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título: maquininha
data de publicação: 08/04/2024
quadro: picolé de limão
hashtag: #maquininha
personagens: dalila

TRANSCRIÇÃO

[vinheta] Picolé de Limão, o refresco ácido do seu dia. [vinheta]

Déia Freitas: Oi, gente… Cheguei. Cheguei para mais um Picolé de Limão. — E hoje eu não tô sozinha, meu publi… — [efeito sonoro de crianças contentes] Quem está aqui comigo hoje é a Hidrabene, a nossa amiga cor de rosinha que eu amo. — Sempre aqui, né? A Hidrabene é a Hidrabene… Vocês viram minha pele, né? Vocês viram lá na live… É Hidrabene. — Mais um feriado passou e algumas pessoas podem ter exagerado nos docinhos — amo [risos] — e pra ajudar a salvar sua pele, principalmente se você tem tendência a acnes, a Hidrabene montou o trio antiacne, composto por: gel esfoliante facial, gel secativo antiacne e Gel Stick Fator de Proteção 50. O trio antiacne da Hidrabene te ajuda a recuperar a pele com uma limpeza profunda associada a um secativo pontual sobre a área afetada pela acne e um ótimo protetor solar com ação antiacne. – 

Gente, com esse trio não tem erro… Eu vou deixar o link certinho aqui na descrição do episódio e no final do episódio fica aqui com a gente que tem cupom de desconto. — Hidrabene.com.br. E hoje eu vou contar para vocês a história da Dalila. Então vamos lá, vamos de história. 

[trilha] 

A Dalila — nos seus 29 anos — um pouco antes da pandemia ficou desempregada e resolveu que agora ela queria uma vida um pouco mais relax, queria trabalhar por conta… Então ela começou lavando cachorro num pet shop, depois foi ser garçonete num bar — então ela pegava os dias, por diária —, depois foi trabalhar em buffet também assim, por diária e ela gostou desse trabalho de buffet. — Que eu não sabia que a maioria das pessoas não são registradas… Tipo, você é contratado por evento, mesmo que seja no mesmo buffet, mas eu já digo aqui para vocês que dependendo da quantidade de eventos que você for para um mesmo buffet isso pode gerar um vínculo empregatício e você tem aí seus direitos trabalhistas. Então, não fica aí dando mole, não, vá atrás dos seus direitos. —

Dalila gosta muito desse trabalho de buffet, ela falou: “Às vezes eu estou em buffet infantil” — sempre nessa área de garçonete — “às vezes eu estou num casamento, às vezes eu estou em uma festa, um evento de empresa”, então Dalila pra ela tá bom, assim, ela paga aquele carnezinho do INSS separado e esses buffets pagam em dinheiro. [efeito sonoro de caixa registradora] Então, acabou o evento você pega ali o seu dinheiro em dinheiro. Essa é a configuração aí de trabalho de Dalila atualmente, é uma coisa que ela gosta, antes ela teve um burnout, uma estafa no trabalho, então pra ela tá bom assim. E aí Dalila tem uma irmã e elas são muito chegadas… E essa irmã é casada e o cunhado de Dalila também sempre foi muito gente boa. Sabe cara gente boa? Sempre foi muito incrível… Então Dalila sempre teve muito contato assim com o cunhado e com a irmã, eles eram um trio. 


O tempo foi passando, pandemia passou e, no final da pandemia, o cunhado da Dalila pediu um favor pra ela. Eles estavam com o nome sujo, com restrições, com um monte de coisa e eles não estavam conseguindo tirar uma maquininha para fazer venda. E agora eles estavam aí num ramo de comércio, as coisas estavam dando certo, mas eles precisavam de uma maquininha. — Aí eu fico aqui… Eu, desconfiada que sou, na dúvida: Eu acho que a pessoa que tem uma conta, sei lá, mesmo com o nome no Serasa, acha que consegue tirar a maquininha, porque a maquininha o dinheiro fica na maquininha, o crédito fica na maquininha e você só pega a sua parte, é descontado da maquininha, não é? Eu acredito que ter restrições no nome não te impeça de tirar uma maquininha de cartão… Para você receber cartão… Acredito eu, mas posso estar enganada… —  Dalila falou: “Bom, tá bom… Lógico que eu vou ajudar vocês, né? Amo vocês”, e aí o cara que é muito gente boa mesmo, falou: “Olha, então faz o seguinte: Toda semana, para eu também não me sentir mal que eu estou usando aí a sua maquininha, eu te dou R$30”, Dalila falou: “Não, não precisa, gente…”, “não, faço questão”. 


Aí foi lá, fez tudo e era assim… Não era uma maquininha do banco que Dalila tinha conta, o dinheiro ia cair numa conta que estava em nome da Dalila, tudo, mas quem movimentava, quem fazia tudo era o casal. — Gente, jamais faça isso…. Não empresta seu nome, não abre conta para os outros com o seu nome porque você não sabe para que vai ser usado dessa conta, né? — Sempre deu tudo certo, eles toda semana deram esses R$30 para Dalila, mesmo sem ela pedir. Passou o primeiro ano, passou o segundo ano… No terceiro ano, a Dalila precisou fazer uma que quando ela foi fazer acusou que ela estava com uma dívida. “Dívida? Como dívida?”, ela tinha uma dívida… — Mas o que é era essa dívida? — Dalila estava com uma dívida na Receita Federal, porque Dalila não imaginou, não sabia — não se ligou — que ela tinha que declarar Imposto de Renda porque passou do limite e, quando ela perguntou pro cunhado… Porque Dalila sempre foi isenta… Sabe quando você preenche aquela declaração de isenta? Quando ela falou que precisava preencher a declaração de isenta, o cunhado falou: “Não, não faz, não, que eu mesmo vou resolver, por causa da maquininha vou ter que resolver”, só que ele não fez nada.


Ele não declarou nada e Dalila agora tinha uma dívida com a Receita Federal. — Impostos, gente, você paga imposto… — E aí a Dalila foi falar com o cunhado, o cunhado se fez de sonso, falou: “Dívida? Não, acho que não… Não. Se você tem alguma dívida, não é por causa da maquininha”. — Gente… — E aí a Dalila foi atrás e realmente era porque ela tinha ultrapassado o limite do que ela podia receber como isenta e voltou e falou com o cara e o cara falar: “Vou ver, não sei o que”. Só aí Dalila ficou com uma pulga atrás da orelha. — Porque, assim, ela sempre confiou na irmã… É tipo eu e a Janaína aqui, a gente é muito parça. Ela é minha prima, mas é como se fosse minha irmã, então eu confio nela cegamente… E Dalila assim confiava na irmã. — Então, ela nunca pensou que, de repente, o cunhado — porque era irmã que cuidava também ali do dinheiro junto, né? — Que pudesse fazer alguma coisa, só que aí agora ela ficou cismada e resolveu pesquisar o nome no Serasa e SPC, e aí além de ela estar devendo impostos na receita, ela estava também devendo dois empréstimos que não estavam pagos e o nome dela já estava sujo…  — Fez uma conta bancária e deixou na conta da irmã e do cunhado, né? —


Só que agora a Dalila não podia ficar com o nome sujo porque ela precisava estar com o nome limpo e sem dever nada para o governo para poder se inscrever numa coisa aí que eu não vou falar o que é e que ela queria participar. Dalila foi falar com a irmã, a irmã falou: “Empréstimo? Eu não estou sabendo de empréstimo”. E aí Dalila foi falar com o cunhado, o cunhado também falou: “Empréstimo? Não estou sabendo de empréstimo nenhum”. E aí sobre a dívida da Receita ele falou que não sabia que precisava declarar… — Como que ele não sabia? — Dalila desesperada, encontrou a mãe do cara… E ela, porque assim, Dalila conhecia a família do cunhado, né? — Dona Vilma… Vamos chamar de “Dona Vilma”. — Dona Vilma falou: “Menina, você está com uma cara estranha, tá tudo bem?”, e aí a Dalila desabou e acabou contando para Dona Vilma, que é mãe do cara, do marido da irmã dela, o que tinha acontecido… Dona Vilma virou para Dalila e falou: “Pois é, eu não sabia que ele podia pedir isso para você, se não eu ia falar para você não fazer. Ele já fez isso comigo… Eu tenho uma dívida no meu nome de 30 mil reais e ele fez isso com a minha irmã… Que também está com uma dívida em torno de 14 mil reais que ele não pagou… Ele ferrou a gente na Receita Federal, no banco… No meu caso, ele pegou a maquininha no meu banco que eu recebo aposentadoria e foi uma luta e agora eu tive que parcelar tudo para poder pagar as dívidas que ele fez no meu nome”.

Ele já sabia, ele já fazia isso antes… E aí veio o baque, Dona Vilma falou: “E eu vou ter que te falar uma coisa que eu sei que vai te magoar ainda mais: A sua irmã está com ele nisso, são os dois que fazem… Não é nem culpa total de um, nem culpa total de outro, são os dois, eles fazem juntos… E eles fazem de caso pensado sim, porque se fizeram comigo e depois de fazer comigo, porque comigo foi a primeira vez, eles podiam ter se arrependido. Fizeram com a minha irmã e depois que fizeram com a minha irmã, agora fizeram com você, então eu te falo: Meu filho e a sua irmã são dois golpistas”. Dalila ficou sem chão — porque até então eu estava botando um pouco a irmã dela naquela conta da ingenuidade, né? —, tinha uma questão: o e-mail que estava naquela conta — tipo pra recuperação de senha — era um e-mail que eles criaram, então ela não conseguia nem ter acesso a conta e, com muito custo, ela conseguiu falar no chat. — Porque, gente, a conta não foi que eles falsificaram, ela mesma que abriu, ela que fez tudo e deu a senha ali para a irmã dela cuidar. Então veja, a gente tem responsabilidade sim… Essa dívida é responsabilidade da Dalila. —

Com muito custo, falando no chat, ela conseguiu mudar o e-mail da conta, conseguiu acessar essa conta e conseguiu cancelar essa máquina, trocar senha e tal e tirar o acesso deles. E aí a irmã da Dalila ficou P da vida — assim, achando ainda que tinha razão, sabe? — e rompeu com ela. Ninguém mais atende a Dalila e Dalila procurou um advogado e o advogado disse isso: “Eles têm provas de que você abriu a conta para eles e que você passou isso para eles?”, Dalila falou: “Tem, porque, inclusive, a minha irmã pedia para eu fazer tudo por e—mail”, ou seja, tudo de caso pensado, né? O advogado falou que dificilmente ela vai conseguir, tipo, alguma ganhar do banco, alguma coisa do banco… Não vai conseguir nada. Agora, o que ela pode fazer é processar a irmã e o cunhado, mas o advogado falou: “Olha, você tem que estar ciente que você vai gastar… Se você, por exemplo, me contratar, você vai ter um custo e pode ser que lá na frente, mesmo que você ganhe, eles não tenham nada para te dar. Não tenham nada para pagar… Porque estelionatário é assim”. 


A Dalila achou que era muito custoso para processar a própria irmã, contou no grupo da família, contou para todo mundo, botou prints e tal, a irmã foi expulsa do grupo da família, fizeram uma vaquinha entre a família da Dalila, mas deu para cobrir pouca coisa, né? Deu para pagar o negócio da Receita lá. Agora os empréstimos ela teve que renegociar e tá pagando as parcelas dos dois empréstimos que tinham nessa conta da maquininha.  Pode ser uma história triste, pode ser o que for… Duas coisas que não dá para a gente fazer hoje em dia: Ser fiador e emprestar seu nome a crédito… — Não tem como… — Tá na hora da gente não dar desculpas, a gente falar realmente: “Esse tipo de coisa aqui eu não faço”. Eu sou uma pessoa que falo: “Ser fiador para mim não dá, não tem como”, emprestar nome então, nem se fala, né? Pode ser a história triste que for, você fala: “Olha, eu posso te ajudar a pensar numa solução que não me envolva diretamente e financeiramente no seu problema”.


Porque se você for fiador, se você emprestar seu nome e acontecer alguma coisa, por que às vezes a pessoa até tem boa intenção, mas e se dar aí uma zica e não paga? É você que tem que pagar, gente, não tem pra onde correr… Vamos combinar isso? 2024 aí a resposta é sempre “não”. “Empresta seu nome?”, “não”, “tira uma maquininha pra mim?”, “não”. “Você pode ser fiador?”, “não”. É não. E se você é uma pessoa que tem alguém que é fiador para você ou que você está usando o nome de alguém em alguma coisa, vai se organizando… Limpa seu nome para você não precisar usar o nome de outras pessoas. Se organiza para conseguir um seguro fiança… Porque também você não sabe o dia de amanhã? Se acontecer um imprevisto, pelo menos você ferra o seu nome, não ferra o nome de outra pessoa. Se acontecer um imprevisto, você tem o seguro fiança, não ferrou ninguém ou ferrou um banco, então tá tudo bem, né? [risos] 

[trilha]

Assinante 1: Oi, Não Inviabilizers, aqui é a Aline, falo de Portugal. Eu já trabalhei ali com fraude bancária, inclusive tinha um setor especificamente para amigos e familiares que acabavam cometendo uma fraude em nome dos outros. Muitas vezes não é culpa tanto assim do banco, tem muito mais a ver com a pessoa ter te enganado para conseguir fazer algo em seu nome e em seu CPF, por isso dá margem para que você faça, de fato, um boletim de ocorrência, um processo contra a pessoa que fez isso com você. É sempre muito triste, mas a única garantia para não passar por isso é entendendo que o seu CPF é único, é só para você. Às vezes é chato falar “não”, mas mais chato ainda é ter o nome negativado. Beijo, grande abraço. 

Assinante 2: Oi, Déia, oi, Não Inviabilizers, aqui é Ana Carolina, eu sou advogada de São Paulo e eu gostaria de esclarecer que sim, é possível ter maquininha de cartão de crédito mesmo estando com o nome sujo. Existem muitas empresas que fazem esse serviço e algumas vão exigir que seja uma empresa com CNPJ, com atividade compatível com uma maquininha específica, por exemplo, maquininhas de vale refeição tem que ser pra empresas do ramo de restaurante, padaria, etc. Agora outras são mais simples e uma pessoa natural, com o seu CPF, comprovante de residência, domicílio bancário, comprovante de atividade profissional já vai conseguir obter uma maquininha mesmo estando com o nome sujo. E, Dalila, infelizmente, se você e a sogra da sua irmã não tomarem uma providência de ir na delegacia, fazer um B.O e uma representação criminal, esses dois vão continuar dando golpes e vão continuar fazendo outras vítimas., então infelizmente é isso… 

[trilha]

Déia Freitas: Usando o trio antiacne você vai conseguir manter aí a pele acneica saudável e prevenir o surgimento de inflamações com apenas três passos na rotina de skincare. E o nosso cupom PICOLE10 — tudo junto, maiúsculo, sem acento, o dez em numeral —, você ganha 10% de desconto em todo o site sem valor mínimo. Hidrabene.com.br. Valeu, Hidrabene, te amo. Um beijo, gente, e eu volto em breve. 

[vinheta] Quer a sua história contada aqui? Escreva para naoinviabilize@gmail.com. Picolé de Limão é mais um quadro do canal Não Inviabilize. [vinheta]