ele gastou o dinheiro, ele não tinha obrigação agora de dar metade para ela, porque o advogado dele alegou que tinha sido gastos ali familiares, isso e aquilo, não tinha muito como comprovar. Então, além de tudo, ela perdeu aí quase 30 mil reais, que era um dinheiro que ela estava economizando, dinheiro suado ali e e ele saiu dessa assim, sem dívidas… — Porque se ele estava gastando o dinheiro dos dois, né? Ele não estava se endividando em nada e ela ficou sem a parte dela. — E hoje em dia ainda esse cara ele… Essa é a melhor parte… Ele tinha feito lá aquele espaço de bem-estar e tal, né? E ele fazia vários posts, aquela semana ele fez vários posts falando que ele estava mudando a vida dele e nã nã nã e ele continua nessa vibe, falando sobre honestidade, sobre sensibilidade, sobre saúde e virou praticamente um coach aí, de falar esse tipo de coisa… 

Tamires diz que hoje, quando ela lembra da cena dele amarrado, pendurado pelos ganchos do teto, ela ri… Ela consegue rir, mas que na hora foi muito chocante, assim, porque em nenhum momento ele compartilhou com ela uma fantasia, alguma coisa… A Tamires falou: “Andréia, outra mágoa que eu tenho é que ele podia ter falado para mim, a gente podia ter tentado fazer isso nós dois, mas ele não tinha esse tesão em mim. Ele queria fazer com prostitutas, né? Então ele tinha esse lado da vida sexual dele que ele nunca quis compartilhar comigo, nunca quis me incluir, né? Ele preferia realmente sair com prostitutas”. Aí ela ficou lembrando, tipo uns anos antes, quando ela teve uma infecção urinária bem séria, se não foi por causa dele… Aí ela foi lembrando de coisinhas, sabe? De uma vez que ela achou que o shampoo dela estava indo muito rápido e ele não usava… Será que ele não estava levando prostitutas desde aquela época? Uns anos antes… Porque ele jurou que foi só aquela vez, mas quem estava usando o shampoo dela se é só os dois? E como ela disse ali, ele é calvo… Ele raspa tudo para não aparecer tanto a calvície e tal… Ele nem usa shampoo. 

Então, Tamires foi ligando aí várias coisas do passado que ela tem certeza que ele levava prostitutas em outras épocas também para dentro da casa deles. Então, essa é a história da Tamires, né? Onde ela encontrou o marido amarrado em casa, devendo aí 300 reais para a moça que estava ali com ele… E isso acabou se espalhando na firma dela, porque João e Gustavo, né? Não seguraram a marimba sozinhos. [risos] E ela falou: “Quer saber também? É bom que todo mundo saiba, mas não foi da minha boca, né?”. Então, ali na firma dela também o pessoal sabia da história, mas isso não afetou a carreira, nada da Tamires, ela continua no mesmo trabalho, inclusive… Eu teria chamado a polícia enquanto eu ia para casa, com medo de entrar… Por que, né? Estranho essa história de SAMU… Mas a moça não quis falar, né? “Ah, eu estou aqui na sua casa, sou uma prostituta”, enfim, ela resolveu falar que era do SAMU [risos] e deu certo… Atraiu Tamires pra lá pra pagar. Certíssima, né? Se trabalhou, tem que receber. E o bonito ficou xingando ela, sabe? Além de tudo, você tá amarrado, você vai xingar a pessoa que pode te desamarrar? Além de tudo, ele não é inteligente, né? 

[trilha]

Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é a Alessandra de Belo Horizonte, Minas Gerais. Imagina você receber uma ligação no trabalho e você precisar voltar para casa resgatar seu marido amarrado no teto com a sua calcinha, ter que pagar pelo programa, pela infidelidade dele e o pior: ter que perder o seu dinheiro, que você investiu ali, que você guardou porque o bonito, o safado, gastou tudo com outras coisas… Não tem condição. Ainda bem que ela conseguiu fazer a separação e se livrar desse marido infiel que roubou praticamente todo o dinheiro dela. Então, amiga, força para você, Tamires… Que você consiga recuperar todo esse dinheiro em dobro e ser feliz. Muito feliz. Beijo. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, meu nome é Daniele e estou falando desde Londres. Tamires, se fosse eu, eu só desamarrava uma coisa: Desamarrar uma indenização aí… Porque, afinal, quando o matrimônio termina assim de forma vexatória para um dos cônjuges, a pessoa tem direito sim de receber uma indenização. Então, entre com um pedido, porque afinal, tudo a seu favor, né, gata? É pix que você teve que fazer pra prostituta, é o seu marido tendo que ser levado para o hospital porque a perna tava lá amarrada e gangrenada, os seus colegas que testemunharam aí [risos] a situação, a fofocaiada no seu ambiente de trabalho… Você pode usar tudo isso a seu favor, né, gata? Já que o cara gastou seu dinheiro, pô, desamarra essa grana, né, Tamires? Pra galera que gosta de amarração, cuidado, né, gente? Vamos chamar só profissionais? Não vamos forçar pessoas baunilhas a fazer. 

[trilha] 

Déia Freitas: A Máscara Rosa foi desenvolvida para oferecer um tratamento rápido, eficaz, altamente hidratante e regenerador. A máscara ainda tem ação antioxidante, calmante e a máscara rosa faz parte do Kit Pónei Bene. O meu kit Pônei Bene está com 40% de desconto. — Gente, vale muito a pena… Eu escolhi os produtos, assim, perfeitos. — 40% de desconto? É um descontão, né? E esse desconto você ganha aí por conta da Black da Bene, hidrabene.com.br. — Valeu, Hidrabene, te amo… — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.