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título: bug
data de publicação: 28/08/2023
quadro: picolé de limão
hashtag: #bug
personagens: flávia

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — Quem está aqui comigo hoje é Chás Leão. — Sério, gente, eu sou muito, muito, muito consumidora… — Chás Leão tem 122 anos levando aí sabor, aroma, praticidade e bem estar para a mesa dos brasileiros. Chás Leão te oferece deliciosos chás com benefícios funcionais e emocionais para os momentos de pausa no dia a dia. Tem um Chá Leão para cada momento e gosto, tem ice tea pronto para beber, tem os chás de sachê em diversos sabores e tem até chá com gás em latinha…. Chás Leão é bom para o meu momento. #ÉBomParaoMeuMomento. Entre uma gravação e outra, eu tomo muito Chá Leão… O meu preferido é o Matte Leão — eu até comprei uma chaleira elétrica só por causa do meu Matte Leão — e depois, assim, de um longo dia de trabalho, eu amo o chá leão de camomila — amo — para dar aquela relaxada antes de dormir. — Eu sou uma pessoa muito consumidora de chá, assim, e Chás Leão, além de ter um preço bem acessível, é muito, muito, muito gostoso. Então eu sou muito Chás Leoner. [risos] Amo… — 

Pra cada momento aí do seu dia, da sua pausa: Chás Leão. O link: chasleao.com.br, eu vou deixar certinho aqui na descrição do episódio. E hoje eu vou contar para vocês a história da Flávia. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha]

A Flávia ela tem 31 anos e ela é uma profissional da saúde. Flávia trabalha em um local, um serviço público, de auxílio a pessoas que estão em situação de vulnerabilidade. Esse local de trabalho dela fica numa região bem pobre da cidade da Flávia, juntando as problemáticas sociais dos pacientes com as questões de saúde mental, esse trabalho deixa a Flávia num estado emocional bem complicado, exausta… — Fisicamente, emocionalmente, mentalmente… É um trabalho bem puxado. — E a Flávia trabalha nesse lugar três vezes na semana… Ela cumpre uma carga horária de 20 horas divididos entre segunda, terça e quarta. Rotina puxada três vezes na semana, é um trabalho exaustivo, que te exige muito emocionalmente, fisicamente e mentalmente e Flávia levando… 


Até que um dia, Flávia acordou… — E, geralmente, a gente tem algumas ações do nosso dia que a gente faz meio no automático, né? Então a Flávia meio que já acordava, já colocava cápsula ali na cafeteira para fazer o café e ia seguindo ali a rotina do seu dia. — E aí lá foi Flávia, botou a cápsula e, de repente, cafeteira toda zoada caindo café… — Será que Flávia colocou a cápsula ao contrário? Será que Flávia botou duas cápsulas? Isso já aconteceu comigo. [risos] Bom, enfim… — Ela não parou pra pensar nisso, porque ela tinha toda a sua rotina programada… Era uma quarta—feira, então ela ia para aquele local de trabalho lá onde ela já ficava exausta e ela não pensou nisso… Limpou ali o que deu da cafeteira e tomou só um golinho de café, que foi o que foi para a xícara ali e saiu de casa. Bom, Flávia tinha que descer e ir até a garagem pegar o seu carro para ir para o trabalho.


Bom, naquele dia a Flávia já estava sentindo que ela estava meio avoada… Sabe quando você sai com aquela sensação de tá esquecendo alguma coisa? — Aqui eu vou fazer um parênteses e vou contar uma coisa para vocês: Eu sou uma pessoa muito avoada, então quando eu, por exemplo, eu saio de casa, eu tenho que trancar a porta e falar em voz alta: “Eu tranquei a porta”, porque se eu não falo pra mim mesma que eu tranquei a porta, eu vou voltar pra checar. E aí, assim, a minha rotina começa de manhã cuidando das coisas dos meus bichos, então quando eu boto a ração, eu tenho que falar: “Botei ração”, “limpei caixa de areia”, “troquei água”, eu tenho que fazer esse check list não só mental, eu tenho que verbalizar, porque aí eu entendo que realmente eu fiz aquilo. — E a Flávia foi ali pensando: “Será que eu estou esquecendo alguma coisa?” e fez ali aquele check list mental que geralmente a gente faz, mas falou: “Bom, beleza”. E aí ela foi para o carro pra sair pra ir pro trabalho. E a sorte dela é que naquele dia, pensa assim, ó: Tem as vagas lá da garagem do prédio e do lado do carro dela, do lado do passageiro tem o carro do vizinho e pra sair ela tinha que fazer a curva mais fechada e uma baliza e tal e, quando o vizinho saía antes dela era mais fácil, porque aí ela tinha mais espaço para manobrar e para sair. 


E Flávia chegou ali e falou: “Nossa, puts, que sorte, o vizinho não está aí… Vou poder fazer a manobra bem aberta e sair tranquila”. [efeito sonoro de carro dando partida] Flávia entrou no carro e foi saindo devagarinho, mas já fazendo aquela curva mais aberta porque ela tinha mais espaço. De repente, Flávia começou a ouvir um barulho… E era um barulho estranho, um barulho alto, mas ela não conseguia identificar que barulho era aquele, sabe? — Porque tem coisa, por exemplo, sei lá, quebrou uma louça, a gente sabe o barulho duma louça que quebra, né? Um cachorro raivoso latindo ou um cachorro uivando, chorando, ou um bebê brincando… A gente conhece os sons, né? E aquele som que a Flávia estava ouvindo ela não conhecia. — Então ela continuou fazendo ali a manobra com seu carro. Só que o barulho ia ficando mais intenso e só aí a Flávia reparou que aquele barulho era um barulho de metal, ralando, rasgando, sei lá… Quando ela olhou para o lado… [efeito sonoro de tensão] Ela se deu conta, gente, que o tempo todo o carro do vizinho que ela não viu na vaga e achou que a vaga estava vazia, estava lá. Flávia tinha agora, com a lateral do carro dela, ralado o carro do vizinho. Agora me diz… E Flávia também se questionou, como que o carro desapareceu da visão dela? Ela viu a vaga vazia e o carro estava lá. — Como? —


O fato é que agora o carro do vizinho lá estava todo lascado e Flávia estava ainda no seu horário… — Ela não queria se atrasar para o trabalho. — Aí ela fez um bilhete dizendo que tinha sido ela que danificou o carro do vizinho, botou contato, falou que ia pagar, botou no carro do vizinho e foi para o trabalho. — E como é que ela ia para o trabalho? — Ela colocava ali no celular, mesmo indo três vezes por semana já há muito tempo, o melhor caminho para fazer. Naquele dia, a Flávia com o seu GPS ligado para ir para o trabalho, como ela fazia sempre de segunda, terça e quarta há mais de um ano e meio, ela errou o caminho do trabalho duas vezes. Algo aconteceu que Flávia bugou… Primeiro foi a cafeteira, depois o carro que ela não conseguia entender como ela não tinha visto o carro na vaga do lado dela… E agora ela não conseguia acertar o caminho para o trabalho. Flávia parou o carro, estacionou em qualquer lugar, respirou fundo… E aí ela sacou: “Não tô bem, não tô bem” e ela teve a iniciativa de ligar para o chefe e explicar tudo o que tinha acontecido e falar: “Olha, hoje eu preciso ir para casa, enfim, depois eu reponho, x… Mas eu não vou conseguir trabalhar hoje”. 

E quando ela ralou o carro, ela chegou a ligar para o marido para falar, né? Contar tudo… E o marido falou: “Você se machucou, você tá bem? A gente tem seguro, não se preocupa com isso e tal”. O carro nem foi tanto uma questão, né? A questão era o trabalho da Flávia e como isso deixava a Flávia exausta, não só mentalmente como fisicamente e emocionalmente também. Bom, a Flávia voltou para casa e foi resolver as burocracias do seguro, falar com o vizinho, enfim… Mas ainda assim ela passou aquele dia todo desatenta, assim, meio bugada mesmo, sabe? Da mente. E algumas pessoas falaram para Flávia que aquilo era estresse, outras disseram que foi um livramento, que talvez podia ter acontecido algo pior no caminho ou ela voltando para casa, ela no trabalho, enfim, né? Flávia não sabe mesmo o que aconteceu, como que na mente dela algo embaralhou e ela não enxergou um carro, ela enxergou uma vaga vazia. E a Flávia é uma profissional da saúde, ela sabe dos perigos de viver a vida assim, de uma maneira tão acelerada, e ainda assim isso aconteceu com ela e ela não sabe explicar o que aconteceu. 


E, gente, isso acontece por estafa mesmo, estresse… A gente ter essa rotina automática. Então, de repente, era tudo que ela queria ter um momento de menos estresse do que fazer uma baliza apertada, era ter aquela vagona para sair e a mente dela fez com que ela visse ali a vaga vazia, porque o carro estava o tempo todo lá. Agora a Flávia está se policiando mais, tá se dando mais descanso, né? Antes ela mudava os compromissos pessoais dela para fazer coisas do trabalho, agora ela está aprendendo a dizer não, isso também é importante, né? E, dias depois, a Flávia também se consultou aí com um profissional da área da saúde mental e ele disse que a Flávia precisa tomar cuidado com esses acontecimentos, que ela precisava realmente dar uma desacelerada para ter uma rotina mais saudável, né? Eu acho que realmente a gente faz muita coisa no automático. — E quando a gente faz as coisas no automático, eu ouso aqui a dizer que a gente começa a fazer as coisas todas meia boca. Então você passa a dar uma atenção para sua família meia boca, porque você, ah, você tem que dar comida pro seu filho todo dia, você passa a fazer a coisa no automático, sem estar naquele momento totalmente presente ali com seu filho… Você passa a fazer a entregar um trabalho meia boca e o seu rendimento, a qualidade do seu trabalho também cai. Você passa a negligenciar os momentos que seriam seus momentos de lazer e tal, como a Flávia fazia aqui, trocava os compromissos pessoais ali por trabalho… Então, acho que é uma coisa pra gente pensar, né? —


[trilha]

 Assinante 1: Olá, Déia, olá, Não Inviabilizers, aqui é a Isabela, do Rio de Janeiro. Flávia, meu bem, não faça isso com você mesma… Cuida da tua saúde mental, da tua saúde física… Tenta aí se organizar de maneira que você consiga cuidar de você de maneira geral, porque se sacrificar demasiadamente por trabalho, vai chegar uma hora que isso vai impactar diretamente no seu rendimento, você não vai conseguir mais corresponder às expectativas porque você está exausta… O que eu te aconselho e aconselho a todo mundo é que cuide de você, cuide da sua saúde física e mental, porque é o tipo de coisa que só a gente pode fazer pela gente mesma. Um beijo… 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é a Ana de Lagoa Santa, Minas Gerais. Eu super compreendo a Flávia, eu também trabalho numa exaustão máxima… Já tive vários bugzinhos assim, mas ano passado eu dirigindo num dia muito cansativo, eu olhei à minha volta e não conseguia ver nada, era tudo escuro… E aí eu percebi que estava acontecendo alguma coisa errada, até que eu bati o carro… E aí quando eu bati, eu voltei pra mim. E aí, desde então, eu procurei ajuda terapêutica, procuro levar uma vida mais leve, focando sempre no meu presente, aproveitando mesmo cada momento, fazendo as coisas ali, com concentração, com consciência… E essa é a dica que eu dou para todo mundo que está nesse nessa rotina pesada de ser mais leve e ser mais tranquila e ter foco mesmo no presente. 

[trilha] 

Déia Freitas: Chás Leão é bom para ter equilíbrio no dia a dia, te ajuda aí a ter um momento de relaxamento no meio de uma rotina corrida e também a se reconectar enquanto desfruta de um bom chá. — E, sim, o chás são muito, muito gostosos… — Você pode aí respirar fundo, sentir o aroma delicioso do chá enquanto prepara ali e já vai relaxando assim pra descansar, tomando um chazinho. — Amo… — Então, não esquece: Pra cada momento de pausa, Chás Leão: chasleao.com.br. — Obrigada, Chás Leão, eu sou muito fã, sério… De carteirinha… Aquela que se tiver camiseta, bolsa, tudo de Chás Leão eu tenho. Sou essa… [risos] — Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.