Skip to main content

título: acne
data de publicação: 13/06/2022
quadro: alarme
hashtag: #acne
personagens: larissa

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Atenção, Alarme. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um episódio do quadro Alarme. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Sallve, minha maravilhosa Sallve. Um beijo, Julia Petit. — Tamo junto, minha adotante. — E hoje a gente vai trazer um tema muito importante, a gente vai falar de acne. A Sallve lançou uma linha muito bacana de produtos antiacne, tem limpador, tônico, serum, óleo e máscara, todos antiacne. E, para esses e outros produtos, a Sallve criou um cupom chamado ACNECUIDADA. Esse cupom dá 30 reais de desconto na primeira compra de qualquer produto nas compras acima de 99 reais. E hoje eu vou contar para vocês a história da Larissa. 

A Larissa é uma mineira de 22 anos, publicitária e está aí empreendendo. E ela veio compartilhar com a gente aqui um relato muito importante, muito profundo sobre a acne. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Larissa começou a ter acne com dez anos de idade… E isso foi antes até dela menstruar e ninguém entendia por que ela tinha acne. A mãe da Larissa com a pele muito seca, a irmã com a pele lisa como um bebê, o pai — da Larissa — nunca tinha sofrido de acne e ela dizia que ela era o patinho feio da família, né? Ela tinha ali, já com dez anos, uma quantidade expressiva de acne e as pessoas ficavam falando que “ah, ela estava comendo muito chocolate”, “ah, porque isso, “ah, porque aquilo”, então o rosto dela já gerava comentários. Ela uma criança. — Pensa, gente… Com dez anos… — A Larissa já se sentia muito isolada. Porque as crianças da idade dela não tinham acne como ela. E ela começou a usar maquiagem… Com dez anos. Pra tentar esconder ali aquelas espinhas e tal que estavam saindo. E aí a Larissa percebeu que ela acordava e passava a maquiagem e ela só ia tirar, gente, no outro dia, quando ela acordava de novo, lavava o rosto, tirava aquela maquiagem, passava outra.. — Até dormir de maquiagem ela dormia. 

O pior de tudo não era nem a acne, eram os comentários mesmo, porque as pessoas chegavam a parar ela pra perguntar: “Nossa, mas o que aconteceu? Tão nova… Por que você sofre disso?”. — Poxa, sabe? Tem gente que não se toca, mas era assim mesmo, era uma coisa das pessoas comentarem com ela, assim, coisas absurdas… Chegou num ponto de ela estar no caminho da escola e alguém parar ela mesmo, pra perguntar, tipo, se ela já tinha passado babosa no rosto, pra dar dica, pra falar que ela tinha que passar chá de rosa branca, que ela tinha que fazer compressa… Pessoas aleatórias na rua. — Então já era um problema que chamava a atenção, mesmo ela tentando ali disfarçar com maquiagem, né? Ela não conseguia e as pessoas comentavam real… E o auge dessa coisa totalmente sem noção que acontecia com ela na rua foi quando uma pessoa falou pra Larissa passar a própria urina no rosto… — Que ia resolver. — 

E aí ela falou: “Não, chega… Eu preciso de ajuda de um profissional”. — Então foi a primeira vez ali, aos 14 anos, que ela foi pra uma dermatologista, pra saber o que ela podia fazer. — Aí, o primeiro dermatologista que a Larissa passou, ele receitou uns sabonetes específicos e tal e um ácido. gente, muito, muito forte… — Para vocês terem uma noção desse ácido… — Ele descoloria o cabelo da Larissa, ele furava as roupas e os lençóis da Larissa de tão forte que era esse ácido, e ela tinha que passar isso no rosto. E, com o tempo, ela foi tendo uma acne resistente a certos tipos de produto, então começou a não fazer mais efeito também. E aí, se ia numa esteticista pra espremer ali as espinhas e tal que estavam mais aparentes, na semana seguinte, quando estava cicatrizando quase todo aquele estrago que foi feito no rosto… — Porque a partir do momento que você aperta e tal, fica ali meio que um machucadinho que depois sara e tal — já tinha espinhas novas… Então era um ciclo que não cessava, não adiantava ela fazer nada. 

E aí, com 15 anos, ela resolveu ir num novo dermatologista. Esse dermatologista indicou um tratamento com antibióticos… Que resolveu. — Momentaneamente, resolveu. — Mas voltou… E aí ela foi num terceiro dermatologista e esse terceiro receitou o Roacutan, e ela falou que ela já sabia todos os riscos e tal, que não seria um tratamento fácil, mas o que ela ia fazer? — Ela não tinha mais alternativas, nada funcionava. — E aí os pais apoiaram, eles também estavam cientes de tudo, né? E ela resolveu que ela ia começar aí o tratamento com o Roacutan. Só que o Roacutan ele tem efeitos colaterais aí, assim, enormes, né? E o tempo todo a Larissa tinha dor de cabeça, mas ela pensava: “Pelo menos o meu rosto não tá com a espinha”. E aí ela pensava assim: “Poxa, qualquer efeito colateral que eu tiver, vai ser melhor eu ter do que ter espinha”. Então ela ficava com a boca seca, ela não podia sair no sol… 

Ela tinha que estar sempre de boné e sombrinha e tal, mas a pele dela tava linda. Os hormônios estavam ali se ajeitando, então ela falou: “Bom, eu vou aguentar todos os efeitos pra minha pele continuar assim, né?”. E o tratamento com Roacutan durou um ano. Até que a Larissa viu ali que a acne estava estável e tal e resolveu parar com o remédio… E ela resolveu parar na época que ela entrou na faculdade. E aí ela se viu de uma época no ensino médio que ela não falava com ninguém, que ela tinha várias questões ali e ficava muito na dela, pra uma faculdade que ela interagia com todo mundo, estava com a pele ótima, mas ainda assim ela não conseguia diminuir a maquiagem… De tanto que ela usou a maquiagem para cobrir as acnes, ela continuava naquele mesmo ritmo, mesmo sem estar com espinhas no rosto. — Então não era mais a questão de ser um remédio só, né? “Ah, o remédio resolveu e tal”… — 

Era uma pressão estética absurda que ela tinha agora, num nível de que ela pensava assim: “Tudo bem, eu não tenho mais espinha, mas eu vou continuar me maquiando, porque agora tenho a pele boa e todo mundo conversa comigo e tal. Ninguém nunca chegou em mim para falar que “ah, você precisa fazer isso ou aquilo no rosto. Então é assim que tem que ser”. E aí depois do Roacutan que ela parou e ela estava com a pele ótima, a Larissa começou a tomar anticoncepcional. Ela estava com a pele ainda estável e tal, estava se sentindo bem, mas as pílulas começaram aí a não dar legal pra ela… Ela começou a se sentir mal e tal, e ela resolveu parar… E quatro meses depois que ela parou de tomar a pílula, a acne voltou. Pior do que antes… E aí a Larissa voltou a procurar por médicos e foi detectado aí a síndrome do Ovário Policístico. 

E, junto com o tratamento, veio aquela sensação de novo de “poxa, mais um tratamento, a minha pele com acne da adolescência tá curada finalmente, mas as espinhas voltaram”. Então ela voltou, mesmo se sentindo mal, a tomar o anticoncepcional. — Porque ela não tinha coragem de tomar o Roacutan de novo. — E aí ela tentou trocar o remédio várias vezes, parou, voltou e o resultado foi que agora ela conseguiu ajustar a medicação aí, o anticoncepcional e, pela primeira vez na vida, a Larissa sente que ela está realmente vivendo dentro da pele dela, que ela não tem mais aquela acne, que ela pode ter aí uma espinha ou outra… — Como qualquer pessoa. — E hoje ela consegue lidar melhor aí, depois de uma jornada bem dolorosa, né? Ela tinha espinhas internas, uma acne de grau três… Então era bem complicado, né? Ela sentia dor até quando alguém botava a mão no rosto dela. — Gente, a Larissa não conseguia nem receber um carinho no rosto que doía. — 

E poxa, dava até febre. — Bom, é duro, né? — E as espinhas voltaram nesse mesmo nível quando ela parou anticoncepcional. Então, depois que ela conseguiu ajustar aí e ficar melhor e conseguir viver com a pele, agora que ela estava com a pele melhor… E tudo foi, assim, um processo. A Larissa fez terapia durante um ano e meio e uma das questões tratadas durante as sessões foi a autoestima mesmo, né? A acne marcou todos os pontos ali da vida da Larissa, então essa era sempre uma questão ali. — Nas sessões de terapia dela. — Por exemplo, a Larissa ela não tem fotos espontâneas, — da época que ela era mais novinha — porque ou ela estava com muita maquiagem, ou ela não deixava que fotografassem ela. Se ela estava sem maquiagem então, nem pensar… 

Todas as fotos que ela tem, mais novas, ela está sempre muito produzida, assim, né? E ela até fala: “fotos meio forjadas, né?”, então ela não consegue olhar as fotos dela e contar uma história. Isso tudo ela levou pra terapia, o que ajudou bastante… E hoje, com a terapia, a Larissa aprendeu que tudo bem, assim, as peles não são perfeitas mesmo, que a gente convive aí com uma questão ou outra de pele. Hoje ela se sente realmente em paz com a pele dela, ela entende que cuidar da pele também é uma questão de saúde, né? Mais do que de aparência, que era uma coisa que ela era mais fixada. E ela diz, a Larissa diz que a pele dela ficou perfeita quando finalmente ela se entendeu com a pele dela, que ela fez as pazes com as imperfeições, com as cicatrizes e tudo. E agora a gente vai ouvir a Larissa Incerti, essa querida, falar um pouco sobre esse processo de como foi e como que tá a pele dela agora. E, na sequência, a gente vai ouvir a dermatologista doutora Monalisa Nunes falando um pouco aí sobre acne, sobre tratamento, enfim… Então eu volto daqui a pouco. 

[trilha] 

Larissa Incerti: Oi, eu sou a Lari. A aparição de acne foi muito precoce… Eu tinha 10, 11 anos, não tinha nem menstruação ainda e eu já tinha sinais já no rosto e no corpo também. E ninguém na minha casa tinha uma espinha. Muita gente brincava, falando que eu estava com vontade de casar e tal, e isso já começava a me incomodar muito, porque parecia que ninguém estava entendendo o que estava acontecendo e eu muito menos. A minha primeira reação, assim, foi cobrir com maquiagem, porque ninguém da minha idade, da minha faixa etária na época tinha isso… Até como uma forma de não gerar mais comentários, eu me cobria sempre de maquiagem, mas isso acabou agravando o caso, porque eu estava sujando a minha pele o tempo todo, estava vivendo com a pele suja. Comecei a recorrer a diversos tratamentos, parece que abrandava, mas logo depois voltava assim. 

De uma forma simples, eu sentia que era uma praga que eu não conseguia combater. Todas as receitas que todo mundo tentava me passar e simpatia, por mais que eu não parecesse muito feliz ali da opinião que a pessoa emitiu pra mim na hora, eu tentava fazer em casa, sabe? Mas eu ficava muito frustrada, porque eu tentava de tudo e não resolvia. E o pior de tantas tentativas é, justamente, o quanto a minha pele ia ficando sensível com o passar do tempo. Quando não, algumas coisas até machucavam mais a minha pele. Então, assim, tinha uma fase da piora depois de certos tratamentos que eu fazia, principalmente quando eu tive que recorrer a um tratamento de remédio oral. Era um terror… É até difícil de acessar esse tipo de memória, porque eu percebia o quanto estava gritante… E eu não tinha suporte. 

Agora, depois de tanto tempo que isso já aconteceu e que me ocorreu, eu relembrando isso com a minha mãe, por exemplo, ela não lembra desse sofrimento todo… Porque só eu tava na minha pele, só eu tava sentindo. Depois de um longo ano de tratamento com medicação e acompanhamento com dermatologista, eu consegui ter a pele, assim, sem nenhuma acne. E eu percebi um pico na minha autoestima, tremendo… Foi bem quando eu entrei na faculdade. Então, eu percebi que eu fiz amigos mais fácil, que eu comecei a me comunicar melhor e foi muito bom, porque eu consegui me sentir bem de novo. Eu estava tão acostumada a me cobrir sempre de maquiagem, que eu continuava usando e foi muito bom, assim. É uma época feliz, que eu lembro de estar 100% nos momentos da minha vida, porque eu não estava preocupada com o que a galera estava pensando da minha pele. 

Quando a acne começou a retornar, eu senti tudo de novo, assim, como se o pesadelo de: “Puts, o que eu fiz de errado pra ter isso de novo?” e eu comecei a recordar sobre todos os esforços que eu fazia e isso tornou—se pra mim uma onda depressiva muito complicada, porque eu estava bem, e aí, do nada, voltou. Não só a acne, mas todas as recordações ruins que ela me trazia. E aí foi nesse momento que eu tentei buscar todos os médicos possíveis pra tentar me explicar o porquê desse retorno. Fui a ginecologista, fui a dermatologista de novo… Eu queria tentar achar o motivo. Mas foi quando a minha chave virou e eu entendi que, melhor do que tentar lutar contra, era aprender a conviver comigo… E essa virada de chave foi essencial para o meu tratamento, tanto para a eficácia dele quanto para a manutenção da minha autoestima mesmo. 

Eu percebi que eu só ia ser feliz com a minha pele quando eu entendesse os momentos dela. Durante a pandemia, foi um momento muito bacana de autoconhecimento, de entender quando a minha pele respondia bem, quando a minha pele respondia mal… E eu fui tentando ver a acne mais como um abraçar, um cuidar, do que travar uma luta e tentar acabar com ela de uma vez por todas, porque isso não ia acontecer. Foi só depois dessa mudança mesmo de pensamento que eu comecei a entender que não tinha pele perfeita, sabe? A mídia vende isso… E é onde eu falo, né? Que a pele perfeita é a que me tem feliz dentro. Quando eu parei pra pensar nisso, minha vida mudou, porque hoje eu fiz as pazes com a minha pele. Eu me sinto muito bem com ela e, eu entendo que todas as marcas, todas as manchas, todas as acnes que talvez voltem a aparecer, são respostas do meu corpo e são marcas da minha história. E é muito bacana carregar isso sempre, sabe? 

É legal ver a gente com outros olhos, com esses olhares de carinho… A nossa pele merece isso. A gente merece se ver com mais carinho. A pressão estética que é colocada, é tremenda, mas, assim, a gente pode escolher se a gente vai ceder ou. Tá vindo um movimento muito lindo, de gente real, trazendo corpos reais e peles reais, e a gente pode surfar nessa onda e ficar melhor com a gente mesmo, sabe? Se essa fosse a tendência de 13 anos atrás, talvez eu não teria tantos complexos em relação à minha pele, em relação à minha aparência, sabe? Se 13 anos atrás esse tipo de assunto fosse acessível, eu provavelmente não teria tido uma jornada tão dura comigo, com a minha pele, com a minha autoestima… Eu não teria me odiado tanto. 

Monalisa Nunes: Olá, meu nome é Monalisa Nunes, sou médica, atuante da área de dermatologia, moro aqui em São Paulo. Também atuo aqui em São Paulo, na Clínica Derma Vegan, que é a minha clínica, que é uma clínica especializada em dermatologia e estética natural vegana. A acne é afecção de pele caracterizada por cravos e espinhas. Isso acontece por causa de um processo inflamatório que acontece nas glândulas sebáceas, ou seja, nas glândulas que produzem o sebo, a oleosidade da nossa pele. A gente tem um bloqueio, né? O sebo fica acumulado, preso dentro do folículo, isso acaba inflamando a pele, vem algumas bactérias, vão lá, colonizam, formam pus e isso forma a espinha. As áreas mais atingidas pela acne são o rosto, o peito, as costas e também os braços. 

A acne é uma doença multifatorial, uma afecção de pele multifatorial, o que isso quer dizer? Que vários fatores interferem na causa e nos fatores de melhora e de piora da afecção. Então, afecções hormonais, genética, o stress, uso de medicamentos, oleosidade excessiva, né? Que pode acontecer também pelo uso de cosméticos impróprios para o rosto daquela pessoa… O uso de suplementos alimentares, dentre outros fatores. Do ponto de vista clínico, a gente divide a acne em cinco tipos, e isso facilita também na hora de escolher os tratamentos, que são vários. O primeiro tipo é o tipo 1, que seria a acne comedo genica, “comedo” é cravo e mediquei, gente… É aquela acne mais comum, que muita gente tem, um cravinho ou outro. Quem não tem um cravo? E esse tipo de acne a gente trata de forma tópica, ou seja, com os creminhos. Cosméticos, um ácido salicílico, um ácido, uma [inintelígvel], a gente já consegue tratar esse tipo de acne, não tem necessidade de nenhum remédio via oral. 

A acne tipo 2 é acne pápulo-pustulosa, que já são as espinhas, né? Então, a gente tem cravos e espinhas, que podem ser aquelas avermelhadas e também aquelas que já têm a bolinha. de pus. Ela já é mais dolorosa, já pode ser um grau um pouco mais grave, que muitas vezes precisa de um antibiótico tópico também, não só um ácido. A acne em grau 3 é a acne nódulo-cística. Ela já tem nódulos, né? Que são bolinhas que você consegue palpar e que já são mais internas, né? Você não consegue, por exemplo, espremer e tirar a secreção de dentro da espinha… Então já é um pouquinho mais dolorosa também. Nesses casos, já é mais recomendado o medicamento via oral. A acne tipo 4 é a conglobata, que é uma versão mais grave dessa acne nódulo-cística, esses nódulos e cistos eles já ficam um mais próximos dos outros, às vezes até ficando um grudadinho no outro mesmo. A gente já tem grandes formações de cicatrizes nesses casos… E aí o tratamento tem que ser realmente mais rápido pra evitar as formações dessas cicatrizes. Então, realmente é bem mais frequente o uso de medicamentos tópicos, mas aí já vem o medicamento via oral também. 

A acne tipo 4 já é super rara e é a mais grave de todas, que é a acne fulminans. Nesse caso, além da acne, que é uma acne bem expressiva, bem grave… Você já tem sintomas sistêmicos. O paciente tem febre, fraqueza, cansaço, dor… Então, já é uma acne que o paciente precisa ser internado e tomar diversos medicamentos, já num ambiente hospitalar. Além da parte clínica e física que falamos até agora sobre a acne, não podemos nos esquecer sobre o aspecto emocional e psicológico que acompanha o paciente que tem essa afecção. Muitas vezes, em muitos casos, a acne afeta sim o lado psicológico do paciente. O paciente muitas vezes fica inseguro, deprimido, afeta a autoestima, tem alguns impactos até mesmo sociais. Isso tanto no adolescente como no paciente adulto. 

Então, é importante sempre encorajar, principalmente os pais, que iniciem o tratamento mais cedo. Não encarem a acne como uma coisa típica da adolescência, que vai passar e é isso… Porque esse tipo de comportamento é o que, na maioria dos casos, deixam as cicatrizes, que são os aspectos mais difíceis da gente tratar… Mas também é importante que todo paciente com acne entenda que, hoje, a gente tem diversos tratamentos, diversos tratamentos para tratar todos os quadros de acne, todos os quadros de cicatrizes, marcas, manchas que ficaram da acne. Também é importante dizer que a gente precisa ressignificar essa relação do paciente com a acne, né? Não é porque você tem acne que você não deve se amar, não deve gostar da sua pele, não deve sair, não deve mostrar o seu rosto… Até porque é uma afecção de pele extremamente comum. Todo mundo sabe o que é acne, todo mundo sabe que pode acontecer… 

Então, por mais que seja difícil em muitos casos, não baseie sua autoestima nisso. Muitas vezes a gente baseia a nossa autoestima apenas em uma parte da nossa presença no universo, né? E sei que é fácil falar quando não se tem acne, mas você não é só a acne, né? Então, viva a sua vida, estude, brinque, se divirta, saia… Se a acne é algo que te incomoda realmente, procure serviço médico. Se você não tem condições de ir a um dermatologista, não tem acesso, não se limite a isso. Procure um clínico geral numa unidade básica de saúde, que ele será apto, sim, a cuidar de um quadro de acne, tá bom? Então, um beijo a todos. 

[trilha] 

Déia Freitas: A Sallve lançou uma linha muito bacana de produtos antiacne, tem limpador, tônico, sérum, óleo e máscara, todos antiacne. E, para esses e outros produtos, a Sallve criou um cupom chamado ACNECUIDADA. Esse cupom dá 30 reais de desconto na primeira compra de qualquer produto nas compras acima de 99. Sallve, tamo junto. Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Alarme é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta] 

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.