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título: saga
data de publicação: 15/12/2022
quadro: mico meu
hashtag: #saga
personagens: jorge

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Ops. Mico Meu, haha. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei pra mais uma história do quadro Mico Meu. — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é o Amazon Music… Sim, o serviço de streaming de áudio que está com uma novidade incrível para os amantes de música e de podcast. — Escuta essa… — Se você é assinante do Amazon Prime e ou Prime Vídeo, você tem direito ao Amazon Músic. E já pode escutar todas as músicas dos seus artistas favoritos e os melhores podcasts no modo aleatório sem nenhum anúncio. — Nada, nadinha de anúncio. — E se você é assinante do Amazon Prime, além de poder escutar música aí no seu celular pelo aplicativo da Amazon Music, neste aplicativo existe uma Alexa disponível de forma gratuita. — Pra você pedir pelos seus artistas favoritos. —


Você aí, assinante Amazon Prime… — Eu sou uma assinante Amazon Prime… — Vai lá ouvir o nosso podcast no Amazon Music. — Mas vai mesmo, hein? — Eu vou deixar todas as informações dos novos benefícios do Amazon Music para assinantes do prime aqui na descrição do episódio. E hoje eu vou contar pra vocês a história do Jorge. — Ê, Jorge… [risos] — Então vamos lá, vamos de história. 


[trilha]


O Jorge sempre foi muito, muito, muito, muito fã da Pabllo. — E aqui, logo no começo, tenho que fazer aí um parêntese para dizer que sim, eu e Pabllo somos amigas, tá? [risos] Um beijo. Se você ainda não viu o recadinho da Pabllo para mim, vai lá no meu Instagram. Mas voltando aqui a Jorge… — Jorge sempre foi muito, mas muito fã da Pabllo. Desde que o Jorge conheceu o trabalho da Pabllo lá em 2015, ele já se identificava com tudo, inclusive com as makes. — Ele também, o Jorge também gosta de se maquiar… — Ele também nunca conheceu o pai e foi criado aí por uma mãe solo junto com seus dois irmãos. Então, Jorge sempre se identificou muito com a Pabllo e todo o show da Pabllo — que era possível financeiramente e também de tempo pro Jorge ir — ele ia. Só que Jorge é vendedor de loja de shopping… — Minha vida, eu tive essa vida por mais de dez anos. Então, assim, a hora que você entra no shopping acabou. Você não tem horário pra sair, é um inferno realmente. E, assim… —

 Tinha show que ele não conseguia ir porque ele estava trabalhando ou porque não tinha sobrado grana, enfim… Então, quando tinha um show que ele sabia que ele precisava ir, ele dava uma remanejada ali pra ter uma folga e poder ver a Pabllo. E aí na cidade do Jorge ia ter um show gigante da Pabllo e, dessa vez, ele queria chegar no portão… — Sabe os fãs que chegam tipo no dia anterior e aí ficam lá na grade, assim, bem de pertinho? Era isso que Jorge ia fazer. Jorge estava de folga e ele ia chegar, tipo, muito de manhã, tipo muito cedo, passar o dia na fila pra quando abrir ele estar na grade pra ver a Pabllo. — Aí Jorge comprou ali o seu ingresso com antecedência, tudo certinho e nã nã nã e, na noite anterior do show, Jorge nem dormiu. Nem dormiu… Colocou a Pabllo ali para ficar tocando na Alexa [risos] enquanto ele tentava pegar no sono pra acordar cedo ali no outro dia. E ele ainda ficou lendo as letras, sabe? Para decorar. — Tipo, todas as músicas, algumas que ele não tinha a letra ainda inteira… — Pra chegar lá e cantar todas na grade, do começo ao fim.


Jorge dormiu super pouco, tipo umas duas horas, mas ele estava preparado. Ele tomou um café reforçado… — Porque a ideia era ficar ali o dia inteiro. — Colocou umas barrinhas de cereal na bolsa e tal, fez ali uma bolsa de kit fã [risos] e se preparou pra ir para a porta ali, né? Pro portão. Só que aqui, no Mico Meu do Jorge, temos o primeiro erro… — Vocês lembram que ele adormeceu ali decorando as letras que ele não sabia inteiras… Uma ou outra também, né? Porque a maioria ali Jorge sabia, da Pabllo. E ele pegou no sono, assim, com a Alexa ligada ali ouvindo as músicas da Pabllo. — E o carregador dele, a tomada, fica longe da cama. Então, ele não carregou o celular e não se atentou a isso… E saiu de casa com o celular, com a bateria bem mais ou menos. Mas enfim, foi… Onze da manhã Jorge já estava na fila, fazendo amizade com Deus e o mundo, conversando com todo mundo e esperando a abertura dos portões. — Que seria ali na parte da tarde e o show seria ali final de tarde, quase noite. — 


E aí, quando foi ali umas quatro da tarde, quase já pra abrir os portões, o nosso amigo Jorge comeu uma barrinha de cereal, dividiu a barrinha de cereal com um cara que ele tinha conhecido na fila ali, o Dudu e papo vai, papo vem… Dudu falou pra ele que tinha ido num lugar e imprimiu o ingresso, né? Porque ele tinha medo de que ali não aceitasse o celular. Porque você podia mostrar ali o QR Code, essas coisas, né? No celular, o seu ingresso. Então, com medo… Dudu com medo de isso acontecer, de dar alguma coisa errada, ele imprimiu o seu ingresso. Dudu muito prevenido falou: “Não, inclusive, isso já aconteceu comigo, então eu sempre imprimo”. Aí na hora o Jorge já ficou cabreiro, que ele falou: “Puxa, eu não sei se ali no regulamento tá dizendo que eu tinha que imprimir o ingresso ou se pode ser só no celular, deixa eu deixa dar uma olhada aqui”. Quando o Jorge pegou o celular pra ver… — Porque ele ia ter que entrar no e—mail dele pra ler ali, né? O que estava dizendo… — “bip bip”, um toquezinho. A bateria de Jorge estava em 11%. Não daria nem tempo talvez dele chegar ali para apresentar o ingresso, porque se o ingresso dele estava só no celular e a bateria acabar, acabou o ingresso, meu anjo…  — Né, Jorge? Ê, Jorge… — 


E aí, sem o ingresso impresso e sem ali conseguir acessar o e—mail dele, — estava complicado e ele estava com pouca bateria — ele ia ter que falar o que na hora de entrar? “Oi, moça, eu comprei sim, acredita em mim. [risos] Eu sou honesto, eu sou o Jorge”. [risos] Detalhe: Jorge não levou o carregador. — Olha que coisa fofa… — E aí, assim, na fila, sem carregador… — Porque seria mais fácil achar uma tomada por ali em qualquer lugar, né? — Tentando implorar por um power bank… Mas ninguém te conhece, vão te emprestar a bateria ali? Um acessório que é caro, enfim… Ninguém vai te emprestar, né? E Jorge pra voltar pra casa para pegar um carregador, já em cima da hora ali, não ia dar tempo… Eram dois ônibus. — Jorge pegou dois ônibus pra chegar ali no show. — Então, Jorge resolveu sair correndo da fila, pedir pro Dudu guardar o lugar dele e procurar uma lan house. — Pelo menos pra poder imprimir ali o ingresso, né? Porque se a bateria dele acabasse, ele estava lascado. —

Jorge saiu correndo pelas ruas procurando uma lan house, não encontrou… Encontrou um posto de gasolina, e aí chegou no frentista e falou: [efeito de voz fina] “Pelo amor de Deus, eu preciso acessar um computador pra imprimir uma coisa”, aí o frentista muito tranquilo, falou: “Ih, moço, aqui? Nem eu posso acessar aí o computador, que dirá um estranho. Aqui não tem como”. Aí Jorge saiu correndo de novo, achou um café onde tinha o computador que ele podia usar, mas não tinha impressora… Lá vai Jorge, correndo mais uma vez um outro quarteirão… Eis que Jorge encontra um hotel. Jorge olhou e pensou: “É aqui mesmo que eu vou entrar e implorar por um carregador, uma tomada, uma impressora, um computador, qualquer coisa”. Jorge chegou na recepção desse hotel implorando e lá ele viu uma moça super, assim, incrível, chamada Isabelle e falou: [efeito de voz fina] “Isabelle, pelo amor de Deus, eu preciso de um computador” e explicou a situação do show da Pabllo, o quanto era fã e nã nã nã.


Isabelle falou: “Calma, tem um computador aqui que é só para hóspedes… Eu vou liberar pra você, mas se alguém perguntar, você fala que você hóspede do hotel? Ok?”. “Ok”. A Santa Isabelle liberou o computador ali para Jorge, Jorge foi até o computador e era só ele agora entrar no e—mail dele ali no computador e imprimir as coisas. Só que Jorge, naquela semana, tinha visto uma matéria sobre golpes e fraudes usando o e—mail das pessoas. O que Jorge fez? Ele tinha uma senha no e—mail dele que era tipo “Pudim29” e ele falou: [efeito de voz fina] “Não, vamos botar aquela senha que o próprio celular, negócio de segurança cria, que é tipo “123XEW@— e não sei o que lá, gigante”. Jorge criou uma senha daquela e colocou uma autenticação de dois fatores — e tentando coisa aqui, coisa ali que eu não vou entrar nesses detalhes — e ele não conseguia acessar o e—mail dele porque ele fez uma maneira tão segura [risos] que ele mesmo não estava conseguindo acessar, [risos] não conseguia lembrar a senha, não conseguia nada.


Jorge estava com um computador disponível com acesso à internet e o seu e—mail, com uma impressora disponível, com uma funcionária maravilhosa, Isabelle, ali ajudando ele, mas ele não conseguia fazer o mínimo. [risos] Jorge diz que a partir desse dia, ele virou uma pessoa contra segurança. [risos] Tudo o que ele queria era voltar a senha dele “Pudim29”. [risos] Mas Jorge ainda tinha uma cartada, se ele arrumasse um carregador, ele dava uma carregadinho no celular dele e ia tentar com o ingresso ali no celular mesmo. E aí, de novo: “Isabelle, me socorre” e Isabelle socorreu, porque Isabelle é santa, Santa Isabelle. Isabelle tinha um carregador que foi esquecido por um hóspede e aí Isabelle falou pro Jorge: “Olha, senta aí, carrega, tranquilo, fica calmo, vai dar tudo certo”.


Enquanto Jorge carregava o celular pra chegar ali pelo menos em 20%, ele lembrou do Dudu lá na fila, que naquela hora, sei lá, cinco e pouco lá da tarde os portões já estariam abrindo. Então ele ia perder a grade que ele queria tanto, no lugar que ele ia ficar ali, ele ia se perder do Dudu, então não adiantou nada o Dudu pegar o lugar na fila, guardar o lugar dele na fila porque enfim, né? E, provavelmente, ele ia demorar pra chegar, talvez chegasse lá, dependendo do quanto ele precisasse carregar o celular, podia chegar lá até com o show começado já. E nisso foi dando um desânimo no Jorge… — Porque ele perdeu a folga dele, porque quem trabalha em shopping sabe o quanto é sagrada a nossa folga, né? Perdeu a folga dele. — Ia perder uma parte talvez, do show da Pabllo, não ia ser daquele jeito que ele imaginou se ele ficasse ali carregando celular… Mas se ele saísse, talvez não desse pra ver no celular, porque estava comendo a bateria rápido, enfim…


E Jorge começou a chorar. Sim, ali no lobby daquele hotel Jorge começou a chorar. Quando Jorge está ali chorando, baixinho, tentando ser discreto, que era um hotel chique e tal, mas chorando, assim, feinho, chorando feinho. [risos] Eis que a porta do elevador abre… Saindo ali da porta do elevador, saindo ali do elevador um cara com uma camisa escrito “Produção da Pabllo”. E aí, Jorge, que tinha feito uma make maravilhosa, já estava com a make toda borrada falou: “O que eu tenho a perder?”, foi lá, chegou no cara da produção da Pabllo [risos] e contou a história dele. A história triste dele, a saga de Jorge… — Porque sim, foi uma saga. — E Jorge contou ali a sua saga, tudo o que aconteceu errado, que ele ia perder e o cara morreu de rir, né? Acho engraçadíssima a história da desgraça de Jorge e falou assim pra ele: “Olha, que coisa… Uma das pessoas aí que ganhou o ingresso numa promoção não vai conseguir chegar a tempo, né? A pessoa perdeu o ônibus e tal, contou a história da pessoa. Eu estou com um ingresso aqui, você quer?”. [risos] Olha que bonito…


Jorge, sem nem olhar para aquele envelope, agarrou aquele envelope [risos] e abraçou e falou: “Sim, eu quero, quero, quero”, e pegou, o cara foi embora e falou: “Bom show e tal, nã nã nã” e quando o Jorge olhou o envelope era o que? Era pista premium, estava escrito “VIP” no envelope. — Gente… — Jorge saiu correndo do hotel porque ele tinha que voltar para o show e chegou lindo com seu ingresso ali de pista premium, porque o dele — obviamente, né? Trabalhador aí brasileiro, vendedor de loja — não era uma pista premium, não era VIP do jeito ali daquele ingresso e ele foi lá para a parte VIP e chegou na grade. Aí ele falou: “Bom, meu celular não está totalmente carregado, mas eu vou pelo menos contar no grupo do zap o que me aconteceu, né? Vou aqui mostrar meu luxo”. Cadê celular de Jorge? Jorge largou o seu celular abandonado, grudado no carregador… Sim, ele saiu correndo com o ingresso VIP na mão, não viu mais nada pela frente e esqueceu o celular no hotel. Só que ele já estava ali, gente, na pista premium, de frente pra Pabllo. Nunca que ele ia sair dali antes do show pra ir buscar celular. 


Então ele falou: “Bom, perdido já está” e curtiu o show da Pabllo. E foi o melhor show da vida de Jorge. E aí, quando acabou o show, ele falou: “Bom, agora eu vou… Pra desencargo de consciência, vou passar lá no hotel pra ver se meu celular estava lá” e eis que Isabelle, nossa Santa, além de ter guardado o celular de Jorge, tinha deixado carregando. — Então, o Jorge pegou seu celular ali intacto e ainda com a bateria cheia. — Jorge de tão feliz que ele estava, em vez de pegar os dois ônibus pra voltar para casa, ele se deu de presente aí [risos] uma corrida de carro de aplicativo pra voltar. [risos] Naquela noite VIP, naquele final de noite VIP que ele teve. E esse é o Mico Meu de Jorge, a saga de Jorge. — Ê, Jorge… [risos] Amo. —

[trilha]


Assinante 1: Oi, Não Inviabilizers, aqui quem fala é o Diogo de Brasília. Jorge do céu, amigo, que história louquíssima essa sua. Olha, mas eu não vou nem te julgar porque exatamente aconteceu a mesma coisa comigo. Eu sou muito fã do grupo Rouge, meu namorado descobriu onde elas iriam ficar hospedadas… Eu me hospedei no hotel e fiquei de tocaia basicamente o dia inteiro. Quando foi de noite, eu vi elas entrando na recepção do hotel, saí correndo, me tremi todo, pedi para tirar foto… Ganhei beijo, ganhei abraço, ganhei foto e tudo mais que você imaginar. E é isso, um beijo… 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, eu me chamo Marina, eu falo de Curitiba e eu queria comentar essa história maravilhosa do Jorge, que foi aí um brasileiro como nós, esquecendo dos pequenos detalhes da vida. Mas eu queria dizer que eu acho que ele deve ter feito alguma coisa muito boa na vida para merecer tanta sorte e elogiar o trabalho da Isabelle, que ela sim está fazendo por merecer ganhar alguma coisa maravilhosa do destino, assim como o Jorge ganhou, né? A Isabelle está ali batalhando com um karma positivo [risos] pra que algum dia alguma coisa muito maravilhosa aconteça com ela. Isabelle, estou torcendo aí pra sua vida dar uma guinada muito positiva, viu? Você é realmente um anjo. Um beijo, pessoal. 

[trilha] 

Déia Freitas: Se você ainda não é assinante, faça agora uma assinatura Amazon Prime. Vai lá, faz agora mesmo… 14,90 por mês, e aí você tem acesso a serviços como frete grátis, Prime Vídeo e Amazon Music, pra poder ouvir aí todas as músicas e os melhores podcasts sem anúncio. Valeu, Amazon Music, tamo junto… Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmai.com. Mico Meu é um quadro do canal Não Inviabilize.

[vinheta]