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título: cacheada
data de publicação: 09/11/2023
quadro: amor nas redes
hashtag: #cacheada
personagens: gabriela

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra um Amor nas Redes. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Gente, eu tô tão feliz… Pela primeira vez no podcast, uma marca que eu gosto muito, que eu sou consumidora: a Salon Line, a marca das crespas e cacheadas… — E das onduladas também, que sou eu… Amo e uso muito. — A gente sabe que cabelo bonito é cabelo bem cuidado, e a linha S.O.S Cachos da Salon Line entende muito bem disso. A linha S.O.S Cachos trata do seu cabelo ao longo aí das horas e tem uma finalização com ativos poderosos que vão cuidar do seu cabelo enquanto define da raiz às pontas. E, ó, a linha S.O.S Cachos está de cara nova, são embalagens lindíssimas para acompanhar aí o seu autocuidado, da lavagem até a finalização, enaltecendo sempre a sua curvatura e o seu cabelo natural. 

Você pode acompanhar todas as novidades da linha S.O.S Cachos da Salon Line no site: salonline.com.br ou nas redes sociais: @SalonLineBrasil. — Eu vou deixar o site e o arroba aqui das redes certinho na descrição do episódio. Eu tô muito feliz mesmo, porque eu gosto demais da Salon Line e fica com a gente até o final aqui que tem cupom de desconto. — E hoje eu vou contar pra vocês a história da Gabriela. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Gabriela hoje é uma jovem adulta aí, universitária, que desde muito nova o cabelo sempre foi aí uma grande questão. Quando a Gabriela era pequena, a mãe dela não sabia como cuidar do cabelo da Gabriela e ainda tinha o fato da Gabriela ser ali uma criança gorda. Ela tinha primas na mesma idade, só que as primas eram magras e de cabelo liso… — Então pensa a pressão que era pra criança Gabriela. — E rolava até tipo comparação assim entre as primas, né? [efeito de voz grossa] “Nossa, sempre tão magras e com cabelo arrumado…” e pra Gabriela sobravam frases do tipo: “Nossa, você está sempre desarrumada, de cabelo espetado, suas primas parecem umas princesas, você devia se cuidar mais, ser como elas.”. — Isso uma criança, hein, gente? — E esses comentários eram muito comuns nas reuniões de família e até na igreja — que a Gabriela frequentava — ela ouvia esse tipo de coisa. 

Como se não bastasse, a Gabriela sofria bullying na escola e um bullying, assim, muito, muito pesado. Na escola, a Gabriela chegava a apanhar de alguns meninos e recebia os piores comentários sobre o seu cabelo e sobre o seu corpo também. — Esse bullying foi tão pesado que até hoje a Gabriela trata algumas questões que aconteceram na escola em terapia. — Quando a Gabriela tinha 9 anos de idade… — Gente, 9 anos, uma criança de 9 anos… — Ela já fazia chapinha no cabelo toda semana. Ela lavava o cabelo só uma vez por semana e pedia para a mãe dela ali fazer a chapinha já e deixar ele bem escorrido. Por causa da chapinha, os comentários sobre o cabelo dela pararam… — Porque agora ela estava com o cabelo lisinho, né? Entre aspas, ajeitada, porque cabelo cacheado também pode ser ajeitado, né? Mas ela não sofria mais com comentários sobre o cabelo. — Agora era só sobre o corpo dela e ainda sim rolava esse tipo de comentário. 

Então, pensa: Uma criança de nove anos fazendo chapinha… Com 12 anos ela descobriu a escova definitiva… — Que era pra alisar o cabelo e não ficar passando chapinha toda semana. — Foi lá a Gabriela fazer essa escova definitiva e, ainda sim, a autoestima dela não estava legal, porque ela de cabelo liso, a Gabriela não se reconhecia no espelho. Mas Gabriela achava que pelo menos com o cabelo liso, ela passaria despercebida nos lugares, e aí as pessoas não fariam comentários negativos sobre ela. — Você vê como é a mente da gente, né? — Com 15 anos, a Gabriela passou por momentos turbulentos, difíceis, questões que a gente não vai entrar aqui, e aí a mãe da Gabriela levou ela para terapia e aos poucos a Gabriela foi melhorando, fortalecendo ali a imagem que ela tinha de si mesma, ficando com autoestima melhor. E dos 15 aos 19, a Gabriela tentou fazer a transição capilar pra voltar com os cabelos cacheados. — Tentou por três vezes. — 

Nas duas primeiras vezes ela desistiu por conta dos comentários mesmo, porque virou aquela coisa: “Nossa, o nosso cabelo tava bom e agora tá assim, o que que aconteceu?”. Muita gente falando que ela não combinava com o cabelo cacheado, que ela ficava com cara de criança, que isso e aquilo… — Então, assim, ela não teve apoio nenhum. — Só que aí, aos 19 anos, a Gabriela entrou em uma universidade federal e aí as coisas melhoraram um pouco. E pra Gabriela ali foi uma virada de chave… — Ter entrado para um ambiente onde ela pôde conhecer pessoas diversas e com cabelos mais diversos foi, assim, sensacional. — Na faculdade, a Gabriela falou: “Bom, terceira tentativa… Vou tentar fazer essa transição capilar, vou parar de passar química no cabelo”. E a mãe dela sempre falando: “Gabriela, você não vai aguentar, melhor você voltar com aquele cabelo lisinho e nã nã nã, você não vai ter tempo de cuidar do cabelo cacheado”. 

As primas também falando ali… — Sempre comentários desagradáveis, né? — E a Gabriela estava firme, ela falou: “Não, eu vou continuar”. Às vezes ela quase cedia, falava: “Ai meu Deus, será que já não aliso logo?”, mas não, ela tinha as amigas da faculdade e as amigas estavam ali, motivando a Gabriela a fazer a transição, a deixar o cabelo dela natural. — Bom, [risos] eu não sei aqui se vocês passaram por transição capilar. Eu passei, eu fazia também escova definitiva e minha prima fazia relaxamento… A gente resolveu uma época, tem anos já, que a gente faria transição. Então, assim, [risos] no começo da transição, seu cabelo fica… Porque a raiz vai nascendo natural, mas você tem aquele restante que tá alisado, então pra ajeitar é um caos… Você tem que usar, sei lá, tiara, faixa, fazer trança… Eu e minha prima a gente sabe bem o que é isso. — 

E a Gabriela também passou por isso assim, pra levar mais naturalmente essa transição. Então ela fazia trança pra disfarçar, porque fica com várias texturas o seu cabelo… E ela ia fazendo penteado, fazendo o que dava pra resolver. Até que um dia, uma amiga dela da faculdade falou: “Gabi, já tá na hora de você cortar a parte lisa desse cabelo, hein?”, aí a Gabriela falou: “Ainda não tô com coragem, sabe?”, “Não? Vamo, vamo, vamo” e essa amiga pegou uma tesoura — tesoura dessas de papelaria, sabe? De cortar sulfite — e foi cortando ali as partes alisadas do cabelo da Gabriela. E aí ela cortou, só que, assim, a parte da frente ainda não dava para cortar tudo, tinha que ficar umas partes lisas, então ainda não ficou bom. Tirou bastante do alisado, os cachinhos já estavam formando, mas ainda tinha ali um trabalho de fazer… [risos] Só que ainda, assim, com o cabelo já com menos química, né? Tirada aquelas pontas, a Gabriela conseguiu ajeitar melhor e começou a receber ali alguns elogios… 

E elogios ao cabelo, então quer dizer: “Poxa, tem gente que realmente acha o meu cabelo bonito cacheado assim?”. A questão agora é que aquelas partes ainda que estavam alisadas, mantinham um determinado comprimento ainda do cabelo da Gabriela. Ela falou: “Bom, tá mais compridinho assim, tá bom… Mas e se eu cortasse tudo? Ia icar curto, mas ia ficar cacheado, todo cacheado”. E aí as amigas começaram a incentivar e a Gabriela tomou coragem de fazer aí esse corte curto, tirar toda a parte de química do cabelo. Bom, tirando toda a química, ela pediu pro cabeleireiro fazer ali um corte em camadas… — Isso era férias, então ela estava longe das amigas, assim, pessoalmente, né? — Ela falou: “Bom, quando eu voltar às aulas, eu já volto de cabelo novo”. E quando a Gabriela voltou, parecia que era uma mágica mesmo, assim, todo mundo elogiando o cabelo da Gabriela. 

Ela recebeu tanto elogio que ela ficou com uma vontade de chorar, sabe assim? [risos] Uma emoção que ela falou: “Não sei de onde que vem essa emoção, que as pessoas sempre…”, tudo o que ela recebeu de ruim em relação ao cabelo dela, agora estava vindo em forma de elogio. A Gabriela já incentivou mais duas amigas a fazerem aí essa transição capilar… Antes ela usava o cabelo liso, escorrido, discreto, pra tentar também disfarçar aí o seu corpo. E hoje Gabriela, que é uma mulher gorda — e que antes achava que ela precisava se esconder — com o cabelo cacheado maravilhoso, volumoso, conseguiu se aceitar e se entender como mulher gorda e está mega feliz com o corpo, com o cabelo e com os elogios, sabe? — Aí a gente fica pensando assim: “Ah, é só uma história de cabelo”, mas só quem viveu sabe, né? — Se a gente pensar que a Gabriela se escondia atrás de um cabelo liso e se olhava no espelho e não se reconhecia, ela falou: “Eu quero que outras pessoas tenham a oportunidade que eu tive de me reconhecer, de olhar no espelho e falar: “Poxa, é o meu cabelo, sabe? De pertencer a alguma coisa e ter a liberdade de escolher pelo menos o próprio cabelo”. 

Parece que não, que é uma coisa “nossa, tão do passado”, mas se a gente pensar hoje em dia, muita gente nem tem essa liberdade, não consegue… — Não consegue. — Então a Gabriela deseja aí a todo mundo, que as pessoas que tem essa questão, como ela teve o cabelo, consiga se reconhecer, consiga aí assumir o seu crespo, seu cacheado. — E, poxa, vamos viver isso. — Eu vou procurar uma foto que eu tenho, eu tenho duas fotos… Eu tenho uma que eu tinha o cabelo na cintura com química, aí cortei no ombro… Eu tenho uma foto dessa que eu estou no lugar, tomando um sorvete, sei lá, que eu estou com esse cabelo, e aí foi o dia que eu falei pra Janaína: “Janaína, não aguento mais”, e aí eu fui e cortei curtinho… Tenho essa foto também. Eu vou dar para a Camila postar nas redes para vocês verem o meu cabelo pós transição, que o meu cabelo é ondulado. Eu puxei aí o cabelo da família do meu pai… — Gente, é isso parece que é pouca coisa, mas a gente gostar do cabelo da gente é assim, tem dia que eu consigo arrumar e tem dia que a franja tá um boné. Aí, paciência… É isso mesmo. — 

E eu tenho uma história engraçada que quando eu trabalhava com moda, eu ainda tinha progressiva e, assim, já estava de saco cheio, assistia os vídeos das blogueiras de cabelo, queria fazer transição… Até que um dia que eu estava numa São Paulo Fashion Week e ali na equipe, no staff, eu sempre fui da peãozada, né? De ficar nos bastidores. Tinha uma moça que estava lá, que era de bastidores também, mas ela era, sei lá, ex modelo linda, com o cabelo todo bagunçado assim… Eu olhei e falei: “Meu Deus, que lindo esse cabelo bagunçado” e era um cabelo ondulado que parecia o meu cabelo quando eu era criança. E aí eu descobri que aquela moça era francesa, e aí comentei com uma amiga minha lá e ela falou: “Menina, na França cabelo é tudo assim, as mulheres assim, elas não. Elas não têm isso que a gente tem de “ah, o cabelo”, “meu Deus, não vou sair por causa do cabelo”. O cabelo é o cabelo. 

E aí eu fiquei admirada com aquela moça francesa e falei: “Meu Deus, vou fazer minha transição e meu cabelo vai ficar, assim, bagunçado. [risos] E o meu bagunçado é o meu ajeitado, assim, que eu mais gosto… Quando meu cabelo está meio esvoaçante, meio indefinido. Hoje eu amo… Quando eu era adolescente, eu odiava. Então é isso, gente, cabelo parece que não, mas é muito importante sim na vida da gente. 

[trilha] 

Assinante 1: Oi, gente, meu nome é Mayara, eu sou de Ipatinga, Minas Gerais. Eu passei pelo processo de transição há oito anos atrás, quando tudo ainda era mato. Então foi um processo mais complicado… O que me ajudou muito foi que a minha irmã também passou pelo processo na mesma época que eu, então a gente uniu forças, né? Minha mãe me levou no salão quando eu era bem novinha para fazer relaxamento no cabelo, porque ela não conseguia lidar com o meu cabelo natural. Desde então, passei a minha juventude inteirinha sem conhecer o meu cabelo de fato, o natural dele. Quando eu passei pelo processo de transição capilar, foi complicado… Teve seus momentos ruins, assim, de crise de imagem e muitas críticas… Preconceito mesmo de algumas pessoas em relação ao cabelo natural, mas eu não deixei isso me abalar, isso abalar a minha decisão e hoje eu estou muito feliz de ter superado tudo isso, de ter passado pelo processo. Estou muito feliz com o meu cabelo, com a minha imagem. E é isso, é um processo maravilhoso. Estou muito feliz. 

Assinante 2: Olá, meu nome é Viviane, eu falo de Belo Horizonte. Eu passei pela transição… Foi um período um pouco complicado, porque eu estava, assim, muito segura. Porém, você tem que lidar com muitas críticas, com muitos comentários de pessoas que as vezes acha que você tá ficando desleixada, que você não está se cuidando mais e tudo. Então, se você não tiver muito certa de que aquilo é uma mudança que começa dentro de você para depois externar, para depois as pessoas começarem a perceber a sua evolução, você não não consegue superar. Eu optei durante a minha transição por fazer alguns cortes, mantendo o meu cabelo curto para ir tirando a química, até que eu fiz o meu BC e foi um momento, assim, de libertação… Muito mágico. Hoje eu sou alucinada com o meu cabelo cacheado, foi a melhor decisão que tomei na minha vida. Vale muito a pena. 

[trilha] 

Déia Freitas: O queridinho das crespas e das cacheadas, a linha S.O.S Cachos está de cara nova. — E, olha muito chique… — Com o nosso cupom, [risos] anota o cupom: “PONEILINE”. — Gente, eu amo tanto quando as marcas usam “pônei” no cupom. [risos] — Então, o nosso cupom é PONEILINE, tudo junto e maiúscula, tá? PONELINE. — Eu vou deixar certinho aqui na descrição do episódio e você entra aí pro time das Salon Lovers com 20% de desconto. Acesse: salonline.com.br ou acompanhe aí pelas redes sociais, @SalonLineBrasil. — Tá tudo aqui na descrição do episódio, gente… Valeu, Salon Line, eu estou bem contente mesmo… É um prazer ter vocês aqui com a gente. — Um beijo e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]