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https://open.spotify.com/episode/2iRaqWqxwrHeLUcvXCORqO?si=8kzDyugYT3y6zCQX1yt2wg

título: minha casa minha vida
data de publicação: 15/09/2022
quadro: politícas públicas
hashtag: #minhacasa
personagens: raquel

TRANSCRIÇÃO

[vinheta: “Lula lá” no piano] 

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. E hoje eu cheguei pra contar a terceira história aí da nossa série de pessoas que foram impactadas positivamente e tiveram a vida completamente mudadas por políticas públicas. E hoje eu vou contar para vocês a história da Raquel, que saiu de uma habitação improvisada num córrego com o auxílio do programa Minha Casa, Minha Vida. Bom, então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Raquel, desde que ela se entendia por gente, ela via ali a luta da mãe dela para tentar ter um teto, né? Ter um lugarzinho ali que fosse só dela, sem precisar pagar aluguel. Ela vinha de uma família muito, muito pobre, né? Então, pagar aluguel significava viver num lugar muito precarizado. Bom, nessa época, a Raquel via que existiam algumas iniciativas para a construção de casas em mutirão. Só que como funcionavam esses mutirões? Você tinha que levar a sua família para construir a sua casa. Você tinha toda ali uma assessoria, tinha as pessoas na obra e tal, mas você tinha que botar as pessoas ali para trabalhar naquela casa que seria sua. E, no caso, era só a Raquel e a mãe. A Raquel, uma criança, a mãe dela precisava trabalhar o tempo todo para manter ali o mínimo para elas, então elas não tinham dia e nem horário, e ela era uma criança, pra poder botar a mão na massa e entrar no mutirão de casas. Então, era uma possibilidade que existia e que não alcançava aí a Raquel e sua mãe. 

E aí a Raquel e sua mãe elas não conseguiram sair de onde elas moravam, que era uma casa na favela cedida por um tio. E essa casa ficava em frente a um córrego de esgoto. E, quando chovia, a casa delas, o pequeno casebre ali, né? Alagava e ficava cheio de esgoto. E aí elas batalharam para tentar sair dessa casa. A Raquel começou a trabalhar como babá e, quando ela foi trabalhar como babá, ela ficou conhecendo aí, ficou sabendo de uma iniciativa que se chamava Minha Casa, Minha Vida. E aí a Raquel já estava agora maior, falou: “Ué, será? Será que vai dar pra gente? Será que não é igual aqueles mutirões? Porque aí a gente não vai conseguir participar e tal, né?”. E aí ela foi atrás e falou: “Não, é um financiamento de casa para pessoas de baixa renda”. Então era uma coisa ali que já alcançava a família da Raquel, que era ela e a mãe. 

E aí ela foi até o banco saber ali, sem muita esperança do que precisava porque, poxa, banco, você já viu, né? Para conseguir esse financiamento… Ela falou: “Ah, sei lá, vou chegar lá… Sei lá”. E aí, um ano depois dela juntar toda a papelada, correu atrás de todos os papéis, começando a procurar também um lugar que tivesse dentro desse sistema do Minha Casa, Minha Vida, ela conseguiu… Ela e a mãe elas conseguiram comprar, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, a casinha delas, que é onde ela vive. E, desde então, Raquel consegue viver aí com mais dignidade e deixou para trás aquela vida que era viver no meio da enchente ali, no córrego de esgoto. E o interessante é que, quando eu estava recolhendo essas histórias, eu recebi uma outra historia sobre o Minha Casa Minha Vida, que vinha de um outro lado, vinha de uma… Eu não lembro agora se ela era dona de casa ou se ela trabalhava fora, mas ela tinha uma diarista e, quando saiu o programa Minha Casa Minha Vida, essa diarista falou: “Meu Deus, é o meu momento de ter uma casa”. 

Só que ela achava que ela não conseguia por ser uma trabalhadora que não tinha registro, ela trabalhava ali de segunda a sexta, mas cada dia numa casa. E, esta pessoa que me escreveu, que era uma empregadora que recebia essa diarista num dos dias na casa dela, ela conseguiu a informação de que o programa Minha Casa, Minha Vida aceitava outro tipo de comprovação. Então, se essa diarista tivesse um papel dizendo: “Olha, hoje de segunda eu trabalho na casa da Solange, de terça eu trabalho na casa da Maria” isso era aceito, isso era um documento que era feito para o financiamento dessa casa no Minha Casa, Minha Vida. Gente, isso é uma coisa, assim que pula uma, uma etapa e que abre um leque de possibilidades para pessoas, infinitos. Então, se você… Agora a gente não tem mais Minha Casa, Minha Vida, né? Mas na época, se você era um vendedor de sorvete, se você trabalhasse em qualquer trabalho informal também, você também tinha essa possibilidade de conseguir a sua casinha própria. E isso é muito massa. Nem eu sabia disso que que existia essa possibilidade dentro do programa e, por uma das histórias que eu recebi, eu fiquei sabendo disso e achei muito bacana. 

Então a Raquel e mais um monte de gente que, pra variar, eu não tenho os números, não fui atrás dos dados, mas vamos ver aí se alguém que vem falar aqui depois de mim traz esse dado, conseguiu a casa própria através de uma política pública, de um programa social, que seria e que foi o Minha Casa Minha Vida. Agora a gente vai ouvir duas mulheres pretas fantásticas, a Raquel contando a sua história do Minha Casa Minha Vida e, na sequência, Benedita da Silva, uma das mulheres que eu mais admiro nesse mundo. Tô muito feliz… Então vamos ouvir aí essas duas belezas. 

[trilha] 

Raquel: Oi, Déia, Oi, Não Inviabilizers, aqui é a Raquel e eu vou contar pra vocês como o Minha Casa, Minha Vida mudou a minha vida. Graças ao Minha Casa, Minha Vida que hoje eu tenho um lugar, um teto para chamar de meu. Diante da pandemia, quando eu via no noticiário as pessoas tendo que devolver as casas em que elas viviam de aluguel, eu refleti muito, eu agradeci muito, pensei: “Meu Deus, que bom, graças a Deus eu consegui naquela época ter acesso, ter o conhecimento desse programa para poder dar entrada em meu apartamento que moro hoje aqui na Cohab, na Zona Norte de São Paulo”. Hoje não tem essa preocupação do teto, porque sempre foi desde criança uma preocupação que permeava a minha vida, porque eu via preocupação da minha mãe, né? A gente morava em lugares bem difíceis, em lugares onde era um barraco em frente ao córrego, que passava todo o esgoto do bairro naquele lugar e, quando chovia inundava a casa da gente, inundava tanto de água que vinha do esgoto quanto a água que vinha da chuva, que caía no teto… E era aquele sufoco, não tinha móveis… A gente não conseguia nem ter um móvel direito para poder dizer, né? “Esse móvel novo vamos comprar” porque não adiantava, a gente já sabia que ia perder na enchente. 

Então, minha mãe sempre tinha essa preocupação da gente ter um lugar pra morar. E como sempre fomos só nós duas, meu pai separou dela eu tinha três anos, quando tinha os mutirões, a gente que mora em comunidades, a gente mora nesses lugares, sempre tem aqueles mutirões de casa, né? Que o pessoal vai e se reune no final de semana pra fazer as casas… Só que a gente além de não ter homem dentro de casa para poder ajudar a gente, que sempre tinha que ter um trabalho braçal, né? Tinha a questão da minha religião, que sempre os mutirões eram aos sábados e minha religião, que eu frequentava, não podia fazer trabalhos aos sábados, né? E aí a gente acabava sempre perdendo essas questões… Mesmo a gente indo nas reuniões, quando chegava a hora de pôr a mão na massa, a gente ficava de fora. 

A gente foi viver na casa de um primo de favor, porque a gente tinha… Teve um problema onde a gente morava, na favela onde a gente morava, com polícia invadindo, tiroteio, gente morrendo… E eu estava muito assustada já e um primo ofereceu pra gente morar na casa deles de favor um tempo… E a gente foi, mas morar de favor na casa dos outros não é uma vida digna pra ninguém, né? Aí eu consegui um trabalho como babá e comecei a pagar um aluguel, mas sempre lembrando e minha mãe sempre falando: “Não vamos viver de aluguel, a gente tem que dar um jeito… Precisamos dar um jeito”. E aí graças a uma amiga que me falou que ela já estava morando no apartamentinho dela que ela fez também pelo Minha Casa Minha Vida, ela falou pra mim: “Por que você não tenta? Aproveita o seu registro na carteira como babá e vai lá tentar”. 

E eu sempre pensei que só quem tivesse a chance de morar em casa melhor, que não fosse na favela, era gente que tivesse muito dinheiro…E não. Aí fui lá no banco, fiquei sabendo as coisas que eu precisava levar, a minha carteira de trabalho com os as contas que eu tinha… Eu sei que todo esse processo demorou um ano e, nesse um ano, eu fui procurando também um lugar que era compatível com o que o banco poderia financiar para mim, para a gente poder pagar. E era um valor, gente, acredite: Que era exatamente o valor do aluguel que a gente pagava… E a gente ia morar num lugar nosso pagando o mesmo valor do aluguel que a gente pagava. Eu não estava nem acreditando nisso… Eu fiquei tão feliz com essa história… Porque a gente já estava muito desanimada com tudo. Aí conseguimos entrar aqui onde é o meu lar hoje, né? 

E, desse tempo até hoje, no ano passado eu consegui quitar as minhas parcelas. Porque era um valor, como eu disse, era compatível com o aluguel que eu pagava e não tinha os juros altos, né? Porque a questão da moradia o que atrapalha são esses juros que são altos pra caramba e a gente nem imagina como… Eu nem sei como é que o povo consegue, [risos] só quem tem dinheiro mesmo… E graças a Deus eu vivo aqui hoje no meu cantinho, graças ao Minha Casa Minha Vida, que traz dignidade para pessoas, não só aquelas para quem a gente trabalha, né? No caso, eu trabalhava de babá, a minha mãe sempre trabalhou em casa de família e a gente sempre limpando as casas dessas pessoas e sonhando com um cantinho nosso mais decente e, de repente, eu tenho esse meu canto. Eu tenho esse meu canto onde hoje não chove aqui dentro, onde eu sei que eu posso estar na rua, mas eu tenho pra onde chegar… 

E eu desejo de coração que não só o que eu consegui, mas que tantas outras dessas notícias que a gente ouviu durante a pandemia, tantas pessoas que não puderam mais pagar o aluguel e hoje estão desalentados, que essas pessoas também tenham uma chance que eu tive com o Minha Casa, Minha Vida e eu sou, assim, eternamente agradecida. Principalmente, como eu disse, durante a pandemia, eu sempre pensei: “Meu Deus, se não fosse isso, o que seria de mim hoje?”, porque o aluguel hoje em dia é muito mais caro do que em 2005, né? E eu não conseguiria. Sabendo que existe um governo que ajuda a gente, que pensa na gente, que não tem tantas condições quanto as outras, é muito alentador para a vida, né? E é isso, um beijo para vocês. 

[trilha] 

Benedita da Silva: Oi, Déia, obrigada você e todo esse pessoal aí Não Inviabilize, especialmente as pessoas que estão nos ouvindo. É muito bom poder estar aqui participando dessa iniciativa como esta que vocês estão realizando, né? As histórias… A história é muito linda, parte dela é uma história muito recente, tendo as pessoas mais pobres como protagonistas. Conheço bem essa vida, vida de favela, sem casa, sem teto, a pessoa desesperada… E eu então ouvi a história da Raquel e a história da mãe dela…. Olha que conheço várias mulheres assim que tiveram que trabalhar e às vezes deixava a criança em casa da vizinha, pra vizinha cuidar e muito mais, né? E trabalhando anos a fio… E um dia esperando que tivesse uma casa própria, né? Porque não é só… Pegar essa história da Raquel, né? A gente viveu, assim, uma história muito triste já, que não tinha nenhuma oportunidade de ter casa, não tem carteira assinada, trabalha de emprego doméstico… Não tinha como fazer isso. 

Eu penso uma coisa bacana que aconteceu que eu, um dia na campanha do Lula, na última campanha que ele fez e foi vitorioso, nós estávamos de um helicóptero para ficar melhor… Então o Lula deu aquela olhada lá de cima e eu falei para o Lula, eu me lembro… Eu disse: Lula, se você for eleito e fizer essa urbanização das comunidades, melhorar a situação das casas, olha, você já vai fazer tudo… Tudo quanto você possa imaginar, essa é uma coisa que dignifica. As pessoas voltarem para casa, não pisar na lama, ter uma casa decente para trazer as amigas, os amigos… Porque eu via que muita gente, quando vinha da escola, saltava longe para poder chegar até em casa, para os coleguinhas não verem onde morava… Coisa dessa natureza. Assim, sem dignidade nenhuma, essas pessoas ficavam numa situação muito, muito ruim. 

Então, essa história da Raquel me veio lembrar esse episódio com o Lula. Aí o Lula foi eleito e fez o maior programa que a gente possa ter visto, né? Habitacional. Para as pessoas de baixa renda. Então, eu acho que essa história é uma história muito real. Quando o presidente Lula lançou o programa Minha Casa, Minha Vida nós vimos as pessoas conseguirem realizar os seus sonhos… Gente de favela, gente que não tinha uma carteira assinada. Então, essa história da Raquel é a história de muitas outras mães que nós vimos dentro do programa Minha Casa, Minha Vida realizar o seu sonho, que é um sonho de todo mundo, né? Todas as famílias querem ter suas casas, querem ter o seu aconchego. Hoje, o Brasil tem mais de 6 milhões de imóveis vazios e, ao mesmo tempo, tem mais de 5 milhões de famílias buscando a sua moradia própria. Eu tenho muita esperança e eu acredito que vocês, tal qual como eu, ficam horrorizadas com esse escândalo que é essa questão da desigualdade no nosso país. 

Então, eu queria dizer pra você que esse problema é um problema muito antigo, né? De muita gente passando por isso, desde a Casa Grande e Senzala, a gente viu que a chamada Lei da Abolição ela soltou, “bom, vocês estão livres”, livres, sem casa, sem terra, nada para produzir, sem local… E nós vivemos uma situação dos verdadeiros quilombos, né? Onde nasce as favelas, evidentemente as favelas nascem e nós falamos o seguinte: que são remanescentes desses quilombos. Foram formados verdadeiros quilombos que as pessoas foram morar, né? Então, esse nosso processo da abolição legal da escravidão apenas fez com que as pessoas livres de estar na senzala, mas preso na miséria da favela. E é isso realmente, sem teto, sem emprego… É o que nós temos visto em nosso país. 

Mas eu quero voltar aqui a história da Raquel com a questão da casa própria. É que a Dilma também teve um momento muito importante, né? Porque ela deu consequência ao Minha Casa, Minha Vida, com A Minha Casa Melhor. O que era Minha Casa Melhor? Era que as pessoas poderiam comprar seu fogão, sua geladeira, seu liquidificador, a sua batedeira, a sua tvzinha lá… Tinha esse incentivo, né? Mas, infelizmente, você sabe que deram esse golpe na presidenta Dilma e aí, essas coisas todas, deram um fim a tudo… Tudo o que o Lula tinha feito, tudo o que a própria Dilma tinha feito… O Lula chamava ela de “madrinha”, né? Madrinha desses projetos. Então, como você bem descreve, Raquel, essa questão da moradia do Lula, Minha Casa, Minha Vida, foi uma verdadeira revolução. 

Hoje nós estamos assistindo novamente milhares de famílias, milhões de famílias sem casa, né? Que viviam numa situação totalmente precária nas favelas, nas vilas, nas comunidades pelo Brasil afora que ainda esperam e estão esperando a volta de Lula para dar continuidade à sua casa própria. Isso é um desejo de todo ser humano, né? Esse desejo da mãe da Raquel. É um desejo de “puxa, a gente tem vontade de ter a nossa casa organizada, limpinha”. Mas eu sei porque morei metade da minha vida na favela e eu sei muito bem o que é não ter saneamento, esgoto… Morar num barraco, que a gente chamava de casa, mas um barraco caía a cada temporal, a gente com medo, com medo de tudo, até do vento, de pegar fogo no caixote da gente, porque era assim mesmo, uma coisa bárbara, tremenda… 

Ou então alguém que aparecesse pra dar ordem pra você sair da sua casa e que ia entrar, né? Não, não, não é só contar essa parte que eu acho que é terrível… Hoje a gente está presenciando pessoas morando debaixo da lona, debaixo do viaduto… Não tenho uma casa de verdade, que seria uma casa de alvenaria, uma casa com telhado, né? Eu já vivi isso, essa casa sem telhado, sem esgoto, sem água, sem luz, que é um direito do cidadão e da cidadã. Então, eu penso que o Minha Casa, Minha Vida trouxe então essa alegria, essa felicidade… Não só para você, mas para todos os brasileiros como você, Raquel. Raquel e sua mãe, né? O direito de viver com dignidade, ter o seu teto… A gente que é pobre gosta de coisa bem arrumadinha, tudo no seu lugar, né? Temos esse prazer. Principalmente quando se trabalha como trabalhadora doméstica… 

A gente arruma lá as coisas dos outros e a gente chega e não tem nem uma coisa para a gente arrumar… [voz embargada] Desculpa a minha emoção, é porque é uma coisa muito forte, muito séria na minha vida, é o direito de viver com dignidade. E é isso que eu tenho para dizer. Além de ter uma casa, você ter uma vida, você ter um apoio, você ter as coisinhas que todo mundo tem, que é uma máquina de lavar, coisas como essa… O Minha Casa, Minha Vida teve esse desdobramento com o Minha Casa Melhor, né? E isso deu dignidade para muitas pessoas. E porque a gente vivia num eterno e constante perigo do deslizamento, como eu já falei… Vinha temporal e você não sabia como é que você ia fazer, ficar tapando as goteiras… Chão de estrelas quando não estava chovendo, telhado de zinco… E morar na rua é muito ruim. Morar na rua é muito ruim. A gente perde a autoestima… É tremendo, né? 

Bom, querida, eu penso que compartilhei aí com você, Déia e amigas e amigos do Não Inviabilize, essas lembranças, né? Que vão além das paredes, do piso e do teto. O Minha Casa, Minha Vida evoluiu no governo da presidenta Dilma, como eu já disse, com o programa Minha Casa Melhor e as garantias de acabamentos… E eu fiquei muito feliz de ver também as nossas comunidades recebendo pisos, fazendo reforma na casa, ter azulejo, sabe? Programa de boa qualidade. E tem mais uma questão que eu queria lembrar, que proporcionou também esse Minha Casa, Minha Vida e Minha Casa Melhor: foi a qualificação das mulheres na construção civil. Isso barateou demais… As mulheres, como dizem alguns empreiteiros e tudo, são as mulheres que fazem o melhor acabamento. Então, ainda qualificou-se mulheres das nossas comunidades… Elas viraram profissional de construção civil depois estavam fazendo reformas já umas na casa das outras. 

Quer dizer, esse foi um grande resultado, né? E como a gente tem a casa da gente, uma casa própria, é muito importante para que a gente se sinta plena de cidadania, de dignidade… Então, quero dar parabéns, Raquel, por sua conquista e obrigado a Déia e a todo o pessoal do Não Inviabilize por essa oportunidade, de também contar histórias de outras dentro da própria história da Raquel. Um grande beijo. 

[trilha] 

Déia Freitas: Bom, gente, é isso, nossa terceira história. Amanhã eu estou aqui de novo. E vamo que vamo. Esperança aí, gente. Um beijo e eu volto em breve. 

[vinheta: “Lula lá” no piano] 

Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.