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título: lentilha
data de publicação: 29/12/2022
quadro: amanhã é um novo dia
hashtag: #lentilha
personagens: élida e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Especial de Ano Novo, um especial que é a cara do Não Inviabilize. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais uma história do nosso Especial de Ano Novo. Esse ano falando aí de esperança e um pouquinho também sobre solidão. — A história de hoje [risos] ela deveria estar no quadro Proibidão. Onde fica o nosso quadro Proibidão? Ele fica na nossa assinatura mensal de 12 reais por mês, que você pode ter acesso aí a um conteúdo exclusivo, alguns quadros como o quadro de desfechos de histórias… Então, algumas pessoas, depois que elas mandam as histórias, depois de um tempo, elas mandam o que aconteceu, o desfecho. Não é sempre, né? A pessoa fica à vontade para mandar ou não. Então, nessa assinatura a gente tem lá os desfechos, tem um quadro chamado Meu Erro, de pessoas que cometeram alguma coisa mais grave, assim, e se arrependeram, né? Então é um quadro exclusivo e também tem o Proibidão.

O Proibidão [risos] são histórias que talvez a gente não gostaria de escutar, mas a gente acaba escutando aí porque a gente é curioso e essa é uma das histórias que estaria no Proibidão. Só que é uma história de Ano Novo e, como ela tem um contexto importante além da parte do Proibidão, eu achei legal, achei bacana trazer aqui para vocês. Então, eu vou deixar aqui na descrição do episódio pra você que está ouvindo agora essa história editada… Se você fosse assinante, você já podia ter ouvido ela lá no mês passado. Então, você pode assinar pelo YouTube Membros ou nosso aplicativo exclusivo, ou pelo Apoia.se ou pela Orelo. Você escolhe o lugar que você quiser e é o mesmo conteúdo em todos os lugares. Então você escolhe um e assina aí pelo lugar que escolheu, tá bom? [risos] Então agora vamos. —


Hoje eu vou contar para vocês a história da Élida. Essa história pode te despertar aí é algum gatilho referente a violência doméstica, a violência psicológica… Então fiquem atentos. Então vamos lá, vamos de história.


[trilha]


A Élida se casou com 22 anos e logo ali naquele começo de casamento, o marido dela mudou. Ele que enquanto namorado era um rapaz comum, assim, com atitudes bem ok, virou um cara totalmente possessivo e um cara que fazia a Élida acreditar que ela não era ninguém, que ela não era nada. Então ele vivia chamando a Élida de burra, ele fez a Élida parar de trabalhar pra tomar conta só da casa, ele falava que a Élida não servia pra nada porque ela não engravidava… Quando a Élida percebeu onde ela tinha se metido, quem era o cara de fato, ela decidiu que ela não ia ter um filho com ele. Então, Élida, escondido, começou a tomar anticoncepcional e, pra ter o dinheiro do anticoncepcional, que ele só deixava o dinheiro das compras, ela tinha que ir tirando de pequenas coisas. Então, na semana, em vez de comprar 12 ovos, ela comprava dez e guardava aquele pouquinho e ia guardando para o mês todo ela ter ali uns 30 reais sobrando para ela poder comprar o anticoncepcional que ela tomava escondido. E ele vivia jogando na cara que ela não servia para nada, nem para dar um filho, enfim… 


Este cara determinava até as coisas que a Élida ia cozinhar, o que ele queria comer, quando ele queria comer… E, a partir do segundo ano de casamento, ele começou a trancar a Élida em casa. Então ela só podia sair quando ele autorizava ou quando estava junto com ele. E a questão maior é que Élida estava casada com esse cara morando em outro Estado. Então, digamos que Élida morasse no Rio de Janeiro e a família dela toda fosse do Espírito Santo. É perto, mas é outro Estado. E ela agora sem renda, sem trabalhar, ela não tinha de jeito nenhum como se manter. Com um pouco mais de tempo, esse marido da Élida permitiu que ela pudesse frequentar a igreja do bairro — e, por igreja, uma igreja católica — e ela poderia ir aí à missa nos finais de semana na parte da manhã. Então ela começou a frequentar a missa… — Mesmo que ela não estivesse tão interessada na missa, mas era um jeito de ela encontrar pessoas, né? E de estar ali com a comunidade.  —


E aí, nessa missa, ela conheceu ali algumas senhoras e foi pegando uma amizade… Ele deixava que ela participasse de um encontro de senhoras da igreja ali no meio da semana… Então a Élida só saía para isso, para ir para a missa de manhã — ele não ia junto — e para ir nesse encontro aí com essas senhoras. E, nesses encontros, a Élida conseguiu se abrir um pouco mais e contar um pouco de como era a vida dela, como era difícil, enfim, ter o marido que ela tinha. — E aí, gente, ela recebeu alguns conselhos… — Uma das senhoras ali falou pra ela: “Olha, fala pra ele que você vai começar a vender coisinha de catálogo, que dá uma bobagenzinha, mas se você pegar firme, você consegue tirar um dinheiro bom. Então, se você tirar 300, você fala pra que você tirou 30 e o restante você vai guardando”. E aí mais um tempo pra convencer essa criatura de permitir que a Élida vendesse produtos por catálogo para as senhoras da igreja… Então ela não poderia sair por aí vendendo e tal… Mas aí a Élida esperta, falante e tal, foi, fez uma redezinha ali de clientes e começou a vender catálogo. — Então, assim, as pessoas ela já avisava, não podia ir lá na casa dela, era só na igreja. — 


Quando ela tinha que entregar as coisas também ela entregava ali na igreja e tudo bem… Foi dando certo e ela foi mentindo. E assim ela foi guardando um dinheirinho… — Coisa pouca, mas foi guardando ali um dinheirinho pra ela. — Élida diz que ela era humilhada todos os dias, então, assim, desde pequenas agressões verbais até ameaça realmente de bater nela. Ele nunca bateu nela, mas deixou o psicológico da Élida em frangalhos. Até que chegamos em dezembro de um determinado ano aí que eu não vou dizer qual é, Élida estava empolgada porque era o ano que ele tinha prometido que ela ia poder, junto com ele, passar o Ano Novo com a família dela. Já tinha alguns anos que ela não via a família, que ela só conversava com a família por telefone. E, por telefone, a Élida não se sentia bem para contar o que acontecia dentro da casa dela, porque primeiro a família dela, muito pobre, não teria como vir ajudar, né? Não teria nem o dinheiro da passagem para vir. Então ela não queria ter essa preocupação para a família dela. E, segundo que, ela só poderia ir com ele para lá… 

E aí chegou dezembro, foi passando, chegando o Natal… O Natal ele não deixava que a Élida fosse pra lugar nenhum, era ela e ele… E assim era no Ano Novo também, só que esse ano seria diferente, eles iam passar o ano novo com a família dela. Passou o Natal… Natal só os dois, um Natal insuportável. — Por que o que acontecia? — Esse cara comia, depois ele bebia muito e apagava. E aí a Élida ficava sozinha vendo coisa na TV ali de Natal, enfim, né? E Ano Novo era a mesma coisa. Lá pelo dia 27 de dezembro, depois daquele Natal insuportável, a Élida começou a arrumar as coisinhas pra eles viajarem, né? Pra eles irem pra a casa da família dela… Todo mundo empolgado lá na casa da família dela e ela também empolgada… Quando ele viu a Élida arrumando as coisas, ele falou: [efeito de voz grossa] “Olha, a gente não vai”. [efeito de tensão] A Élida falou: “O que?”, “Não, a gente não vai, a gente vai ficar aqui”, “Não, mas a gente já combinou e não sei o que lá”, “a gente não vai”, aí ele gritou e falou pra ela não insistir e ela sabia que ali ele tinha feito de propósito, que em nenhum momento ele pensou em ir… — Ele queria ver a Élida feliz, empolgada, pra depois tirar tudo dela, como ele fazia sempre. —


Às vezes ele fazia isso, tipo, “ah, hoje a gente vai no cinema”, por mais que ele fosse uma péssima criatura, a chance de ir para o cinema já dava uma alegria pra Élida. Chegava na hora, ela se trocava e ele falava: “Não, a gente não vai mais, assiste TV”. Então ele fez isso mais uma vez com a Élida… E aí a Élida ficou arrasada. Ele determinou ali o cardápio que ele queria para o Ano Novo, então ele falou que era para fazer ali uma batata, uma carne X lá e lentilha… E a Élida ela não podia comer lentilha porque ela ficava ali com dor de barriga, com desarranjo mesmo, assim, meio mal real. E ele sabia disso… Ela tinha que fazer lentilha todo ano, só que tinha ano que ele obrigava a Élida a comer e ela passava mal… — E entrava aquele ano com diarreia, enfim, né? Depois de comer ela já começava a passar mal, com muita flatulência e diarreia, né? Enfim, gases e diarreia. — E aí ele falou da lentilha e ele estava com um brilho estranho no olhar… — Que a Élida já sabia, ele ia forçar ela a comer a lentilha. —


E a Élida não aguentava mais, aquilo tinha sido o limite. Ver a família dela era um respiro que ela ia ter e, talvez, se ela tivesse um pouco de coragem, ela não ia voltar. Ela ia ficar lá e nada ia fazer com que esse cara arrancasse ela lá da casa, né? Pelo menos assim Élida pensava. E aí, 28, 29, 30, 31… Élida já tinha avisado a família que não ia, todo mundo ficou muito chateado, mas ninguém pensava assim que era uma crueldade e tal, né? Todo mundo: “Ah, não deu, enfim, ano que vem a gente tenta”, enfim… E aí Élida muito arrasada, cozinhou todas as coisas que que ele pediu e, quando foi ali oito horas da noite, eles fizeram a ceia, né? E ele mais um ano obrigou a Élida a comer a lentilha. — Uma comida que ela não gostava e que fazia ela passar muito mal. — E aí, nesse dia, ele ganhou na empresa dele lá três espumantes… Élida tomou uma tacinha, era ali oito e meia mais ou menos, ela já estava passando mal… — Por causa da lentilha… Estava indo no banheiro e tal. — E ele dando risada disso. E ele tomou as três garrafas de espumante e capotou no sofá.


Já era dez e meia da noite ali, essa criatura capotada no sofá e Élida sozinha, tendo que correr para o banheiro toda hora por causa da lentilha. Na TV mostrava vários lugares do Brasil, assim, já com os preparativos dos fogos de Ano Novo, nã nã nã e aquilo foi dando uma dor na Élida, uma saudade de estar com a família dela e de, sabe? Saber a vida miserável emocionalmente que ela levava com aquele homem e tal… Ela teve uma crise de choro. [efeito sonoro de pessoa chorando] Élida começou a chorar e, na hora, deu a dor de barriga nela e ela correu para o banheiro chorando ainda, sentada no vaso ali, chorando. E de onde ela estava, sentada no vaso de porta aberta, ela olhava assim para o lado direito, lá, no final do corredor ela via o marido no sofá, capotado… [risos] — Daqui pra frente essa história vai ficar um pouco estranha. Então, [risos] enfim, é necessário essa parte, porque aconteceu, mas talvez você se choque… Talvez não, né? Porque já que você está aqui nesse podcast, nada nos choca. —


Élida não sabe dizer o que deu nela… Élida ainda mal, levantou do vaso sanitário, ela estava usando um vestido que ela tinha colocado de Ano Novo, um vestido até a altura do joelho, né? — Élida tirou a sua calcinha para não atrapalhar ali a sua mobilidade… — E, sem se limpar ali após aquela diarreia, ela foi até a sala, ela se posicionou de uma forma que a bunda dela chegasse até o rosto do marido e ela peidou… [efeito sonoro de peido] Só que a partir do momento em que ela peidou, ela já estava com a bunda suja… [risos] Não sei nem o jeito de falar. [risos] Ela encostou na cara do marido e ele ficou com a cara, assim, nariz, boca, cheio de merda… — Sim, Élida fez isso. — E aí ela olhou pra cara do marido dela, que estava podre de bêbado, com a cara cheia de merda e ele acho que sentiu o cheiro, [risos] sentiu algo úmido e ele passou a mão no rosto… Assim, esfregou… Sabe quando você esfrega o nariz? [risos] Quando você esfrega o nariz e o nariz está escorrendo? [risos]


Ele esfregou o nariz, assim, como estivesse escorrendo e fungou… Porque deve ter imaginado ali, dormindo ainda, que o nariz dele estava escorrendo, então ele deu aquela fungada pra dentro e talvez um pouco de bostinha mole tenha entrado no nariz dele. [risos] Senhor… [risos] É uma história de Ano Novo… E aí a Élida ali, ainda com a bunda suja, olhando para o marido dela com a boca e o nariz sujo de merda da diarreia da lentilha, ela ficou mais tranquila, foi para o banheiro, tirou o vestido, tomou um banho… [efeito sonoro de registro sendo aberto e queda d’agua] — Ainda com dor de barriga, né? Mas tomou um banho… — Botou ali o seu pijama e voltou para a sala. Até que desse ali meia noite, a Élida ficou olhando para o marido dela ali com aquela cara suja de bosta. [risos] Não tem outra… 


E aí eu perguntei pra Élida, eu falei: “Mas você… A sua intenção era qual?”, ela falou: “Eu não sei, a minha intenção era esfregar a merda na cara dele, só que eu tinha nojo de passar a mão na minha bunda e passar na cara dele. Então resolvi bater, encostar a minha bunda suja de diarreia na cara dele. Foi essa… Aí aprovei e peidei que já estava ali no caminho”. [risos] — Bom, enfim… — A Élida ficou olhando o marido dela com a cara ali cheia de bosta passar o Ano Novo, né? A virada. E aí quando foi uma hora da manhã ele sozinho acordou, ela já tinha deitado, mas ela estava esperta, porque ela não sabia o que ele podia fazer, né? Mas de certo, ele meio bêbado ainda, não sabe bem o que aconteceu, foi para o banheiro, tirou a roupa ali, sujou até a camisa daquele que ele tava de merda e tomou banho… Tomou banho, tirou aquela merda do rosto e deitou bêbado ainda na cama ali e dormiu. Élida quando viu que ele já estava dormindo, levantou, foi lá, pegou aquela roupa dele que estava com bosta e tal, [risos] botou no cesto de roupa ali pra lavar, foi lá ver como estava o sofá… Quando ele limpou o rosto, ele passou a mão na própria roupa, no peito, sabe? Bêbado. Não passou no sofá. Ainda bem.


E aí ela voltou pra a cama e eles dormiram. No dia seguinte, ele acordou, nada falou, nada se lembrou, nada aconteceu, né? Só que a partir do momento que a Élida fez isso com o marido, que ela passou bosta na cara do marido com a própria bunda, Élida teve uma coragem… Agora era chega, agora ela ia sair daquela casa de qualquer jeito e ia largar aquele homem. — O que Élida fez? — Élida tinha um dinheirinho guardado das coisas que ela vendia. Élida esperou um dia que o marido saísse pra trabalhar de manhã, ela já tinha combinado um carreto e Élida fez uma mudança… Gente, a Élida pegou todas as coisas da casa, geladeira, fogão, televisão, cama, guarda—roupa, sofá, máquina de lavar… Ela falou pra mim: “Andréia, eram sete ou oito coisas ali grandes que eu levei da casa e deixei a casa depenada, deixei ele ali, só com as coisas dele”. O dinheiro que a Élida tinha foi a conta pra ela conseguir fazer essa mudança de um estado para outro, porque era um do lado do outro, né? Mas dava ali uma distância boa, né? 


E aí chegando lá na casa dela, ela descarregou as coisas, enfiou onde deu lá pela casa dela, a família toda assustou, né? E ela arrumou ali mesmo, na rua da casa da mãe dela, uma casa para alugar… Ela tinha o dinheiro do aluguel? Não tinha… Ela conversou com o dono da casa e falou: “Eu vou arrumar um emprego… Se você me der esse voto de confiança, eu vou arrumar um emprego e eu vou te pagar”. Porque comer ela podia comer na casa da mãe dela… — Mas ela não podia deixar as coisas entulhadas na pequena casa ali da mãe dela. — E aí o homem aceitou, a Élida conseguiu um emprego na Casas Pônei da cidade dela, ali como vendedora. Já começou a trabalhar, já deu aquele gás… Esse homem ficou louco, foi atrás dela duas vezes e não deu jeito, né? Ainda bem que ele não era um cara de violência física, né? Então ele não partiu pra cima dela ou tentou arrastar ela, nada disso… E ela não voltou. E dali de onde ela estava mesmo, ela já foi no Ministério Público ali, de graça, conseguiu um advogado e fez o divórcio dela. 

A Élida diz que ela passou anos nesse casamento sem saber como sair disso, sem ter uma esperança de como sair disso, assim, ela não conseguia falar com as pessoas a respeito, ela não conseguia pedir ajuda, ela não conseguia entender até que ponto o marido dela era ruim e até que ponto aquilo estava normal, assim, dos casamentos, saca? Então ela não sabia como agir, o que fazer… E, a partir do momento, daquele Ano Novo que ela falou: “Poxa, eu não quero mais passar por isso, independente de se isso acontece em todos os casamentos ou não, eu não quero mais passar por isso. Eu não vou mais passar por isso” e naquela hora que ela estava ali, com aquela diarreia de lentilha, [risos] ela resolveu fazer uma molecagem mesmo, só assim uma vingancinha de tudo o que ele já tinha feito pra ela, pra daí ela ter forças pra sair daquele relacionamento. — E ter muita coragem de fazer uma mudança assim, né? Pedir um carreto e levar tudo. E imagina a hora que ele chegou em casa… Eu queria ser uma mosca pra ver a cara dele a hora que ele abriu a porta ali da casa e ela tinha levado tudo. —


Eu escolhi a história da Élida pra estar aqui porque eu acho que é um assunto que permeia as famílias, né? A violência doméstica, os maridos abusivos e, às vezes, a gente está no relacionamento, um namorado abusivo que seja, que a gente paralisa, a gente não consegue sair… A gente não entende por que aquilo está acontecendo. E eu acho que o primeiro ponto é entender que aquilo está acontecendo não é por sua causa, não sua culpa… Aquilo está acontecendo porque aquela criatura que está abusando de você, que está sendo violento com você é a culpada, não é você… Então, a partir do momento que a gente entende isso, que a culpa não é nossa, dá um gászinho, dá uma nova esperança de a gente tentar sair. E se você está num relacionamento abusivo, violento, que você não consegue sair sozinha, peça ajuda. Converse com seus familiares, converse com seus amigos, faça boletim de ocorrência e, se for possível, planeje a sua fuga. E, se não der para levar as coisas, tudo bem, você começa de novo… Você arruma um trabalho, qualquer trabalho e começa de novo. Então, não se prende… Se você achar que você está num relacionamento que te traz um perigo de vida ou que te humilha, que te esmaga emocionalmente, foge, sai. Não importa o que vão pensar, o que vão dizer… Sai.


[trilha]


Priscila Armani: Oi, gente… Aqui quem está falando é Priscila Armani que, com muito orgulho, sou a voz das vinhetas do Não Inviabilize. 2022 foi um ano muito desafiador, mas também de muitas conquistas. Eu espero que vocês tenham um excelente 2023 e nunca percam a esperança, nunca percam a fé… Como disse a Déia: amanhã é um novo dia, cheio de novas possibilidades. Um beijão no coração de cada um e a gente do Não Inviabilize espera poder continuar contando com a audiência e o carinho de vocês. Muito obrigada. 


[trilha]


Déia Freitas: A Élida agora tem uma vida boa, ela trabalha, ela voltou a estudar, ela paga o aluguelzinho dela, tem as coisinhas dela e seguiu a vida. — Longe daquele canalha. — Assim como pra Élida que teve aquela noite de Ano Novo terrível, pra ela teve o dia seguinte e eu digo aqui pra você: Amanhã é outro dia. Tenha esperança. Então é isso, gente, amanhã eu volto pra nossa última história de Ano Novo do ano. Um beijo.

[vinheta] Especial de Final de Ano é mais um quadro do canal Não Inviabilize [vinheta]