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título: surpresa de páscoa
data de publicação: 20/11/2020
quadro: picolé de limão
hashtag: #surpresa
personagens: alice e william

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta] 

Déia Freitas: Oi, gente… A história de hoje é a história de Alice e William, quem me escreveu foi a Alice, e ela é uma carioca da gema.

[trilha]

Alice é uma professora de jardim de infância, — Eu amo essa profissão, deve ser muito legal dar aula para criancinhas, tipo micro criancinhas — e é isso que ela faz, ela dá aula pra micro criancinhas. E ela tem um namorado… — Ela namorava, namora, vamos pôr namorava… — Namorava há quatro anos e resolveu fazer uma surpresa de Páscoa, ela resolveu dar um ovo pra ele de um quilo, um ovo artesanal. Gente, meu sonho ganhar um ovo artesanal de um quilo de cereja, amo, mas enfim… Ela encomendou um ovo artesanal para o namorado. Só que assim, tinha um problema, ela teria que ir buscar o ovo, que eles não estavam mais fazendo entregas, tipo estava muito em cima da hora e ela teria que ir buscar lá no bairro da mulher que fazia o ovo, mas ela estava muito feliz porque o cara gostava super de chocolate, amava chocolate e ela combinou com a mulher e foi lá buscar.

Ela ia fazer uma surpresa para o namorado e entregar o ovo de Páscoa de um quilo… — Gente, eu não gosto de surpresas, de espécie alguma, nenhuma, nada, eu prefiro sempre saber tudo antes. Então, de repente se ela tivesse avisado [risos] que ela ia dar um ovo de Páscoa pra ele de um quilo e onde ela ia buscar esse ovo, ela teria evitado algumas coisas, mas sei lá também, né? De repente foi melhor que não evitou. Mas eu, Andréia, não gosto de surpresas nunca, nenhuma. E a Alice é uma pessoa que gosta muito de fazer surpresa, [risos] e aí você tá sujeito, né? Você tá aí no mundo da surpresa, é um mundo de mistério. [risos] —

E lá foi ela num bairro desconhecido pra ela e foi lá buscar o ovo na casa da mulher, chegou lá pegou o ovo, pagou um ovo lindo, numa embalagem linda, enorme, ainda aproveitou e pegou uma lebre de pelúcia [risos] pra dar junto assim, tipo um coelhinho branquinho, uma lebrezinha branquinha de pelúcia pra dar junto pra ele com um coraçãozinho de pelúcia junto, tudo bem romântico, né? E ela tá saindo da casa da mulher e era assim, ela tinha que sair da casa da mulher, virar a esquina, virar a esquina de novo e era o ponto de ônibus, a mulher que ensinou ela onde ela teria que pegar o ônibus pra voltar para o centro do Rio ali e ir pra casa dela. Tá lá voltando que ela vira a esquina, que ela olha lá do outro lado, o namorado dela tinha um carro, um jipe, muito diferente, cheio de adesivo, que era uma coisa assim, não tinha como falar que não era o carro dele, e ela vê o carro do namorado dela naquele bairro estranho. Será que ele também pensou a mesma coisa de comprar um ovo de um quilo pra ela e encomendaram no mesmo lugar? Olha que coincidência maluca. 

Então imagina assim, ela tá indo e o carro do namorado dela tá vindo no sentido dela, só que assim no sentido que ela tá indo da pista ali ela tá na calçada, muito carro, então não dava pra ela se jogar na frente do carro pra ir para o outro lado e o namorado dela vem, então ele passou rápido por ela e ela parou na calçada pra voltar pra ver pra onde ele estava indo, pra ir atrás, pra tentar alcançar e ele virou a esquina. Quando ele passou por ela que ele estava fazendo a curva na esquina, ela viu que tinha uma moça dentro do carro, uma moça loira, ela falou: “Quem que é essa moça?”, que ele virou a esquina e ela foi andando na calçada voltando correndo com o ovo na mão, ele parou no farol, era tipo uma rotatória e a moça aproveitou que ele parou no farol e tascou-lhe um beijão na boca. E era ele, era o namorado dela. Ela com o ovo na mão, a lebre de pelúcia… [risos] — Ai, desculpa. — A lebre de pelúcia, tudo, toda atrapalhada, bolsa, e olhando aquela cena e meio que sem acreditar. Abriu o farol ele fez o retorno e seguiu e ela a pé não tinha como fazer nada, na hora ela pegou o celular e ligou pra ele, [som de celular tocando] celular tocou, tocou, tocou, não atendeu, ela ligou de novo. Ela ia assim, ela estava estão nervosa que ela ia gritar, mas foi até bom que ele não atendeu. 

Aí ela ligou de novo, ele não atendeu e mandou mensagem “Não posso falar agora, estou em reunião”. Aí pronto, né? Pegou a traição no flagra e ela lá longe no bairro desconhecido buscando ovo artesanal pro cara. [risos] — O ódio que não dá? — E assim, a Alice ficou tão desnorteada que ela tinha que virar a esquina e o ponto de ônibus era ali, ela tinha que pegar naquele sentido e ela acabou que naquela correria ela atravessou a rua e aí cabeça a mil pegou o ônibus do outro lado da rua e foi parar no Recreio dos Bandeirantes. Quando ela viu mais ou menos onde ela estava falou: “Puta merda, eu tô indo para o lugar errado”, chorando com o ovo, a lebre já toda tronxa dentro da embalagem de celofane. [risos] Aí ela desceu, desceu, tinha uma lanchonete, sentou na lanchonete e pediu uma água, e aí ela chorou… — Gente, o namoro de quatro anos, você descobrir assim uma traição? É dose, né? Pesado. —

E aí ela tá lá chorando, se acabando de chorar e aquele ovo, vontade de dar um soco naquele ovo. — Mas já pagou, né? Tá ali, e eu comeria o ovo. [risos] — E ela chorando, de repente ela escuta uma voz assim: “Moça, tá tudo bem? Você precisa de alguma ajuda?”, que ela olha — Era um rapazinho muito do bonitinho —  e era um moço que estava fazendo um lanche ali naquele lugar que ela parou pra tomar uma água e resolveu perguntar porque viu ela chorando, né? E aí o cara se apresentou, falou que chamava William, queria saber se podia ajudar ela em alguma coisa e ficou ali com ela, e ela acabou se abrindo, falou: “Tá vendo esse ovo aqui? Eu fui buscar para o meu namorado, acabei de ver ele com uma outra mulher”, e contou, e o cara ficou ali consolando ela e conversaram e ele falou: “Não, não fica assim, não, é complicado essa história, não sei o quê”, e ele falou: “Olha, toma aqui, fica com meu telefone, se você se animar, quiser fazer um passeio, alguma coisa, pode me ligar”. 

E o cara ele tinha um sotaque, ele era guia turístico no Rio para estrangeiros, ele era um cara que não era brasileiro, ele estava no Brasil há vários anos e ele fazia isso, tipo, vinha gente de fora e ele fazia turismo com os gringos por ali pelo Rio. E ele falou: “Ah, eu sei que você é daqui, carioca, mas se você quiser fazer uns passeios aqui pelo Rio, você pode me ligar, né? E a gente pode sair, você sai junto com o grupo, com a gente e tal”, e assim ficou. Alice guardou o cartão dele e não estava com cabeça pra nada, depois voltou lá para um ponto de ônibus pra pegar um ônibus pra casa dela, foi pra casa, chorou mais, aí contou para a mãe dela o que tinha acontecido, terminou com o cara, deu o ovo pra mãe dela, deu a lebre de pelúcia pra sobrinha. [risos] Passou acho que uns dois, três meses, mal na fossa e ela tinha comentado com a mãe dela, né? Que tinha conhecido um gringo lá na lanchonete e a mãe dela lembrou e falou: “Por que você não liga pra aquele mocinho? Vai fazer um passeio, não sei quê”, e ela falou: “É mesmo, mãe, vou ligar para o William”.

E ligou e marcou um passeio, ela falou: “Sozinha também não quero”, tinha uns gringos que iam fazer um passeio com ele e ela marcou de ir junto. Alice, vinte e oito anos, recém-separada do traidor lá, — Do Judas da Páscoa. [risos] — o Judas da páscoa. E William, trinta e um anos, holandês. Fizeram o passeio, rolou um clima, William falou que era solteiro, ele já estava há oito anos aqui no Brasil, já fazia esse tipo de turismo há seis, morava na Barra, e aí conversaram bastante, mas não ficaram, começaram a se falar mais por telefone, ele chamou ela pra um cinema, e o Willian e a Alice começaram a namorar. O namoro da Alice e do William foi ficando sério, ela foi ficando bem apaixonada, e aí com um ano de namoro, como eles moravam longe, ele convidou a Alice pra morar com ele, ele morava num apartamentinho lá e ela foi morar com ele. E os dois, super apaixonados — A Alice até me ensinou a falar [risos] “eu te amo” em holandês que é ik hou van [nhau?] [efeito sonoro de algo errado] alguma coisa, ik hou van je? [efeito sonoro de algo correto] algo assim. Então era ik hou van je pra lá, ik hou van je pra cá, cheio de amorzinho. —

E dois anos já passados, três anos e, assim, às vezes ele ia pra Holanda, ficava um tempo lá e voltava, às vezes ele esquecia alguma coisa aqui e ela postava, mandava pra lá, pra casa dos pais dele, né? E assim ia. Teve uma época que a mãe dele ia fazer uma cirurgia e ele ia ficar dois meses lá na Holanda e ele com duas semanas de Holanda, toda hora: “ik hou van je”, [risos] eu te amo daqui, eu te amo dali, ik hou van je, ik hou van je e a Alice, a menina que adora uma surpresa, resolveu fazer o quê, gente? Resolveu pegar um aviãozinho de surpresa aqui, ela tinha o endereço que ela vivia mandando coisa pra lá pra mãe dele, resolveu baixar lá de surpresa pra enfim conhecer a sogra que ela só conhecia por foto, nem Skype eles faziam, nada, só conhecia a sogra por foto e aproveitar e ficar com o amorzinho dela… — Gente, eu nem sei se eu tô falando direito, eu tô ofendendo alguém aí em holandês, [risos] a gente não trocou a nacionalidade lá do gringo, ela falou que não precisava trocar, então ele é um holandês mesmo e eu só tenho o áudio dela falando “eu te amo” em holandês, e foi assim que eu entendi o áudio, então eu não sei [risos] nem como se escreve, não pesquisei também, e é na brincadeira, tá? Não quero ofender ninguém em holandês aí não. —

Então a Alice pegou aí, fez uma malinha e partiu [som de avião decolando] lá pra Holanda atrás do amorzinho dela pra passar ali umas três semanas com William que estava ajudando a mãe dele lá que tinha acabado de operar. — Gente, como que vocês conseguem ser assim? De dar a louca, pegar um avião e encontrar o amor? [risos] Eu jamais faria, jamais faria, tipo jamais mesmo, nem sei lá, jamais, não, não existe essa possibilidade. Só se fosse sei lá, pra eu buscar o meu cachorro eu iria, [risos] pra buscar um amor não, pra buscar um cachorro eu iria, então não posso falar jamais. Não, pra buscar você também Coentro Nenê, você também, filho. — 

Então a Alice chegou na Holanda e ela estava com o endereço, ela pegou um táxi e ela chegou lá no endereço. E aí, gente…. Lascou. William tinha falado pra Alice que a mãe dele estava acamada, né? Que tinha operado, estava acamada, que ele estava até dando banho nela, então se ela estava acamada, ela estava lá na cama, acamada está na cama. E ela chegou e quem abriu a porta? Justamente foi o William. Só que ele ficou pálido, quase caiu no chão, foi zero receptivo assim, ele ficou muito assustado, e a primeira coisa que ele falou quando ele viu a Alice foi: “O que aconteceu?”, desse jeito, com aquele sotaque gringo assim, mas falou: “O quê que aconteceu?” e ele saiu da casa, ele não convidou ela pra entrar, ele fechou a porta, saiu da casa. E falou: “O quê que aconteceu?”, ela falou: “Nada, eu estava com saudade e vim te fazer uma surpresa”, já murcha assim, né? E ele pegou ela pelo braço e foi saindo pelo portão e falou: “Não, minha mãe tá muito doente, ela não pode receber visita assim, você chegou”, — [riso] Olha o que ele falou pra ela — “Eu não sei nem se você tomou todas as vacinas…” — Vacina? [risos] Vai passar doença pra mãe dele? Que [falando e rindo ao mesmo tempo] coisa escrota — mas essa foi a desculpa dele. 

E enquanto ele empurrava ela pra fora, porque assim, não era um apartamento, era uma casa e ela viu na janela, ela viu uma criancinha, quem era aquela criancinha? Nunca soube de criancinha, será que era alguém que estava visitando? Dizia o William que era filho único, então assim, não era um sobrinho. E ele foi levando ela pra um hostel ali num outro bairro perto e carregando a mala dela, muito nervoso, muito nervoso… — Olha, eu concordo com a parte de visita surpresa ser horrível, eu acho até que ele podia ter recebido Alice e falado: “Olha, a minha mãe não tá em condição, a gente não tá em condição de receber uma pessoa aqui, ainda mais sem avisar. Vou te apresentar a minha mãe e vou te levar num hostel, vou te instalar lá e você fica lá porque você não avisou”, eu faria isso. Detesto visita surpresa, detesto. — Mas ele ficou muito nervoso assim, foi uma coisa meio surreal. A sorte dela que o hostel que ele instalou ela lá tinha uma brasileira trabalhando, e aí ela perguntou pra ele: “Mas você vai me deixar aqui?”, ele falou: “Eu não posso largar minha mãe lá sozinha, eu volto aqui mais tarde” e foi embora.

E a brasileira presenciou essa conversa e falou: “Ihhh, amiga, o quê que aconteceu?”, e ela meio que contou por cima que veio, que fez uma visita surpresa. A brasileira, porque assim, a Alice é brasileira, — Eu não sei, gente, essa ingenuidade… — a brasileira funcionária do hostel falou pra ela: “Amiga, ele tem outra aqui, só pode ser outra isso aí, você foi lá e ele não te deixou nem entrar na casa? Isso aí é mulher, amiga” [risos] — Já amei essa funcionária. — Alice não queria acreditar nisso de jeito nenhum e a funcionária lá falando pra ela, falando: “Só pode ser mulher, se não é mulher então ele é traficante de drogas”… [risos] — Eu adoro que ela já é negativa, né? Não pode ser nada positivo, ou é mulher, ou é drogas. [risos] — Olha a sugestão que a funcionária deu e eu achei ótima, falou: “Tá bom, então tira a sua dúvida, não faz escândalo, nada, você sabe onde é a casa, você vai lá, segue, fica na moita. Vê quem sai, vê quem entra, fica olhando”. 

E a Alice, nossa, indignada, “Não, imagina, eu confio nele, eu acredito” — Depois de ter ficado plantada na esquina com o ovo de Páscoa e a lebre de pelúcia na mão você confia em homem, Alice? Por isso que eu pus esse nome “Alice”, né? E aí a Alice não quis aceitar a sugestão da funcionária e ficou lá esperando o William voltar, William voltou? [som de vento soprando] Silêncio, [risos] naquele dia ele não voltou. No dia seguinte de manhã, Willian apareceu aborrecido e falou assim: “Olha, minha mãe passou mal”, — [risos] Abraça quem quer… — “Minha mãe passou mal e eu não vou poder te dar atenção, é melhor você voltar para o Brasil” — Gente, a pessoa acabou de chegar… No máximo você fala: “Olha, não vou poder ficar tanto com você, vai fazer uns passeios, né? Alguma coisa nesse sentido. — E ele queria porque queria que ela voltasse para o Brasil, e a funcionária lá varrendo o hostel… [risos] — Só de olho, eu sou muito essa funcionária, muito. —

E aí a Alice tentando argumentar com ele: “Ah, então deixa só dar um beijo nela”, e ele irredutível, não queria apresentar a mãe, — Não queria apresentar a mãe pra ela, gente? — Mais três dias e ele não apareceu no hostel, a Alice não saía pra lugar nenhum, a funcionária lá falando pra ela: “Deixa de ser boba, deixa de ser boba… Então vai lá logo, bate naquela porta, espera uma hora que ele sair e você bate lá na porta”, e de tanto que ela falava isso a Alice falou: “Mas não adianta, eu não falo holandês, eu não falo nada”, ela falou: “Tá bom, você quer saber mesmo o quê que tá acontecendo lá? Minha folga é amanhã e eu vou com você, a gente fica lá escondida lá perto, a hora que ele sair, se ele sair, a gente vai lá e bate na porta”. — Gente, olha que doideira. — E assim elas fizeram. No dia seguinte elas foram cedo lá pra porta, demorou pra caramba pra ele sair, a casa era assim, era tipo, tinha calçada, — Ela me explicou mais ou menos assim… — aí tinha um portãozinho que ficava aberto, não ficava trancado, aí você abria o portãozinho e batia na porta. 

Aí bateu na porta, a moça começou a falar lá em holandês e a única coisa que a Alice entendia era “William, William”, quem atendeu foi uma mulher. Isso era um domingo e ele deve ter saído pra comprar almoço, porque ele voltou elas ainda estavam lá, só que a moça lá do hostel já tinha todas as informações e ele já veio correndo lá da calçada e já falando pra ela: “O quê que você tá fazendo aqui de novo?”, e já gesticulando, e a moça do hostel foi puxando ela pelo braço e elas foram embora, e ele não foi atrás dela, ele entrou na casa. A moça do hostel virou pra ela falou: “Você quer saber mesmo?”, a Alice já nervosa falou: “Lógico que eu quero saber, cadê a mãe dele? Quem que era aquela mulher?”, aí ela falou: “Olha, eu falei que você era uma brasileira que tinha vindo de excursão pra cá e estava procurando um guia aqui, e que a gente tinha ficado sabendo do William, ela falou que o William era guia no Brasil. Eu dei uma enrolada lá e ela acabou falando que ela era esposa do William, e que ano que vem ela vai mudar para o Brasil com o William e os quatro filhos. Tá bom pra você? Eu falei pra você que era mulher ou droga”. 

E assim numa viagem surpresa a Alice ficou sabendo que o William era casado e tinha quatro filhos e que a mulher dele ia se mudar para o Brasil, quer dizer, ela morava com ele no Brasil e como que ele vai fazer? Ele ia terminar antes? Olha o rolo. E detalhe: William depois desse dia da porta aí, não voltou mais lá no hostel, não foi mais atrás dela de jeito nenhum, ela ainda tentou mandar mensagem pra ele, acho que ele bloqueou ela, porque ela não conseguia, aí ela achou que era porque ela estava em outro país, né? E não conseguia mandar mensagem, e aí quando ela chegou no Brasil ela tentou também, não sei que mensagem, se não fosse xingo ali, se não tinha nenhum tipo de mensagem pra você mandar pra esse homem, mas tudo bem, tentou mandar não conseguiu. E ela chegou antes dele do Brasil ainda, tirou as coisas dela da casa e também nunca mais ouviu falar dele. 

Agora veja só que história de Páscoa, né? Ela foi encomendar um ovo surpresa gigante, saiu de lá com um ovo e uma lebre de pelúcia, pegou a traição do Judas namorado, conheceu um outro Judas e descobriu que o Judas que ela estava era um coelho porque o cara tinha quatro filhos. Gente, olha essa história de Páscoa, cheia de surpresa e criança e coelhos e traições e Judas, eu fiz a Alice me prometer que ela não vai fazer mais surpresa pra ninguém, [risos] chega de surpresa Alice… Né? Vamos avisar tudo antes. [risos] E essa foi a história de hoje, um beijo. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]
Dourado

Dourado é pai, abandonou a teologia e a administração para seguir a carreira em TI e sua paixão por fotografia. Gosta de cinema, séries, música e odeia whatsapp, sempre usou Telegram.