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título: professor – parte 1
data de publicação: 07/02/2023
quadro: amor nas redes
hashtag: #professor
personagens: karina e um cara

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Amor nas Redes, sua história é contada aqui. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. E hoje eu cheguei pra um Amor nas Redes. — Só que este é um Amor nas Redes diferente… Eu recebi primeiro essa história e ela veio como um Amor nas Redes e todo mundo sabe que eu tenho uma fila de histórias, Então, às vezes o e-mail chega e daqui quatro, cinco, seis meses só que eu vou conseguir acessar aquele e-mail. Então, esta é uma dessas histórias. Ela chegou e, quando eu fui abrir o e-mail, depois de cinco meses, ela já tinha um desdobramento. Só que esse desdobramento não era mais uma Amor nas Redes. Então eu resolvi contar a história do jeito que o e-mail chegou pra mim. Então, é uma história longa, eu vou contar primeiro o Amor nas Redes e, depois, ela vai se desdobrar em Picolé de Limão, infelizmente. — hoje eu vou contar pra vocês a história da Karina. Então vamos lá, vamos de história.

[trilha]


A Karina, uma estudante universitária, ela conseguiu, era um sonho dela, entrar numa universidade e ela conseguiu isso com 25 anos. Ingressou lá na universidade, pegou as matérias que ela tinha que fazer, nã nã nã, — as coisinhas, sala isso, sala aquilo, enfim — se organizou e, quando ela entrou numa determinada sala aí uma matéria X, que a gente pode chamar de Pôneilogia… — Quando ela entrou na aula de Pôneilogia… [efeito sonoro animado] Quem estava lá? Um cara perfeito… Assim, de uns 40 anos, no máximo, assim, jovial, bem moderno, assim, falante, risonho… E ela ali na aula de Pôneilogia com esse cara, prestando atenção nele e falando: “Nossa, que cara é maravilhoso, nã nã nã” e era sempre uma aula que a Karina ficava empolgada por causa do professor mesmo. Então ela estava lá na frente, ela interagia bem e ela começou a reparar que esse professor também olhava pra ela. — Eu tenho muita, muita, muita, muita, muita resistência, sou contra mesmo o envolvimento de professor e aluno, professora e aluna, aluno, enfim… Sou contra. Porque eu acho que ali tem sim uma relação de hierarquia, de poder, enfim, e eu acho que sempre pro lado da aluna, do aluno, é mais complicado. Você está em desvantagem. Então, eu sou contra. Estou falando que não é pra acontecer? Não, estou dizendo que eu não curto, não aprovo, não acho legal, tá? —


Karina ali paquerando aí este homem na aula de Pôneilogia… E ela percebeu que ele estava também dando uma abertura. Só que, assim, o que você pensa? — Professor ali… Casado, né? — E aí ela começou a dar uma investigada. Ele era muito, assim, discreto nas redes sociais, ele tinha as redes abertas, mas era tudo voltado aí pra Pôneilogia e coisas da aula de Pônei dele. Então, ela ficou meio que sem saber… Só que aí no status lá do Facebook, ela viu que estava “viúvo”. Falou: “Nossa, coitado, né? Viúvo…”. E aí era um Facebook meio… — Ele tinha dois Facebooks, tinha o dele e tinha um tipo de professor, assim, mais para os alunos, pra todo mundo acessar, enfim… — E, nesse que estava “viúvo” ela viu que era mais restritozinho, então ela não conseguia entrar, também não pediu acesso, né? Porque ela falou: “Poxa, é uma invasão e tal”, e meio que só conseguiu descobrir isso, que esse professor dela era viúvo. 


E aí mais um tempo de aula ali, com uns quatro meses de aula, esse professor trocou telefone com a Karina. E aí eles começaram a conversar via WhatsApp ali. E ele muito, muito bacana… Sabe um cara bacana? Gente, olha… Cara bacana demais… Bacana demais esse cara. Maravilhoso. E Karina empolgada, né? Assim: “Meu Deus do céu, ele é viúvo…”. Já pensando numa vida aí com esse cara. Esse cara convidou a Karina pra sair, eles saíram e ficaram juntos… E foi, assim, maravilhoso… A Karina falou: “Meu Deus, eu tô no céu” e ele só dava aula nessa faculdade da Karina uma vez na semana. Então, ele dava aula em outras faculdades, né? — Na disciplina de Pôneilogia. — Então ele tinha que fazer um esquema ali pra poder ver a Karina. E ele ficava de lá pra cá, enfim, ele morava numa outra cidade perto, mas era uma outra cidade. Então, era uma logística diferente, mas a Karina já morava sozinha. Então, às vezes ele dormia lá com ela e isso virou um namoro. Um namoro sério, assim. 


Na faculdade da Karina, isso se tornou público. Então, esse namoro dele com uma aluna… — Eu não sei como foi essa questão com a universidade. Eu acho que devia ser proibido, enfim, né? Detesto. Mas eu não sei como é que foi, porque assim ele meio que assumiu a Karina na faculdade. Então ela estava muito feliz, que ela namorava o professor… Eles davam, tipo… Ela chegava na aula dele e eles davam uma beijoca, ia sair da aula dele e dava uma beijoca. Então ele meio que assumiu aí esse namoro. — O tempo foi passando… Esse professor começou a deixar coisas na casa da Karina. Então, a Karina teve a sensação de que eles estavam praticamente morando juntos, porque, assim, como ele dava aula em várias universidades, ele não conseguia dormir na Karina todos os dias. Então ele ia para a cidade dele, enfim, estava sempre por aí. Mas quando ele estava ali, pelo menos dois dias na semana ele dormia na Karina. — Então, ela teve a sensação de que eles já estavam morando juntos, né? Era uma vida, assim, a dois. —


E aí, agora que eles estavam praticamente morando juntos, ele contava as coisas da vida dele, que ele ficou viúvo no primeiro ano da Covid e que foi muito traumático pra ele e tal a esposa ter morrido assim, que eles não tinham filhos ainda e nã nã nã e que, nossa, vida triste e que ele tinha e nã nã nã, que agora ele tinha encontrado a Karina e que a Karina era o amor da vida dele e nã nã nã, enfim… Fez ali todo um cenário de amor que Karina embarcou. E assim terminou este e-mail pra mim, com Karina muito feliz e animada aí com o seu relacionamento… — E, quando eu recebi este e-mail, ela estava nesse ponto… Pra você verem como em cinco, seis meses, tudo pode mudar. Então, essa história seria uma história de amor, onde Karina me escreveu dizendo que ela tinha encontrado o amor da vida dela na universidade e que agora eles tinham planos pra se casar, que ele, como viúvo ali, podia casar até na igreja, que era um dos sonhos da Karina. —


A gente vai encerrar aqui este Amor nas Redes deixando aí essa mensagem também, né, gente? Que às vezes a história de amor é de amor até tal ponto… A Karina passou dez meses de amor com essa criatura até que as coisas mudassem. Pra ela era um relacionamento ali verdadeiro. A gente encerra essa história aqui, com Karina namorando firme esse professor viúvo e ele praticamente morando com Karina.. Um beijo, gente, e eu volto em breve com a parte 2.

[vinheta] Quer sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Amor nas Redes é um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.