título: pote
data de publicação: 18/04/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #pote
personagens: silvia e um cara
TRANSCRIÇÃO
[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não estou sozinha, meu publiii. — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é o podcast da minha amiga pessoal e consultora aí para assuntos aleatórios Camila Fremder,. [risos] A Camila e o Pedro Pacífico — sabe aquele fofo? O bookster? Então, ele… — eles se juntaram e lançaram o podcast “E os namoradinhos?”, um podcast aí que fala sobre tretas de família. — Amo… — O que não falta em toda família é fofoca sobre a vida alheia e novos traumas aí [risos] pra gente levar na bagagem, né? Pra você não carregar esse fardo sozinho, a Camila Fremder e o Pedro Pacífico se juntaram para comentar os áudios enviados pela audiência sobre barracos, traições, caos da sua vida, declarações de amor, drama e muita comédia também que acontece aí entre as famílias.
Os episódios do podcast “E os namoradinhos?” saem todas as quartas-feiras em todas as plataformas de áudio e você também pode seguir aí o perfil do podcast nas redes sociais, que é: @eosnamoradinhospodcast. [risos] — E hoje um Picolé de Limão que ele fica ali no limbo entre Picolé de Limão e Proibidão. Então ouçam aí com cautela, não é pra criança, então… [risos] — E hoje eu vou contar pra vocês a história da Silvia. Então vamos lá, vamos de história.
[trilha]
A Silvia tem 28 anos e, atualmente, ela mora aí fora do Brasil. — Não vou dizer onde, mas enfim, por aí. — A Silvia hoje trabalha numa empresa lá que é de lá, então ela já está bem estabelecida… E a questão para a Silvia sempre foi conseguir um amor. Aqui no Brasil ela não conseguiu… — Eu vou falar “Estados Unidos”, gente. — Lá nos Estados Unidos também é mais difícil, ela tentou sair com brasileiros e não deu certo, ela tentou sair com nativos ali e um ou outro deu certo, mas enfim, ela segue na busca por um amor aí, um cara que dê certo com ela. Então ela tá sempre nos aplicativos, [efeito sonoro de notificação] ela mora com uma outra moça que é indiana e essa moça sempre dá dicas pra ela, porque ela já está há mais tempo lá, então, por exemplo: “Quando você marca os primeiros encontros, nunca vá na casa do cara, tem muito cara que realmente pode sequestrar, te botar num porão, enfim… Você traz pra cá, a gente faz um combinado a gente, então o dia que você precisar, você me fala, eu saio, o dia que eu precisar, você sai…”, então a Silvia se dá muito bem aí com a sua colega de casa.
A gente pode dar um nome para essa moça de “Radijah”. Silvia mora ali com a Radijah e as duas usam aplicativos de relacionamento, Radijah mais por diversão, porque ela já vem de uma cultura diferente de casamento e não tem o menor interesse em casar e estabelecer uma família, ter filho nada, Radijah quer curtir a vida. E a Silvia não, a Silvia está a procura de um amor, quer casar e nã nã nã, ter filhos, família… O tempo foi passando, as duas ali então nesse esquema de levar para casa e tal…. Até que um dia, a Silvia dá match aí com um cara muito interessante… Um cara muito gentil, um cara interessado nas coisas da Silvia, nativo — então um cara de lá de onde ela tá —, eles marcaram o primeiro encontro e a Silvia já está acostumada que o primeiro encontro lá é diferente do primeiro encontro aqui no Brasil, que de repente você pode até já dar umas beijoca ou até ir pra algo mais picante… Lá não.
Eles conversaram bastante, jantaram e, na porta da casa da Silvia ali ele deu uma beijoca muito de leve e foi embora. Mas a Silvia gostou muito desse cara… — E aí eu estou na dúvida se eu dou um nome pra esse cara, mas acho que eu vou dar nome pra ele… Vamos chamar o nome desse cara de “Jack”. — Aí a Silvia foi ali saindo com o Jack, então na segunda vez também eles trocaram mais um beijo e, na terceira vez que eles se encontraram, que a Silvia já estava preparada pra: “Ah, entra aqui, né?”, enfim, para dar um novo passo, este cara ele estava muito nervoso, muito suando, assim… — Acho que também ele notou que a Silvia queria algo mais, o Jack… — E ele foi muito meigo com ela e falou: “Olha, então Silvia, eu gosto muito de você e nã nã nã”, Silvia já pensou: “Bom, já vai falar que não tem interesse, né?”, e aí ele falou assim pra Silvia: “Bom, eu quero entrar, quero dar esse próximo passo pra você, mas eu também queria te pedir uma coisa” e o tempo todo o Jack tinha no carro uma embalagem como se fosse uma embalagem de presente… Eles foram jantar e a Silvia pensou: “Sei lá, será que ele vai me dar um presente? Mas ele deixou no carro”, e aí eles estavam descendo do carro e ele entrou com a Silvia e não deu o presente ainda para a Silvia.
E aí a Silvia falou: “Ai meu Deus, será que algum brinquedo erótico, eu não estou a fim, né? Mas vamos ver, vamos ver como é que vai ser…” e não, foi até que uma transa ok? E, no final da transa, o Jack deu o presente para Silvia. Só que não era bem um presente… Ele mesmo abriu o embrulho e era um pote. [risos] Sabe pote de sorvete? Era um pote de sorvete vazio. E aí ele muito constrangido acabou falando pra Silvia que se ela se sentisse a vontade e se ela quisesse, ela poderia fazer cocô naquele pote para ele. [risos] A Silvia ficou em choque e ela falou: “Será que meu inglês não tá tão bom?”, [risos] aí ela repetiu no inglês dela, que ela entendesse melhor, se era mesmo o “poppy” no pote. [risos] E aí ele falou: “Desculpa, mas é uma coisa que eu gosto, eu não vou fazer nada com você, eu não vou… Só que se você quisesse fazer isso por mim”. E a Silvia já estava meio aqui, assim, meio chocada demais, ele falou: “Se você se sentir melhor, eu posso comprar seu cocô. [risos] Eu posso te dar 100 dólares”. [efeito sonoro de caixa registradora] — Quando ele falou 100 dólares, gente… 100 dólares… 500 reais uma cagada no pote. —
A Silvia parou, pegou o pote e falou: “Bom, a gente conversa depois”, e aí se despediu do cara e ele foi embora. Depois ele mandou uma mensagem [efeito sonoro de mensagem no WhatsApp] dizendo que gostou muito da noite e não perguntou mais do pote naquela mensagem. Quando a Radijah chegou, [risos] que ela tinha saído pra eles ficarem juntos, né? O combinado então era que o cara nunca poderia dormir, porque assim elas poderiam voltar para casa e tal… E aí quando ele foi embora, a Silvia mandou mensagem pra Radijah, a Radijah veio, e aí quando a Radijah chegou a Silvia contou, a Radijah teve um ataque de riso e falou assim pra ela, muito naturalmente: “Você já fez? Cadê o pote?Já está cheio? Ele já levou?”, e aí a Silvia falou: “Não, amiga, eu tô pensando ainda… Como que eu vou fazer?” e ela falou: “São 100 dólares, se você não quiser, eu cago no pote pra ele”. [risos] Já amo Radijah. E aí a Silvia falou: “Não, então quem vai ganhar 100 dólares só eu, né? Pra cagar no pote… Vamos cagar no pote”. E aí a Silvia foi lá no dia seguinte de manhã — que ela só faz cocô de manhã — e fez cocô no pote.
E aí ela não sabia bem o que fazer, o que falar e ela mandou uma mensagem para ele, falou: “Eu fiz… Você vai querer mesmo?” e ele respondeu: “Sim, estou indo buscar”. — E, por exemplo, eu vou dar um site aqui, sei lá, PayPal… — Aí ele perguntou se ela tinha PayPal e ela falou que sim e, na hora — antes mesmo dele pegar o pote — ele já mandou os 100 dólares. E aí ele chegou, falou: “oi”, ele estava muito sem jeito… Ela tinha colocado assim numa sacola. [risos] Não cagou na sacola, gente… [risos] No pote… Botou o pote na sacola. Entregou pra ele, ele falou: “Ah, obrigado”, bem sem jeito, assim, e foi embora… E aí ele mandou uma mensagem para ela assim: “Se estiver tudo bem pra você, a gente pode fazer isso uma vez por semana”, aí ele completou: “Por 100 dólares por vez”. — Então veja, são 400 dólares por mês pra você cagar quatro vezes num pote, gente… — A Radijah que estava junto com a Silvia vendo as mensagens, ela falou: “Amiga, sério mesmo, se você você não for fazer, eu faço… [risos] Porque é muito dinheiro pra você cagar num pote”. E aí ela disse: Sim, mas que não tinha os potes… E aquilo era igual um pote de sorvete, era um pote de sorvete… — E aí o cara então, sei lá, deve botar o sorvete ou comer todo o sorvete, será? Enfim… —
E aí ele levou os potes pra Silvia. Isso já tem cinco meses, são praticamente 2 mil dólares só cagando no pote. [risos] Ela não sabe o que ele faz com as fezes, ele não falou nada, assim, ele não tem nenhuma conversa com ela mais picante ou sexy, ou obscena, nada… É uma coisa muito, assim, compra e venda. [risos] E aí a única coisa que ele pediu para ela era que quando ela fosse fazer o cocô no pote, uns dois dias antes, até o dia que ela fosse fazer o cocô, que ela não comesse grãos. [risos] — Eu que como um monte de milho… [risos] Coitado… [risos] Ô, Silvia… — Aí a Silvia falou pra mim: “Andréia, eu sei que é meio degradante, eu sei que, sei lá, é estranho, né? Eu queria um amor e agora eu estou cagando num pote por 400 dólares por mês”. [risos] Mas, gente, são 100 dólares cada vez e ele sempre paga… Ele está vindo buscar o pote e ele já pinga o dinheiro lá. Então, pensa dá 500 reais por vez, 2 mil por mês para você cagar num pote uma vez por semana. Cagar uma vez só no pote… Ô, gente…
Vão perguntar: “E o que ele faz com o seu cocô?”, o que você faz você com o seu cocô? A gente não faz nada, a gente caga e o cocô vai embora… O que ele faz não é problema nosso. [risos] — Não é problema nosso. Né, Jack? [risos] — O que ele pode fazer? Eu não quero saber… Você quer saber? Eu não quero saber também. [risos] A Silvia também não, mas ela só fica chateada porque, assim, ela queria um amor e o cara é muito legal… E depois que ela começou a cagar no pote, ela não se sentiu mais à vontade para ter um encontro com ele e ele até falou: “Se você quiser, a gente pode sair, jantar”, mas não tem como, né? Agora já tem uma outra relação profissional entre eles, né? Se o relacionamento estreita e fica mais íntimo, e se ele conta o que ele faz com aquele cocô e aí você é obrigado a fazer cocô grátis? — Porque, a partir do momento que ele é seu namorado, seu marido, ele não vai querer te pagar pelo cocô, você vai ter que fazer grátis… Então é melhor mesmo que a Silvia não se envolva com ele. [risos] — Deixa de comer milho, lentilha, feijão uns dois dias antes e tudo bem, né? Faz uma alimentação mais leve e é isso. [risos]
O cara tá pagando bem pelas fezes da Silvia, é isso… A Radijah falou: “A hora que você cansar, amiga, tô aqui”. [risos] “Aí eu faço e a gente divide, eu fico com 80 dólares e você com 20, se você não quiser mais fazer. [risos] Aí você fala que ainda é seu, né?”. Será que tem relação ele conhecer a pessoa e depois só pegar o cocô da pessoa que ele tem afinidade ou é qualquer cocô? — Tem isso também, pode ser que não seja qualquer cocozinho. — Então, essa é a história da Silvia, ela falou: “Poxa, estou aí na busca de um amor… Enquanto o amor não vem, vou cagando no pote”. E aí fica aquela dúvida: É sorvete ou é feijão? [risos] O que vocês acham?
[trilha]Assinante 1: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, meu nome é Bianca, eu falo de São Paulo, Capital. E, Silvia, apesar de ser escatológica essa história, [risos] não tem nada demais você fazer o seu serviço, entregar para o cara e ele te dar dinheiro em troca disso. Acho que está tudo certo e, enquanto você vai fazendo essa dinâmica, vai procurando o seu amor. Você merece muito depois de passar por uma situação dessa. Um beijo.
Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é a Daniela, estou falando de Londres. Fiquei passada com essa história.. [risos] Já pensou se ele está revendendo esse produto pra outra pessoa que gosta? Ou até pra alguma pesquisa científica? Porque saiu aí no grupo, né? [risos] Que existem doadores fecais. [risos] Gente, Brasil… Vamos sair da crise agora… Vamos deixar de ser fornecedor de soja e vamos fornecer cocô para o mundo, olha aí oportunidade de negócio perdida.
[trilha]Déia Freitas: Não esquece então de acompanhar aí o podcast “E os Namoradinhos?” que a Camila e o Pedro aí estão levando muito bem e comentando lá o áudio da galera. — Manda áudio também pra eles pra que eles comentem aí sobre a vida e a família de vocês. — Os episódios saem todas as quartas-feiras em todas as plataformas de áudio, gratuitamente, e você pode seguir aí o perfil do podcast em todas as redes sociais que é: @eos namoradinhospodcast. — Tudo junto. — Um beijo, gente, um beijo, Camila, um beijo, Pedro, e eu volto em breve.
[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]