título: em choque
data de publicação: 11/04/2024
quadro: pimenta no dos outros
hashtag: #choque
personagens: vanessa e um cara
TRANSCRIÇÃO
Pimenta no dos outros é o quadro 18+ do Não Inviabilize. As práticas sexuais aqui descritas são feitas com consentimento entre os envolvidos, para informações sobre infecções sexualmente transmissíveis, acesse o site do Ministério da Saúde Brasileiro: www.gov.br/saude ou procure o Posto de Saúde mais próximo da sua casa. Use camisinha.
[vinheta] Hum, Pimenta… No dos Outros. [vinheta]
Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Pimenta no dos Outros, o nosso quadro 18+. — Então tire aí as criancinhas de perto ou ouça de fone, tá? — E hoje eu não tô sozinha, meu publiii… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem tá aqui comigo hoje — de novo — é a Pantynova, maravilhosa, queridíssima marca de bem—estar sexual que fala sobre o tema com leveza, humor e informação. A Pantynova faz a sua vida ser muito mais prazerosa, com vibradores, lubrificantes incríveis e agora a Pantynova está com uma super novidade… — Produto incrível, fica aqui comigo até o final, eu já falei dele e vou falar dele de novo. E tem mais, a gente tem cupom também, então fica comigo aqui até o fim, né? Eu sei que você quer e eu quero também. [risos] Mas vai navegando aí, ó: pantynova.com. O site é lindo, colorido, tem informação, tem dinâmica, tem tudo… Entra lá. E hoje eu vou contar para vocês a história da Vanessa. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]A Vanessa foi aí para os Estados Unidos uns oito anos mais ou menos para ser Au Pair. — Au Pair é babá de criança, né? Então é um programa que existe, que você vai pra lá, tem um salário baixo, enfim, eu acho, assim, meio que exploração… A ideia é de troca, é quase um intercâmbio, mas onde você tem que cuidar de criança, enfim… — E aí a Vanessa foi pra lá, foi Au Pair e, com a ajuda de uma das famílias, ela conseguiu um trabalho, documentação, enfim, e foi ficando e trabalhando nos Estados Unidos. Então a vida dela hoje é nos Estados Unidos, ela já tem o seguro social de lá, enfim, ela tá lá de maneira legal a Vanessa. Então, a vida dela passou a ser nos Estados Unidos, então quando ela entra num aplicativo de relacionamento, ela sai com muitos americanos. Os americanos são diferentes dos brasileiros, no primeiro encontro pode ser que ninguém nem te beije, enfim, tem lá as coisinhas deles.
A Vanessa tava saindo aí com um cara… — E como começou essa conversa deles? — [efeito sonoro de notificação de aplicativo] Deram match, eles começaram a conversar lá e o cara pediu para eles irem para as mensagens do iPhone. — Porque nos Estados Unidos não é comum o uso do WhatsApp. — Ele falou: “Vamos trocar mensagens de texto e tal e depois qualquer coisa a gente faz um FaceTime e não sei o que lá”. E aí eles passaram do aplicativo de relacionamento para as mensagens de texto e eles conversavam todo dia, o cara era muito agradável… Nesse meio tempo, eles fizeram um FaceTime, então realmente o cara era o cara e eles começaram a combinar esse encontro, mas aos poucos o cara foi falando pra Vanessa qual era a dele. — Qual que era a dele? — Ele não estava ali naquele site de relacionamento procurando uma namorada, isso estava escrito no perfil dele: “não procuro uma namorada” e Vanessa leu isso e ela também não estava procurando um namorado. — Mesmo porque a Vanessa tem um pouco de ranço de namorar americano. [risos] —
Ela queria realmente só alguém ali pra sair, dates e tal e só… Conforme eles foram conversando, o cara foi falando pra Vanessa que ele gostava muito e ficava muito excitado — sexualmente — quando ele levava choques. E aí a Vanessa fez umas brincadeiras do tipo: “Com taser? Aquela maquininha e tal de dar choque nos outros”, eles riram e tal, [efeito sonoro de risada] conversaram sobre isso, mas ela não entendeu bem a dinâmica daquele choque. — Vanessa não entendeu bem… — E aí eles conversaram mais um pouco, marcaram um primeiro encontro, o primeiro encontro foi ótimo, um cara muito agradável, muito engraçado… — Eu não sei… O humor americano, enfim, sei lá… — Vanessa gostou e eles marcaram o segundo encontro. Nesse segundo encontro, eles se beijaram e o cara sempre trocando mensagens com ela em relação a isso, a choque… E Vanessa, brasileira, a maioria dos contatos dela, ela fazia por WhatsApp e só com ele e com algumas amigas americanas, que ela trocava ali mensagens de texto.
Então as mensagens dele foram ficando ali no celular dela. Terceiro encontro, eles já estavam ali já marcando uma coisa mais sexual, uma coisa mais íntima… O cara já tinha falado pra ela que ele gostava de levar choque durante as relações sexuais e a pergunta da Vanessa pra ele por texto foi: “Mas e eu? Você vai tomar choque e esse choque não vai passar pra mim?” e ele falou: “Não, eu costumo tomar choque pra me excitar e aí depois a gente transa”. — Ele escreveu isso… — Dia da fodelança, da transa de Vanessa com este cara, [música sexy] Vanessa foi pra casa dele… — Eu já não sei se eu iria, porque assim, ainda mais envolvendo choque, se o cara dá um choque aí e deixa a menina desacordada, né? Não sei, eu pensaria nisso, mas Vanessa achou que era seguro ir pra casa dele e ela foi. — Chegando lá ele tava todo animado e ele mostrou pra Vanessa um aparelho… — Eu não sei como chama esse aparelho, mas assim, ele tem parece que é um… Como é que vou dizer isso? [risos] Um visor com números e como chamar isso que tem no relógio, que fica girando, aquele pauzinho? Eu esqueci o nome desse pauzinho, o medidor, que tipo, você ligou o negócio, o pauzinho vai lá no seis, sei lá, pra medir a intensidade de choque ali. —
Só que na ponta eram fios descascados… — Que tipo de choque é esse? — Ele botava as pontinhas — você não podia juntar as pontas, né? — no saco e dentro do buraquinho do pau e dava o choque, choquinho e ele ficava tão excitado… — Eu não sei se acho que a estimulação também do choque fazia ele ejacular, porque ele ejaculava tomando choque. — E aí a Vanessa falou: “Olha, eu não vou dar choque em você”, ele falou: “Tudo bem, mas você pode assistir” e a hora que eu tiver bem excitado a gente pode transar. Foi estranho, só que a Vanessa ficou assistindo, e aí o cara ficou muito excitado, mesmo depois de ejacular — que eu acho que deve ser uma ejaculação meio involuntária por causa do choque? Eu não sei, porque ele nem se masturbou, nada, ele só tomou choque no pau e nas bolas, enfim… —, a Vanessa transou com ele, foi uma transa mediana, ok, e logo na sequência ele já quis tomar choque no pau de novo… E a Vanessa em nenhum momento tocou na máquina de choque porque ela ficou com medo, ela falou: “Eu não quero tomar choque, eu não quero nada” e o pau dele já tinha umas marcas dos choques que ele tomava.
Esse cara foi lá na máquina — digamos que estava ali no seis — e botou no dez… Então, qual era a ideia do cara? Tomar um choque maior no pau. Vanessa a hora que viu ele mexendo na máquina, ela ficou realmente bem preocupada… O cara aumentou a voltagem, enfim, né? E aí o cara foi lá, botou uma ponta do negócio no saco e outra ponta enfiada na cabeça do pau e ligou… — Gente, misericórdia, sabe? — Quando ele ligou fez um barulho [efeito sonoro de coisa estourando] e ele caiu estatelado no chão com aquele fio preso no pau dele. A única coisa que a Vanessa conseguiu fazer foi desligar o botão… — Essa máquina que era de botão, tipo um interruptor, assim, né? — Ela desligou, mas ela falou: “Andréia, na hora eu fiquei com medo de puxar aqueles fios que estavam no cara, mas eu desliguei o choque, ele não estava mais tomando choque”, só que o cara não acordava, gente… Com aqueles fios no pau e ele não acordava… [risos] — Não era para eu ir agora. [risos] —
A Vanessa disse que a hora que ele ligou, deu aquele estalo, assim, que ele caiu, parece que saiu até uma fumacinha. [risos] — Eu peço perdão… — Uma fumacinha do pau dele, [risos] daquela região, sabe? Parece que, sei lá, pegou fogo nos pelos, sei lá. [risos] Ai, meu Deus, é horrível rir, mas ele se recuperou, não estou rindo de uma pessoa que morreu, tá? — O que você faria se fosse no Brasil? Você ia ligar pro SAMU, Corpo de Bombeiros, não ia? — Vanessa discou 911, [efeito sonoro de celular chamando e pessoa atendendo] e aí falou: “Olha, eu estou aqui com uma pessoa que tomou um choque”, não falou onde , “está desacordada e tal” e na hora eles mandaram uma ambulância e nã nã nã, [efeito sonoro de sirene de ambulância] as coisas todas e ele foi levado… Quando os caras chegaram do socorro, o cara perguntou o que estava acontecendo e eles riram… Eles riram. — Vanessa estava em choque. — Não em choque… [risos] Em choque de voltagens, estava chocada… E aí eu não sei qual era o procedimento, a própria unidade de salvamento que foi ali, chamou a polícia. [efeito sonoro de sirene de polícia] E aí a Vanessa teve que esperar a polícia e contar para a polícia como foi… — O policial também riu. —
Mas enfim, ela deu a declaração dela, fez tudo, o cara foi socorrido e ela voltou pra casa, porque ela nem foi com ele, nem sabia para que hospital ele tinha sido levado. E ela mandando mensagem para ele de texto, tentou ligar e ele não atendia. — Porque ela queria saber se ele estava vivo, se ele estava morto, né? — Passada uma semana, ele entrou em contato com ela e ele estava muito bravo. Por que ele estava bravo, gente? — E aí agora eu vou dizer: Viva o Brasil, viva o SAMU. — Quando ela chamou a ambulância e tudo, ele foi hospitalizado, ele teve uma conta médica total de 36 mil dólares… [efeito sonoro de caixa registradora] Ele estava muito bravo por causa dessa conta e estava responsabilizando a Vanessa por causa dessa conta, que não era pra ela ter chamado o médico, chamado socorro… Mas o cara estava desacordado com os fios no pau, você vai fazer o quê? Você vai largar o cara lá e vai embora? E aí ele estava ligando agora para Vanessa para comunicar que ele ia processá-la… E o cara, que gosta de dar choque no pau, processou a Vanessa.
Vanessa teve que pagar um advogado e quando o advogado pegou todas as informações e viu também o processo — porque ela recebeu tipo um papel e um aviso lá —, ele riu e falou: “Bom, você tem comprovação de que não foi você que deu choque nele e tal?”, e ela tinha todas as mensagens, inclusive mensagens dela falando que ela jamais tocaria em nada de fio elétrico, que ela jamais daria choque nele. — Podia procurar o que fosse, que não ia achar, que ela não botou a mão nele, né? — Ela falou tudo para o advogado, que a gente pode chamar aqui de “Sol”, [risos] e aí o cara falou: “Pode deixar que esse processo tá ganho e tal” e o advogado dela conversou com o advogado do cara e o cara tinha omitido essa parte, tinha omitido as conversas… — Olha como a coisa virou. — O advogado do cara sugeriu para o cara que ele desse uma compensação financeira para Vanessa de 5 mil dólares, para ela não entrar com um processo contra ele, que foi isso que o advogado dela ia fazer.
A Vanessa ficou meio que em choque, porque além de tudo, ela ia ganhar 5 mil dólares, uma parte ia pro advogado dela, mas tudo bem, ela ia ficar ainda ali com uns 4 mil dólares, né? O cara pagou ela de uma vez, assim, os 5 mil dólares, ele morava num lugar muito bem localizado, um apartamento bom, ela não sabia se era próprio, mas se fosse próprio, o cara era rico e ele pagou… E olha a cara de pau do cara, ele queria processar a Vanessa pela exposição que ele sofreu, de ter chegado todo mundo lá e visto ele com os fios no pau e também pela conta que gerou, né? Que ele não tinha autorizado ela a pedir socorro, — alguma coisa do tipo, que ela não era legalmente, sei lá, apta a pedir socorro por ele, enfim, qualquer coisa nesse sentido. Olha só que treta… — e aí a Vanessa, ainda bem, saiu dessa com um dinheiro ainda e nunca mais saiu com americano no aplicativo. Ela falou: “Andréia, eu nunca vi isso, eu não sabia… O cara me falou que existe uma comunidade de gente que gosta de tomar choque, que se excita com isso”, mas você colocar tipo um fio desencapado no seu pau? Por mais que você esteja controlando a voltagem ali, que deve ser pouca, né? Por que ele pôs no dez? Ambição também, queria fazer o pau dele virar uma lâmpada [risos] daquelas compridas? Vai virar abajur esse cacete? [risos]
E a transa foi bem mediana, então meio que não valeu de nada, nada, né? Nada valeu de nada. Então essa é a história de Vanessa, onde ela teve uma transa mediana e muito choque aí no pau. — Chocada, gente… [risos] Eu vou fazer esse trocadilho, vou botar o nome desse episódio de “em choque”. [risos] Desculpa, Vanessa, mas é muito engraçado… Ainda bem que vocês se deu bem, né? Porque isso não foi pra frente, não foi para o tribunal, ficou ali num acordo entre as partes, onde a Vanessa também assinou um papel dizendo que ela não ia processar ele e ainda ganhou esse 5 mil. Então ótimo, né? [risos] Para a gente ver e a gente valorizar o nosso país que não vai te cobrar nada. Você pode… Melhor não, né? Botar fio no pau. Mas se você botar fio no pau e desmaiar, você vai ser socorrido pelo SAMU, vai ser internado no hospital público e vai gastar 0 reais, ok? 0 reais. E o cara lá ficou com uma dívida de 36 mil dólares e mais cinco que ele pagou, 41 mil dólares. Saiu barato? Esse pau aí virando churrasco? Não saiu… — Estou aqui para falar de fetiches de ninguém, mas o cara foi sacana com Vanessa e não foi no bom sentido. — O que vocês acham?
Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é Eliana, eu moro na Califórnia. Se eu não morasse aqui há quase dez anos, eu ia achar essa história muito absurda, mas morando aqui há esse tempo todo, eu sei muito bem que nesses aplicativos de relacionamento tem muita gente doida que gosta das coisas mais esquisitas. Claro, cada um tem o seu fetiche, mas choque no pau? Gente, não dá… A questão da conta do hospital também é uma questão bem séria. É muito caro e as pessoas só chamam a ambulância se estão realmente morrendo, ou vão de carro ou nem vão e dão um jeitinho por ali mesmo… Mas que bom que tudo ficou bem para a nossa amiga. Um beijo.
Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não, Inviabilizers, aqui é o Leandro do interior do Rio de Janeiro, Campos dos Goytacazes. Que situação, hein? Mas, olha, esse cara, ele foi extremamente irresponsável… Eu não estou aqui também para fazer kink shaming, mas assim, você não pode ir além dos seus limites, né? E me parece que ele já estava ficando muito confortável e se arriscando e colocando outra pessoa em risco também, porque se esse cara morre, se acontece uma situação mais grave, ela ia acabar sendo processada por alguém da família dele ou ela podia ser acusada de homicídio… Olha que porcaria. Ela fez muito certo em chamar a emergência e, assim, gente… Viva o SUS. E eu achei meio mal contada essa história, porque geralmente os americanos, ainda mais no caso dele, que tinha boas condições financeiras, tem um plano de saúde e não chegaria a esse valor todo. Eu acho que ele deu uma forçada aí, hein? Para poder dizer que ele ia ter que pagar essa conta toda e, no fim, acho que o plano reembolsou boa parte. Eu namoro um americano e ele é muito gente boa e não tem esse comportamento estranho, mas você deu má sorte com os americanos, eu sinto muito. É melhor ficar distante mesmo dos aplicativos.
[trilha]Déia Freitas: A Pantynova convida a todos a desejar boas vindas ao mais recente vibro amor, = [risos] amo — o CLITS. “CLITS” de “Clitóris”, o primeiro vibrador com design 100% brasileiro do mundo. — Que foi desenvolvido por mulheres. — O CLITS é um vibrador que foi feito para dar prazer na região externa da vulva. Ele encaixa de forma que você não precisa segurar e é ótimo aí para ser usado sozinha ou acompanhada. Acesse o site da Pantynova para entender melhor aí como ele funciona, lá tem tudo explicadinho. O CLITS é pequenininho, mas é muito potente e te promete aí muitos orgasmos. — Ele promete e cumpre. — E essa belezinha está com 15% de desconto na pré venda, com o nosso cupom: PIMENTANONOSSO — tudo junto e maiúsculo —, você ganha mais 10% de desconto em todo o site. Entra aí: pantynova.com. — Amo… Valeu, Pantynova, minha querida amiga de sempre. — Um beijo, gente, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naonviabilize@gmail.com. Pimenta no dos Outros é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]