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título: fibras
data de publicação: 24/07/2023
quadro: mico meu
hashtag: #fibras
personagens: jefferson e rogério

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Ops. Mico Meu, haha. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. E hoje cheguei pra um Mico Meu. [risos] E hoje eu vou contar pra vocês a história do Jefferson e do Rogério. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha]

O Jefferson ele é um cara super, assim, do esporte… Sabe aquele cara atlético? Aquele cara que come direitinho, um cara saúde. [risos] Já o Rogério, ele é adepto ali de um Cebolitos, [risos] um salgado… Então, é um casal que tem, assim, uma alimentação diferente uma da outra. Quando a pessoa ela é geração saúde e ela vai morar com a pessoa do salgado e Cebolitos, ela vai, obviamente, impactar na alimentação da pessoa que come mal… — Porque aí você chega naquela casa, agora você encontra uma fruta, um legume… Se você quiser fazer ali uma vitamina, você consegue fazer uma vitamina, entendeu? Antes não tinha isso. — A vida do Rogério, em termos de alimentação, — e também a primeira vez que ele estava morando com alguém, que ele estava apaixonado, enfim — mudou muita coisa, muita coisa mesmo. 

E aí, nessa guinada de alimentação, o Rogério sentiu um pouquinho ali no intestino… — O que aconteceu? — Ele que tinha um intestino, assim, regulado, mas assim meio estranho, porque se você come uma coisa diferente na rua, vai, te dá uma diarreia, para o Rogério era normal. “Ah, um dia tive diarreia, outro dia fiquei dois dias sem ir no banheiro, enfim”, era uma coisa normal de quem se alimenta mal, né? E ele não estava tomando nenhum suplemento, nada… A questão é: Ele agora estava fazendo as refeições corretamente, comendo legume, comendo verdura, comendo fruta, então o corpo do Rogério começou a mudar. E aí ele começou a ir ao banheiro e a cagar [risos] de maneira diferenciada. Então ele falou: “Pô, Jeff, eu tô cagando fedido pra caramba”, [risos] aí o Jefferson falou pra ele: “Bom, eu acho que é a verdura e tal, né? Agora você tá começando… Você não foi um cara de comer verdura”, e aí o Rogério começou a gostar de comer uma granola… Um negócio com mais fibras… 

E foi uma semana que ele comeu — o Rogério — muita fibra, a semana toda… E ele falou: “Andréia, muitas coisas saudáveis, muitas farinhas saudáveis, misturado com fruta, enfim, uma delícia. Minha vida foi maravilhosa”. Só que foi uma semana que Rogério não cagou… Então foi dali de um domingo… Ele lembra que ele cagou no domingo, e aí depois ele não cagava e falava: “Pô, tô sentindo aqui, eu preciso cagar, mas não consigo, não consigo cagar”. E aí quando chegou na quinta—feira… — — Então, pensa: Segunda, terça, quarta e quinta… Quatro dias sem cagar, a pessoa que cagava todo dia. — Ele falou: “Poxa, tem alguma coisa errada, né? O que ele devia ter feito? Ido ao médico, né? Sei lá, pelo menos no PS, alguma coisa assim… — E Rogério já tem um histórico de criança, não era um histórico de agora, de uma vez que ele teve que fazer uma lavagem intestinal, que o cocô tava tão seco, tão preso que não saía. Então ele tem essa lembrança ali da pré—adolescência, né? E aí o tempo passou… Quinta ele resolveu tomar um remedinho natural que ele achou na farmácia [risos] — sem consultar nenhum médico, um remedinho ali desses naturais —, que ele vai falou: “Natural? Vai me dar uma ajudinha, até domingo eu cago”, pensou Rogério… 

Sexta—feira passou, Rogério não cagou e esqueceu, porque assim, aquela dorzinha que ele tava meio que passou e ele falou: “Bom, o remédio fez efeito, a hora que eu tiver que cagar, que meu organismo entender que eu preciso cagar, eu vou cagar”.  E aí no sábado — veja bem — nós teríamos aí um evento muito importante na vida de Jefferson e Rogério. Jefferson apresentaria Rogério para sua família num jantar… — Olha que coisa mais bonita, que coisa mais romântica, que coisa mais fofa… [riso] — E esse jantar já estava marcado faz tempo, o Rogério já conversava por WhatsApp com os pais do Jefferson, mas nunca tinha conhecido pessoalmente… Era uma viagenzinha até a casa dos pais do Jefferson de mais ou menos uma hora e meia, tranquilinho. Chegamos ao sábado, finalmente chegou aí o dia que Rogério ia conhecer ali o Seu João e Dona Matilde, os pais de Jefferson. — Viagenzinha de uma hora e meia, tranquilo, né? Como daqui em Santo André em alguns lugares de São Paulo aí, foi tranquilo. —

No meio do caminho, Rogério sentiu ali uma pontadinha na barriga… Mas o que ele pensou? Ele falou: “Bom, esse tipo de pontada que eu estou tendo não é de dor de barriga, de diarreia, é vontade de fazer cocô. Eu sou um cara super descontraído, se eu precisar fazer cocô na casa dos pais de Jefferson, farei”. — Eu já ia querer parar num posto de gasolina pra me resolver antes, né? [risos] Mas o Rogério falou pra mim que não era uma coisa assim… Ele não estava com vontade, então ele ia parar num posto de gasolina e ia ficar um tempo lá, enfim… — [efeito sonoro de freio de mão de carro sendo puxado] E aí chegaram, Seu João e Dona Matilde maravilhosos, acolheram super bem o Rogério, foi tudo perfeito, aquela entrada e tal, abraços, beijos e nã nã nã… E aí aquela pontadinha que tinha dado passou. — Lembrando aí que Rogério tinha cagado no domingo anterior e já estávamos no sábado, né? — 

Dona Matilde fez umas comidas maravilhosas… — Dona Matilde e Seu João com uma alimentação que não é igual à alimentação do filho, do Jefferson, assim, aquela coisa super saudável e fitness… — Eles fizeram ali uns torresmos, sabe? Uma carne gordurosa, uma coisa… E aí o Rogério, que já tinha um tempo que não comia aquele tipo de comida, se esbaldou. Terminou de comer, veio pudinzão na mesa, antes do pudim o Rogério falou: “Agora eu acho que é a hora, agora eu vou dar uma cagada e é isso”. E aí ele foi lá e perguntou pro Jefferson… — Jefferson, sabendo que seu marido estava uma semana sem cagar… — Jefferson falou: “Olha, em vez de você usar o banheiro aqui do lavabo, que tá do lado da mesa aqui, vai lá na suíte dos meus pais”. — Ô, gente… [risos] Não é a melhor ideia, né? — Dona Matilde falou: “Isso, usa o banheiro lá”. — A dona Matilde entendeu que talvez fosse um cagote, né? — Falou: “Pode usar lá, filho, fica à vontade”. 

Bom, lá foi o Rogério… Entrou no quarto dos pais de Jefferson, foi até o banheiro e sentou. Conforme ele sentou… — Como é que agora eu vou dizer isso? [risos] — Você que tem intestino preso… Eu não sei o nome, sei lá, médico para isso… Mas sabe quando o seu cocô sai duro como pedra? Eu já tive isso ao longo da minha vida inteira umas três vezes, mas foram três vezes que eu jamais esqueci na vida. E é duro como pedra, pedra, pedra, pedra… Não tem outra palavra. A palavra é pedra. O Rogério disse… — Agora, gente, aqui, se você quiser pular essa parte do cocô, vai passando, porque vai ser sobre isso. — O Rogério disse que foi assim, saiu um pouco de cocô mole, ele falou: “Bom, agora vem, né?” e começou a sair uma cobra dura, mas era uma coisa assim, não parava de sair cocô e, assim, rasgando… Ele falou: “Andréia, meu Deus do céu, era uma dor… Porque era uma pedra, era uma pedra e não parava de sair assim, uma pedra…” e saiam, tipo, pedaços enormes, como se fosse pedras… 

E ele falou: “Andréia, o primeiro que caiu fez um barulho assim, bateu no fundo e fez barulho de pedra batendo no porcelanato, sabe? [risos] Na porcelana do vaso… Fez aquele barulho de uma pedra caindo mesmo” e uma dor… E aí tinha uns que parava no meio, assim, tipo metade dentro do Rogério, metade para sair… E aí o último estava tão duro que o Rogério foi obrigado a puxar com a mão… E ele falou: “Era duro como pedra. Duro, duro, duro… Duro. Duro”. E aí ele terminou e ele tava até suado assim, mas foi assim, foi horrível, foi coisa de meia hora, 40 minutos assim, cagando… E ele com a mão… — Ele puxou com papel higiênico, mas preocupado de não sujar a mão tal, né? — E ele com aquela mão que não sabia se estava sujo, se não estava, limpou a mão ali e levantou… Porque ele sentado, ele foi dar descarga e, tipo, fez só um [efeito sonoro de água borbulhando] e a descarga estranha… 

Ele levantou… Conforme ele levantou e ele olhou no vaso, ele falou: “Andréia, sem brincadeira, tava quase até em cima de merda. Tava quase até em cima, assim… [risos] Tinha, sei lá, uns três dedos… [risos] Tinha uns três dedos de vaso só pra completar de merda e bater na minha bunda de volta”. [risos] E aí eles não desciam pelo buraco do vaso, da descarga… Porque eram pedaços de rocha muito grandes para ir pelo buraco. E o banheiro dos pais do Jefferson não tinha vassourinha… Não tinha vassourinha, não tinha nada. E ele falou: “Andréia, era muito estranho… Assim, quando eu dei a primeira descarga, então o que tava mole ali meio que foi e ficaram só aqueles toletos, aquelas pedras duras que não tinha como descer aquilo, não tinha como descer aquilo” e ele desesperado, ele falou: “Eu não vou fazer nenhuma loucura no banheiro dos pais do meu marido. Por enquanto, a merda tá onde ela devia estar, tá no vaso, né?”. — Então, o que ele fez? — Ele estava com o celular dele, ele mandou uma mensagem para o Jefferson e falou: “Amor, vem aqui no banheiro”. 

O Jefferson na hora foi lá, mas não pensando em nada… Ele falou: “Socorro, o que que eu faço?”. Quando o Jefferson viu, ele assim… Ele ficou olhando… Ele falou: “Mas que que é isso? Isso é merda? Mas tá duro, tá estranho” e ele começou a rir… [risos] Ele começou a rir e fez uma coisa que o Rogério falou que essa frase ficou ecoando na cabeça dele por semanas. [risos] Ele, rindo muito, gritou: “Pai, vem cá…”. [efeito sonoro de eco] “Pai, vem cá”? O Rogério olhou para o Jefferson: “Pai, vem cá”? Eu já estou aqui pagando um mico e você vai chamar seu pai?” e ele rindo… E aí o seu João veio e ele falou: “Pai, olha isso…”, seu João olhou no vaso e começou a rir também… Seu João gritou: “Matilde” [risos] Dona Matilde veio correndo e, quando ela viu, ela deu uma risadinha e falou: “Ah, meu filho… Quando é assim, não tem jeito, você vai ter que pegar com a sacola”. [risos] Dona Matilde saiu do banheiro — como uma mãe, naturalmente, que já viu de tudo, né? —, foi lá até a área de serviço, pegou umas quatro sacolas, Seu João e Jefferson estavam se acabando de rir, ela tirou os dois do banheiro e falou: “Toma aqui, filho, você vai pôr… Ó, já pus uma sacolinha aqui dentro da outra, agora outra sacolinha você enfia na sua mão… Você põe tudo aqui na sacola, amarra e depois você põe lá na lixeira da rua, tá bom?”. — Gente, como… Assim, como se nada tivesse acontecendo. [risos] —

O Rogério, morrendo de vergonha, foi lá, pegou troço por troço, tolete por tolete, botou na sacola, deu descarga ali, ficou tudo limpinho e foi lá, levou a sacola lá na lixeira da rua, botou a sacola lá, pura merda… Ele falou: “Andréia, a sacola era pesada… Pesada” e ele estava ali, estava aliviado agora, né? Com um pouco de dor? Um pouco de dor… Mas estava aliviado. E aí ele voltou ali, lavou a mão de novo umas 1.000 vezes, ele falou: “Mas eu não peguei no cocô”, mas você fica com aquela impressão, né? E aí todo mundo começou a falar pra ele: “Bom, agora você pode comer o pudim, nada mais vai acontecer… Você pode comer o pudim”. E aí ele comeu o pudim e eles continuaram ali como se nada tivesse acontecido, assim, ninguém ficou tirando sarro dele disso, nada… — Só depois o Jefferson em casa. [risos] — Ali foi, assim, um clima bom, ótimo, descontraído… Foi um jantar ótimo e eles voltaram para casa deles e, de vez em quando, esse assunto volta na família. Já são anos de casamento e esse mico aí [risos] do Rogério volta. 

Ele deve ter feito uma alimentação, sei lá, com coisas que ele não estava muito acostumado e chegou ali no final de semana, depois de uma semana, talvez aquele remedinho do meio da semana, ou quem sabe a comida que ele comeu com gordura ali no sábado deu a lubrificada para sair. — Será que foi isso? [risos] Porque ele falou que era, gente, duro como rocha… E como eu já tive três experiências dessa e que realmente era uma… Era surreal de duro, não sei entender também, porque não fui no médico, nada, eu entendo o que ele passou, assim… E é horrível, é horrível… Só que o volume que ele cagou…[risos] Porra, a pessoa encher o vaso? Como que consegue? — Ele acabou adaptando a alimentação do Jefferson para uma alimentação que ele gostava, então ficou meio termo ali… — Porque também, né? Você não é obrigado a seguir a alimentação da outra pessoa… —  E assim funciona até hoje, o casal tá aí, tá ótimo, está feliz [risos] e cagando normalmente. Eu amei a história do Rogério. [risos] 

[trilha]

Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é o André de Belo Horizonte. Gente, eu ri muito da história do Rogério, mas eu fiquei muito solidariezado, porque eu já passei por coisas parecidas e eu espero que tenha alguém da medicina aqui pra poder dar umas dicas mais profissionais, mas eu vou falar o que a minha médica e a minha nutricionista falam sempre comigo, que a melhor combinação para um bom intestino, um intestino saudável é fibra e água, sabe? Tem que comer muito vegetal, muito legume, muita fruta, muita verdura e não deixar de beber água porque o intestino absorve bastante água e é o essencial pra gente poder fazer cocô regularmente e de maneira saudável, sem passar esse tipo de aperto. Espero que você nunca mais passe por isso, Rogério, um beijo pra você! 

Assinante 2: Oi, Não Inviabilizers, aqui é a Rayane e eu falo de São João de [inteligível], Minas Gerais. A fibra ela capta moléculas de água, então quando você consome muita fibra, mas não consome a quantidade de líquido suficiente, essa fibras chegam no seu intestino, captam a quantidade de água que tem ali disponível para ela e, quando não é suficiente, acaba ficando muito ressecado e esse aspecto de rocha ele acaba aparecendo, tá? E fazendo com que a pessoa não evacue corretamente. Então, o recomendado é que quando consome a fibra, consumir uma quantidade maior de líquido, pra que ela chegue no seu intestino e faça uma fermentação correta, uma proliferação correta das bactérias e tudo flua normalmente. Então é isso, consumam bastante água. 

[trilha] 

Déia Freitas: Ele contando, ele falou: “Andréia, toda vez que eu conto, eu sinto meu rosto queimar de vergonha, né? E foi aí o mico da minha vida”. [risos] Essa é a história de Rogério e Jefferson. Comentem lá no nosso grupo do Telegram, sejam gentis. Um beijo e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmai.com. Mico Meu é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]