título: espeto
data de publicação: 08/08/2024
quadro: mico meu
hashtag: #espeto
personagens: déia, espeto e simone
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Ops. Mico Meu, haha. [vinheta]
Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para um Mico Meu. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] E quem tá aqui comigo hoje — pela primeira vez — é a Zerezes. — Amo… — Quem acompanha minhas lives já me viu aí com óculos maravilhosos que eu ganhei da Zerezes — tô, assim, me achando — e a gente tá inaugurando agora essa parceria, mas eu já aí tenho uma relação de muitos anos com esse objeto aí que não sai do meu rosto. — Os óculos… — E a Zerezes é a marca que enxergou no design uma forma de transformar a relação das pessoas com seus óculos e, consequentemente, com elas mesmas. — Gente, vocês viram os meu óculos que é meio rosinha transparente? Demais, lindo, lindo, lindo. —
A Zerezes acredita que mais do que corrigir a visão, os óculos nos ajudam a contar a nossa história e expressar assim aí os diversos lados de qualquer personalidade. Nem por isso eles precisam custar aí uma fortuna e ser uma experiência chata e complexa. — E, assim, os óculos da Zerezes são lindos, a qualidade sei nem o que dizer e o preço muito justo. — A Zerezes brinca que até dói chamar de ótica. [risos] Amo… Porque as lojas são lindas, eu fui na loja de Pinheiros ali e é linda, belíssima e as pessoas que me atenderam também maravilhosas. E os seus óculos já vem aí com as lentes no seu grau e o design único dos óculos é motivo de orgulho. Sim, os óculos são lindos, os designs…
Você entra na loja e, primeiro, você fala:” Meu Deus, eu não sei escolher qual eu quero”, porque todos são lindos, todos… Eu botei acho que todos no rosto… [risos] Bom, acessa agora: zerezes.com.br para conhecer todas as coleções de óculos e segue a marca no Instagram e no TikTok que é: @Zerezes. — E fique por dentro de todas as novidades, eu vou deixar certinho o arroba e o link aqui na descrição do episódio. — E hoje eu vou contar uma história minha de quando eu saquei que eu precisava usar óculos. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]
Eu tinha, sei lá, 14 pra 15 anos — ou 15 anos, era muito nova — e eu ia com uma amiga minha chamada “Simone” e a gente ia na matinê do 1º de maio e também nas matinês da Sunshine. — Sunshine Music, sou dessa época. [risos] Tudo aqui em Santo André… — Era uma época que eu estava ali no primeiro colegial — na época não tinha ensino médio — e eu já estava com dificuldade de enxergar a lousa. — Mas sabe, jovem não quer usar óculos, né? — E aí eu sentava mais perto, chegou uma época que eu sentava na primeira carteira para poder enxergar a lousa e a minha questão era mais, assim, de longe… E qual era a graça minha e da Simone de ir nas matinês? Essas matinês elas sempre tinham uma promo do tipo: Sei lá, a festa começava cinco da tarde… Não, na Sunshine começava duas da tarde, se você chegasse até uma e meia você entrava de graça, mulher… — Então, obviamente [risos] que a gente chegava lá uma hora da tarde. — Então, as moedas que a gente juntava durante a semana era para tomar uma bebida: Keep Cooler. [risos] — Era alcoólico? Era. A gente tinha 15 anos? Tinha, mas enfim, não sei porque não tinha uma fiscalização… Não vou aqui culpar a Déia de 15 anos, porque, né? Era outra época. —
Às vezes a gente tinha dinheiro para cada uma, mas normalmente era um e a gente dividia pras duas. Então, uma semana a Simone ficava com a garrafa e eu ficava com o copo — porque estar com a garrafa dava um certo status, né? — e na outra semana eu ficava com a garrafa, Simone ficava com o copo. [risos] Era assim que a gente ia nas festas, tanto no 1º de Maio, quanto na Sunshine… E a gente ia para dançar e, assim, para paquerar também… — Mas a gente era muito boba, muito bobona mesmo, muito boba. — E aí a gente paquerava os meninos e, raramente, rolava um beijo, alguma coisa assim, porque a gente era muito tonta, enfim… Só que a gente gostava, [risos] tanto eu quanto a Simone, de mandar carta. — Sim, carta para os meninos… Isso tudo é pré—internet, pré tudo, eu nem sei como a gente conseguiu sobreviver. [risos] A gente não tinha nem celular, nem bip, porque depois veio o bip… A gente não tinha nada, mesmo porque a gente não tinha dinheiro também para nada. — Então, se a gente estava na balada e via que tinha um menino interessado na gente, se fosse interessado na Simone, eu ia lá pedir o endereço do menino. Se o menino estivesse interessado em mim, a Simone ia lá pedir o endereço do menino e a gente já sabia que a gente ia mandar carta, cartão, perguntava o aniversário, fazia coração nas cartas, folha de caderno… [risos]
Papel de carta, papel de carta, gente… — E assim, papel de carta era raro porque era caro. — Raramente a gente desperdiçava um papel de carta com um menino, só se fosse muito importante, geralmente a gente fazia colagens em folhas de caderno e mandava, enfim… Então a gente trocava cartas, assim… — Geralmente as meninas mandavam cartas, os meninos não respondiam, enfim… — Eu ficava olhando um menino de longe e ele era lindo, gente, ele era muito lindo, muito lindo… — Eu vou dar um nome aqui porque eu sinceramente não lembro o nome dele, eu só lembro o apelido, mas eu vou dar um nome aqui para ele, sei lá: Rogério. — E eu olhava o Rogério, o Rogério me olhava, ele sorria, eu sorria e ficava só nisso… E a Simone foi lá, pegou o endereço do Rogério e eu comecei a mandar cartas para o Rogério. E eu encontrava o Rogério domingo na matinê e eu ficava encantado porque ele era muito bonito — muito bonito pra mim, assim —, não fazia sentido um rapaz tão bonito olhar para mim e eu falava para Simone: “Simone, o que você acha dele?”, porque assim, amigas, né? E a Simone falava: “Ah, não sei”, porque era uma época que também a gente não podia escolher muito. [risos] A gente não tinha muita beleza também…
Então, né? Enfim, para Simone também tanto fazia, enfim, também tinha uns feios que olhava para a gente, enfim… E aí eu comecei a mandar carta para esse menino, mandava a carta e eu descobri que o apelido dele — vou dar outro apelido aqui para ele, deixa eu ver… Sei lá: “Espeto”. — Só que na carta eu não colocava “Espeto” porque os meninos que chamam ele Espeto, né? E aí eu trocava carta com esse menino e achava ele o máximo… Aí umas semanas eu não lembro se a Simone ficou doente, eu não sei o que aconteceu e a gente não foi, tipo, umas duas semanas, a gente não foi para a matinê. E aí, eu estou aqui em casa, era um sábado à tarde, um sábado de garoa, quando alguém bate palma no portão. — Minha mãe ainda era viva, a gente morava aqui nos fundos e minha tia lá na frente, não lembro onde estava todo mundo… Eu não sei, não sei o que aconteceu… — Simone estava aqui comigo e no que a gente vai olhar, eram dois meninos, um menino que eu lembrava muito dele assim, que a gente pode chamar ele aqui de, sei lá, “Joel”… E o outro era um menino horroroso, ele era muito feio, mas ele era muito feio mesmo assim, ele era muito feio… — E olha que eu não acho ninguém feio, mas naquela época, sei lá, tinha 14, 15 anos, então eu não sei qual que era a minha referência de beleza. [risos] —
E aí eu olhei para Simone e falei: “Simone, o Joel” e ela falou: “É, o Joel e o Espeto”. Eu falei: “O Espeto? Não, aquele lá não é o Espeto, não”, ela falou: “Lógico que é, Andréia, é o Espeto”. O menino era muito feio, muito feio, assim, de dia, de perto… E a gente saiu para dar uma volta no bairro, para mostrar o bairro para eles e eu já apavorada porque ele era muito feio. E aí a gente mostrou a nossa escola, mostrou o bairro aqui e depois eu falei: “Olha, a minha mãe é muito brava e tal, você não pode aparecer assim na minha casa” e eles foram embora, eles moravam na Mooca. E por que ele veio? Porque ele tinha nas cartas que eu mandava o meu endereço e ele veio aparecer aqui…Aí na mesma semana eu falei pra minha mãe que eu tava com dificuldades de ver a lousa e tal, estava iniciando ali o primeiro colegial e aí ela me levou no oftalmo, [risos] e aí fez a receita do óculos e tal. E eu tinha vergonha de levar os óculos na Sunshine, mas quando eu colocava os óculos, assim, gente, [risos] as pessoas eram muito diferentes, eu tinha muita miopia… — Tanto que eu operei, no ano 2000 eu operei, hoje eu uso óculos de novo porque a cirurgia tem um tempo e tal e eu voltei a usar óculos com bem menos grau do que eu tinha. —
Era um outro mundo de óculos, tudo ficava melhor de óculos… [risos] As pessoas ficavam tanto mais bonitas quanto mais feias, né? Dependia da pessoa. Mas era outra pessoa, uma loucura… E aí depois eu comecei a sair com a minha prima Eliane e aí eu já levava os óculos… Então assim, eu não ia de óculos, mas eu levava na bolsa e se eu me interessasse por algum menino, eu botava os óculos pra dar uma olhada melhor assim, sabe? Aí depois eu comecei a sair com a minha prima Eliane e a gente ia num pagode aqui em São Caetano — que era pagode, tinha banda ao vivo de pagode, tanto que muito grupo que depois ficou famoso tocou no Hipnoses — e, durante os intervalos, tinha música tecno, sei lá, não lembro como chamava na época. E eu lembro que tinha um cara que eu achava ele lindo — o Gilson — e era uma época em que eu ainda não levava os óculos e falei: “Não, vou levar os óculos que eu quero ver o Gilson de óculos”, e aí quando eu botei os óculos, eu falei: “Ué, cadê o Gilson?” e também era tipo Espeto assim, era outra pessoa… Falei: “Nossa, não, né? Não estou interessado no Gilson, não”.
Com o tempo, eu fui, assim, ficando permanente de óculos, porque era muita diferença, tipo, usando os óculos e sem os óculos. [risos] Então, essa é minha história aí de quando eu descobri que realmente eu precisava de óculos. [risos] O que vocês acham?
[trilha]Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é a Gabi de Curitiba. Eu achei ótima essa história do Espeto. Eu uso bem pouco grau de óculos, mas já me aconteceu uma coisa parecida, eu fui em uma colônia de férias, assim, eu fui na piscina a noite e do outro lado da piscina tinha um cara que falei: “Meu Deus, cara maravilhoso, amor da minha vida, meu Deus que cara mais lindo” e eu fiquei olhando e ele olhando de volta. No outro dia o menino me veio falar comigo, gente… Puts grila, era feio, era punk o negócio. E para dar um fora depois, né? Adolescente a gente morre de vergonha, quer só sumir. [risos] Eu me identifico muito com essa situação da Déia. Muito bom, muito boa essa história. Beijão.
Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, eu sou a Renata de Porto Alegre. Eu me identifiquei muito, a Déia viveu a mesma vida que eu, assim, porque [risos] era desde ficar com um menino muito bonito e no outro dia não saber quem ele era, porque enfim, eu enxerguei um borrão, ainda por cima no escuro, porque eu saía sem óculos para as festas até ter que perguntar para as minhas amigas se o carinha que estava me olhando era bonito mesmo e depender do gosto delas. Até que um dia, eu estava com uma amiga que não tinha um bom gosto, acho, [risos] ela me falou que o menino era muito bonito, eu fiquei olhando pra ele e quando ele chegou perto eu me assustei porque eu não vi ele se aproximar e dei um grito e foi muito constrangedor… Agora eu perdi a vergonha e uso óculos em todos os lugares que eu vou.
[trilha]
Déia Freitas: Se tivesse Zerezes naquela época da minha escola e tal, essa história não teria acontecido. A Zerezes oferece inúmeras opções de óculos que já vêm com as lentes inclusas para você se sentir bem e não querer aí viver mais sem óculos. De Zerezes todo mundo vai para a balada, para o date, para onde quiser… Sério, gente, óculos lindo… Você vai ficar gata, gato aí, chiquérrimo… Com seus óculos Zerezes até o flerte fica melhor e você evita cair em cilada. [risos] Conheça a Zerezes no Instagram, TikTok ou em: zerezes.com.br e, olha, com o meu cupom: DEIAFREITAS15 — tudo junto maiúscula e 15 em numeral, detalhe que 15 é dia do meu aniversário, olha a coincidência —, você tem 15% de desconto em qualquer pedido. — Online ou nas lojas físicas — Valeu, Zerezes, já amo… Um beijo, gente, tá tudo aqui na descrição do episódio e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmai.com. Mico Meu é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]