Skip to main content

título: meus cachos minha vida
data de publicação: 23/11/2023
quadro: amor nas redes
hashtag: #cachos
personagens: alessandra

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais um Amor nas Redes. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje de novo é a Salon Line, a marca das crespas e das cacheadas desse Brasilzão. Onde tem linha S.O.S Cachos, tem finalização e tem tratamento… — Afinal, um não fica sem o outro, né? — Tudo junto e misturado para os melhores benefícios aí pro seu cabelo ao longo das horas. E ainda tem novidade: A linha S.O.S Cachos está toda redesenhada, de carinha nova mesmo, trazendo uma embalagem muito mais linda, brilhante e moderna. — Eu amei… E o conteúdo então a gente usa aqui, tanto eu quanto a Janaína, a linha S.O.S Cachos, amo… — 

E você pode acompanhar todas as novidades da Salon Line — em específico também da linha S.O.S Cachos — em: salonline.com.br e também pelas redes sociais: @SalonLineBrasil. — Eu vou deixar o site e o arroba certinho aqui na descrição do episódio e fica com a gente até o final, que tem cupom de desconto. — E hoje eu vou contar para vocês a história da Alessandra, então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Alessandra sempre gostou do cabelo dela do jeito que era, com cachos e tal e a mãe dela sempre falando: “Filha, será que não seria melhor você alisar? Será que você ia não ficar mais bonita de cabelo liso? Vamos testar, vamos fazer aí uma escova” e Alessandra não, ela só fazia escova realmente quando era um evento, um casamento, que ela se sentisse à vontade para fazer e ela fazia… No auge da escova progressiva — que eu fui adepta —, a mãe da Alessandra foi lá e fez e amou o resultado… E aí ficava falando para Alessandra: “Vamos fazer… Vamos fazer uma escova progressiva, vamos deixar esse cabelo lisinho” e a Alessandra ali, firme nos cachos. 

E antes de aparecer a progressiva, a mãe da Alessandra ela fazia touca. — Vocês já fizeram touca? A minha mãe fazia muito touca em mim… Você vai, você pega o cabelo, você desembaraça e aí você vai enrolando ele na própria cabeça, de lado assim, em sentido horário. E aí você vai fazendo uma touca de cabelo e prendendo com um grampo. Nossa, eu dormi muito de touca, muito de touca… E dói, né? Porque você fica cheia de grampo no cabelo e dói. — A mãe da Alessandra fazer a touca e estava sempre ali querendo que a Alessandra fizesse. E o engraçado é que, assim, a Alessandra nunca tinha parado para pensar que a mãe dela tinha o cabelo igual ao dela, porque ela já conheceu a mãe de cabelo liso. E aí um dia, mexendo nas fotos, ela achou uma foto de carnaval — que a mãe dela talvez tenha suado, dançou ali no meio dos foliões — e o cabelo estava cacheado. 

E ela falou: “Meu Deus, o cabelo da minha mãe é igual ao meu”. A única questão da Alessandra com o cabelo é que, por ser cacheado, ela queria fazer um corte diferente, mas os cabeleireiros que ela ia só falavam assim: “Para mudar o visual mesmo, ficar legal, você tem que alisar… Aí a gente alisa e faz um corte”, ou seja, né? Aí ela falava: “Não, então deixa assim, deixa como tá”, enfim… Até que um dia, numa rede social aí, a Alessandra viu ali um cabeleireiro que cortava cabelo de cacheadas, falou: “Bom, acho que chegou o meu momento, né?” e o cara tinha se especializado em corte de cabelos crespos e cacheados. Alessandra foi e cortou o cabelo, pediu para o cara cortar em camadas… Nessa hora ela ficou tensa porque ela falou: “Meu Deus do céu, a hora que secar será que vai ficar muito volumoso?”, porque Alessandra não queria muito volume, né? 

E aí ela foi e cortou com o cara e o cara falou: “Não, vamos nos secar aqui para ver o resultado final” e a Alessandra ficou apaixonada pelo corte… Porque, assim, mudou o visual e ela continuou com o cabelo cacheado, não precisou alisar. A Alessandra descobriu um pouco depois que ela tem uma condição chamada “alopecia androgenética”, que é uma forma de queda de cabelos que é geneticamente determinada, onde cada ciclo do cabelo os fios vão nascendo progressivamente mais finos, então aí os cabelos da Alessandra eles vão ficando mais ralos e o couro cabeludo vai ficando mais aberto, assim, mais a mostra. Na Alessandra ainda não é gritante assim, né? Ela teve um bebê e ela acha que depois que ela teve bebê, o cabelo ficou ainda mais ralo, mas ela ter mantido os cachos ajuda a não ficar tão aparente assim esse couro cabeludo, porque se fosse liso o cabelo não ia ter nada de volume e aparecer mais. 

E aí eu fico pensando nessa questão de cabelo e família… Você vê? A mãe da Alessandra ela sempre alisou e a Alessandra mesmo sabendo que a mãe alisava o cabelo, não tinha essa referência… Nunca tinha parado pra pensar que o cabelo da mãe podia ser igual ao dela. E ela tomou um susto quando ela viu. A Alessandra tem uma sobrinha pequenininha, a Sophia, e a Sophia tem cabelos cacheados e já não lida bem com o cabelo cacheado. A Sophia pequenininha — que tem uma mãe de cabelo liso e, enfim, que incentiva a filha, mas tem o cabelo liso —, só gosta de sair de coque, gente… Três aninhos ela já pedia pra sair de coque, só aceitava sair de casa de coquezinho. — O cabelo tinha que estar “esticadinho”, ela falava. — E aí com quatro aninhos fizeram uma festa de aniversário pra Sophia… — E lembrando que aqui ninguém nunca falou pra Sophia, diferente da mãe da Alessandra, ninguém nunca falou pra Sophia não assumir os cachos ou não usar o cabelo cacheado, ela vendo a mãe, ela vendo as amigas, o pessoal de cabelo liso, ela já botou na cabeça dela que cabelo cacheado não era legal. — 

E aí com quatro aninhos fizeram uma festa de aniversário pra Sophia e o tema era uma princesa lá que ela gosta muito e a mãe da Sophia fez chiquinha — Maria Chiquinha no cabelo dela — e a Sofia só chorava, só chorava… Porque ela queria um cabelo liso igual a personagem, igual a princesa que ela tinha escolhido. E a Sophia chorou tanto que Alessandra no desespero começou a procurar o personagem, essa princesa na internet de cabelo cacheado e achou uma foto, que a princesa estava com o cabelo cacheado e aí a Sophia ficou mais tranquila. A Alessandra, sempre que ela vai encontrar a Sofia — ela é muito próxima da sobrinha —, ela ajeita melhor ainda os cabelos, os cachos, pra tentar incentivar a Sophia e falar: “Olha que bonito que tá meu cabelo… Seu cabelo também pode ser assim” e se a Alessandra, sei lá, eventualmente fez uma escova pra um evento, alguma coisa e ela vai encontrar a Sofia, ela lava o cabelo e ativa de novo os cachos, que é pra Sophia sempre ver a tia de cabelo cacheado, pra tia ser um exemplo para ela. 

Eu acho que a Sophia tá muito pequena ainda, eu acho que quando ela crescer mais ela vai poder entender melhor e escolher também como ela vai querer deixar os cabelos, se lisos ou cacheados, né? Mas eu acho importante ela ter essa referência, que é a tia dela, que é a Alessandra, que escreveu pra gente, de cabelo cacheado, né? Uma referência que a Alessandra não teve aí com a própria mãe e que que até hoje alisa os cabelos e tal. E, gente, fico pensando, uma criança de três anos já tem essa noção de que “ah, o cabelo liso é mais aceito do que o cacheado, então eu quero manter meu cabelo liso”, três aninhos, três aninhos… Eu acho que dá pra gente pensar um pouco aí sobre pressão estética, já começando aí pelos cabelos das crianças, né? Na minha época mesmo, a minha mãe não deixava a gente sair de cabelo solto. Nem eu e nem minhas primas, Eliane e Juliana… Ela penteava a gente e, assim, era uma trança assim, muito puxada, muito puxada… Você ficava até, assim, com o olho meio puxado, de tanto que ela puxava nosso cabelo… E tinha que estar de trança arrumadinha. E eu sempre ia pra escola e minhas primas também de trança. 

A gente nunca, nunca, nunca, nunca ia pra escola de cabelo solto. Então, eu acho legal agora ver a criançada mais descabelada, de cabelo solto, aceitando mais isso. Na minha época também tinha essa coisa de ir pra escola de cabelo preso, assim… Eu lembro das minhas amigas brancas, de cabelo bem liso, de cabelo solto, assim, e a gente de cabelo mais preso. Minha amiga Simone, minha amiga da época, a Simone, ela era branca, mas tinha o cabelo bem cacheado também e o cabelo preso, então já rolava isso. Então que as crianças agora consigam encarar melhor aí seus cabelinhos e vamos esperar. Sophia é muito nova, né, Alessandra? Vai dar tudo certo. 

A Alessandra se emocionou contando a história dela, porque é difícil também você se manter firme enquanto todo mundo quer que você alise o cabelo e você falando que não e que vai manter… E aí você vê sua sobrinha que já está nessa também. É isso, gente… Acho que a gente podia conversar um pouco sobre essa pressão dos cabelos, enfim… 

[trilha] 

Assinante 1: Oi, gente… Eu me chamo Ana Paula Câncio, sou do Rio de Janeiro. Eu passei pela transição capilar há alguns anos. Foi um processo muito emblemático para mim, porque coincidiu com a minha entrada em um mestrado e esse mestrado mudou totalmente a minha forma de me ver, de me enxergar e fez com que eu quisesse me ver mais a cada dia, mais do jeito que eu sou. E aí eu precisei ver o meu cabelo natural… Virou uma necessidade. Já que eu alisava o meu cabelo desde os três anos de idade, e aí, com 27 anos, eu não tinha nem ideia de como era o meu crespo. Eu senti bastante medo, eu pensei que eu ia me arrepender, mas foi ótimo, porque eu descobri que o meu cabelo natural é muito mais bonito do que o cabelo com química. Passei quatro anos deixando o meu cabelo crescer, mas hoje em dia eu uso ele bem curtinho e passei a máquina porque eu faço natação, mas ainda é meu cabelo natural. Eu amo o meu cabelo assim e eu nunca tive um cabelo que combinasse tanto com a pessoa que eu sou hoje. O meu cabelo natural faz parte de quem eu sou e reflete em 100% a minha personalidade. Foi ótimo passar pela transição. 

Assinante 2: Olá, Déia, olá, Não Inviabilizers, meu nome é Mirian, eu sou aqui em São Paulo. Eu passei pela transição capilar em 2018. O começo [riso] gera um pouco de ansiedade, porque no meu caso eu fazia progressiva, o cabelo fica metade cacheado e metade liso, né? Então haja criatividade pra poder fazer penteados assim, sem ter que fazer escova todo dia. No meu caso, eu sou da classe trabalhadora, né? Então não tenho condição de ficar fazendo escova direto no salão, então é coque, cabelo em rabo de cavalo, cabelo trançado porque tem que ficar apresentável. E quando meu cabelo cresceu o suficiente para cortar um chanelzinho, fui correndo no salão, cortei e, assim, foi libertador… Foi maravilhoso, viu? É um período de bastante incerteza, que a gente fica esperando o cabelo crescer, mas vale a pena… Vale muito a pena. Eu saí do salão super empoderada. Muito bom… 

[trilha] 

Déia Freitas: Se você quer aí uma linha de tratamento com uma finalização incrível para o seu cabelo, a linha S.O.S Cachos é perfeita para você e, como a Salon Line é nossa amiga, ela ainda liberou um super desconto pra gente: acessa aí o site: salonline.com.br e usa o nosso cupom PONEILINE. — Tudo em maiúscula, PONEILINE, eu vou deixar certinho aqui na descrição do episódio… Você tem sim que entrar pro time aí das Salon Lovers, amo… — 20% de desconto, gente, vai lá e já compra a linha toda. Valeu, Salon Line… Tô mega feliz de ter vocês aqui comigo. Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]